Pokémon Mythology RPG
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To recap: Sem rumo.

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I DON'T WANNA BE ANYTHING

Sai do centro pokemon meio ruborizada, sem muita noção do que aconteceu e bem desnorteada, para a grande maioria das pessoas, aquilo fora apenas uma troca, mas vale lembrar que eu, Winnie Freda, não sei muito bem lidar com divergências de personalidade, talvez eu fizera tudo errado, e muito provavelmente fiz, mesmo forçando-me a ter uma postura ideal e séria, meu sucesso era interpretado por mim como minimo, quase inexistente, no quesito boa conduta. Tentei por em minha cabeça que, possivelmente, nunca mais veria aquele garoto novamente, e não terei que relembrar ou reviver a constrangedora cena que fora pegar aquele CD que tanto me será útil com um menino mais extrovertido. Recapitulei um pouco minhas passagens desde o início da jornada, focando em lembrar as outras incidências de encontro com homens nela. Inicialmente, pareceu que encontrei poucos homens e todos me levaram a uma situação constrangedora, até por que, só de pensar em episódios marcantes com outros meninos, me vem na cabeça o gordo NERD que me fizera apostar um encontro, BLARG! Mas vamos lá, organizaremos melhor as coisas: o primeiro flashback que deveria vir era do treinador ignorante, minha segunda batalha, um capítulo levemente clichê, mas foi um belo ensino de como não agir sendo uma treinadora. Depois, que eu lembre, um tal de Gabriel Paiva na Copa União, um pequeno ríspido ai, se é que posso chamar alguém de pequeno nesse mundo, mas além de tudo, parecia um bom menino. Houve outros nesse mesmo evento, mas nenhuma fala ou comunicação aparente, apenas saudações. Óbvio, não estou contando meu irmão como um desses jovens. Houve também o menino do Top Percent Rattata, em Goldenrod, que aparecera antes da competição que me levara a um bom rendimento. Ah sim! O menino do Snorlax também! Ele parecia legal, mas ficou bem triste em perder sua oportunidade de ir para Kalos para mim. Enfim, após esses, acho que vem um intervalo enorme e apenas esse tal de Nico. Agora que percebi, meus encontros com meninos foram mais normais do que pensava, talvez estava remetendo apenas ao caso do Gabriel e, inevitavelmente, do gordo William, tomando como base para analisar o fato de Nico, mas não é bem assim, esses dois casos - excluindo o Will - só não tiveram boa comunicação, não quer dizer que sou ruim em lidar com isso, né? E sobre o caso que sobrara, não tenho dúvidas de que o problema não estava em mim, e sim naquele bando de retardados! Tudo bem, me sinto normal novamente.
Suspirei e tentei parar de pensar nisso, eu já estava fora de órbita a tempo suficiente para andar quase um quilômetro sem prestar atenção em onde estava indo. Bufei e olhei em volta, tentando me localizar, para piorar minha situação não havia ninguém por ali, não fazia a menor ideia de onde estava, a placa mais próxima alertava, apenas, que a poucos metros dali se situava a entrada para a rota 06, seguindo reto. Sem muita ideia do que faria, reparei no sol quente da tarde, o vento abafado de verão e o ar seco da cidade, processei tudo isso e dei de ombros no final do INSIGHT. Não tenho mais o que fazer aqui mesmo, pensei. Abri um sorriso ao me ver de cara com uma atitude impulsiva, eu estava prestes a fazer algo novo, essas coisas sempre fazem eu me sentir muito bem, por que, mesmo com todos os fatores externos me influenciando: moral, sonho, necessidades, sociedade, Vincent, tudo! Esses atos aleatórios me lembram de uma coisa extremamente saudável: Eu ainda tenho controle sobre meus atos. Já parou para pensar a quantidade de coisas que você faz se regulando? Tente ser aleatório algum dia, verá que é muito bom perceber que ainda age por si só e não precisa seguir algo. Prossegui caminho até chegar na guarita, com um imenso sorriso encarei o guarda deitado, embaixo do sombreiro, se protegendo do sol com os olhos bem fechado, não devia estar dormindo, apenas apreciando a calma. Não parei de andar nenhum minuto, nem para analisar o guardinha, então mesmo que eu tenha avançado o limite da cidade, continuava olhando-andando atenciosamente aquela pessoa ali, trabalhando de humor-preguiçoso, ela nem sequer levantara a cabeça para ver quem estava passando. Continuei o caminho com o pescoço torcido para trás julgando-o, até que uma hora resolvi gritar, tendo certeza de que ele me ouviria:
- Tenha uma ótima tarde - disse e continuei rota a frente.

