Um poeta para a Jornada e o inicio de Lef

O treinador percebia que mesmo com Leafeon em campo ele não conseguiria derrotar o morcego sem uma ajuda adicional. Para resolver isso, uma Pokéball era jogada no chão, invocando Cacnea para o campo de batalha. Uma escolha que poderia se dizer até um tanto duvidosa, visto que o Pokémon cacto era um tipo grama, no qual tinha uma evidente desvantagem contra o Woobat.

O treinador também tentava fazer barulhos para atrapalhar a audição de Woobat, entretanto, talvez pela escuridão do local, o treinador não reparava que o psíquico sequer tinha uma orelha ou um aparelho auditivo e acompanhava tudo ao seu redor pelo olfato. Gaulvi esperava para que o Pokémon cacto atacasse primeiro, mas o mesmo não estava disposto a obedecer nem lutar, então simplesmente sentava no local enquanto observava a vegetação.

Com o Pokémon de grama ignorando o combate, Woobat se viu em uma ótima oportunidade para ataca-lo e quando preparou uma forte ventania, Leafeon tomou a frente para proteger seu companheiro de equipe, este não parecia nem se importar com o ocorrido. Após sofrer os danos do ataque voador, o Pokémon de grama tentou usar a investida, mas era impossível alcançar Woobat enquanto o mesmo estivesse no ar.

Novamente o morcego preparava uma ventania, mas essa estava sem direção, apesar de seu nariz aguçado, ele também tinha dificuldades na escuridão. E agora?

Ao conversar com seu Cacnea, o mesmo olhou para seu dono e lançou uma língua para fora. Estava pouco se lixando para oque o treinador pensava. Continuava a brincar com uma florzinha encontrada no chão. Leafeon suspirou e foi até seu treinador, só que ao procurar pelo perfume, Gaulvi percebeu que por um descuido, na hora de arrumar seus materiais de viagem, ele acabou por pegar um frasco vazio, então não tinha como liberar nada no local. Infelicidade para o treinador.

Mas Woobat não estava nem aí. Ele rapidamente lançou uma ventania no despreocupado Cacnea, que caía no chão sem vida. Um a menos para a preocupação do morcego, mas Leafeon não ficou nada feliz ao ver seu parceiro cair. Mas o treinador não percebia que as investidas normais não iriam funcionar contra o Woobat, já que ele era um tipo voador... Mais um turno gasto a toa.

Para a sorte de Gaulvi, Woobat acabava se atrapalhando, lançando uma ventonia numa árvore ali perto...

O treinador lamentava-se por ter esquecido seu prefume, mas logo se recompôs e indicou as ordens para seu Pokémon de grama. O mesmo concordava com a cabeça e tentava lançar uma pedra na direção do Woobat, mas ele não tinha mãos para agarra-la então fora em vão. O Pokémon morcego tentava mais um ataque de ventania mas acertava apenas um galho que estava no chão. Leafeon corria na direção de uma árvore e tomava impulso, acertando uma investida no corpo do Woobat.

O mesmo grunhia de dor e por sorte do treinador errava mais um ataque de ventania. Leafeon aproveitava a oportunidade para pegar impulso na mesma árvore e desferir mais uma investida. As coisas começavam a melhorar...

A ideia do treinador era arriscada e até um tanto suicida, mas ele estava disposto a vencer de qualquer maneira. Woobat por outro lado não se preocupava com isso e quando Leafeon partiu para as costas do treinador como se ele fosse um escudo, imediatamente Gaulvi sentiu uma pressão descomunal atingindo seu corpo e rasgando suas roupas, cortes iam surgindo aos poucos e ele caía no chão de joelhos. Ele não tinha a mesma resistência de um Pokémon e os cortes eram demasiados dolorosos para o jovem.

O Pokémon de grama, vendo a situação do seu Pokémon, pulou do ombro de seu treinador para pegar impulso, acertando uma investida no Woobat, derrubando-o, depois de muito o Pokémon voador estava desmaiado. Mas a situação de Galvi também não era das melhores. E agora?

Após derrotar o selvagem exótico, o treinador optou por não capturá-lo e de dormir na floresta marcada pela escuridão da noite. O fato é de que dormir em qualquer tipo de floresta é algo aterrorizante, muitos Pokémon noturnos fazem barulhos diferentes muito assustadores. Só que o cansaço e a dor do treinador falavam mais alto e não demorou muito para que pegasse no sono.

Quando acordou já era de manhã. Leafeon já parecia acordado a algum tempo, estava sentado apreciando o terreno em que estavam. Woobat ainda jazia no chão desde da luta passada. A floresta era fria e o sol entrava pouco nas árvores, então não estava tão claro, mas sim mais visível. Ele percebeu que o local que estava era rodeado por árvores e uma grande rocha a direita.

Se quisesse seguir caminho teria de cortar alguns galhos...