Em busca do Swarm!

Wingull havia saltado para os braços de Lysander logo após que o próximo raio surgira do mar. O garoto o abraçou, primeiramente mais forte que o necessário, mas após perceber que o abraçara demasiado forte, afrouxou os braços. Pia mantinha-se agarrada ao corpo da pequena criatura, pressionando-o contra seu peito. Mas em algum momento, ao ver mais um raio surgir, a garota teve uma ideia. Afastou a criatura de seu corpo, abaixou-se e o colocou sobre a areia da praia.

- Peixinho, você estava no mar, não? - Dizia a garota, até ser interrompida por Lysander. - Oque está fazendo, Pia? Precisamos saber como sair daqui, isso sim. - Seu olhar parecia tenso, o da garota, que lhe respondeu em seguida, nem tanto. - Calado, cara de peixe... Então, peixinho, você viu oque está causando os raios? - Apontava para a areia, - Pode desenhar? - Enquanto esperava por uma resposta do belo peixinho, a garota voltava sua face a Lysander, dizendo. - Pode ser algum peixe pedindo ajuda. Ou então algum peixe que nos ajude a sair daqui. - O garoto imaginava que talvez não fosse um bom ponto de vista, mas não tinha nenhuma outra ideia que os ajudasse, então esperou pela criatura.



Enquanto Novak fazia contato com o pokémon que surgira no buraco, os dois observavam com certa apreensão as gotas tocarem os grãos de areia, e juntos começar a formar algo de consistência pastosa sobre seus pés. O tempo parecia castigar a região intensamente a dias, e talvez a viagem de Pia e Lys à ilha não tenha sido uma ideia muito inteligente. Leny por um momento observava o horizonte, e um tanto distante, a ilha para qual os garotos haviam viajado, mas volta a "realidade" ao ouvir seu nome ser dito, e quando isso ocorre, libera um largo sorriso em sua face; Karina continha-se com um fino sorriso.

- Olá, Corphish. - Os dois diziam, em meio a seus sorrisos. Karina buscava manter o foco no encontro, mas a preocupação parecia ser maior.

Lysander podia sentir o corpo de Wingull tremer sobre suas vestimentas a cada lampejo amarelado que surgia do mar. Pia prestava atenção nos movimentos que o pequeno pokémon azulado fizera na areia, e assim que o desenho parecia terminado, a garota apontou para o desenho, e então para o seu "peixinho", e começou a cantar enquanto girava o corpo do pokémon azul. - Eu sei oque é, eu sei oque é. É um belo Chinchou. Chinchou. Peixinho, obrigado, peixinho!!! - Foi neste momento, que Lysander avistou barbatanas surgirem do mar, e neste instante, Pia também parara com sua "dança", encarando as criaturas a frente.

Lysander parecia tremer, tanto quanto o Wingull em seus braços. Com certa dificuldade, conseguira retirar uma pokéball de seu colete, sem largar Wingull. Com as pontas de seus dedos, jogou a esfera no chão, e com o impacto, fez jorrar um lampejo prateado, que logo tomou forma de uma cactácea. - Ce... Ceres. Fique preparada... Eles podem estar nervosos. - Por outro lado, Pia parecia abrir um largo sorriso em sua face, afinal, se tinham barbatanas eram peixes, mas do que conhecia sobre as espécies de pokémons aquáticos, alguns peixes podiam ser um tanto malcriados, então limitou-se a sorrir e dar alguns passos a frente, com o pequeno azulado em seus braços. Lysander então olhava para Taillow, Wailmer, Wingull, e todos os outros, precisava protege-los... Mas seus pokémons seriam fortes o suficiente se uma batalha fosse necessária? Mas não era bom pensar nisso, eles poderiam ser amigos, afinal. - Precisamos chegar até Chinchou. Mas não sei se eles vão cooperar. - Dizia Pia, apontando para as criaturas que logo coloriam o mar de tons amarelos.


As preocupações começavam a atingir os dois. Seus companheiros não chegavam, e o tempo parecia piorar a cada momento que voltavam suas faces para o céu. Enquanto Novak aproximava-se de seu Corphis, a dupla conseguia avistar duas criaturas surgindo na areia da praia, ambas de corpo azulado, visivelmente assustados. Karina apontava para os dois, e quando menos esperava, o rapaz correu até as criaturas, buscando parar a uma distancia que não os assustasse mais, mas que poderia ajudar-lhes caso necessitasse. Karina desviava olhares em direção de Novak e Leny, dava alguns passos em direção às duas criaturas azuis, mas então parava e olhava para Novak. Confusa com qual deveria permanecer, a garota ficou no meio do caminho.

