Pokémon Mythology RPG
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12@ Turbulência

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Não era ninguém que o monotreinador conhecesse, no entanto foi o suficiente para deixá-lo mais calmo. Um homem chamado Ace, de traços rudes que passava certa amargura no olhar e no tom de voz, capaz de amedrontar com a feia cicatriz ostentada em sua face, mas que, apesar da aparência séria, se comportava com simpatia. Os dois seguiram pelo túnel e Vincent pode ouvir as explicações do desconhecido.

“Limbo” “local das almas penadas”. Aquelas frias palavras fizeram o monotreinador vacilar. “Então realmente estou morto!?” Antes que pudesse pirar, o homem seguiu sua explicação. Tratava-se, então, de uma dimensão paralela. Nunca achou que isso, de fato, existisse, agora aquela ida à floresta maluca começava a fazer sentido em sua cabeça.

Venonat acompanhava os dois, sempre ao lado do seu adorado treinador. As palavras do homem não pareceram surpreendê-la, o que fez Vincent se perguntar se essas várias dimensões era algo que os pokémon tinham ciência ou se sua parceira era apenas uma criatura de muita sensibilidade. Mais um mistério para a lista dos tantos segredos que compõem o universo pokémon.

“Nós acabamos formando um pequeno grupo de sobreviventes e estamos trabalhando juntos para encontrar uma saída.” Tais palavras trouxeram o monotreinador de volta a si, fazendo-o engolir em seco. “Grupo de sobreviventes... que está tentando sair dali?” Então esse homem está preso por muito tempo nessa dimensão, talvez tenha sido aqui que o mesmo tenha conseguido aquela terrível cicatriz.

“Dessa forma... Eu também estou preso nesse lugar.”

– E-Eu me chamo Vincent. Muito prazer.

Vincent sentiu um frio na espinha seguido por uma sensação muito estranha, de angústia. Se esse cara estiver falando a verdade, significa que ele poderá não mais voltar para a sua dimensão.

– Por quanto tempo você está preso nesse local? – Questionou enfim. – Posso me juntar a vocês? – Se queria sobreviver ao Limbo, concluiu que teria que se juntar as outras pessoas.

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Após receber as devidas explicações de Ace, Vincent achou que seria vantajoso para ambos os lados ele se aliar aos sobreviventes. O rapaz de cicatriz fez um sinal positivo para a última afirmação do garoto e esboçou o que parecia ser um sorriso desajeitado.

– Não sabemos exatamente a quanto tempo estamos presos aqui. O tempo parece não passar nesse lugar. Ou pelo menos flui de forma diferente. De qualquer forma, você será bem-vindo ao time. Sempre é bom ter mais alguém para auxiliar nas buscas.

Após a formação da aliança, o homem rústico fez um sinal para que o mono treinador e o seu Venonat lhe seguissem. Ele parecia conhecer bem aquela area e demonstrava segurança ao caminhar por aquele vasto túnel. Após alguns metros percorridos, o rapaz parou e checou uma das paredes daquele local. Logo em seguida, deu três batidas parede e pelo som foi possível notar que ela era oca. Segundos depois, um grande bloco que fazia parte da parede se moveu e Vincent percebeu que os responsáveis por aquilo eram duas pessoas que ficavam do outro lado do muro.

Ace explicou a situação para eles, apontou para Vincent e eles acenaram para o garoto. Pareciam felizes por ter mais um aliado. Os dois rapazes acompanhados de Ace passaram a guiar Vincent pelo local, que parecia similar ao túnel anterior, exceto pelo fato do corredor ser mais estreito. Ao chegarem no fim do corredor, encontraram um local tão amplo que parecia até ser um espaço a céu aberto. No centro era possível perceber a presença de aproximadamente dez barracas com uma grande fogueira no centro. Várias pessoas permaneciam encolhidas ali, caladas, apenas se aquecendo.

