Pokémon Mythology RPG
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12@ Turbulência

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Já deveria ser quase duas horas da tarde, mas o céu estava escuro quase como a noite, fazendo com que os tripulantes da aeronave não tivessem uma vista agradável da paisagem. Vincent tentava esconder a tensão, olhando para os lados e distribuindo alguns risinhos forçados, o outro treinador dormia tranquilamente e Victoria brincava com a Oddish em seu colo.

– Estamos sobrevoando a floresta de Viridian. – Disse o piloto. – Só mais alguns minutos e chegaremos ao nosso destino.

Sua voz parecia firme e segura, de quem sabia o que estava fazendo. Apesar disso, o monotreinador continuou se sentindo desconfortável. Até Pallet, a viagem seguia de um jeito tranquilo mesmo com o dia nublado e a presença de pouca chuva, mas, ao passarem pela rota um, o tempo mudou completamente, apresentando nuvens carregadas e relâmpagos por toda a parte.

– Achei que você já estivesse tranquilo quanto a voar... – Provocou Victoria ao perceber o desconforto do rapaz. – Relaxe. Esses acasos acontecem.

Vincent sorriu, envergonhado. Victoria, apesar de ser mais velha que ele, não parecia ter tanta experiência assim, mas falava como se já tivesse rodado o mundo, o que deixava o jovem de Pallet intrigado.

Eis que um clarão invade toda a aeronave e some quase que um segundo depois. Como conseqüência, o helicóptero começou a rodopiar no ar, acordando o treinador que estava dormindo e deixando o monotreinador ainda mais apavorado. Nem mesmo Victoria, que sempre passou tranquilidade, estava confortável daquela vez. A mesma puxou o pokémon que estava em seu colo contra o seu corpo preso com o sinto de segurança, tentando impedir que ele se soltasse e saísse quicando de um lado a outro. Após quase um minuto de turbulência, o voo voltou a adquirir estabilidade.

– O que está acontecendo!?? Você não falou que estava tudo bem? – Perguntou o treinador ao piloto, ofegante.

– Deve ter sido um raio. – Justificou-se. –Faremos um pouso de emergência.

– Oddish, hora de retornar. – Dizia Victoria de forma carinhosa. – Caso aconteça alguma coisa, você estará mais segura dentro de sua pokébola. – A pequena Oddish contestou, tentando escapar da mão da treinadora que, enfim, conseguiu retorná-la para sua esfera bicolor.

A tranquilidade, porém, não permaneceu por muito tempo. Um novo clarão invadiu o interior do helicóptero e, dessa vez, durou mais que um segundo.







OFF: Portal pra HF/Limbo. Tem muita gente nesse helicoptero e creio que o parceiro não pode acompanhar, né? Mas a intenção é separar todos mesmo. Cada um iria pra um canto e tal e eu só a encontraria depois no centro, caso consiga sair. lol

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off :



Para o pânico de todos ali presentes, o pior realmente havia acontecido: após passar o clarão, a temperatura dentro do helicóptero subiu bruscamente e ao olhar para os fundos, foi possível perceber que a calda do meio de transporte estava em chamas.

O pânico tomou conta de todos e as reações foram variadas. Desde pessoas chorando até pessoas gritando palavrões de forma desesperada. Não demorou muito para o piloto do transporte tomar uma iniciativa e passar um comunicado para acalmar os ânimos de todos.


– Fomos atingidos, mas podem permanecer calmos. A nave permanece estável e em poucos minutos o pouso de emergência será efetivado.

Tal anúncio acalmou os ânimos de todos os passageiros. Mas apenas por alguns instantes. Um terceiro clarão surgiu e dessa vez durou mais que os anteriores. Segundos depois, o desespero voltou e não haveria piloto capaz de resolver a situação: o helicóptero estava em queda livre.

Sem escapatória, não houve outra solução: o piloto saiu da cabine e foi até a porta do transporte, entregando uma espécie de mochila para todos ali presentes. Em seguida abriu a porta, fazendo sinal para eles pularem.


– Coloquem os paraquedas, contem até três e puxem a cordinha! Rápido!

Rapidamente a grande maioria dos passageiros colocou o equipamento e saltou do helicóptero. Vincent e Victoria foram os últimos a pular e deram as mãos ao saltar. Seguindo a ordem do piloto, contaram até três e puxaram a cordinha que havia na lateral da mochila, fazendo com que o equipamento de segurança inflasse e diminuísse a velocidade da queda.

