[ESCAPE/SURVIVE] - GLÓRIA À ZAPROZKA!

Eu só vim contribuir com a trilha sonora
Aqui

ZAPROZKA

https://imgur.com/a/0EuyRlY
O Rin roubou minha role e eu não vou fazer a shianny upar outra imagem nem fazer isso de novo pelo celular
Da pra me considerar uma costureira recatada & do lar no lugar?

Nome: Caralhov. Caralhov não sabe seu nome, mas supõe que seja esse, pois sempre que aparece, as pessoas costumavam exclamar CARALHO!
Idade: Isso ai nem eu nem ele sabemos
Stats:
Força (6)
Destreza (3)
Percepção (3)
Compreensão (1)
Criatividade (0)
Saúde (5)
Carisma (0)

O que eu sei fazer:
Na falta de "matar", brigar

— EXCELENTE! TODOS OS INSCRITOS, FAVOR SEGUIR EM FILA ÚNICA ATÉ O SALÃO ALFA! — Exclamou o Guarda, com o auxílio de um Megafone, após recolher cada um dos formulários.

Dito isto, todos os "voluntários" foram acessando o tal Salão, que se tratava de uma sala úmida e escura com uma cadeira e um funcionário de avental. O intuito era fazer o cidadão sentar-se na cadeira e ter a cabeça completamente raspada, além de ganhar um conjunto de mudas de roupa cinza, feitas de linho bastante grosseiro.

— HIGIENIZAÇÃO NO SALÃO BETA! — Novamente exclamou o Guarda, orientando-os a entrar, um a um, no segundo salão. Era uma repetição do primeiro, mas no lugar de um barbeiro, havia um... Bombeiro? Enfim, era um homem forte, segurando uma mangueira de combate ao incêndio.

O Guarda do Megafone ficava na porta, controlando a passagem. Ao entrar, ordenava que o cidadão retirasse suas roupas, apenas para ser completamente atacado pela fortíssima água, que certamente retirava a sujeita, mas também algumas camadas de pele no processo.

— SALÃO GAMA A SEGUIR. CLASSIFICAÇÃO E RASTREAMENTO! — Informou, mais uma vez, o Guarda com seu Megafone.

Nesta última sala, já devidamente limpos e vestidos, os cidadãos eram injetados com alguma coisa em seus braços, além de marcados com brasa com os símbolos I (Natalie), II (Harmony), III (Leam Drin), IV (Rhennis) e V (Caralhov).

Restava apenas seguirem por uma portinhola barulhenta que os levava para o Elevador da Mina. Dali, era uma descida quase eterna até o Nível 100, onde viveriam a partir de agora e trabalhariam. Era extremamente frio e mal iluminado lá embaixo, mas a caverna que lhes servia de dormitório, até que podia ser considerada... Suficiente.



DIA 1

SUAS NOVAS VIDAS COMEÇAM AQUI!
Há cinco camas nos dormitórios, a primeira missão de vocês é decidir quem dormirá em qual cama. Decidam entre si.
Hoje não haverá trabalho, serão apenas repassada as regras básicas.


REGRAS BÁSICAS:

É proibido cometer qualquer tipo de agressão, de qualquer natureza, a outros companheiros de trabalho.
Apenas a Polícia de Zaprozka poderá agredir cidadãos. E ela irá.
Um Cidadão de Zaprozka, independente do seu porte, precisa comer 14 porções de ração por semana para se manter saudável. Consumir pelo menos 21 porções por semana, aumentará em 1 unidade a saúde do indivíduo. 13 porções, ou menos, por semana, reduzirá a saúde do cidadão em 1 unidade.
Não há ração suficiente para todos. Por dia, os cinco cidadãos só receberão 9 unidades de ração através da portinhola da cela, ao final do dia.
Por semana, os cinco cidadãos deverão bater a meta de Carvão Minerado. Esta meta é variável.
Essencialmente, coletar carvão é um Teste de Força + Destreza. Contudo, Especialistas em Quebrar Pedra poderão obter um resultado mais satisfatório. Há outros métodos não descritos para melhorar o desempenho e descobrirão no decorrer da vivência (ou não).
Caso a meta seja batida, serão recompensados com mais ração. Caso contrário, serão penalizados.
Novas Regras sempre poderão surgir a cada novo dia.

"Filho de uma prexeca carcomida desbeiçada de-", esta, senhores, é a primeira apresentação - bem, talvez não deva ser dita desta forma - que com toda a certeza foi feita no meio daquele grupo. Na verdade, acho que dá pra dizer que foi mais um resmungo curto, baixo, sussurrado rápido o suficiente para que se camuflasse como... sei lá, qualquer coisa. "ele é cabeçudo, veio pra cá pra vocês economizarem com ferramenta?", e essa aqui é a parte que se acrescenta e disfarça em tom normal caso interroguem a respeito de alguma coisa. Talvez não tenha sido inteligente direcioná-la pro Caralhov, mas isso aí é bobeira.

E é completamente justa que ela tenha sido feita logo após a descida do elevador em alguns centímetros, o que deveria ter sido mais pesado e também distante do alcance dos dedos dos guardas e dos cacetetes, se o cara que montou isso tudo não tivesse aparecido só pra ser boboca comigo.

Agora, se eu não morri no meio do tempo da descida pelo elevador, digo com toda a solidariedade do mundo que tomo a dianteira de ir pra cama 4 dar uma sentada nela e tomar como minha - ou a gente pode DESCER NA MÃO... e com isso eu quero dizer jo-ken-pô. se perder eu ganho suas rações do dia, otário. Tá nas regras.

...juro que tá.

Aquele local inóspito, o tal andar cem que tinha paredes, teto e chão de terra, poderia sem exagero ser denominado apenas como um buraco sujo. Caralhov não esboçava reações, nem com seu rosto, tampouco com seu corpo. Nem mesmo piscava. Não parecia se importar nem sentir nada. Era um homem morto, só que de pé, e respirando. E há controvérsias sobre a última afirmação.

Desde que saiu do elevador, apenas encarou fixamente a parede.

Ficou um bom tempo olhando uma mesma rocha, e em seguida abaixou a cabeça  um pouco, e a girou levemente para a direita. Viu a quarta cama, a cama em que I parecia ter adotado como sua. Ele respirou - eu acho - e piscou o olho. Uma vez, duas.

Três, quatro.

– Meu.

Apenas disse isso, e deu um passo para frente. Após mais alguns passos, parou em frente a cama. Olhou nos olhos de I... Na verdade, seus olhos pareciam focados apenas na parede atrás da cama. Ou, no teto. Na testa da garota? Não sei.

Caralhov observou os olhos que esmagaria com um simples aperto. A traqueia que poderia servir para prevenir contra protestos. Já havia matado pessoas até mesmo enfiando galho nas narinas delas... Talvez estivesse calculando tudo isso, ou talvez estivesse apenas pensando em trivialidades...

Provavelmente nem estava pensando em nada, na verdade.

– Quero... Aqui.

Não foi uma pergunta, uma dúvida ou convite de troca. Ele virou de costas e colocou seu bumbum na ponta da cama em que Natalie havia sentado.

Acredito que a percepção de Caralhov lhe apontou algo que faria daquela uma cama ideal para os dias que viriam, ou, talvez, ele só quisesse ser babaca e implicar com a única pessoa que tinha escolhido uma cama. Não sei.

– Um. A mais. – Murmurou, encarando o chão.