O sol estava bem forte, devia ser os das 2h da tarde, mas sinceramente, não pegaria a PokeGear dentro da minha mochila abarrotada apenas para ver isso. Mantive-me feliz, as vezes marchando fingindo ser um soldado, até por que, ninguém estava me olhando, eu acho. De vez em sempre saltitava e fingia ser a pequena criança inocente andando pelo bosque. Ok! Não é bem fingindo, eu basicamente pareço uma criança passeando pelo bosque mesmo, mas deixe-me pensar que minha aparência não é tão infantil assim, pelo menos as vezes.


OFFzinho: Rota reservada para o meu amorzinho <3 Ran <3



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Anne

Era uma tarde aprazível, o sol resplandecia veemente em meio um céu azul e quase que sem nuvens. Mesmo assim não era um dia cálido, pois uma aragem refrescante corria pela atmosfera e junto transmitia um deleitável odor de flores. Como em toda rota Pokémon eram vistos em todos os lugares, mas antes que qualquer um pudesse tentar olhá-los com mais tento desapareciam em meio às árvores.

O cheiro agradável despertou uma bela jovem que até o momento permanecia absorta em seus pensamentos, cogitando sobre sua evidente falta de tato ao comunicar-se com garotos. Como era de esperar-se chegou à ilação que eles seriam os culpados, e não ela, no entanto não vamos contestar isso agora, pelo menos não com palavras.

A aura originava-se da sua esquerda, logo seria natural deduzir que as flores estariam nessa direção. Ao deslocar-se para esquerda encontrou um pequeno caminho de terra em meio os arbustos, era um tanto curto e dominado pela vegetação, se não tivesse algum cuidado ao caminhar acabaria rompendo suas vestes, o que não seria bom para uma garota. No final da trilha encontrou uma placa de madeira, com palavras escritas a mão em uma caligrafia elegante e notavelmente feminina: Jardim das Rosas – Propriedade da Criadora Denna.

À esquerda da placa havia um pequeno portão de madeira, esse era ligado a uma cerca velha e para sorte de Winnie estava aberto. O perfume doce de flores era mais forte ali e com apenas uma olhadela além do portão a garota veria uma cena magnificente. Como dizia na placa logo atrás da cerca existia um jardim, esse era imensurável e a garota não conseguia ver onde realmente acabava, isso porque ele se inclinava para baixo. Rosas, rosas, rosas e mais rosas. Logo ali perto do cercado havia algumas rosas brancas como leite, mas à frente rosas rosadas que eram ainda mais belas que as brancas. Depois algumas rosas de coloração amarela, amarelo claro, roxas, vermelhas e várias outras cores comuns e também de colorações exóticas que a garota nunca havia visto antes em sua vida.

Também poderia mirar alguns arbustos em forma de rosas, seja quem fosse Denna a mulher era literalmente louca por rosas, ou isso teria algum motivo, comercial talvez? Não existia nenhuma outra espécie de flor que não fosse da família das rosáceas, embora algumas fossem tão divergentes das outras em suas cores e formatos que poderiam passar por outra espécie distinta. Se procurasse a treinadora não encontraria nenhum humano a vista, uma casa ou qualquer outra coisa, apenas rosas.

Até o momento que algo esbarra em Winnie, quase jogando-a no chão, e logo veria que o culpado fora um garoto. Esse não era muito alto, embora ainda mais alto que ela própria, esguio, seus cabelos eram longos e de um dourado intenso e... Isso foi tudo que conseguiu ver, pois esse continuava caminhando absorto, em relances ela pôde ver que ele segurava um grande caderno e um lápis, aparentemente desenhava algo.

Nenhum dos dois notou, mas o sol que antes brilhava intensamente agora estava oculto por nuvens sombrias e o vento corria com mais força pela atmosfera. Logo começaria a chover, muito forte.