Quando Lysander notou, Taillow já havia avançado contra o mar, suas asas agitando-se contra as gotas e o forte vento que batia em seu corpo, mas claro com a melhor das intenções, a de observar quantos pokémons estavam presentes, assim poderia ajudar a equipe. Aquela atitude fora um tanto quanto impensada, algo poderia lhe ocorrer... Mas este era o modo da andorinha, e ela já estava sobre mar, então a unica coisa que se limitou a fazer, foi mais uma vez esticar seus dedos, deixando cair outra pokéball, desta vez a de Murkrow, que ao ser liberada da mesma, mesma, imediatamente encarou o cardume, mas foi interrompida por Lysander. - Não. Você só irá ajudar a ave, se ela precisar de ajuda. - Seu tom de voz parecia tenso, mas sério.

Os olhos da ave faiscaram, e encarou a pequena ave sobrevoando o cardume, então desviou seu olhar para Lysander, com uma vontade imensa de bicar-lhe por ter sido liberto, apenas para "ajudar", mas se conteve desta vez. Ao final, pousou sobre a areia da praia, enquanto observava a ave.


O rapaz semi cerrou seus olhos, buscando forçar sua vista para observar melhor as criaturas a frente, uma vez que as gotas que despencavam do céu cinzento poderiam atrapalhar sua visão. Enquanto isso, Karina continuava desviando olhares entre Leny e Novak, e também dois companheiros do garoto que agora avançavam até Leny. Após alguns segundos de imaginação, a garota recomeça sua caminhada, mas em direção à Novak, Leny já ia ser acompanhado, e não poderia deixar o garoto sozinho. Seus pés se arrastavam pela areia, agora pastosa, mas não se incomodava com isso, e assim que se aproximou de Novak, liberou um fino sorriso, seguido por um bocejo. Talvez a batalha faria a garota não sentir-se entediada.

Off: Sério que me dá a Sneasel? *-* Yepi! Kkkkkkkkk E sobre a Karina voltar. Acho errado ela seguir o Leny, é rota em dupla, poxa. Alguém tem que ficar do lado do Novak. ^^

Finalmente a andorinha chegava com novos resultados, e após algum gesto da mesma, Pia e Lysander entendeu que as criaturas de barbatana eram ao todo 7. A tensão de Lysander parecia muita, apertando bruscamente Wingull contra seu torax. Pia mantinha-se sorridente encarando o cardume que se aproximava. Eis então que Taillow avista algo, e logo em seguida, Pia e Lysander também... Outras 7 criaturas, com seus corpos cobertos por vinhas, observavam o grupo, e também  o mar. Taillow já estava em posição de batalha. Afinal... Qual era a fixação pelo número 7? Sim, é um número mágico, maravilhoso para alguns, mas 14? Eram muitos!!!

- Os peixes estão se aproximando, Lys! - Dizia Pia, com sua voz melodiosa, jogando o corpo de seu peixinho azul para cima e depois pegando-o. - Pia! Como pode não estar preocupada! Eles podem nos atacar! - A tensão do rapaz chegava ao ápice. - Por que peixinhos iriam nos atacar? Estou preocupada é com estes azuis aí. - acenava com a cabeça para os seres de vinhas. - Não sei, não me sinto confortável com isso! Ceres, Marte... Fiquem de olhos abertos, se eles nos atacarem, quero que os ataquem também, com oque for mais eficaz, o tanto de vezes que conseguirem.


Karina apenas observava a batalha entre Corphish e Dustox. Em algum momento, a garota bocejava, mas mantinha seu foco na batalha, que no seu ponto de vista, para o primeiro round, ambos haviam ido bem, claro, Dustox sofrera algum dano, mas mínimo, muito ainda poderia acontecer, e ao ser questionada sobre permanecer ali, a garota boceja mais uma vez, e por fim começa a falar, com sua voz arrastada. - Você estava mais perto. - Disse a garota, oque seria uma mentira, com um fino sorriso em sua face, olhando para trás, onde outrora estivera Leny, que agora caminhava em sua direção com duas criaturinhas azuis em seus braços.

O rapaz era forte, mas as criaturas talvez não fossem tão leves, e mesmo assim, é um tanto complicado carregar dois corpos em meio a chuva. Uma vez próximo de Karina, desviou seus olhares para a batalha, mas logo voltou-se a garota, questionando-a. - Você tem algo para dar a eles? Eles estão feridos... - O rapaz tinha um bom coração afinal, apesar de ter uma doença cardíaca. Karina então olhava para longe, onde estava sua mochila, sobre a toalha de Pia, onde deixaram as mochilas no início. Seria muito complicado para ela caminhar até lá, então disse. - Sim... Tenho algumas Potions em minha mochila... Vá pegar. Eu cuido deles. - Dizia a garota, apontando para o chão, onde Leny os apoiou delicadamente e imediatamente correu buscar as Potions, para borrifar sobre as criaturas.

