- Últimos passos;
- Objetivos desta rota:
Capturar pokémon do tipo água;
Treinar pokémon do time;
Fortalecer o vínculo entre Pandora e Gael;
Conseguir Dinheiro;
Ao sair de Lavender, lembrei que recentemente caminhei por lugares bem distintos, pude conhecer pessoas das mais diferentes personalidades. Fui atacada por um integrante de uma gang, atacada por um caçador de pokémon, mas também conheci pessoas boas, como Wendy e Nagisa, por exemplo. Viajei de helicóptero, duas vezes! Pude me tornar Criadora, acompanhar a evolução de meus companheiros pokémon. Ah, quanta coisa! Sem contar naquelas que quase ninguém acredita, como uma floresta mistica da qual fui levada por um portal! Histórias, minhas histórias. Todas vividas, digeridas e conquistadas com muita determinação. Minha viagem por Kanto a cada dia tornava-se cada vez mais sensacional. Mas desde que comecei minha viagem, eu não tinha seguido por uma rota no mar, por conta disso, acabei indo caminhar pela Rota 12. Meu objetivo naquela Rota era treinar meus companheiros pokémon, fortalecer nossos vínculos, e conhecer outras criaturinhas também.
Assim que me deparei com a imensa ponte estendida acima do mar, me alegrei pela minha escolha de ambiente. A água límpida marejava, aquele cheiro gostoso de água do mar, aquele vento fresco, acompanhado do sol delicioso. Ah, como eu sentia falta desse ambiente proveitoso e acolhedor. Ao longo da enorme ponte, vários treinadores e pescadores concentravam-se em suas varas de pescar. Eu iria aproveitar e acompanhar o movimento e a rotina do lugar...
Olhei bem para os lados e escolhi um lugar onde tinha menos gente, havia na verdade só um rapaz de costas pescando em silêncio. Parecia o lugar perfeito para começar a pescar, uma vez que era uma única pessoa e ela estava em silenciosa ali, não iria me atrapalhar. Então sentei ao seu lado, tirei as sandálias e com os pés nus toquei a água, estava gelada, mas deliciosa. Podia ver o meu reflexo na água... e podia ver o reflexo do rosto do rapaz ao meu lado! Para minha surpresa, era o mesmo inconveniente grosseiro que havia me abordado de maneira invasiva no Centro Pokémon! Como era seu nome mesmo? ... Tsc, não importava! Eu precisava sair dali antes que ele me notasse... Firmei as duas mãos na ponte para me levantar, quando meu coração parou, e senti meu corpo paralisar... O rapaz colocou a mão em cima da minha, e a pressionou contra a ponte de madeira, e sem olhar pra mim, com as vistas fixas na água disse:
- Não precisa ir. Não vou incomodá-la. Se quiser, inclusive, eu vou para o outro lado.
Eu não tinha sentido até então aquele perfume delicioso que tinha notado no Centro Pokémon, mas ali, naquele instante, a brisa do mar carregou até mim aquele perfume amadeirado. E eu permaneci muda, a mão dele era forte e sopesava sobre a minha, sem machucar-me, era uma grosseria transvestida de ternura - ou vice e versa. Olhei sem jeito para a água e vi mais uma vez seu rosto no reflexo da água. Sem jeito, tirei minha mão de baixo da dele. Continuei sentada.
- Tudo bem. Você fica, eu fico. Não precisamos conversar - disse a ele.
- Mas e se eu quiser conversar com você?
A pergunta dele me espantava, ele tinha o dom de hora ser charmoso, hora ser petulante. Horas atrás causou-me incomodo no Centro Pokémon, e agora ao invés de pedir desculpas pela forma como me abordou, comete outra gafe! Estava pronta para mudar de ideia e levantar, quando ele rompeu novamente o silêncio...
- Desculpa. Estou na estrada há muito tempo... apenas eu e meus companheiros pokémon. Raramente encontro uma pessoa mais de uma vez nos meus caminhos. Quando te abordei no Centro Pokémon não percebi que estava sendo "invasivo", como me disse. Eu só pensei que pudesse me dar umas dicas da região.
- Joy disse que você está aqui já a bastante tempo, não conseguiu suas próprias dicas do lugar? - Cortei o rapaz de forma ríspida.