Off: Serei seu narrador, como já sabe, dã. Espero que não se divirta e que saia dessa rota com algum membro faltando. u.u
Brincadeira. Espero que tenhamos uma rota divertida e legal para lacrar geral, mas só espero. Vou me esforçar, mas duvido que minha preguiça deixe. <33
Obs: Separe seu parágrafos ou realmente te faço perder um membro. u.u






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I DON'T WANNA BE ANYTHING

Tomei controle das minhas atitudes e fui, caminhei durante um tempo até que a estrada aberta mudara para algo bem mais estreito, arbustos bem moldados, de ramos grossos, cercavam o caminho mínimo que eu teria que passar, eram altos e, por mais que  eu fosse magrinha, era bem difícil passar sem ser cutucado por algum ramo desfileirado. Para minha felicidade, aparentemente, os incômodos das cutucadas foram meu único problema, eu parecia ter saído livre de arranhões, espinhos ou problemas nas roupas recém limpas. Ao final não reparei muito no que havia em volta, apenas admirei uma linda caligrafia esculpida na placa à frente, esta me convidava a um jardim, e só agora que eu pude perceber o aroma de flores que aquele lugar tinha, como não reparei antes? Eles eram mais que forte, era quase impossível não perceber. Não precisei nem pensar para decidir seguir o cheiro e ser guiada e pela placa.

Virei a esquerda e avistei um portão rustico, pena que não tive muito tempo de apreciação, mal dei dois passos e fui atropelada por um menino apressado que vinha na direção oposta da mesma pista. Cai no chão, batendo o pequeno ossinho cóccix e exclamando um gemido de dor no ar, o que me irritara nem fora a queda, e sim o fato do menino simplesmente sair apressado sem se importar, mas não fiquei muito tempo magoada ou irritada com o garoto, analisando melhor o fato, para ele estar saindo assim, deve ter ocorrido alguma coisa, não? De certa eu estava mais preocupada com ele do que com meu cóccix. Por que tão altruísta, Winnie? Pensei.  
- Está tudo bem? - Gritei para ser ouvida, mas o menino apenas continuou.
Ok! Mais um para lista de momentos estranhos com um garoto. Sem contar que esse quite-desenho na mão dele não dava um ar de seriedade ao acontecimento, mas poxa, precisava ignorar assim?.

Ajeitei-me e voltei a me posicionar como uma humana bípede, posturada e fingindo não estar sentindo dor, como todos nós fazemos todos os dias. Prossegui até o portão, talvez boas imagens me faram relaxar. Andei com a mente livre de qualquer coisa importante que eu ache que deva ser relatado, e quando cheguei lá, não digo que pensei em algo útil ou somático ao texto, apenas apalpei a estrutura e empurrei-a com força, o cheiro de flores me instigava mais do que o portão de madeira. Para minha felicidade consegui abri-lo sem dificuldade alguma, posso ser fraca, mas pelo menos sorte eu tenho! Olhei atentamente ao jardim em frente e, de primeira, não caiu a ficha, então apenas continuei andando pelos cantos dos canteiros até parar do lado das rosas rosas. Respirei fundo, contei até três e por fim, suspirei e fechei os olhos, ao mesmo tempo, repetindo isso três vezes, esse era meu ritual para manter-me calma. Terminado ele mantive-me quieta, isso conseguiu conter meus gritinhos infantis e escândalos desnecessários, eu não iria gritar na propriedade alheia! Na-na-ni-na-não Winnie, controle-se, ok? Ok. Agachei-me para pegar uma das rosas que estava ao meu alcance, mas ao contrário do que eu pretendia, acabei pegando duas, três, quatro, e quando via uma muito grande, pegava também. O pequeno brotinho também era sempre recolhido, sem contar a que desabrochou demais! Quando se perde o formato de botão, tornasse outra espécie de planta, ou pelo menos, parece ter se tornado.



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Anne

O jardim era incrivelmente belo, as rosas de divergentes tonalidades chamaram a atenção da garota. Por fim eram todas lindas e mesmo sendo da mesma espécie cada uma possuía sua peculiaridade, mas como Winnie não era formada em botânica florística não poderia percebê-las.