Off: Thanks, Nole. *-* E cara... Quantos pokes nessa rota. o.o 17 wilds só na ilha. Huehuehue

Se os bichos nos atacarem, please, e só se atacarem, não quero violência por nada. e.e:

Cacnea = Needle Arm, em dois Carvanhas.
Murkrow = Wing Attack, duas vezes em um Tangela.

A situação continuava, e cada vez mais tensa. O corpo de Taillow jazia imóvel sobre a pastosa areia da praia, a cena chocara o jovem treinador, de modo que sobrara à Wingull sentir os braços do rapaz apertarem seu corpo. Uma lagrima de remorso surgira em seu olho, logo deslizando por sua bochecha e fundindo-se com as gotas que caíam do céu escuro. Não conseguira protege-la afinal, e em parte, se tivesse obrigado a ave a ficar ao seu lado, aquilo não teria acontecido. Logo os Tangelas recomeçavam sua caminhada, desta vez avançando contra Pia, esticando suas vinhas e apontando para a pequena criaturinha que estava nos braços da garota. Pia não tardou em deduzir algo daquele gesto, eles desejavam o pequenino. Eis então que a garota recua alguns passos, apertando o corpo de seu peixinho contra seu corpo.

- Não! Deixem-nos em paz! - Gritava Lysander, após libertar-se de seu momentâneo torpor, aproximando-se de sua parceira, enquanto seus olhos estreitavam os Carvanhas se aproximando... Pia o encarava, não entregaria aos Tangelas seu novo amiguinho. Não tardou muito para ter uma ideia, talvez não muito eficaz, mas a unica que tivera naquele momento. Talvez, se levasse as criaturas até próximo dos Carvanhas, estes poderiam ajuda-los a livrar-se dos pokémons de vinhas azuladas, mas como fazê-lo? Murkrow mantinha-se atrás do garoto, sobre uma pedra, e simplesmente observava seu treinador impaciente. As criaturas estavam um tanto distante da água, o limite até onde as criaturas iriam. - Afastem-se, por favor! - Clamava o rapaz, dando uma escolha para as criaturas. Caso as criaturas obedecessem, e mantivessem contato tranquilamente, sem pegar Azurill, Lysander buscaria compreender oque desejassem, mas se voltassem a reagir, os eventos seguintes ocorreriam:

- Afastem-se, agora! Astonish!!! - Bradou o rapaz, e neste momento, Murkrow entendeu, seus olhos faiscaram e manteve-se atrás de seu mestre, fazendo a pior careta que conseguira, com o simples objetivo de fazer as criaturas recuarem até se aproximarem da água, e a ave parecia se divertir com esta tarefa, e neste momento, Pia bradou, ainda com seu peixinho em braços. - Peixes! Hora do ataque!!! - Será que o plano daria certo? Tudo oque restara é  esperar.


A batalha continuava, Corphish parecia se divertir com a batalha contra Dustox. Neste momento, a mariposa parecia manter uma breve vantagem em relação ao crustáceo, mesmo que não representasse muito, em questão de batalhas, tudo era possível. Por outro lado, Leny aproximava-se das criaturas azuis, roliças e com dentinhos salientes. Nas mãos do rapaz, haviam algumas Potions de coloração roxeada.

Assim que estava a uma boa distancia, o rapaz ajoelhou-se próximo das criaturas e esticou seus braços, primeiramente tocando o corpo dos monstrinhos com um tecido bege que retirara da mochila de Pia. O tecido estava molhado por conta da chuva, então poderia no mínimo limpar bem os ferimentos. Uma vez limpo, o jovem levantou as Potions, borrifando o conteúdo dos frascos sobre as feridas dos dois pokémons. Por ultimo, curvava-se sobre as criaturas, buscando impedir que a água da chuva levasse consigo o conteúdo do frasco, permitindo que a potion pudesse reagir naturalmente. Não tinha certeza se aquilo seria o suficiente para tratar dos monstrinhos, mas teria de esperar para ver...

Off: Cara. Devo ter problemas. Kkkkkkkk Fico imaginando tipo em Digimon, brasões se iluminando, e aquela coisa toda. Huehuehuehuehuehue PS: O ultimo paragrafo do post da Pia e Lysander, só irá ocorrer se realmente os pokes atacarem, caso contrário, como narrado, irá buscar saber oque eles querem.