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Narração a la Shinki
Minhas suspeitas haviam se concretizados ao observar o menino de mechas vermelhas acordar e perceber que ele se encontrava na mesma situação do que eu: preso e sem nada para poder ajudar. Diante disso, o que poderia ser pior ainda era que não conhecia nenhum Pokémon ali presente. Possivelmente se tratava de Pokémon de outras regiões, e como pesquisador exclusivo de Kanto, não tinha nenhuma informações sobre eles. Mais do que isso, se a Pokédex pelo menos estivesse comigo, já poderia ter a chance de detectar um Pokémon selvagem mais compatível ao contato humano, mas nem isso possuía naquele instante.
A coisa estava bem complicada para mim, e não só para mim, mas também para os gêmeos. Pareciam que eles receberem um golpe forte na cabeça, mas talvez a cabeça deles estivessem mais aptas para pensar.
_Prazer. Me chamo Retsew Nakamura. Treinador e aspirante à cientista Pokémon. Vocês conhecem esse bandido? E mais importante: sabe como podemos sair daqui? – dizia para Akira, fazendo uma cara de que estava temendo o pior. Não pude evitar.
Sinceramente, sem meus Pokémon, sem minha mochila, apenas com a roupa do corpo e cercado por Pokémon desconhecido, que era difícil até saber o tipo, além de ter os gêmeos na mesma situação, senão pior, só poderia esperar o pior.
Mas logo esses pensamentos foram substituídos por um mais positivo: “No fim vai dá tudo certo. Se não está certo, é porque não chegou no fim!”. Frase muito comum da minha avó, que se comprometeu a me ensinar que sempre há uma opção, mesmo que esta opção não esteja tão visível para poder ser usada. Confiava também na afirmação do meu tio, que dizia que as coisas mais importantes se encontravam no óbvio, e por isso, ninguém dá importância. Esperava mesmo que a solução daquela sala estivesse mais perto de mim, por isso, dava mais uma leve olhada ao redor...