Tudo parecia tranquilo. A dupla pararia em algum local no meio da Viridian Forest, mas seria melhor do que ficar dentro de um helicóptero em queda livre. Mas a chuva continuava forte e aquele parecia não ser o dia de sorte do monotreinador venenoso. Uma forte onda de vento surgiu de repente e acabou empurrando o paraquedas de Vincent, afastando-o de sua parceira e demais passageiros do transporte.

Apesar de conseguir chegar ao chão em segurança, agora estava solitário na floresta. Durante o dia, ela era dominada pelo verde e tinha um ar amigável. Mas o mesmo não podia ser dito sobre ela durante a noite. Após o sol ir embora parecia que as trevas dominavam o local e tudo parecia macabro, sombrio.

Dentro do possível, o jovem tentou manter a calma. Estava sem a companhia de humanos, mas seus parceiros pokémon ainda estavam ao seu lado. Sem outra opção, começou a trilhar no meio da vegetação em busca dos demais passageiros, mas nada encontrava.

Após horas, sentiu que estava andando em círculos e já cogitava desistir. Foi quando um portal mágico surgiu diante de seus olhos. O rapaz já havia parado na Hapiness Forest antes e tinha a esperança de que o portal para lá o ajudaria a sair em segurança daquele pesadelo.

Mas, ao entrar no portal, se deparou com algo inesperado: em vez de parar na floresta mística que ele já conhecia, acabou sendo transportado para um local completamente diferente.

O macabro e o sombrio da floresta ainda o perseguiam, mas dessa vez, sem vegetação a sua volta. O céu estava completamente negro em contraste com uma enorme lua cheia branca, iluminando um local completamente cinza. Se não fossem as roupas coloridas de Vincent, ele poderia desconfiar que havia perdido a capacidade de ver cores.

Observando o local com mais calma viu que aquele local cinzento era um cemitério, com lápides por todos os lados. A grande maioria sem nome. Em sua frente havia uma grande estrada que levava a uma construção um pouco distante, que não era possível identificar.

Nada poderia ficar pior que aquilo. Pelo menos era o que ele esperava....

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Spoiler :





Vincent achou que as emoções que tivera dentro da mansão abandonada de Cinnabar fora o máximo que lhe poderia acontecer; estava enganado. “Veículos aéreos são os mais seguros do mundo” Costumava ouvir com freqüência e até concordava com tal tese, embora estar dentro de um destes fosse, para um matuto do interior de Kanto como ele, um pesadelo. Sua primeira viagem foi demasiadamente tranquila, deixando-o mais seguro para a segunda – que o tempo ruim transformou em um verdadeiro trauma.

Embora nunca tenha sido supersticioso, o jovem de cabelos dourados não deixou de sentir que aquela tempestade parecia diferente das demais... Como se houvesse uma força maligna por trás daquelas nuvens escuras e carregadas. Sua intuição só viria a se confirmar quando se viu obrigado a saltar do helicóptero como única saída caso quisesse sair vivo daquela tragédia anunciada.

Também nunca foi muito fã de altura, mas o salto foi tão rápido e desesperado que nem deu tempo de sentir medo. Quando se deu por si, já estava em um lado isolado da floresta, longe de Victoria e de todos. Após livrar-se do equipamento que o salvara, marchou floresta adentro a procura dos demais passageiros. Alertavam que a floresta de Viridian era perigosa, que andar por ela sem orientação poderia fazer qualquer explorador ficar perdido por dias até – e se – ser encontrado, Vincent poderia confirmar essa história agora.

Depois de muito caminhar e gritar por pessoas, o que ele encontrou foi um estranho portal. Logo se lembrou da vez em que fora parar em uma floresta maluca onde topou com o seu primeiro Croagunk. Talvez aquilo pudesse levá-lo de volta para lá... Certo que não foi das melhores experiências que teve na vida, mas ao menos seria melhor que ficar ali, sozinho, encharcado e com frio.

