Centro Pokémon - Riyado

OFF: Interação com a linda da @Victoria

A algum tempo atrás eu havia ouvido falar sobre Winnie. Primeiro pela Battle Tower, que, bem, era quase impossível não ouvir falar dela na Battle Tower. Todos falavam sobre como ela e um tal de Nico haviam derrotado todos os oponentes sem muitos problemas, mas haviam tido um azar enorme contra Anabel. Depois foi através de Kath que soube que ela estaria fundando uma sociedade mas depois de tanto se ouvir falar, eu finalmente havia me deparado com ela.

Num anúncio na Pokénav, ela ofertava um ovo de Torchic em troca de um ovo de um Pokémon venenoso, aparentemente queria ajudar um novato, então eu a chamei e marcamos a troca. Finalmente, no momento atual, eu estava em Riyado, no Centro Pokémon, esperando que a garota chegasse. Como estava lá já havia um tempo, eu fiz toda a minha rotina de treinos, almocei e... bem, fiquei sem o que fazer. A aguardava numa mesa, perto da entrada, na esperança de que se ela chegasse conseguisse me ver. Liberava Zhár para me fazer companhia enquanto eu revisava algumas coisas sobre a fisionomia dos meus Pokémon.

Parecendo um universitário em véspera de prova, lá estava eu, identificando num esquema anatômico de um Vikavolt as partes mais vulneráveis do corpo do inseto e tentando entender que tipo de movimentos eram possíveis do Pokémon realizar. Zhár havia dormido do meu lado, em cima da mesa. Já que era bem menor do que uma Ivysaur comum, não gerava transtorno e ela era muito mais fácil de lidar quanto estava dormindo do que quando estava acordada, então... Apenas aceitei.

Enquanto a Pokémon dormia, eu insistia em ler algumas xérox mas não sabia exatamente se isso era útil... então apenas suspirava. Eu começava a rodear outros materiais que tinha na mochila, no aguardo de conseguir algo um pouco mais interessante para ler, já que a sonolência começava a chegar até a mim e achava que não conseguiria me manter atento por muito mais tempo antes de cair no sono...

Eu estava eufórica, apesar de ainda temer as (re)memórias de um esgoto bastante fedido. Era o segundo Centro Pokémon que entrava naquela tarde e - por certeza - o segundo que iria tomar um banho. Uma hora aquela aura nojenta sai de mim! Subi as escadas, passei por um dormidongo na recepção, fui até um dos cômodos e banhei-me em um chuveiro quentinho, em alguma instalação. Coloquei um vestido fresco, branco com rendas. Com ele adicionei um brinco dourado e uma maquiagem leve; de blush natural. Sai com a mochila rosada nas costas e Bragui ao meu lado, já com as selas equipadas para para viajar.

Cruzei o saguão de entrada e mais uma vez encarei o menino dormindo à parte. Desta vez parei um pouco para o encarar; sua altura exagerada, cabelos rubros e falta-de-noção me lembravam alguém...

... Não alguém que eu conhecia, mas alguém que um dia me descreveram. Talvez Kathryne, talvez a antiga "Circulus Virtum"... Forcei a vista, ajeitando minha íris saltitante e focando o rapaz. Não relutei em analisá-lo de cima-a-baixo e, quando enfim tive um pequeno estalo de memória, me dei a liberdade de sentar ao seu lado. Cutuquei-o com o cotovelo e aproveitei para cutucá-lo com palavras:
- Quando eu era da Virtum, a gente te botava mais pra trabalhar em... - Mentira. Estou certa de que a sociedade está muito melhor sem mim. Ela parecia tão mais bem-articulada! - Foi ti que me ofereceu um Poison, né?! Desculpa, eu já tinha até esquecido.... quando o pokémon não é pra mim, eu acabo sequelando.

Okay, eu tenho que admitir. Nunca, nunca, nunca, NUNCA me passaria pela cabeça que eu fosse conseguir apagar em cima do meu material. Quando Winnie sentou do meu lado e me cutucou, eu dei um pulo. Talvez assustado, talvez porque... Caramba, que droga! Eu amassei as minhas xérox! Quando olhei pro lado vi justamente quem eu esperava encontrar. Winnie me alfinetava com algumas provocações e eu ficava meio cabisbaixo. Já não bastasse Tyrant e Karinna, agora até Winnie, que eu mal conhecia, começava a cobrar resultados de mim. Me segurei para não levar a mão a face, frustrado. Respirei e a cumprimentei.

- Nossa, você me assustou! - E ria. - É... Acho que se o povo da Virtuum me visse dormindo em cima duns papéis assim eu viraria meme pelo resto da eternidade. Você não tirou foto, né? - Perguntava, tendo ainda uma mínima esperança de que não fosse virar assunto no Pokézap pelo próximo mês. Em seguida, Winnie me perguntava sobre a nossa troca. - Sim, sim. Fui eu quem combinou a troca com você, pera, já vou pegar o ovo. - Levantava rapidamente e ia até o storage, fazia um cafuné rápido na Zhár e voltava com o ovo da Skorupi em mãos.

Enquanto eu retornava para a mesa onde Winnie estava eu começava a reparar um pouco mais nela e putz, as pessoas só esqueciam de comentar o quanto ela era bonita, mas enfim, não sei se esse era o ponto. Me sentava de novo com o ovo da Pokémon em mãos, ao lado de Winnie. - Aqui está. Cuide bem dele, por favor. A mãe é meio... Difícil de lidar, mas acho que se criados desde a infância, Skorupi podem ser dóceis de alguma forma. - E ria.

- Não só tirei como já mantei pro Tyrant - Menti e esperava de coração que ele entendesse a brincadeira. Para 'facilitar' o entendimento, até ri durante as pausas da frase - Desculpa, desculpa... pode parecer que eu to com pressa mas eu não to... tenho algumas horas ainda, não precisa acordar tão afobado, vem, vou te pagar um café.

Não, eu não peguei o ovo de Torchic de imediado. O garoto estava dormindo em cima de papéis de estudos! Por mais que eu não quisesse atrapalhar, eu senti que devia. Levantei do banco e estendi minha mão em ajuda, como quem queria puxá-lo dali:
- Me desculpa mas eu não acho que deveria ir embora e te deixar dormindo no saguão... vai que alguém tropeça em você e se machuca?!

Sim, era uma referência ao garoto ter mais de um metro e oitenta e de porte físico bastante imponente. Se ele entenderia?! Também não sei; fica ao critério dele como interpretar. Peguei o ovo com a outra mão e dei-lhe as costas, caminhando até a lanchonete.

... é isso mesmo Daisuke, só lhe darei o ovo depois de ver que tomou seu copo de café. Pois bem, encontremos uma máquina; pegarei um Leite quente para mim e um expresso bem amargo pra ti.