09. A Stupid in the Beach

Puta merda, cara, só pq esqueci? Agora cê tá sem pudim na janta ;-;

Ignorando todas as provocações que a mulher lançava em mim, retornava Magnemite ligeiramente, em seguida fitando os meus olhos na troca de golpes entre meus Pokémon e os Pokémon dos Rockets. -Grape, quero que você acerte o Ursaring com mais dois golpes. - Olhava atentamente para o grande cão flamejante que ali se em minha frente se erguia, mostrando os seus sinais de maltratos enquanto parecia se sentir furioso por causa dos mesmos, talvez feitos por sua própria treinadora. -Vou me aproveitar disso. - Sussurrava, com um sorriso estampado em minha face. -Sparks utilize mais dois Thundershocks no Ursaring e, Star, utilize Recover para se recuperar dos seus danos e siga com mais um Swift no Ursaring. - Tentava ignorar a presença daquele outro Pokémon noturno, afinal, mesmo que ele fosse o oponente, eu não podia simplesmente botar sal em suas feridas.

-Certo, acho que devo te checar na Pokédex ou algo parecido, não é? - Removia a minha mochila de minhas costas, abrindo um dos menores compartimentos da mesma velozmente, quase arrancando o zíper de seu local. -Onde foi que eu botei aquela coisa mesmo? - Depois de alguns minutos, finalmente encontrei aquela máquina retangular e um tanto quanto fina, imediatamente abrindo a sua "tampa" e praticamente tirando uma foto do escuro e chifrudo cão. -Houndoom? Você é bem interessante, cara.

Hora da Batalha
Campo: Praia deserta, uma tenda ao fundo da batalha.



Vs.

-Obrigado pela ajuda, pessoal, mas agora já deu. – Recolhia todos os meus companheiros para recuperarem as suas energias da batalha. –E, obrigado a vocês dois também, foram de grande ajuda nessa batalha! – Exclamava, com um largo e brilhante sorriso estampado em minha face. –Agora, vamos ao que realmente interessa. – Comecei a andar para frente, em passos longos e velozes, em direção ao cachorro noturno que se estendia em pé ali, em minha frente, com as patas atoladas na densa areia da praia de Vermilion.

Irritava um pouco a garganta fazendo alguns barulhos não tão discretos, somente para soltar uma voz limpa, sem nada para abafá-la. –Ei, Houndoom, que tal nos ajudar a dar uma lição nessa vadia? – Apontava o meu dedo indicador para a Rocket que, talvez um pouco surpresa com as minhas ações, parecia já querer reclamar. –Eu posso cuidar muito bem de você, sabe... Não vou deixar nada e nem ninguém lhe maltratar! – Sorria, agachando para falar melhor com o flamejante. –E então, o que me diz? Quer me acompanhar em minha jornada? – Estendia o meu braço, dando-lhe a minha mão para que pudesse repousar a sua pata sobre ela, caso este aceitasse a proposta.

Assim que disse tais palavras, a Pokébola que eu já estava segurando a algum tempo começava a balançar freneticamente, se abrindo e liberando um forte e reluzente fio de luz escarlate que aos poucos tomava a forma de uma pequena bola de ferro com ímãs e pregos presos na mesma. –Magnemite! – Era meu grande amigo tentando convencê-lo também, ao que parecia, fazendo com que os seus ímãs viajassem por toda aquela esfera dura e magnética que constituía o corpo do pequeno Pokémon.

-Magnet, você está com as suas pilhas descarregadas, agradeço a sua ajuda, mas, eu não quero que você sofra com as suas novas feridas de batalha aqui. – Eu parecia estar meio mole, mas quando se tratava de Pokémon, eu realmente era assim, diferente do meu pavio-curto clássico. –Por enquanto, descanse em sua cápsula. – O retornava rapidamente, imediatamente colocando a esfera bicolor de lados vermelhos e brancos divididos em uma estreita linha negra dentro de um dos menores compartimentos de minha mochila, logo ao lado da vara de pesca que se mantinha presa.

-Dallas, não acha que seria melhor segui-la? – Ellie dizia, enquanto ouvia mais algumas músicas em seu aparelho eletrônico, como de costume. –Ela nos ameaçou, certo? – Ela continuava a falar, com a sua voz doce e confortável, o que quase me fazia acabar seguindo-a.

-Acho melhor não, se fizermos algo desse tipo podemos acabar nos metendo em outra cilada. – Respondia, tentando agir da forma mais prudente ao meu ponto de vista. –Mas então, normalmente, um treinador não pode capturar os Pokémon de outro porque seria roubar, certo? – Removia uma das esferas bicolores de dentro de minha mochila, esta, por sua vez, não continha nenhum Pokémon guardado na mesma. –Houndoom, eu sei que pode ser meio difícil se adaptar à mim, mas, eu prometo que irei lhe proteger, ok? – Tentava criar um laço de amizade com ele, enquanto apertava o botão central da Pokébola em sua testa, levemente, para não machuca-lo ou coisas do gênero. –Tudo o que precisa fazer é aceitar a captura... – Falava baixo, como se fosse estar me despedindo do cão flamejante, mas ao mesmo tempo me apresentando a ele.

-Meu nome é Dallas Grave e eu irei lhe proteger a todo custo! – Sorria, alegre com aquela situação toda, afinal, tinha a sensação de poder capturar um bom Pokémon. –Certo, depois disso, posso te apresentar à minha equipe, caso queira ficar comigo e, em seguida, quando amanhecer, ir para a próxima rota, soube que ela tem conexão com uma caverna um tanto quanto interessante...

-Parece que preciso provar que posso ser um bom treinador para você, certo? – Abaixava as sobrancelhas, ainda com o sorriso estampado em minha face, em seguida me levantando e esticando o meu braço até o zíper de um dos compartimentos de minha mochila que, por sua vez, por estar em minhas costas, tinha de fazer um grande esforço para pegar tal objeto. –Sabe, eu posso te proteger de qualquer golpe que puder te machucar, independente de qual for. – Jolteon aparecia, novamente em sua postura de superioridade, talvez botando medo no Houndoom por causa da tremenda aura assassina que a raposa liberava. –Sparks, me acerte com Pin Missile.

Erguendo os dois braços, me mantinha em frente ao cão de altas temperaturas, recebendo cinco enormes machucados que quase me faziam cair, deixando a minha pele avermelhada e até um pouco roxa por causa do impacto dos golpes. –Obrigado pelo bom trabalho, garota... – Assim feito, ela me olhava, surpresa por “não ter feito grandes feridas”, logo virando o seu rosto para o lado como se não tivesse gostado do agradecimento, então sendo sugada por sua cápsula. –Somente, aperte a sua testa no botão da Pokébola em minhas mãos. – Apertava a esfera fortemente, imediatamente perdendo a consciência, caindo de joelhos e em seguida repousando o meu corpo com uma potente caída na areia de Vermilion, ainda com a cápsula bicolor em mãos.