Nenhuma outra rosa chamou atenção da garota tanto quanto as de coloração rosa. Afinal que outra rosa poderia combinar mais com a doce garota de madeixas rosadas? A treinadora teve muito trabalho para controlar-se, mas acabou descontrolada de qualquer forma. Começou a recolher as flores, uma depois da outra, formando um buquê rosado em sua mão. Esquecendo-se que estava em uma propriedade aparentemente privada, onde o proprietário pudesse considerar aquela ação furto, ainda mais se as rosas fossem cultivadas para fins de comercialização. Devido seu súbito momento de exaltação também acabou esquecendo-se de tomar cuidado com os espinhos, depois de recolher a quinta rosa notou que seus dedos sangravam por pequenas perfurações. Não eram cortes preocupantes, contudo começavam a arder de uma forma irritante.

- O que está fazendo? – Bradou uma voz irritada as suas costas. Ao se virar Winnie contemplaria o jovem que minutos antes a levou ao chão, que agora  aparentemente havia voltado. Seria ele o dono do jardim? Bem, não se parecia nada com uma mulher, isso ela poderia afirmar com certeza, ou não? Ele ainda segurava o caderno de desenhos, agora ela poderia ver o que ele havia desenhando. Era uma criatura pequena, em sua cabeça duas flores, uma de cada lado, em sua cintura um conjunto de pétalas formavam uma espécie de saia, ela cheirava um rosa de olhos cerrados. O desenho era bem feito, quase real, e mesmo feito a lápis Winnie pôde reconhecer a Bellosom.

- Essa é uma propriedade privada, você não pode entrar sem permissão! – Sua atenção voltou-se para o jovem. Esse como ela já havia percebido antes era loiro, seu cabelo chegava à altura da cintura, seus olhos eram cor de mel, sua pele bronzeada e suas feições delicadas, pelo menos para um garoto. Antes que Winnie pudesse dizer ou fazer algo uma gota d’água caia bem em cima do caderno de desenhos do menino e depois outra e mais outra. Ele mirou o céu estupefacto, percebendo pela primeira vez o tempo ruim que se formou. E o que segundos atrás eram gotas agora era um verdadeiro temporal, o desconhecido tentava proteger seu caderno, uma expressão aflita em seu rosto, ignorando totalmente a garota à sua frente.



Off:






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Minha colheita compulsiva fora interrompida em dois pontos, o primeiro pelo machucado não antes percebido, o segundo pelo garoto indelicado de minutos antes, contarei por partes. Primeiro, só fui reparar no ardor do corte quando estava a caminho da sexta flor, quando me aproximei desta, uma pequena gota a tingiu de vermelho, e fora esse fato que me fizera perceber, e só quando olhei que o ardor começou a incomodar, parece que as ficam mais forte quando a percebemos sua existência, né? Parei com a quinta flor nos braços, formando um mini buquê florido, todas rosadas como meu belo cabelo exótico, e digo que, ainda bem que resolvi parar, me parece que não seria muito bom eu continuar colhendo plantas, já que a próxima parte da história me fizera corar e sentir vergonha de mim mesma. O menino, que antes tinha me derrubado, me fazia uma pergunta bem simples, mas que nem eu sabia a resposta: O que eu estou fazendo? Tudo bem que o portão estava aberto, mas desde quando tive esse direito de invasão? Virei-me, ainda agachada, extremamente corada para o garoto e falei:
- Me desculpe, senhor, eu devo estar estragando o seu dia - comentei, bem arrependida.
Foi nesse momento que percebi, o caderno que antes carregava detinha o desenho de uma bela Bellossom.

Eu não prossegui o assunto do esporro, não tinha muito o que falar além de desculpas, então me levantei e fiquei encarando-o por um tempo, esperando sua resposta, assim que ele ordenasse eu sairia, mas antes de receber qualquer outro bombardeio, a chuva nos interrompeu, e sem muita ideia do que fazer para proteger aquele desenho, o homem pareceu se enrolar todo! Olhei em volta procurando um telhado próximo ou algum abrigo, a tempestade, que para mim se formou de repente, já que não observara muito o movimento das nuvens anteriormente, também se fortaleceu do nada. Olhei para o menino e falei:
- Corre! Quanto menos molhar o seu desenho, vai ser mais fácil de recuperar - comentei, com medo dele se sentir mal pelo imperativo da frase - Eu posso te ajudar se quiser.



