[Rota 1]----> Um Pseudo Catador de Lixo

Explore is my life

Sai do Laboratório em direção a saída da cidade de Pallet, consequentemente, acabei entrando na Rota 1, uma rota que para mim não era animadora até porque não é uma região montanhosa e meu interesse é totalmente voltado para a exploração de cavernas, mesmo assim a Rota 1 era bonita. Poderia ficar alegre por iniciar minha jornada em um continente totalmente diferente do qual nasci ou talvez por ter um Pokémon lindo como Phanpy. Mesmo sendo meu Pokémon não sabia nada sobre ele, pois na região que nasci não existem Phanpy's.

Saquei minha Pokedex da mochila e apontei para o pequeno Pokémon que saltitava e rodopiava pela estrada de chão. A voz robótica liberou as informações do Pokémon, com isso consegui me adaptar e planejar como treinaria a criaturinha mais fofa do mundo.

- Phanpy venha cá! Quero me apresentar a você e te dar um nome, ok? - Chamei o Pokémon com um sorriso no rosto e propus uma apresentação para nos conhecermos melhor.

- Phanpy! Phanpy" - O Pokémon corria em minha direção meio desengonçado e tropeçando em suas próprias patas e ao chegar perto de mim começou a rodar em volta das minhas pernas, ele realmente parecia feliz.

Peguei Phanpy no colo e olhei fixamente em seus olhos dando um largo sorriso para ele, então comecei a falar:

- Meu nome é Martin, sou um arqueólogo e seu amigo, a partir de agora você é a coisa mais importante na minha vida. Gostaria de chamar você de Nia. O que você acha?

Sem exitar ela balança a cabeça positivamente duas vezes, logo após o positivo de meu Pokémon começo a caminhar em direção a próxima cidade, cuidando de todos os detalhes da rota em busca de algo interessante. Estava com bastante energia e queria alguma aventura rápido.


Thanks Tiago © 2013

Logo após adentrar a Rota 1, dar o nome a sua pokémon e tentar pega-lo no colo, sem sucesso, afinal ela era pesada demais para um simples ser humano segura-lo com facilidade, levando o jovem contra o chão, aonde rolavam na grama por alguns breves momentos até se levantarem e irem em direção a Viridian.


Um pouco mais ao longe, por fora da rota, entre as árvores, viam um pequeno, porém forte, Machop carregando madeira para uma carroça, ele estava sozinho, porém parecia domesticado. Em sua face, uma forte expressão de tristeza como se estivesse sendo obrigado a fazer aquilo. Era um sinal claro de mal-trato ao pokémon, e qualquer um que se prese não poderia deixar aquela situação passar sem antes dar uma checada.


O pokémon lutador, então subia na carroça que era puxada por uma Ponyta, dava um pequeno grito e segurava as rédeas do pokémon equino flamejante, indo então para uma parte mais densa da floresta. Um rastro das rodas era deixado por ali, chamando a atenção da curiosa Phanpy, que como todo pokémon recém-nascido era curioso. Ela olhou para Martin, Martin olhou para ela. A elefantinha azulada estava um pouco chorosa, tentando seguir o rastro do Machop devido a sua curiosidade.

BABY, COME BACK~~

Explore is my life

Quando vi o Pokémon carregando aquele grande tronco de madeira fiquei surpreso pela força do Pokémon, isso me fascinou, queria por tudo capturar aquele fortinho e para isso teria que ir atrás dele, porém quando vi aquela carroça e a cara de tristeza do pequeno Pokémon fiquei realmente triste por saber que ainda exploram criaturas tão fofas como os Pokémon.

Olhei para Phanpy e ela estava com um rosto choroso, mas com curiosidade para descobrir a onde que aquela carroça iria, decidi seguir os rastros para descobrir quem estava e o motivo para estar explorando os animais.

- Vamos Nia! Ao resgate do Pokémon. - Falei confiante para encorajar meu Pokémon que parecia estar um pouco nervoso.

- Phanpy!