Timidamente se moveu até ele e, após respirar fundo, jogou-se em seu interior. Não sabe por quanto tempo ficou desacordado, mas, quando abriu os olhos, teve a impressão de ainda estar com eles fechados. Sentiu-se um tanto zonzo enquanto via as coisas ganharem forma em sua frente. Tudo era tão escuro e... morto. Jamais vira algo tão sem vida como aquele lugar, um contraste claro da floresta vívida que fora parar na outra vez.

– Alguém ai? – Gritou, em vão.

A noite predominava, sendo a lua a única coisa bela que compunha a paisagem. Quando tropeçou em uma das lápides foi que percebeu onde estava: em um cemitério. Sentiu todos os pelos do seu corpo eriçarem enquanto um calafrio percorria o seu corpo. Naquele momento achou que estivesse morto.

Sim, o avião na verdade teria caído e ele, assim como os outros, havia morrido. Estava agora em outro plano, num inferno, talvez.

Olhou por toda a sua volta e o cenário era o mesmo, somado ao incômodo odor de morte que penetrava suas narinas. Eis que teve uma idéia, se estivesse morto, provavelmente não teria seus pokémon consigo! Tirou a mochila das costas e pegou a pokéball de um de seus parceiros, lançando-a para cima.

– Venonat! – Exclamou ao ver sua pequena companheira.

Venonat, ao perceber onde estava, ficou apavorada, correndo na direção do treinador e se escondendo entre suas pernas. A pokémon grunhia uns sons estranhos, de desespero, como se sentisse ou soubesse o local onde viera parar.

– Eu sei, eu sei... – Disse Vincent, agachando-se para ficar na altura da monstrinha assustada. – Também não gosto nada desse lugar. – Afagou-lhe o espaço entre suas antenas. – Mas sei que você é boa em encontrar coisas, certo? – Forçou um riso tentando acalmar a parceira. – Conto com sua ajuda para acharmos uma saída.

Aos poucos a pokémon foi amolecendo, mas ainda hesitava. Vincent então resolveu presenteá-la com algo, o que o levou a fuçar novamente sua mochila.

– Tome isto. – Pegou um ovo prateado e mostrou a inseto, que o analisou com curiosidade. – Dizem que a sorte caminha com aqueles que o carregam. Quero que fique com você, para que nenhum mal lhe aconteça.

Comovida a pokémon recebeu o presente que fora pendurado em seu corpo como um pingente. A camada de pelos que cobre seu corpo quase o encobriu por completo. Vincent sorriu e fez novamente um carinho em sua cabeça.

– E então, vamos?

Venonat sacudiu-se e tentou rastrear alguma coisa. Não parece ter tido sucesso, mas, ainda assim, pôs-se a marchar em frente, na trilha que se estendia aos olhos do treinador. Este seguiu a pokémon, sem se distanciar muito da mesma.





Spoiler :


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O local aonde Vincent havia parado emanava uma energia tão negativa que até ele, mesmo sem ter a sensibilidade de um pokémon, conseguia sentir. Para sua infelicidade, sua sensação negativa se confirmou ao ver a reação de sua Venonat assim que ela foi liberada de sua pokébola. A mesma se sentia muito assustada e tremia compulsivamente, como se houvesse algum predador por perto. Apenas voltou a si quando seu treinador conversou com ela, fazendo com que ela ficasse mais calma.

Após conseguir acalmar sua pequena parceira roxa, o especialista no tipo poison pediu para que ela usasse seus sentidos aguçados para procurar por algo de diferente naquele local. Venonat deu alguns pulinhos, indicando que havia entendido a ordem e logo seus olhos começaram a brilhar num tom fraco, assumindo uma coloração branca e lembrando de relance aquela enorme lua que brilhava no céu.

Assim que os olhos de Venonat voltaram ao seu tom rubro, o inseto parecia contente, dando mais alguns de seus típicos pulinhos. Em seguida, começou a correr muito rápido por entre as lápides. Por ser pequena e mais ágil, precisou diminuir o seu ritmo para que o seu dono pudesse acompanha-la. Passada a maratona, a pequena roxinha ficou pulando em cima de uma lápide, indicando que havia algo ali.

O mono treinador do tipo venenoso olhou de relance a lápide e percebeu que ela não era igual as demais. Seu material e formato era identico as outras em sua volta, porém, era possível notar que ela estava violada. Venonat, ainda inquieta, balançava suas antenas e as apontava para o solo ao mesmo tempo em que usava suas pequenas mãos para apontar para uma pá que havia jogada ao lado. Parecia pedir para seu dono cavar.

