Uma aventura em Slateport City

15:29

Um flash dourado e um piscar de olhos; questões de segundos e eu me encontro no esgoto, ou melhor, nos corredores imundos de um. Acima de mim, vejo a escada que dá acesso à rua, sua tampa descoberta, afinal, eu mesmo a abri anteriormente.

Sinto o cheiro podre do local e percebo o mesmo desconforto na face de Yggdrasil. Na superfície, é possível ouvir os sons de uma ardente batalha, na qual Gaulvi se dedica como pode para vencer. Fico imaginando o que ele pensa de mim, ou quantos xingamentos proferiu. Devo desculpas a ele.

Preciso pensar em algo para sair daqui e me envolver na luta contra o caçador. Meu plano é segurar o tempo, já que não sei se eles ainda possuem aquelas armas de fogo. Além do mais, apenas o mais graúdo apareceu, talvez o magro esteja escondido em algum lugar. Vou manter cautela.

Rapidamente pego a pokébola de Kadabra e aperto seu botão de recolher, trazendo o pokémon de volta ao seu conforto. Então, encaro a escada e subo, determinado a executar meu plano - e finalmente me livrando do odor.

Chego na superfície e salto para o lado de Gaulvi, já com a minha mão deslocando-se para meu bolso e puxando outra esfera rubra.

- Desculpe a demora, meu amigo. - Disse, em um tom confiante. - Estava resolvendo uns problemas. Espero que não tenha se machucado.

A pokébola na minha mão expande, então, atiro-a para os céus e a mesma abre, liberando um raio escarlate que bate no chão e toma a forma de Lancelot. O corajoso cão late e se posiciona diante de mim, confiante e pronto para receber suas ordens.

- Abra logo esta porta, caçador! Você não tem mais poder aqui. - Anunciei junto de minha chegada. - Lancelot, parece que nossos amigos estão bem enfraquecidos. Use o Roar para atordoar esta criatura, seja o suporte e não deixe ele executar o ataque!

Off: Mudei meu jeito de narrar para um método que estou praticando. Espero que tenha ficado bom. :3
Gaulvi: primeiramente peço que entenda que meu personagem é uma coisa e eu sou outra. Nao me xinga pelo que o personagem fez e nem me manda frases de reflexão porque de filosofar eu entendo. Ryan saiu para chamar ajuda, mas se ele te avisasse que ia chamar a polícia, os caçadores fugiriam. Ele podia ficar e lutar? Podia. Mas ele não é bom com batalhas, pelo menosnão se julga bom. Se eu quisesse eu simplesmente usava meus conhecimentos de verdade no meu personagem, mas ai perderia a graça, vendo qual o princípio do Ryan. Então relaxa e saiba separar isso. Ryan é um ser humano também. E se esses caras ja te nocautearam uma vez com um tiro sonífero, o que os impediria de usar de novo? Eles ja mataram um cara, o que impediria de te matar de novo, sendo que sckar ja tinha te dado um aviso?
Bom, vamos prosseguir com a rota e terminar essa história com chave de ouro :3

Ran @ Cupcake Graphics

15:29

Olho para o andar de cima da loja e vejo o gordo se escondendo, medroso. Ele fecha a janela com velocidade e resmunga alguns palavrões. Normal, para pessoas do tipo dele.

Agora, preciso pensar em como entrar naquele prédio. Deduzo de que a polícia esteja chegando, então basta segura-los aqui o tempo suficiente para que nada aconteça, deixando minha vida e a de Gaulvi sem correr riscos. Talvez eu me explique para ele, mas não agora, as portas tem olhos e as paredes, ouvidos. É bom manter a cautela.

Vejo Lancelot feliz, ele vem até mim correndo e late alegremente, abanando seu rabo e sua língua de fora. Seus olhos me dizem "me dê carinho, eu fui bem", o que é normal, vindo de um cão. E como vou recusar o pedido de meu parceiro?