Ao perceberem a aproximação de Vincent e o trio, a reação mudou totalmente. Todos se levantaram e foram correndo até eles, abraçando-os, vibrando, comemorando.


– Este é Vincent. Nosso novo aliado.– Disse Ace, mantendo seu tom de seriedade.

Todos os sobreviventes foram extremamente prestativos com o rapaz e seu Venonat. Deram alimento, água potável e até uma barraca própria para que ele pudesse dormir. Pareciam tão animados que só faltava fazer uma festa pela chegada dele.

Quando finalmente se sentiu tranquilo e seguro o suficiente, o jovem de cabelos dourados caiu no sono, abraçado em seu Venonat. Ao acordar, se deparou com um contraste da agitação anterior: a fogueira estava apagada e só a barraca em que ele dormiu estava lá. Vincent fora abandonado. Restava saber o motivo...

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Não deverá ser fácil cair no sono naquela noite confusa – ou tarde, não se podia definir direito – mas o monotreinador se sentia bastante leve e tranquilo dentro daquela barraca estranha, bem mais do que ele achava que poderia estar. Enquanto tentava dormir, sua cabeça pensava em todas as emoções das últimas horas.

Os refugiados se revelaram boa gente, tratando-o como um visitante ilustre. Talvez ele nunca tenha sido tão bem recebido em algum lugar em toda sua vida. No início chegou a ficar receoso, mas aos poucos se deixou envolver com a energia daquelas pessoas. Trouxeram-lhe comida, água, algumas bebidas e até o deixaram dormir em uma barraca. Por um momento, nem pareciam que eram pessoas que estavam exiladas em uma dimensão paralela e assustadora. Mas Vincent os entendeu... ou acho que os entendeu. “Se tinham que viver naquele lugar, o mais confortante seria fazer daquele ambiente a sua nova casa...” concluiu enquanto assistia uma bela mulher de cabelos vermelhos e pele morena tocar uma música usando uma viola em volta da fogueira. E assim caíra no sono enquanto refletia sobre aquela gente abraçado com sua pokémon inseto.

Como Ace havia mencionado, a percepção de tempo naquele lugar era diferente da do seu mundo. Ao abrir os olhos, Vincent não fazia idéia de quanto tempo permanecera dormindo, se muito ou pouco. Estava descansado, mas sentiu uma pontada na cabeça, algo não muito forte que pudesse se chamar de “dor”, apenas um pequeno incomodo. Venonat o observou ajeitar suas coisas para poder sair da barraca e ele percebeu o intenso silêncio que fazia. “Devo ter dormido muito tempo. Ontem quando vim deitar ainda havia música e vozes do pessoal...” Pensou.

Quando arrumou sua mochila, ajeitou seu cabelo com as mãos e chamou por Venonat para sair dali, o jovem teve uma grande surpresa: não havia mais ninguém ali! O local era exatamente o mesmo, mas tudo que restava do animado acampamento eram as cinzas e alguns pedaços de madeira chamuscados da fogueira.

– Ué... cadê todo mundo!? – Exclamou, olhando para todos os lados.

Venonat fazia o mesmo, dando voltas, mas sem nada encontrar. Esteve feliz por ter guiado seu mestre até aquele lugar aparentemente seguro, agora não sabia o que fazer.

– ACE!? EPONINE!? ALARIK!? – Gritou o treinador, mas nada pode ouvir além do seu próprio eco. – PESSOAL!? ALGUÉM POR AI?

Após alguns minutos, enfim se deu por vencido. “Fomos abandonados...” o desespero em não saber o que fazer voltou a atormentá-lo. “Deveria ter desconfiado... Estava bom demais para ser real”. Se estivesse acordado em casa, acharia que tudo não passara de um sonho, mas permanecia naquele lugar terrível. Aquelas pessoas tão animadas, sumiram tão de repente, “como se fossem... fantasmas”.