- Não gosto de pedir ajuda, gosto de viver livre e sem precisar de alguém. E eu não preciso de dicar pra sair daqui, mas sim pra aproveitar melhor a região. Gosto daqui...
Eu e Joy acreditamos que o rapaz queria sair a todo custo daqui, mas que não conseguira. Nos enganamos. Ele estava aqui por que queria, apenas desejava mais do lugar. Mais...
- Eu aproveito o máximo de cada lugar que visito, antes de partir - Disse o jovem, completando seu pensamento e interrompendo o meu.
Aquilo era uma conversa. Sem que eu notasse, ele havia me feito cativa da sua conversa. Ele era misterioso, parecia ter um brilho no olhar, toda vez que olhava para o horizonte, mas repentinamente, tudo se esvaia. Quais eram suas histórias? Seu passado? Seus sonhos? Seus medos? Eu havia ficado tanto tempo me dedicando apenas a pokémon que quando me encontrava com pessoas, me faltava tato. E pelo visto, a ele também.
Ficamos ali em silêncio, em seguida. Eu não me levantei, tão pouco ele foi pro outro lado. Era estranho esses encontros e desencontros. Era ainda mais estranho ele, que conseguia causar um impacto de alguma forma em mim, e eu não gostava disso. Mal o conhecia, devia ser a maresia que me dava enjoo. Deveria. Ah, como eu queria que fosse!
Eu lancei minha vara na água, com uma isca. Ele riu. Olhei para ele questionando qual a piada, e ele num silêncio avassalador não me respondeu, apenas continuou pescando. Voltei a olhar pra minha vara, ali fiquei durante alguns minutos, inerte olhando para as ondas que o anzol fazia na água. Ele voltou a rir. Mas dessa vez, sendo ainda mais invasivo do que antes, puxou a minha linha, pegou o meu anzol e ajeitou a isca de outra forma no ferro do anzol, e depois a lançou de volta pro mar. Olhei pra ele, e sem olhar pra mim, disse-me:
- Estava colocada errada.
Ficamos ali em silêncio, pescando pokémon, peixes, e pensamentos.
Última edição por Ana em Sex 31 Out - 9:38, editado 1 vez(es)
- Objetivos desta rota:
Capturar pokémon do tipo água;
Treinar pokémon do time;
Fortalecer o vínculo entre Pandora e Gael;
Conseguir Dinheiro;
Ao sair de Lavender, lembrei que recentemente caminhei por lugares bem distintos, pude conhecer pessoas das mais diferentes personalidades. Fui atacada por um integrante de uma gang, atacada por um caçador de pokémon, mas também conheci pessoas boas, como Wendy e Nagisa, por exemplo. Viajei de helicóptero, duas vezes! Pude me tornar Criadora, acompanhar a evolução de meus companheiros pokémon. Ah, quanta coisa! Sem contar naquelas que quase ninguém acredita, como uma floresta mistica da qual fui levada por um portal! Histórias, minhas histórias. Todas vividas, digeridas e conquistadas com muita determinação. Minha viagem por Kanto a cada dia tornava-se cada vez mais sensacional. Mas desde que comecei minha viagem, eu não tinha seguido por uma rota no mar, por conta disso, acabei indo caminhar pela Rota 12. Meu objetivo naquela Rota era treinar meus companheiros pokémon, fortalecer nossos vínculos, e conhecer outras criaturinhas também.
Assim que me deparei com a imensa ponte estendida acima do mar, me alegrei pela minha escolha de ambiente. A água límpida marejava, aquele cheiro gostoso de água do mar, aquele vento fresco, acompanhado do sol delicioso. Ah, como eu sentia falta desse ambiente proveitoso e acolhedor. Ao longo da enorme ponte, vários treinadores e pescadores concentravam-se em suas varas de pescar. Eu iria aproveitar e acompanhar o movimento e a rotina do lugar...