Me agacho, estendo minha mão em direção ao cão, acaricio seu pelo, ele gosta e late mais uma vez. Sorrio para o bichinho e agradeço-o pela ajuda. Logo, aponto a pokébola respectiva Lancelot e pressiono o botão da cápsula. O raio rubro envolve a criatura e absorve-a para dentro do item.

Levanto e estico meu corpo, causando alguns estalos em meu tronco. Olho para Gaulvi e vejo o redor da rua, toda manchada por causas da batalha.

- Desculpe ter saído de repente. Tive que fazer algumas coisas. - Falo, em um tom amigável e um sorriso sarcástico no rosto.

Após me desculpar sinceramente, viro as costas para o garoto e caminho em direção à porta metálica, tão suja que nem mesmo os raios de sol refletiam em seu metal enferrujado. Coisas assim me dão um pouco de medo, confesso.

Tento não me lembrar que estou lidando com assassinos, pois, qualquer coisa que me faça rever a imagem daquela menina no esgoto já me deixa assustado. Manter o foco é o principal. Preciso matar tempo.

Chuto a porta de metal e logo grito para os caçadores.

- Ei! Abram essa porta! Vocês estão encurralados!

Me viro rapidamente e faço um pedido para Gaulvi.

- Gaulvi, procure ao redor alguma garrafa de alguma bebida alcoólica velha. - Então, aumento meu tom de voz. - Vamos tocar fogo neste lugar! - Talvez falar alto possa fazer eles ouvirem.

Futrico em meu bolso e encontro e encontro a pokébola de Freya, na qual rapidamente a libero. A mangusto sai e abraça minha perna, obviamente preocupada comigo.

- Ei, Freya! Eu estou bem. - Falo, me agachando e acariciando a pokémon. - Pode me fazer um favor?

A criatura me encara e assente positivamente coma cabeça, o que me faz sorrir.

- Certo, pelo que eu li em um livro, pokémon do tipo metal são fracos a golpes lutadores, não é mesmo? Espero que sim, ou eu estava sonhando. Bom, você é forte, sabe disso. Pode tentar usar um Double Kick nessa porta de metal? Se os conceitos de batalha pokémon se aplicam também ao mundo real, talvez seus chutes arrombem facilmente esta porta.

Off: É que ele saiu no chat falando cada coisa que me chateou bastante :v

Ran @ Cupcake Graphics

15:29

Gaulvi me diz boas palavras de reflexão, ainda posso ver uma certa decepção em seu olhar. Parece que sou um bom artista, ele continua acreditando que eu estava com medo naquela ocasião.

Decido de uma vez falar para ele a minha intenção de ter ido ao centro antes. Chego mais perto de seu ouvido, apoio a mão em seu ombro, mantendo o olhar para o chão.

- Eu fui chamar a polícia. Eu não tinha tempo de te contar todo o plano porque eu acho que os caçadores podem fugir se descobrirem que os oficiais estão vindo. Por isso fiz o que fiz. Eu não estava com medo. E sou péssimo em batalhas... Tentei conseguir alguma ajuda de um treinador mais veterano. E o lance do fogo é pra assusta-los.

Pronto! Explicado. Espero que agora ele não aja com raiva e entenda a circunstância. Volto a me virar para a porta e faço um sinal para ele esperar.

- Quero ver se Freya consegue arrebentar a porta. Ela consegue, tenho certeza disso.

Off: De boa então :3

Ran @ Cupcake Graphics

15:29

Pelo visto o treinador mais experiente tem planos melhores. Sendo assim, o que me resta é abrir espaço para ele prosseguir com seu plano - que não é muito diferente do meu - de entrar pela parede com uma cortina de fumaça. Será que Charmeleon vai conseguir de modo debilitado que está agora?

Só me resta observar. Mas talvez eu possa ajudar. Eu não, Freya pode.