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Anne

Com o ocorrido com seu caderno o jovem passou a ignorar totalmente Winnie, sem nem mesmo lhe dar uma resposta para seu pedido de desculpas. Ele parecia um pouco desastrado na tarefa de fechar o caderno ao mesmo tempo em que protegia seus desenhos da chuva, até que consegue, porém não era possível dizer que o seu desenho da Bellossom estava salvo.

A jovem olhava a sua volta em busca de um abrigo, no entanto tudo que via eram flores e mais flores. Novamente o desconhecido ignorou o comentário da garota e seu auxílio, pegou uma esfera em seu bolso, libertando o Pokémon do desenho arruinado. – Acabe com isso. – Foi tudo que ele disse. Bellossom levantou os diminutos braços para o alto, dois globos de luz brilhantes apareceram nas duas pequenas flores em sua cabeça. Mesmo que fosse desnecessário para o movimento ela começou a dançar rodopiando de um lado para o outro. Nesse momento do meio das flores saíram outras duas Bellossom, incontáveis Oddish e Gloom. Todos começaram a dançar junto com a Bellosom, mas apenas as outras duas da mesma espécie realmente a ajudavam no Sunny Day. As três enviam feixes brancos de suas florezinhas para o céu e em pouco tempo as nuvens escuras se dissipavam para longe e sol voltava a brilhar.

- Muito bem, Bell. – O loiro se abaixou e acariciou seu Pokémon. As duas outras Bellossom começaram a puxar sua roupa, tentando chamar sua atenção e apontavam para o norte do jardim. Os outros Pokémon que apareceram também estavam um tanto quanto inquietos.




Off:






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Agradável. Aquela famosa pergunta inútil "como você definiria seus sentimentos em uma palavra?" fazia total sentido dessa vez, mesmo sendo ignorada e presenciando um desespero engraçado e digno de pena, assim que aquela pequena saíra de sua capsula esférica que guardava a leveza e beleza das plantas, foi o que eu pude pensar, mas que ambiente agradável.
Sorri, por um momento esqueci o problema causado por minha pessoa e o fenômeno natural, mas quando voltei da viagem no mundo encantado da Polly, suspirei e lembrei que deveria falar algo sobre o acontecido, ainda.

- Mas que linda - comentei - Você parece gostar de flores - falei devagar e com receio de falar algo errado.
Dei um passo para mais perto, diminuindo a distância, mas não o suficiente para causar um clima incomodo, tentei alvejar os olhos do garoto em um olhar e estendi as mãos tentando motorizar um gesto que sempre vi na TV mas nunca fiz direito, um aperto de mão formal, talvez desse certo.
- Prazer, sou Winnie - comentei.

Olhei para cima durante algum tempo e observei a falta de nuvens e a dinâmica delas, as poucas que tinham pareciam dançar no céu, ou talvez fosse só efeito colateral do aroma das rosas que fui exposta desde que cheguei, talvez este estivesse fazendo isso comigo. Respirei fundo e tentei apreciar aquele cheiro durante algum tempo, sentia-me como uma viciada de plantão, isso me fazia lembrar o quanto o perfume da flor de Tyr é bom, e quase liberei-o para relembrar, o segredo e motivo de alguns vícios, é nunca lembrar claramente a sensação quando não se está sentindo ou usando.



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Anne

Por um curto momento Winnie esqueceu-se da situação no qual se encontrava, o que era bastante compreensível. Resolveu então se aproximar do jovem, esse tinha seu olhar fixo nos Pokémon, como se tentasse decifrar algo. E novamente ignorou totalmente a garota que falava com ele, era quase como se a bela jovem estivesse invisível.

Os Pokémon que surgiram começaram a puxar a barra da calça do jovem, tentando lhe arrastar para algum lugar, era bastante óbvio que queriam lhe mostrar alguma coisa. A pequena Bellossom que ele havia liberado começou a conversar com as outras e logo estava tão aflita quanto o resto dos Pokémon presentes.