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Ao seguir a sua pokémon inseto, Vincent chegou a uma lápide que parecia distinta das tantas outras que havia naquele cemitério. Venonat saltava sobre a mesma, com bastante excitação, como se quisesse que o seu treinador descobrisse o que tinha sob ela.

O monotreinador observou tudo com muita atenção, sem saber o que fazer. Ao bater os olhos sobre a terra que cercava a lápide, percebeu que havia sinais de que o quer que tenha sido enterrado ali, fora há pouco tempo. Venonat apontava para uma par, conduzindo o seu dono.

– Você quer que eu... desenterre? – Indagou, incrédulo.

Venonat assentiu e Vincent ficou ainda mais pensativo. Qual seria o interesse dela naquilo? Ao liberá-la de sua esfera, ela se comportou como sua assustada e inocente parceira, agora tinha certo ar... macabro.

O monotreinador então levou as mãos ao rosto, condenando-se. O que raios está acontecendo comigo? estava tão neurótico que começara a duvidar de sua pobre pokémon. Preciso sair logo daqui!

– Então... acho que você achou alguma coisa, certo? – Perguntou novamente, agora mais calmo. A idéia até que não parecia tão assustadora assim, afinal Venonat era expert em achar coisas e, se apontava que ali havia alguma coisa, provavelmente estava certa.

Convencido, o monotreinador foi até a pá que estava jogada ali e a pegou. Nascera em Pallet e sua mãe costumava plantar coisas, dessa forma, não tinha muita dificuldade com o manuseio de certas ferramentas.

– Veremos o que temos aqui de baixo...

Marchou até o local indicado e pôs-se a cavar.

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A idéia de cavar numa cova violada era um tanto perturbadora, o que fez com que Vincent passasse por um breve momento de insanidade e começasse a ver sua própria Venonat como um ser macabro. Após tal impressão desagradável momentânea, o jovem de cabelos dourados voltou a si e começou a cavar. Não teve dificuldades pois desde cedo lidava com o trabalho em plantações.

Após minutos desenterrando, uma surpresa: a pá chegou ao fundo do buraco, colidindo em um material sólido, duro demais para ser algum caixão o algo do tipo. O som metálico deixou Venonat ainda mais animada e a mesma saltitava e fazia grunhidos baixinhos, como se estivesse dando apoio para seu dono continuar a cavar.

Ao tirar o excesso de terra, o mono treinador se surpreendeu com o achado. Ao invés de encontrar algum objeto no fundo da cova, deu de cara com o que parecia ser uma tampa, daquelas de esgoto. A mesma estava um pouco enferrujada e tinha uma imagem de Golbat engravada.

Após o achado, uma neblima começou a surgir no local, dificultando a visão de Vincent. Parecia um sinal da própria natureza indicando para que o rapaz verificasse para onde aquela tampa o levaria.

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Quando a pá travou em algo metálico, Vincent não imaginou que encontraria uma estranha tampa que se assemelhava com aquelas que dão acesso aos bueiros das cidades. Venonat ficou empolgada com o achado, desejando que o treinador continuasse explorando por ali.

Ao limpar mais a região, o monotreinador percebeu a figura de um Golbat gravada na tampa, o que era ainda mais estranho. Uma passagem secreta? Seria a saída? Perguntava-se, usando a gravata para limpar o suor de sua testa.

– Então esse é o caminho? – Questionou, ainda ofegante devido ao esforço físico. Venonat assentiu e, convencido, Vincent sorriu para a pokémon.

De qualquer forma, era o único caminho a se seguir já que uma neblina aparecera de repente e ficava mais espessa a cada segundo que passava, deixando o cemitério ainda mais “inexplorável”. Vincent ainda pensou em dar uma volta pelo lugar, gritando por Victoria ou algum outro passageiro da aeronave, mas teve receio de que pudesse atrair alguma criatura indesejável. Em território tão macabro, todo cuidado seria pouco.

Depositou a par na terra, botou sua mochila nas costas, olhou para Venonat e abaixou-se até a tampa, tentando abri-la para explorar o caminho que se escondia sob ela.