Comecei a correr atrás dos rastros das rodas da carroça enquanto que Nia tentava me acompanhar, mas por ser um pouco pesada tinha alguma dificuldade. Estava bastante contente por conseguir a minha primeira aventura, mas também preocupado por não saber se teria sucesso nela.


Thanks Tiago © 2013

Movidos pela curiosidade de Nia, a pequena phanpy pomposa e diva, a dupla partia para sua primeira aventura épica, a salvação do Machop escravizado! O pokémon lutador havia encantado tanto Martin com sua força descomunal, típico de sua espécie, que ele necessitava captura-lo.


Decido que iria seguir o rastro da carroça, se via obrigado a esperar por sua parceira, que era um pouco mais lenta que este fora de batalhas, porém toda animada, ela se ''enrolava'' e fazia uma espécie de Rollout para então passar na frente de seu treinador e deixa-lo para trás, desaparecendo.


Agora Parker só tinha os rastros da carroça para seguir e o de Phanpy, que o havia abandonado ali, afinal ela era uma recém-nascida, não podia se cobrar muito, em meio ao caminho, ele via uma bifurcações, uma delas estava o rastro da carroça e a outra com o caminho feito pela parceira do pokémon, ele tinha que tomar uma decisão, que era bem óbvia afinal, porém ainda havia a chance de escolher seguir o Machop, qual delas, o jovem faria?

BABY, COME BACK~~

Explore is my life

Por ser inexperiente Phanpy não sabia dos perigos que existiam nas rotas e afastado do caminho principal as chances de algo acontecer eram bem maiores, para piorar existia exploração de Pokémon para este lado da Rota 1. Mesmo que Machop fosse um Pokémon muito forte, não poderia abandonar a minha Phanpy de jeito algum. Sem exitar fui em direção aos rastros que Phanpy deixou, primeiro resgata-la depois pensar no Machop.

Como já sabia a situação do local decidi não sair gritando para não me descobrissem, não sabia o quão forte ou perigoso era quem escravizou o Machop e por isso não podia me revelar, ainda mais sendo novato.

Procurava uma maneira de encontrar Nia, a cada passo olhava a trezentos e sessenta graus para não perder nenhuma pista sobre o local que a pequeninha havia se enfiado. A preocupação e a ansiedade estavam tomando conta de mim, a cada passo um pensamento sobre o que poderia ter acontecido com Phanpy.


Thanks Tiago © 2013

Ao decidir seguir o seu pequeno pokémon bebê, o jovem Martin dava de cara com uma pequena trilha bem construída e com cerquinhas brancas novinhas em folha, como se alguém estivesse cuidando daquele lugar todo santo dia, até as árvores estavam podadas e os galhos não se metiam na trilha, no chão, uma folha sequer estava no chão.


Conforme ia se aproximando de seu destino, se viu dentro de uma pequena clareira, em seu centro havia um túmulo, uma lápide, aonde estava escrito ''B*NE B*LVOS*KI, FILHO E TREINADOR AMADO'', mas ainda sim, aquele objeto sequer conseguia tirar a beleza daquele local, as árvores formavam uma espécie de circulo fechado que só dava para sair e entrar pelo caminho pela qual Martin havia caminhado. Um pouco perto do túmulo, ele via Nia brincando com um grupo de Butterfrees selvagens que cuidavam da pequena com todo carinho, afinal o carisma que a elefantinha tinha era absurdo, porém quando seu treinador se aproximava, os insetos voavam para longe com medo, desaparecendo entre as árvores.

BABY, COME BACK~~

Explore is my life

Fiquei pensativo em ver uma trilha tão bem cuidada como aquela no meio do nada, segui caminhando pela trilha e cheguei em uma clareira. O lugar era bonito e estranho, pois tinha uma lápide com uma mensagem escrita, fiquei meio preocupado por talvez estar invadindo um lugar sagrado. Só queria pegar meu Pokémon e voltar para resgatar o Machop, só isso.
- Phanpy! Venha cá. Não quero que saia mais de tão longe de mim, você me deixa preocupado. - Falei me aliviando de uma grande preocupação que estava com Phanpy.

- Phan! Phanpy! Phan! - Nia tentava argumentar porque saiu correndo sozinha, parecia estar arrependida do que ter feito.