– Vamos sair daqui Venonat. Para que direção você acha que devemos seguir? – Perguntou a pokémon, frustrado. O que lhe restava era isso, continuar à procura de uma saída. Ou alimentos e água.

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Após ter sido abandonado por todos aqueles sobreviventes que pareciam ser tão gentis, não houve outro sentimento a não ser frustração no coração de Vincent. Havia criado um vínculo com eles e fizeram surgir no coração do garoto o sentimento de esperança de talvez se ver livre daquele pesadelo.

Sem opção, o treinador arrumou suas coisas e, acompanhado de sua parceira do tipo inseto, começaram a caminhar sem rumo, em busca de respostas e talvez de uma saída. Não precisaram caminhar muito para encontrar alguma coisa: Ace estava no chão, ferido. O mono treinador e sua pokémon logo se aproximaram para verificar a situação e perceberam que ele estava com alguns cortes no braço e um grande ferimento em sua perna.


– Vincent... Por favor, se aproxime. Gostaria de dizer minhas últimas palavras antes de partir.

O homem tossia e era perceptível, mesmo que de longe, que ele suava muito. Era chocante ver um homem tão alto, forte e bruto num estado de vulnerabilidade daqueles. Mas será que seria certo atender a um último desejo daquele homem? Por mais que ele estivesse em suas últimas, o rapaz e todos os outros sobreviventes haviam abandonado Vincent sem explicações. Além disso, o que poderia ter deixado aquele rapaz naquele estado?

Seria o orgulho do mono treinador maior do que seu espirito solidário?

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Apavorado, foi como o monotreinador se sentiu ao ver Ace bastante ferido no chão. “Quem ou o que seria capaz de fazer uma coisa dessas?” Perguntou-se, com receio de chegar mais perto. Quando o homem de aparência rude pediu para que ele se aproximasse, Vincent sentiu seu corpo gelar e rapidamente trocou um olhar com sua pokémon inseto.

Poderia estar chateado por terem deixado-o para trás, mas não conseguia. Tudo que sentia era pena do sujeito machucado e vontade de ajudá-lo, retribuir a noite confortável que ele e o seu povo os proporcionaram. Sempre fora assim afinal, sendo chamado muitas vezes de “bobo” ou “ingênuo” por outros garotos de Pallet.

– Venonat, fique ai. – Pediu. Não queria expô-la a alguma perigo.

E enfim Vincent deu mais alguns passos até Ace, agachando-se para poder ouvi-lo melhor. Ficou bastante agoniado ao perceber a gravidade dos seus ferimentos. Estendeu as mãos para tocá-lo, mas hesitou. Não sabia o que fazer, nem por onde começar, também tinha medo de causar-lhe ainda mais mal.

– O que houve, Ace? Por que me deixaram para trás? Fiz alguma coisa de errado? – Questionou, um tanto trêmulo. – Onde estão os outros? Me diga para que eu possa encontrá-los e buscar ajuda.

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Apavorado com a situação de Ace, Vincent demonstrou ser uma pessoa de bom coração e auxiliou o gigante sem pensar duas vezes. Preocupado acima de tudo com o bem-estar de seu Venonat, o rapaz pediu para que o pequeno inseto o aguardasse numa distância segura. O rapaz então chegou perto de Ace e ficou receoso em tocá-lo devido aos ferimentos, mas logo o fez assim que o homem da cicatriz levantou a cabeça para apoiar a mesma na perna do mono treinador poison.

– Sinto muito por ter deixado você para trás. Foi a condição que ele nos deu para sair daqui. Infelizmente era tudo uma armadilha... Os outros se salvaram porque eu tentei conter a criatura e acredito que seja por causa disso que eu não tive a mesma sorte.

Algumas lágrimas escorriam pelo rosto do rapaz. Logo ele começou a tremer e a tossir, indicando que sua situação havia agravado. Venonat diante daquela cena se aproximou dos dois rapazes e ficou cabisbaixa, provavelmente por ter não como ajudar. Ace então estendeu seu braço, puxando Vincent pela gola de sua camiseta e deu um abraço desajeitado no jovem.

