Cap. 9: TMs, Stantler e Kangaskhan

Depois de que Azumarill começou a batalha, minha atenção se dividia entre o ladrão que fugir e o felino que agia. O treinador que havia aparecido era dono do disco que o ladrão havia conseguido com o gatuno e depois de vários movimentos seguidos, fechando com a ilusão do Stantler, eu percebi que a situação estava mais do que bem controlada. Faltava o gatuno! Azumarill executava os seus movimentos bem ordenados, enquanto Magikarp assistia, deixando de se debater no solo. Com dois golpes, o azulado vencia o combate, enquanto Meowth caia no solo nocauteado.

Não pude me conter e comemorei com um pulo usando uma perna só, já que a outra estava dentro da bota ortopédica. Olhei para o lado e via o ladrão se render e parecia estar vendo algo. Stantler, assim como Mismagius e Froslass, poderia criar ilusões para enganar o seu inimigo, o que era de fato uma boa curiosidade desses Pokémon. Peguei a minha Pokédex e analisei o Pokémon normal, característico principalmente das regiões de Johto.

Stantler
Odoshishi

Aqueles que olham diretamente os chifres de Stantler vão perdendo os sentidos até não conseguir se sustentar. As esferas dos chifres podem distorcer a realidade.

De posse de mais informações sobre o Pokémon, decidi pegar a corda ranger e passar cuidadosamente de costas para o Pokémon de grandes chifres e assim amarrei os pulsos do meliante, que devolveu a TM para o rapaz ao lado. Azumarill assistia tudo e explicava para Magikarp o que havia feito e foi ai que eu sorrir para ele e mostrei como era o trabalho de um Ranger.


- Ah! Sou Ayzen Kitshomo. Eu vi que os movimentos desse sujeito eram bem suspeitos e resolvi detê-lo. Foi quando aquele meowth apareceu fazendo isso no meu rosto. – dizia mostrando o rosto todo vermelho e com as marcas, mas foi ai que eu percebi que o treinador tinha iguais marcas no rosto. – Parece que sofreu o mesmo, não é? – dei uma risadinha da situação, ainda evitando olhar diretamente para o Pokémon ilusionista. – Só um minuto! Central Policial de Cerulean? Ayzen Kitshomo falando, Ranger Nacional Guard. Gostaria de solicitar uma viatura na praça da cidade para recolher um ladrão que foi pego em fragrante. Agradeço. – dizia chamando uma viatura pelo RangerGear. – Belos Pokémons o seus, hein?

 Ao perceber que o rapaz estava se encaminhando com a corda Ranger, o criador pediu para Stantler parar com suas ilusões, estranhamente o cervo retornou e olhou para seu treinador com certa felicidade e como resposta recebeu um afago em sua cabeça:

 Klaus riu internamente ao perceber que o rapaz era um Ranger "mundo curioso esse" e logo apresentou-se:

Com o fim do trabalho de equipe feito, o malfeitor estava preso e esperando para que os policiais de Cerulean o conduzisse para a prisão. Calado, colocava o homem sentado no banco, enquanto Azumarill encarava o malfeitor com olhos que pareciam ser de um chefe mandão. Magikarp apenas sorria e eu via o quão bobinho era o Pokémon carpa. Então, voltando a minha atenção para o jovem, deixei os Pokémon vigiando o meliante no banco.

- Você é filho de ranger? Que coincidência! Meus pais são criadores, em Celadon. Minha irmã é Coordenadora. Eu sou um pouquinho de tudo, mas a minha função principal é ranger. E sim, essa belezinha aqui. – dizia apontando para a perna. – Ganhei de brinde ao descobrir algumas tramoias dos rockets no Mt. Moon. Mas pelo visto, agora o monte está livre dessa gentinha. – dizia sorrindo. – E aquele ali que não para de sorrir, é um Pokémon em construção. Preciso treiná-lo... Vem cá... Por ser filho de ranger você deve ser bom em batalhas, correto?

 O criador olha para o homem sendo vigiado por Azumarill e dá um sorriso de gratidão para o aquático.

  Com o homem sentando sendo vigiado por aquela horta de Pokémon, eu e Klaus pudemos nos conhecer melhor. Filho de criadora e Ranger e tendo um irmão também ranger, o criador estava diante de mais um dia comum para os defensores da lei. Mesmo com a bota ortopédica, eu provava que poderia muito bem me virar, pena que Joy Maximus não achava o mesmo, já que me deu uma licença por um longo tempo, até me recuperar. Com Klaus aceitando a batalha, eu logo vi que era opção certa para poder ter um treino com os meus Pokémon. Mas Magikarp estava longe de estar incluso nele, uma vez que o Pokémon era inexperiente.

- Faremos o seguinte: trocamos os nossos números para contato, você vai para o Pokémon Center, enquanto eu fico aqui esperando a viatura. Ai nós nos encontramos aqui de volta para uma batalha em dupla, ok? – dava a sugestão para o rapaz. – Talvez até 4x4, ou 5x5... Você quem sabe... – dizia já dando o meu número para ele e pronto para pegar o dele.

 O roedor roxo permaneceu observando o criador, sabia que teria uma batalha e queria participar, Klaus por outro lado, olhava sua equipe e pensava como ela era básica, com exceção de Honedge todos os Pokémon eram de Kanto e Johto.

  Depois de tudo se resolver, o infrator e seu pokémon foram levados para as devidas autoridades e os Pokémon de Klaus estavam bem, inclusive o Rattata que recebeu um golpe direto e bruto do homem. Eu olhava para os lados na tentativa de ver se o roedor estava realmente bem, mas assim que retornamos para um campo de batalha, minha atenção sobre julgava o oponente, não mais como um conhecido e amigo, mas agora como um oponente.

- Usaremos cada um cinco Pokémon então, em batalha em duplas. A troca é permitida, mas não uso de itens. Se tiver tudo ok, começarei com Nydon e Froslass.

Já que Klaus me deu a honra decidi algumas regras, eu retirava do meu bolso duas esferas. Ambas se abriam e a luz branca formava criava a figura de Nydon e Froslass naquele momento. Azumarill e Magikarp continuava do lado, observando. O Pokémon carpa tinha muito o que aprender, mas até agora ele sorria para o vento, enquanto o Pokémon azulinho acenava alegremente para Nydon, que do seu jeito carrancudo, apenas parecia pedir para que o deixasse se concentrar na batalha. Froslass flutuava baixinho e com uma mão na boca e a outra flutuando de modo gracioso, aguardava os oponentes.

- E então?

 A Pokémon normal veio curiosa para perto de Klaus, que lhe orientou que era para ficar diante dele olhando para os oponentes, Honedge, por seu turno, já sabia o que fazer e levitava ao lado do cervo.

 Enquanto falava suas ordens, fazia mímicas para os Pokémon entenderem o que ele queria. Agora era esperar para ver.