Como não queria ficar ali por ser um lugar sinistro resolvi voltar pela trilha até o lugar que me separei de Nia, dessa vez fiz ela andar ao meu lado para não ocorrer novos problemas e perdemos mais tempo. Precisava ser rápido para os rastros das rodas da caroça não desaparecessem.


Thanks Tiago © 2013

Assim que o jovem treinador tinha a companhia de Nia retornando para ele, e após umas breves briguinhas para ver quem realmente tinha razão naquele mar de amores que era a duplinha dinâmica, a dupla decidia retornar pelo caminho que haviam tomado antes e então partir a procura do Machop escravizado.


Porém quando paravam pra prestar atenção, o Machop já estava na entrada da clareira, segurando um buquê de flores, uma vassoura e uma tesoura para jardinagem, talvez estivesse ali para prestar suas condolências por alguém e para cuidar do ilustre e belo lugar, possivelmente mais um trabalho de sua grande escravidão.


Era então que o pokémon lutador corria em direção a lápide, preocupado, a analisava de ponta-a-ponta, quando Martin parava para ver aquela triste cena, ouvia o barulho do engatilhar de uma escopeta atrás de sua cabeça, pronta para atirar.


- Vire devagar, meu filho - Disse uma voz rouca e masculina.

BABY, COME BACK~~

Explore is my life

Quando finalmente estava saindo daquele lugar esquisito para procurar Machop me deparo frente a frente com o Pokémon desejado. Fiquei feliz demais por achar ele tão fácil assim, porém Machop parecia preocupado com a lapide. Ele era quem cuidava de todo o local.

Estava começando a ficar calmo, quando de repente fui rendido por um homem com uma espingarda. Meu corpo gelou e minhas pernas tremiam um pouco, mas tentei me manter calmo para resolver a situação sem ter problemas maiores.

- Calma, calma. Estou virando já. - Falava girando lentamente com as mãos na cabeça como prometido.

Nia ia para trás dos meus pés com bastante medo do homem, era bem assustador alguém com porte de arma em uma rota inicial como a Rota 1. Talvez fosse um psicopata ou um assassino, vai saber, o mundo Pokémon é realmente doido.


Thanks Tiago © 2013

Quando Martin se virava, vagarosamente e com cautela, via que quem estava atrás dele, era um homem velho, por cerca dos cinquenta anos e um pouco logo mais, uma mulher, de mesma idade e tamanho que o homem, ambos eram bem gordinhos e tinham cabelos grisalhos, a mulher um cabelo longo, indo até sua cintura e estava curvada, usando um andador, já o homem era forte, apesar de gordinho, e possuía uma barba imponente e grande que cobria toda a parte da frente de seu pescoço, enquanto os cabelos de médio porte, iam até os ombros.


- Ora, ora, querido, vamos, abaixe a arma, é só um garotinho e sua Phanpy - Disse a mulher, em um tom manso e amável, uma típica ''vovozinha'' amável - Vamos, vamos, você deve estar assustado, nos vamos te levar até nossa casa.


A mulher guiava Martin, ou pelo menos assim tentava, sem muitas dificuldades o garoto ia, intimidado pela escopeta do velho, talvez fosse melhor seguir as ordens deles. Até chegavam a uma casa, apos passar pela mesma bifurcação de antes, seguindo um caminho diferente, ao chegarem numa casarão enorme, rodeado de Machops que sorriam de orelha-a-orelha, fazendo todo tipo de trabalho braçal, diferentes do outro Machop, eles pareciam estar felizes com o que faziam, e o brilho em seus olhos era vívido, amavam aquele lugar e cuidavam dele com todo o esforço.


- Entre, entre, vamos tomar um chá - Disse a velhinha, já abrindo a porta do casa após se perder nas inúmeras chaves que tinha, guiou Parker até uma sala, com poltronas e uma mesinha no centro, logo em seguida, um Machamp vestido de mordomo adentrava ao local, deixando duas xícaras de chá, uma colher e um açucareiro - Então, poderia me dizer por que estava no túmulo do meu filho?

BABY, COME BACK~~