– Pe-per-perdão.

Aquela foi a última palavra do homem. O braço que envolvia o corpo de Vincent caiu no chão e o corpo do sujeito enrijeceu. Jamais teria a chance de saber se o garoto dos cabelos dourados teria lhe perdoado.

De repente, Venonat ficou apavorada. Começou a puxar Vincent pelo braço pedindo para fugirem dali. Mas já era tarde. Segundos depois foi possível ouvir o som de passos de alguma criatura extremamente pesada se aproximando.

Diante de seus olhos agora estava o possível culpado daquele homicídio: um homem com um enorme sobretudo negro acompanhado de um pokémon verde enorme e pesado, carregando o que parecia ser uma grande planta em suas costas.

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Embora não conhecesse aquele homem há mais que um dia, a profunda tristeza ao vê-lo morrer bem em sua frente fez Vincent sentir um nó na garganta. Como poderia não perdoá-lo? Ace era o líder daquelas pessoas, alguém que lutara bravamente para protegê-los e guiá-los de volta para casa, assim, se havia uma chance de voltar, deveria agarrá-la com toda sua força.

– Não se preocupe... Ace. – Sussurrou Vincent, deitando o homem morto gentilmente no chão. Infelizmente, não teria como dar a ele um enterro decente no local em que estavam. – Eu no seu lugar provavelmente teria feito o mesmo.

Mas quem seria essa pessoa? Por que teria exigido que os outros o deixassem para trás? E para onde eles haviam fugido? Onde quer que andasse naquele lugar, tudo parecia sempre a mesma coisa. Havia tantas questões na cabeça do monotreinador que ele sequer sentiu as patinhas de sua Venonat tocarem suas costas, tentando alertá-lo sobre alguma coisa.

– O que você quer, Venonat? – Questionou em um tom melancólico quando enfim se deu conta. Ao analisar o corpo de Ace, Vincent percebera sinais que indicavam presença de veneno. “Teria sido algum pokémon o causador dessa desgraça?”

A pokémon inseto não precisou responder, Vincent logo ouviu um estrondo e sentiu o chão tremer, como se fosse pisado por algo pesado. Rapidamente se pôs de pé, virando-se na direção da Venonat e vendo duas silhuetas bastante distintas se aproximando. Assim que bateu os olhos sobre os dois, o monotreinador foi tomado por uma sensação de horror. Já havia enfrentado pessoas más antes, como a rocket da mansão, mas agora... Era como se aquela pessoa emanasse uma energia extremamente negativa e que, mesmo aqueles que não fossem sensitivos, pudessem absorvê-la.

– É um... é um... – Gaguejou o monotreinador ao se dar conta de que conhecia a besta ao lado do homem de sobretudo preto. Venonat escondeu-se atrás de suas pernas. – Ei vo...você. – Estendeu a mão esquerda, apontando um dos dedos trêmulos para a silhueta do homem. – Foi você quem causou isso ao Ace!? – Encheu-se de coragem e indagou.

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off :



Após ver uma morte tão dolorosa diante de seus olhos, Vincent sentiu um grande aperto em seu peito. Havia perdoado Ace por suas ações pois sabia que um líder era capaz de tudo para proteger seu povo. Porém, dificilmente perdoaria o responsável por assassinar o rapaz. Aquela ação havia sido da mais pura crueldade que nem mesmo uma máfia como os Rockets seriam capazes.

Ao perceber a presença do responsável por aquela tragédia, o mono treinador venenoso se encheu de coragem e questionou a ação do ser encapuzado. Como resposta, obteve apenas uma gargalhada debochada. O vilão então retirou o seu capuz e revelou seu rosto, o que deixou Vincent e Venonat em estado de choque. Se não fossem os cabelos negros e olhos vermelhos do vilão, Vincent se sentiria como se estivesse olhando diante de um espelho, pois os traços de ambos eram identicos.