Ao fazer o gesto de cumprimento Winnie se tornou visível outra vez, o garoto a observou com seus olhos dourados por alguns segundos, como se tentasse lembrar quem ela era, mesmo assim seu olhar era distante. – Saia daqui. – Disse em um tom totalmente indiferente, deixando a mão da garota estendida no ar voltou sua atenção para os monstrinhos. – Tem algo errado? O que aconteceu? – Ao falar com os Pokémon sua voz era carinhosa, se quisesse sua atenção talvez Winnie devesse vestir uma fantasia de Bellossom ou Oddish. – Calma, vamos lá. – Então começou a seguir o grupo de Oddish, Gloom e Bellossom, deixando a treinadora sozinha em meio às rosas.

O que ela faria? O jovem fora muito mal educado com ela, por outro lado ela havia invadido a propriedade, mesmo que quase sem querer. Poderia ir embora como ordenado ou permanecer e colher mais algumas rosas e até mesmo segui-lo para ver qual era o problema dos Pokémon planta.



Off:






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Achei que isso não iria acontecer, mas aconteceu, eu finalmente fui respondida, porém, afirmo que foi da pior maneira possível, para variar, a minha doce educação fora cortada com uma leve patada e uma demonstração de que minha presença era indesejável. Respirei fundo, por milésimos este garoto conseguiu me tirar do estado de paz, cheguei até cogitar ações agressivas, como jogar essas flores no chão e sussurrar algum xingamento que nunca proclamei, quis até empurra-lo como nos filmes e gritar algo como 'qualé mermão, ta me tirando?', tirar Hati da pokebola e incinerar tudo, mas por sorte, meu ódio não durou muito, o motivo secundário era que, esta sou eu, e eu não me irrito atoa, o primário era ver aquelas pequenas gracinhas, que não tinham culpa de nada, guiando o garoto até algum lugar, me fizera esquecer totalmente a situação.

De fato, minha paixão por Bellossons era, no mínimo, irracional, elas me hipnotizavam sem nem tentar, era impossível manter-me no orgulho e não seguir, mas o mínimo que eu podia fazer para evitar encrenca, fiz, esperei que o exército de grama fosse na frente, eu iria logo atrás, passando um pouco longe do menino, uma distância segura para não levar outro coice. Enquanto avançava o caminho, demorei reparar que estava saltitando ao invés de andando, mas o que deu em mim? Winnie, se endireite! Naquela velocidade eu acabaria alcançando eles muito rápido, saltitar é andar em pulos, quase tão rápido quanto correr. Bufei, as vezes parece que me falta lógica e integridade, normalizei a postura, tentando fazer com que voltasse ao modo racional, porém, era este modo que confrontava com minha vontade: Eu deveria mesmo continuar nisso? Poderia ser presa se o menino quisesse, era só um telefonema. Rezo a deus: que ele não queira. Continuei avançando, dessa vez caminhando na mesma velocidade que a multidão a frente.



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Anne

Mesmo depois de ser expulsa pelo jovem da forma ríspida Winnie continuou no local. Havia gostado muito do lugar e seu interesse pelos Pokémon que ali encontravam-se era enorme. E isso fez com que em vez de ir embora como ordenado pelo garoto o seguisse na direção em que ela caminhava juntamente com os Pokémon de grama.

Ao descer pelo jardim percebeu que ainda existia uma variedade ainda maior de rosas. Inclusive as da coloração que ela amava, contudo em tons divergentes da anterior que havia encontrado. Outro fato que ela pôde perceber agora era que o jardim aparentemente não estava bem cuidado. Em alguns lugares ela podia avistar roseiras mortas ou ressecadas, algumas flores murchas e meio que maltratadas. E na verdade o número de plantas nesse estado era maior do que as em boas condições, que se limitavam as que estavam presentes no começo do jardim.

Com os pensamentos em outro lugar e sem atentar-se ao seu caminho a jovem não percebeu quando o grupo à sua frente havia parado. Isso fez com que esbarrasse justamente no garoto loiro. Ele poderia tê-la expulsado dali novamente ou feito algo pior, contudo sua atenção estava totalmente voltada para algo à sua frente. Seu olhar parecia triste, mas o que quer que fosse estava rodeado pelo Pokémon e Winnie não conseguia identificar.


Off:






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