A floresta... mítica! #03

Tarantino se assustou quando percebeu que aquele pokémon tinha um dono. Na verdade, era uma dona. O homem se estressou mais uma vez, mas dessa vez, ainda mais.

- Olha aqui, senhorita educada... Esse pokémon ia atacar meu Hoothoot, sem fazermos nada! - exclamou Green, quase jogando a menina de kimono longe. - Você queria que eu ficasse aqui esperando que ele deixasse minha corujinha desse jeito?! - os dois observaram ela, desmaiada ao chão, choramingando de tanta dor que sentia. O idoso, tirou Josh do chão e guardou-o na pokébola comum que guardou-o durante a rota 2. A garota ficou estagnada. - Não vai me responder?! O gato comeu sua língua?! Filha da...

Depois disso, era perceptível que Tarantino invocava um gênio adolescente quando se irritava. Isso provavelmente nunca foi descoberto pelos amigos pois ele não ficava bravo facilmente, porém, isso poderia mudar. O velho imitou a menina de kimono com uma voz idiota, e partiu para longe dela, o que deixou-a muito irritada. Após andar por alguns minutos, longe da garota, ele liberou Noah, para ter com quem conversar. Contou sobre o que aconteceu anteriormente, o que fez com que o cãozinho se surpreende-se. Eles falaram sobre outros assuntos, para se conhecerem ainda mais. Green contou sobre seu passado ao seu amigo, o que também dificilmente acontecia... O homem não gostava de compartilhar com os outros o que aconteceu na sua infância, e quanto seus pais não respeitavam sua vontade de tornar-se um condecorado treinador. Já observando árvores mais altas, eles pensaram que estavam próximos do final, porque já estavam andando a pouco mais de uma hora. Era próximo das cinco horas da tarde. Eles só tinham mais três horas para achar a saída daquele labirinto!

- Menina mala. - refletiu o setentenário com o projeto de tigre feroz. - Parecia um bebê mimado, muito feio por sinal. - o idoso guardou um rancor muito grande da lutadora, por não acreditar nele.

Tarantino estava quase possuído pelo demônio depois de tudo que passou nas mãos da lutadora infernal. Queria jogá-la no espaço. Ela estava irritando Green mais do que o normal... Minha nossa!

- O que você quer para sair daqui?! - gritou. - Você não tem nada para fazer da vida?! Se você quer seguir alguma coisa, siga sua vó. Além disso, eu não sou rabugento. Você que é... - e correu, fugindo da maluca de kimono. O velho não aguentava mais ficar por perto da menina, a qual acava com a diversão e alegria alheia, que era o propósito realmente principal de qualquer jornada em busca de ser um campeão.

"Isso foi muito amigável", pensou Tarantino. Ele ia tentar convencer a lutadora tornar-se sua mais nova amiga, mesmo com um mau começo, porque quem não arrisca, não petisca uma Pecha Berry. Liberando Josh, começou logo a falar. Porém antes, observaram a corujinha caindo ao chão, envenenada. Isso deixou a garota com muita pena do pokémon.

- Você me convenceu, garota! Desculpe-me por te chamar de rabugenta, eu estava nervoso. Na verdade, desculpe-me por tudo... - falou, se desculpando. - Mas, qual é o seu nome?! - indagou, curioso como sempre foi.

Ao agradecer a menina pela Pecha Berry e recolher seu Hoothoot, o homem perguntou a menina sobre seu nome e quando começou sua jornada. Descobrindo o passado da menina de kimono, soltou uma lágrima. Não era novo para ninguém que o velho de quase setenta anos era muito sentimental.

- Bem, meu nome é Tarantino Green, e eu tenha sessenta e sete anos de idade. Eu comecei minha jornada agora, porque quando eu era criança, meus pais não deixavam eu tornar-me um treinador... Então, eu também fugi de casa e fiquei alguns dias sem lugar para viver. Depois, eu comecei a morar em Cinnabar e criei uma família lá. Mas, meu filho viajou para longe e aí eu comecei uma viagem por Kanto para ser um campeão! - era perceptível que os dois se emocionaram com tanta semelhança entre eles.