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Diante daquela névoa adensando, Vincent mais do que nunca se viu obrigado a abrir aquela tampa que Venonat havia encontrado. Apesar de ser metálica, a tampa não era tão pesada e por isso o rapaz não teve dificuldades em abrir a entrada.

Ao abrir, acabou se deparando com uma escada vertical que levava para o que parecia ser um túnel subterrâneo. O treinador desceu com cuidado e a Venonat o acompanhou sem dificuldades, usando a cabeça do dono como apoio para descer.

Ao chegar no final da escadaria, a suspeita do loiro se confirmou: a escada vertical levava para um túnel subterrâneo. Diferente da parte superior, o local era bem iluminado. Porém o padrão sem cor dali permanecia, com chão e as paredes cinzas feitas de um material resistente, provavelmente concreto.

Diante do jovem havia apenas um único caminho e o mesmo parecia estar distante de um fim, por mais que fosse possível perceber que a luz era mais intensa ao fundo do túnel. Ao caminhar por lá, Venonat parecia orgulhosa por ter mostrado um caminho novo para seu dono, porém, parecia ter medo de seguir adiante.

Logo o medo de Venonat cresceu ainda mais quando Vincent foi surpreendido por um vulto negro alguns metros a sua frente. Devido a distância e o contraste forte com as luzes, o máximo que o monotreinador conseguia ver é que logo a sua frente havia um ser humano, por mais que não fosse possível ver com exatidão como eram suas roupas ou seu rosto.

Enfim, um sinal de vida naquele local!

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A pequena escada em que descera deu acesso a um ambiente diferente do encontrado lá em cima e, apesar da ausência de cores que dessem um pouco de vida àquele lugar, Vincent estava contente em não estar mais em um cemitério. Venonat também estava satisfeita em ter contribuído com a retirada do seu treinador daquele ambiente tão sombrio, porém voltava a se comportar com desconfiança.

– Ótimo Venonat, acredito que agora estamos mais perto de uma saída. – Disse, agachando-se para fazer um carinho na pokémon. Ainda não estava seguro do que disse, já que um longo caminho se estendia em sua frente, mas quis tranqüilizar sua parceira.

Ao levantar-se, porém, percebeu uma estranha silhueta confundir-se com a luminosidade do túnel à frente. Esforçando-se para ver, concluiu que se tratava de uma pessoa.

– C-Com licença. – Berrou, fazendo o som ecoar pelo túnel. – Quem é você? Onde estamos? – Perguntou, começando a marchar em direção a tal pessoa.

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O mono treinador se sentia aliviado ao ter saído daquele cemitério e por ter parado num local menos macabro. Enquanto isso, sua Venonat ainda se sentia intimidada, apesar de ter se tranquilizado após um breve cafuné de seu dono.

Momentos depois, encontraram um outro ser humano, o que trouxe um breve momento de tranquilidade para o garoto. Ele se aproximou com cautela, mas, para seu alívio, não era nenhuma armadilha e aquela pessoa parecia ser mesmo humana. Ao perguntar sobre o local que estavam, o homem respondeu diretamente:


– Estamos no Limbo, o local das almas penadas.

Após receber a resposta do homem, Vincent se aproximou o bastante para ver o rosto do rapaz sem que os reflexos da luz atrapalhando. Era um rapaz alto, de pele morena e com uma enorme cicatriz em seu rosto, provavelmente passando pelo seu olho esquerdo, já que ele utilizava um tapa-olho no mesmo.

Com a aproximação de Vincent e Venonat, o rapaz sinalizou para que eles que deveriam segui-lo e conforme caminhavam, ele foi explicando aos poucos a situação:


– Essa é uma dimensão paralela, assim como uma floresta mística no qual eu acredito que você já deve ter ouvido falar. Acontece que no mundo terreno aconteceu um estranho fenômeno psíquico que fez com que surgissem portais para essa dimensão. Desde então alguns treinadores pararam aqui e outros chegaram até a morrer. Nós acabamos formando um pequeno grupo de sobreviventes e estamos trabalhando juntos para encontrar uma saída.

O tom de seriedade do rapaz deixava claro que ele não estava brincando ou tentando enganar Vincent. Além disso, seu grande porte passava a sensação de confiança e segurança. Seja lá o que o atacara no olho, provavelmente não deve ter sobrevivido.

– Perdão. Acredito que falei demais. Eu me chamo Ace. E você?

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