Olhei bem para os lados e escolhi um lugar onde tinha menos gente, havia na verdade só um rapaz de costas pescando em silêncio. Parecia o lugar perfeito para começar a pescar, uma vez que era uma única pessoa e ela estava em silenciosa ali, não iria me atrapalhar. Então sentei ao seu lado, tirei as sandálias e com os pés nus toquei a água, estava gelada, mas deliciosa. Podia ver o meu reflexo na água... e podia ver o reflexo do rosto do rapaz ao meu lado! Para minha surpresa, era o mesmo inconveniente grosseiro que havia me abordado de maneira invasiva no Centro Pokémon! Como era seu nome mesmo? ... Tsc, não importava! Eu precisava sair dali antes que ele me notasse... Firmei as duas mãos na ponte para me levantar, quando meu coração parou, e senti meu corpo paralisar... O rapaz colocou a mão em cima da minha, e a pressionou contra a ponte de madeira, e sem olhar pra mim, com as vistas fixas na água disse:
- Não precisa ir. Não vou incomodá-la. Se quiser, inclusive, eu vou para o outro lado.
Eu não tinha sentido até então aquele perfume delicioso que tinha notado no Centro Pokémon, mas ali, naquele instante, a brisa do mar carregou até mim aquele perfume amadeirado. E eu permaneci muda, a mão dele era forte e sopesava sobre a minha, sem machucar-me, era uma grosseria transvestida de ternura - ou vice e versa. Olhei sem jeito para a água e vi mais uma vez seu rosto no reflexo da água. Sem jeito, tirei minha mão de baixo da dele. Continuei sentada.
- Tudo bem. Você fica, eu fico. Não precisamos conversar - disse a ele.
- Mas e se eu quiser conversar com você?
A pergunta dele me espantava, ele tinha o dom de hora ser charmoso, hora ser petulante. Horas atrás causou-me incomodo no Centro Pokémon, e agora ao invés de pedir desculpas pela forma como me abordou, comete outra gafe! Estava pronta para mudar de ideia e levantar, quando ele rompeu novamente o silêncio...
- Desculpa. Estou na estrada há muito tempo... apenas eu e meus companheiros pokémon. Raramente encontro uma pessoa mais de uma vez nos meus caminhos. Quando te abordei no Centro Pokémon não percebi que estava sendo "invasivo", como me disse. Eu só pensei que pudesse me dar umas dicas da região.
- Joy disse que você está aqui já a bastante tempo, não conseguiu suas próprias dicas do lugar? - Cortei o rapaz de forma ríspida.
- Não gosto de pedir ajuda, gosto de viver livre e sem precisar de alguém. E eu não preciso de dicar pra sair daqui, mas sim pra aproveitar melhor a região. Gosto daqui...
Eu e Joy acreditamos que o rapaz queria sair a todo custo daqui, mas que não conseguira. Nos enganamos. Ele estava aqui por que queria, apenas desejava mais do lugar. Mais...
- Eu aproveito o máximo de cada lugar que visito, antes de partir - Disse o jovem, completando seu pensamento e interrompendo o meu.
Aquilo era uma conversa. Sem que eu notasse, ele havia me feito cativa da sua conversa. Ele era misterioso, parecia ter um brilho no olhar, toda vez que olhava para o horizonte, mas repentinamente, tudo se esvaia. Quais eram suas histórias? Seu passado? Seus sonhos? Seus medos? Eu havia ficado tanto tempo me dedicando apenas a pokémon que quando me encontrava com pessoas, me faltava tato. E pelo visto, a ele também.
Ficamos ali em silêncio, em seguida. Eu não me levantei, tão pouco ele foi pro outro lado. Era estranho esses encontros e desencontros. Era ainda mais estranho ele, que conseguia causar um impacto de alguma forma em mim, e eu não gostava disso. Mal o conhecia, devia ser a maresia que me dava enjoo. Deveria. Ah, como eu queria que fosse!
Eu lancei minha vara na água, com uma isca. Ele riu. Olhei para ele questionando qual a piada, e ele num silêncio avassalador não me respondeu, apenas continuou pescando. Voltei a olhar pra minha vara, ali fiquei durante alguns minutos, inerte olhando para as ondas que o anzol fazia na água. Ele voltou a rir. Mas dessa vez, sendo ainda mais invasivo do que antes, puxou a minha linha, pegou o meu anzol e ajeitou a isca de outra forma no ferro do anzol, e depois a lançou de volta pro mar. Olhei pra ele, e sem olhar pra mim, disse-me:
- Estava colocada errada.
Ficamos ali em silêncio, pescando pokémon, peixes, e pensamentos.
Última edição por Ana em Sex 31 Out - 9:38, editado 1 vez(es)