Ensinando os TMs!

Off: Absurdo.

Eu faria qualquer coisa por aquele homem, mas o que ele acabava de me pedir era algo inadmissível. Não iria dar a minha Mareep para ele, mas caso ele quisesse eu poderia capturar uma para ele. - Raul, com todo o respeito isso não é um pedido que se faça. Não te darei a minha Mareep, mas caso você queira eu posso capturar uma para você. Estou em débito e tenho que lhe pagar.

Eu virava meu olhar para Keny e pela primeira vez via o garoto bufando e esbravejando sozinho. Ele havia ficado mais mordido do que eu com o pedido do homem. - Me desculpe Raul, mas eu não considero pokémons meras mercadorias, eles tem sentimentos assim como nós. Não é justo você querer logo a minha Mareep a quem já tenho alguma afinidade.

Não entendia aquele pedido de Raul, ele poderia estar me testando. Mas nenhum de meus pokémons estavam para troca e ninguém iria conseguir arrancá-los de mim.

- SINTO MUITO MAS VOCÊ NÃO TERÁ MINHA MAREEP, VOCÊ QUER O ITEM DE VOLTA TE DEVOLVO ELE, MAS VOCÊ PERDERÁ A SUA CASA POR ESSE MOTIVO. NA HORA QUE EU TIRAR O ITEM MAREEP IRÁ DESTRUIR A SUA CASA. É ISSO QUE VOCÊ QUER? Pego a ball de Mareep e libero a pequena ovelha. - Sua última chance.

A pequena ovelha aparecia com um grande imã no pescoço. Ela parecia bem, mas eu não sabia o que aconteceria quando fossemos tirar o imã do pescoço dela. A pequena ovelha me olhava e olhava para o homem sem entender nada, Keny tremia de raiva e Ryuutaro continuava indiferente sentado mais a frente. Eu torcia para que no momento que eu tirasse o imã a pequena ovelha destruísse a casa do homem.

Eu continuava sem entender, estava muito confuso com tudo que havia acontecido. Alguns segundos atrás Raul queria minha Mareep, logo depois ele estava rindo e de bem com a vida novamente. - Desculpa, mas qual a parte que eu não entendi? Você estava me testando né? Logo começa a rir também, mas muito mais de nervosismo do que qualquer outra coisa, meu corpo tremia após passar por aquela situação.

Raul não demora e consegue a missão, pacificar um pokémon que estava causando problemas na VF. Se estava causando problemas, provavelmente seria algum pokémon forte, será que poderia capturar tal pokémon caso me fosse conveniente?

- Mas me diga Raul, pra que a Berry? Que pokémon é esse? Caso queira, posso capturar esse pokémon? Um pokémon causando problemas na floresta, era algo que me intrigava e me deixava animado para começar a busca. Mas por onde deveria começar a caçada?

- Aliás, tem alguma ideia onde esse pokémon está no momento? Olhava para o lado e Ryuutaro acenava fazendo um sinal de positivo, em quanto Keny estava vidrado nas palavras de Raul. Sem dúvida Keny estava tão animado quanto eu para começar a caçada.

A história era inacreditável, como podia haver treinadores capazes de maltratar seus pokémons pelo simples fato de não vencerem uma batalha, ou pior vencer com alguma dificuldade. Esse garoto não merecia ser um treinador, deveria ser parado, caso encontrasse não teria dó de tal pessoa. Mas meu objetivo não era dar uma lição no treinador e sim acalmar seu pokémon que agora parecia estar abandonado e descontrolado. Depois de tudo que havia escutado sobre tal pokémon eu não gostaria de enfrentá-lo, apenas iria tentar acalmá-lo na conversa.

Mareep pega a Oran Berry na mão de Raul, rapidamente as feridas começam a cicatrizar a fruta surtia efeito rapidamente. Keny estava petrificado com uma bolacha em sua mão boquiaberto, a minha resposta soou seca e rápida após a proposta de Raul. - Sim, aceito! Não poderia deixar tal pokémon abandonado sozinho achando que todas as pessoas são ruins.

- Raul e Ryuutaro, por favor me digam onde foi que esse pokémon atacou pela última vez? Em quanto faço a pergunta me sirvo com um pouco de chá e pego algumas bolachas. - Saber o último local poderá me dar um norte de onde começar a busca.

Mareep estava muito bem agora, ela pulava de um lado para o outro, o imã balançava em seu pescoço em quanto ela brincava sozinha. O item havia feito um milagre, ela agora estava muito melhor e parecia revigorada após todo o ocorrido, tinha esperança que ela não meu culpasse por ter ficado naquele estado.

- Senhor Raul, sabe me dizer o quão forte é esse Tangrowth? Até onde sei os Tangelas precisam de muito treinamento para evoluir para Tangrowth, então imagino que nem Novak ou eu somos páreo para ele. Keny fazia uma pergunta muito interessante, não sabia que o garoto tinha todo esse conhecimento, mas as vezes esquecia que ele morava em Pewter e Viridian Forest era um local onde ele brincava antes de começar a viajar comigo.

Dava um gole de chá e comia mais algumas bolachas, gostaria de saber a resposta de Raul e Ryuutaro antes de seguir atrás do Tangrowth.

Off: Adorei, ficou ótimo velho ^^. Valeu Sckar. Capaz velho, gosto dessas coisas imprevisíveis, por isso jogo no forum, geralmente no vídeo game é tudo tabelado e segue um cronograma hehe.

Keny coçava a cabeça. - Sim, me lembro de ler que Tangelas evoluíam ao aprender o golpe AncientePower, mas geralmente esse golpe aprendia com muito treino. Ele dá de ombros e contínua. - Você tem razão, existem outras formas de aprender tal golpe.

- Bom Raul, vou atrás do pokémon. Pelo jeito a Digllet está bem longe. Então vamos lá para tentar voltar antes do anoitecer. Vou tentar apenas dialogar com ele, espero que ele me ouça. Abro o pote das bolachas e pego um punhado e guardo na mochila, pego minha garrafa térmica e coloco um pouco de chá. - Pronto, agora estou pronto para ir hehe! Abro um sorriso virando as costas, e com um breve acena de mão. - Até logo!

Keny pega a sua mochila e me segue, seguido de Mareep que cantarolava e pulava logo atrás. - Mare...mare...mareep... Começávamos o caminho na direção da Diglett cave, pelo caminho pensava em todo o sofrimento que o pokémon que estávamos indo atrás deveria ter passado com o treinador e o que teria que falar para ele desistir de machucar as pessoas ou até mesmo os outros pokémons. O ex-treinador dele tinha uma tendência a maldades incrível, me passava pela cabeça que essa criança poderia se tornar um Rocket em breve.

Me perdia em meus pensamentos em quanto caminhava pela rota.