– Por que você está me julgando? Você sabe que no fundo a sua vontade era essa.

O encapuzado acompanhado de seu feroz se moveram tão rápido que mais pareciam terem se teletransportado para o lado de Vincent e Venonat. O rapaz dos cabelos morenos agora encarava o de cabelos loiros, causando um certo desconforto nele. Parecia emanar uma energia negativa muito forte que até a pequena do tipo inseto parecia não gostar.

– Você é um especialista no tipo venenoso. Suas vítimas nunca morrem de uma vez só. Você faz com que elas sofram com os delírios do veneno antes de serem executadas. É isso o que você faz nas batalhas pokémon, não?

O moreno deu mais uma gargalhada. Parecia se divertir com aquela situação no qual Vincent se demonstrava vulnerável.

– E foi exatamente isso que eu fiz com Ace. Deixei que ele sobrevivesse para ver seu povo ir embora e ele se sentir um inútil por ser o único a sair sem vida. Além disso, fiz com que ele se sentisse humilhado ao lhe ver segundos antes da morte. Deve ter ido dessa para a melhor se sentindo um completo idiota!

Por fim, o garoto que vestia o sobretudo negro estralhou os dedos e o seu pokémon lançou uma grande gosma roxa em Vincent e Venonat. Venonat escapou por pouco, mas o loiro foi atingido de raspão pelo golpe e começou a se sentir levemente tonto. Estava envenenado. E se quisesse sobreviver, teria que lutar para isso.

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Em estado de choque – foi assim que Vincent ficou após o encontro com a macabra figura de cabelos negros. Como se estivesse sofrendo de paralisia, o monotreinador praticamente não se moveu diante das palavras e ameaças do outro rapaz, ouvindo as provocações dele com os olhos assustados bem arregalados.

“Por que você está me julgando? Você sabe que no fundo a sua vontade era essa.” Tais palavras ecoavam na cabeça do especialista no tipo venenoso que, distraído, nem se deu conta de que uma gosma roxa fora emanada em sua direção, sendo facilmente atingido.




...

Era apenas um garoto que voltava para sua casa após uma tarde exaustiva na escola, entretanto, naquele dia, encontrara um rapaz de uns 17 anos chutando e maltratando um Koffing. “Por que ele está fazendo isso?” Perguntou-se o garoto de cabelos dourados, inerte diante daquela desconfortável situação. Afinal, franzino e nem de longe tão alto quanto o agressor, o que ele poderia fazer para detê-lo? E também... não queria se meter. “Por que...? Será que ele não vê que ele está sofrendo?” Continuou a se perguntar, perturbado com o sofrimento do pokémon. O sol estava se pondo em Pallet e o Koffing ainda insistia em retornar para o encalço do sujeito violento, levando alguns socos e pontapés sempre que chegava muito perto. “Ele está... sorrindo. Está se divertindo com a situação.” Constatou ao encarar as expressões do sujeito. “Mate-o... Vamos lá, mate-o! Você pode fazer isso. Vamos, mate-o. Por que não faz isso?” Torceu, enfim. Mas o pokémon não o matou, apenas se limitou a apanhar em silêncio até que não tivesse mais forças para levantar.

...




Sentiu uma pata tocar sua perna diversas vezes e um agudo grunhido trouxe-o de volta para si. Estava ajoelhado no chão enquanto Venonat tentava chamar sua atenção. Diante deles, o homem de cabelos negros e olhos vermelhos encarava-o ao lado de um enorme pokémon.

O corpo estava pesado e molhado de suor. Respirar ficava cada vez mais difícil assim como manter os olhos abertos. Naquele momento soube: estava envenando. Ainda assim, tomado por uma estranha vontade, pôs-se de pé novamente, carregando na mão um de suas pokéballs.

