O trio que fora envolvido naquela confusão enquanto ansiava por fazer uma simples travessia, deparou-se agora com o tal corpo do réptil falante. A Growlithe enfiou seu focinho nos cabelos amarelados da garota no chão, curiosa com o motivo que levou o seu dono querer encontra-la; este conversava com os seus “companheiros de viagem”, buscando uma solução para o problema que parecia estar apenas começando.
Victoria analisou o corpo no chão, lamentando o fato de ser apenas uma garota... Ou ao menos aparentar isso. Pelo que viu, achou-a bonita e entendeu o porquê da mesma relutar tanto em ficar na pele de um Pokémon tão adorável e interessante quando o Charmander.
– Eu já sei o que podemos fazer. – Anunciou o pesquisador, agachando-se até sua parceira de fogo para fazer-lhe um carinho. – Moema, muito obrigado, você nos ajudou bastante. Agora retorne.
O rapaz se levantou, ajustou seu chapéu de marinheiro na cabeça e sorriu enquanto tirava outra pokébola da manga, lançando-a no ar instantaneamente. A esfera bicolor liberou diante do grupo um ser quadrupede com folhas alojadas pelo corpo, uma de grande destaque na cabeça. Logo que pisou em solo firme, a Bayleef virou sua cabeça para os lados à procura do seu treinador, fazendo uma expressão animada ao encontra-lo.
– Poti, precisarei de sua ajuda. – Disse o rapaz enquanto tinha seu peito sendo roçado pela cabeça da carinhosa Pokémon de grama. Enquanto os dois se entendiam, Vincent e Victoria comentavam sobre a Pokémon, achando-a adorável. – Posso contar com você, certo? Então, nós a colocaremos em suas costas para que você carregue-a conosco.
A gramínea lançou um olhar para Victória e o corpo da garota no chão e fechou a cara, virando o rosto para o seu treinador. Este voltou a negociar com a mesma, falando em um tom doce e lhe fazendo carinho na cabeça. Enquanto isso, a morena se deu conta de que a garota poderia cair, já que a parceira de Frederick não daria conta de segurá-la e também não suportaria o peso de duas pessoas sobre ela.
– Gin, saia. – Disse a mulher após retirar uma de suas pokébolas da bolsa.
Esbelto, o Pokémon olhou para todos com uma postura elegante, quase um olhar superior.
– Ele pode ajudar, usando seus cipós para prender o corpo da garota a Bayleef. – Sugeriu.
– Pode funcionar... – Vincent lamentou não estar com seu Bulbasaur com ele, já que ,coincidentemente, os três possuíam pokémons que eram dados como iniciais do tipo grama em laboratórios do mundo. Entretanto, sentia-se aliviado por não ter que carregar a garota nas costas por uma longa viagem.
– Tudo bem para você, Potira?
Após relutar um pouco a Pokémon enfim aceitou as condições do grupo, sobretudo com o argumento de que o outro ser de grama não era pesado. Com isso, Vincent e Frederick tiraram o corpo de Lilo do chão e o ajustaram sobre a quadrupede, deixando-a sentada e envolvendo seus braços em volta do pescoço da criatura. Com seu Vine Whip, Snivy certificou-se de garantir a firmeza da viagem, envolvendo o pescoço da Bayleef de uma forma que não a sufocasse. Apesar dos esforços, não seria uma viagem confortável, já que a Pokémon teria que manter sua cabeça erguida durante todo o trajeto.
– E então, qual caminho mais rápido até o Mt.Moon? – Questionou o monotreinador, olhando para os lados a procura do monte. Ao menos uma etapa do processo havia sido realizado, tudo que precisam fazer é cruzar aquelas rotas, mesmo que seja uma tarefa difícil de ser realizada pela noite.