Chap. I: When the journey begins!

A esfera terminou de se debater, com um rápido flash cobrindo seu botão central. No mísero lapso de tempo em que aquilo ocorrera, o samurai atirou sua Pokéball, finalizando a captura do outro Mankey com êxito. Agora, tenho certeza de que seriam benfeitores, assim como o jovem disse, sendo-os propício para o mundo no qual vivemos.

Aos poucos, ambos foram se projetando às sombras das copas das árvores. Entretanto, trataram de uma despedida bastante formal. O guerreiro samurai desejou-me, sobretudo, sorte em minha jornada como um treinador. Ele pediu, também, que eu lhe desse o bracelete que ele mesmo revelara conter poder nenhum, mas levava uma lição moral que poderia mudar vidas.

Sem hesitar, entreguei o bracelete à velha, dizendo que o defenderia sobre sua honra e coisas relacionadas a isto. Antes de sair, aquela palavra escrita em Kanji numa tira de pano vermelha foi interpretada: “o amor prevalece sobre tudo”. Seu último pedido era pra que essa frase falasse mais forte em meu ser ainda incompleto. Portanto, desapareceram nas sombras da floresta, com grunhidos peculiares ecoando pelo local.

Olhei para o céu, vendo o crepúsculo perto de se aproximar. O sol ainda estava se pondo, mas o emaranhado das cores do céu me fazia disser que eu voltasse correndo para o local em que encontrei com o cientista, entregando-lhe Matis para uma sucinta análise.

Brevemente, fui até a Pokéball de Mankey, enquanto a recolhia para perto de minha boca, murmurando num único sorriso:

— Seremos imbatíveis a partir de agora, Rowlie.

Então, guardei a sua esfera no respectivo bolso, voltando a caminhar por uma via que desembocava na saída e no local onde encontrei Paras pela primeira vez. Os desenhos feitos nas árvores me auxiliavam, assim, encontrei a saída com extrema facilidade. Não tardando muito, em passos rápidos e largos, comecei a andar na direção em que deparei com Tobias, para que então, entregasse o apetecido Mantis para sua tal análise.

OFF.:

Vasculhando os arredores de relance, percebi uma pessoa com as mesmas vestes que o pesquisador que havia encontrado remotamente. Entretanto, a sua estatura estava abaixo por questão de centímetros. Então, lembrei de que o próprio Tobias informara-me de que havia alguma pessoa semelhante que estaria jazendo no local em que nos esbarramos.

Foi aí que vi minhas pernas se mexendo avidamente para poder alcançar aquele homem antes que qualquer obstáculo pudesse me impedir de chegar até o meu destino. Minhas passadas eram expeditas e largas, buscando ir logo para Viridian ainda àquela noite para um descanso ou um treino alternativo para a minha equipe ainda inexperiente.

Não tardou para que minha silhueta se projetasse um pouco à frente do homem, iluminado apenas pela lua cheia que propagava seus raios luminosos por todo o ambiente. Fiquei a o encarar por algum tempo, até que soprei algumas palavras que eram audíveis apenas para mim e para o pesquisador para evitar pandemônios no até então pacato ambiente.

— Olá, gostaria de falar com Tobias. Ele se encontra?

Lançada a minha indagação, fiquei a fitar o seu semblante aguardando qualquer resposta daquele incógnito pesquisador.

O cientista que corria os olhares pelo chão em busca de novas espécies foi forçado para fazer uma pausa para me responder. Um jaleco que cobria todo o seu corpo deixava amostra timidamente sua roupa casual. Seu cabelo grisalho com algumas rugas esparsas pelo seu rosto; sua cútis era superficialmente corada, com o predomínio de um completo branco.

Ele dizia em meio a tosses a direção de Tobias, apontando seu dedo para deixar mais claro a localização. Então, voltei a andar em direção ao matagal enquanto acenava para ele como se o agradecesse por tal ato. Comecei a andar um pouco mais rápido ávido para chegar a Viridian que não deveria estar muito longe dali.

Sem tardar muito, adentrei o matagal enquanto proferia o nome de Tobias, olhando de relance para todas as direções possíveis de onde ele estaria. Esperava que sua análise fosse sucinta, pois ansiava logo por qualquer tipo de coisa que me proporcionasse um bom descanso, afinal, não é qualquer um que tem fôlego o suficiente para passar um dia inteiro em puras aventuras fatigadoras como as minhas.

Tobias parecia de certa forma perturbado, entretanto, abriu um largo sorriso a me ver. Ele ansiava logo pela análise por aquele espécime; e isso se revelou ao ele dar algumas sucintas pausas, ele logo indagou sobre como foi minha excêntrica aventura, e em especial, se eu estava com o Pokémon que ele pedira remotamente.

Soltei um sorriso, mas decidi não responder verbalmente. Apenas arqueei as duas esferas bicolores que se situavam em meu bolso. Foi ali que liberei duas criaturas: uma que ele requisitou, e uma nova excêntrica espécie para a análise do cientista.

Mantis saiu de sua Pokéball observando Tobias sentindo nenhum sentimento hostil de sua parte, com um tímido sorriso. Já Rowlie, o pequeno Mankey para uma adicional pesquisa começou a pular em seu corpo, enquanto analisava cada coisa que ele portava; apesar de ter seu lado selvagem, o macaco era considerado ainda um “moleque”, na tentativa de brincar com o mesmo. Entretanto, se alguma coisa partisse do cientista, era bom preparar-se para uma boa confusão.

— Eis aí o Paras que pediu, mas chame-o de Mantis; o outro é um Mankey que acho que ainda não explorou, apelidado de Rowlie.

Fiquei no aguardo de qualquer resposta daquele cientista com um comportamento esquisito. Acho que ele acharia fascinante; mas que me liberasse rápido. Meus músculos protestavam depois de um dia como esse, fazia algumas caretas pela dor oscilar de fraca para um tom mais agudo. Que fosse bem breve...

Tobias fascinou-se com tudo aquilo que meus pokémons lhe ofereceram. Ele, ao terminar de fazer cada minuciosa análise, anotava todo em seu livro que eu havia foliado há tempos atrás. Ao terminar, entregou-me duas pequenas frutas que eram escassas naquele âmbito da rota 1, além de me serem úteis.

Foi aí que recolhi Mankey que revelava veias grossas próxima a uma de suas orelhas; sua fúria havia chegado ao ápice por conta de alguém incógnito fazer procedimentos tão peculiares como aqueles. Pegue a esfera que o guardava, retornando-o, para evitar transtornos. Em contrapartida, libertei Robb para um propósito que pensei após receber as frutas.

O dinossauro com um bulbo anexado às suas costas saiu libertando um sorriso ao avistar Tobias, cumprimentando-o com um jubiloso grunhido. Então, agachei, pedindo para que Mantis e Robb se ajuntassem, enquanto soprava para ambos, entregando-lhes a Berry que Tobias havia devotado.

— Mantis, Robb, segurem isso. Isso será útil em batalhas, que curará caso vocês sejam paralisados; as chances disso acontecerem são altas. — ambos receberam e assentiram. Então, os guardei em suas respectivas Pokéballs, voltando meu olhar ao pesquisador enquanto lhe dizia. — Sim.

Corri meus olhares pelo meu redor, avistando um carro. Açodei-me até lá, entrando no banco traseiro – pois talvez o assistente fosse no banco do passageiro – esperando a partida de Tobias e do outro pesquisador.