Você matou o Ace por mera diversão, foi isso que ouvi? – Disse, irritado. – Então, você está certo... Minha vontade é essa... – Começou a cerrar o punho que não segurava a pokéball. – Irei acabar com você!

Venonat estranhou o comportamento do seu treinador. Firme e agressivo, aquele que estava em sua frente pouco lembrava o seu inseguro e gentil mestre.

– Vá Elans!

E a ofídia surge no campo, balançando sua cauda ferozmente enquanto encara o imenso pokémon em sua frente. Ao contrário da inseto, Ekans não demonstrou qualquer receio diante o oponente.

– Mova-se, não permita que ele o acerte com facilidade. Mas continue encarando-o, usando o Leer duas vezes!






Spoiler :

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O sangue de Vincent fervia diante da frieza daquela pessoa de aparência tão similar a dele. Não o perdoava por o que ele havia feito com Ace e agora sentia uma imensa vontade de retribuir o “favor” que ele havia feito ao líder do grupo de sobreviventes. Para isso, sabia que precisaria enfrentar o gigante pokémon do rapaz. Para isso, contou com o apoio de Ekans.

A serpente entrou em campo determinada. Ao contrário da pequenina de tipo inseto, Ekans era uma batalhadora nata e não se deixava intimidar diante da grande diferença de tamanho entre ela e o oponente.

Quem também parecia não se deixar intimidado pelo oponente era o garoto moreno. Por vários momentos ele observava Ekans e ria muito do pokémon do mono treinador venenoso.


– Você realmente tá achando que vai conseguir me derrotar com essa cobrinha aí? Francamente, garoto...

Sem seu oponente se mover, Ekans aproveitou e utilizou seu olhar penetrante para diminuir as defesas do gigante. O mesmo não parecia intimidado com os olhares. Porém, ficou vulnerável o suficiente para ficar um pouco mais vulnerável.

O “clone” de Vincent parecia intrigado com aquela estratégia e logo parou as risadas de deboche. A expressão que assumia agora era um tanto quanto enigmática. Ao mesmo tempo em que exibia um sorriso, parecia irritado com a estratégia adotada. (Leer/Leer)


– Então você não quer usar essa cobrinha para lutar. O que você realmente quer é utilizá-la como sacrifício para um próximo pokémon seu ter mais facilidade no combate... Típico de um especialista de um tipo tão traçoeiro como venenoso.

O que levaria aquele garoto a menosprezar tanto o tipo venenoso? Aquilo era um tanto quanto bizarro, principalmente pelo fato do pokémon que ele utilizava também era de tal tipo. Logo após assumir uma estratégia mais observadora, o moreno de olhos vermelho estalou os dedos. Parecia ter sido uma espécie se sinal para seu pokémon, que rugiu após o movimento do jovem.

– Venusaur, quero que pegue leve. Leech Seed e depois Energy Ball. Quero ver essa cobra sofrer um pouquinho antes de ser completamente esmagada.

E assim o grande pokémon planta fez. Primeiro lançou algumas sementes em Ekans que, apesar de se movimentar intensamente para não ser atingida, foi acertada em cheio. Logo as sementes liberaram raízes, reduzindo os movimentos da serpente e deixando-a vulnerável para o segundo golpe. Venusaur abriu sua boca e de lá saiu uma grande esfera verde de energia. A mesma acertou Ekans e causou uma grande explosão e deixando-a ferida.

O moreno parecia se deliciar com aquele momento e mais uma aproveitou para provocar Vincent.


– E aí? Tá irritidinho?

Hora da Batalha
Campo: Enorme passagem subterrânea no Limbo. O local é amplo e alto e o solo é de terra firme.
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Vs.
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Ekans (♀)
Trait: Unnerve
Hold Item: ---
Lv. 13
45%
Status: Leech Seed
Venusaur (♂)
Trait: ?
Hold Item: ???
Lv. 24
100%
Status: Def. -2

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