Estendo meu braço e ordeno para a pokémon usar seus dois chutes junto com o ataque da salamandra enfurecida. O impacto dos tijolos pode machucar Charmeleon, então as pancadas de Freya podem afastar e evitar que se machuquem.

- Use o Double Kick junto com o Charmeleon!

Ran @ Cupcake Graphics

15:29

A parede se destrói como uma bela cena de um filme de ação. O poderoso soco do lagarto flamejante abre um rombo nos tijolos, nos quais estes restos são chutados pelas ágeis pernas de Freya. Excelente sincronia e trabalho de equipe.

Impressionante, confesso.

Caminho rápido até a grande entrada e vejo uma estranha criatura, que mais me parece um macaco, arremessar com seus longos braços uma rocha em Charmeleon. Tamanha força do hostil pokémon no arremesso faz a salamandra desnortear.

Rapidamente retiro o pedregulho de cima de Charmeleon e verifico sua saúde, me agachando em sua altura. Preocupação exagerada, pois ele está bem.

Mas que tipo de pokémon é este?

Dúvida esta que só pode ser respondida com minha pokédex. Verifico meus bolsos e mochila até encontra-la, assim, aperto um dos seus diversos botões e ela acende. O visor passa uma espécie de scan na criatura e reproduz todas informações contidas em sua enciclopédia.

As repostas esclarecem as dúvidas em minha mente.

Slakoth é um pokémon de tipo normal. Quando irritado, ele gira seus braços e quebra tudo em sua frente - quem irritado não faz coisas sem sentido? Eu mesmo fiz - num tremendo frenesi. Geralmente vive em florestas.

Sendo do tipo normal, procuro pela pokédex suas fraquezas, e ela me informa que há apenas uma, que é lutador.

- Golpes lutadores, então? - Falo, pensativo. - São fortes contra pedras também, não?

Uma batalha agora é inevitável, e Gaulvi não possui mais pokémon para enfrentar, provavelmente não. Preciso tomar coragem e encarar esta criatura. Mas antes tenho que salvar Charmeleon.

- Freya, use o Double Kick para arremessar tijolos nesta criatura, como uma distração. Depois use o Headbutt para empurra-lo para trás. Não queremos irrita-lo, apenas distancie-o, vou levar o Charmeleon até Gaulvi. Me siga. Não fique sozinha contra este bicho.

Lembro-me de que os pokémon da raça de Charmeleon podem sofrer consequências graves se a chama de sua cauda apagar. Então, pego-o rapidamente nos braços - mais leve que o que a pokédex informa, parece ter uns dez quilos ao invés de vinte, será um erro da enciclopédia? - e levo-o até Gaulvi.

Correndo, me aproximo do treinador e largo, cuidadosamente, a criatura perto de seus pés.

- Ele precisa de ajuda! Assim como todos teus pokémon! - Falo, em tom apressado. - Vou te ajudar!

Puxo novamente uma nova pokébola, esta que reside Kadabra. Retiro-o através do raio vermelho. Ele abre os olhos, me encara e rebate o olhar para Freya e Vigoroth.

- Não vou te usar em batalhas, prometi isso. - Falo para o psíquico. Ele pode estar desconfiado. - Só quero que me faça um único favor. - Minha mão se estende e toca em sua cabeça. - Gaulvi precisa de ajuda, ajuda que só o centro pokémon pode fornecer. Pode leva-lo até lá? Mesmo que ele não queira, leve-o. Lá ele vai cuidar dos pokémon dele e, assim que ele estiver pronto, transporte-o para cá de novo? Entendeu?

A ideia é a mesma de antes, mas agora para salvar os pokémon de Gaulvi.

Me levanto e me viro para o pokémon e a batalha, deixando as costas para o lado do treinador.

- Confie em mim, Gaulvi! Trate seus amigos, eles estão feridos. Eu seguro as pontas por aqui. Use o Kadabra para o teletransporte. Não retruque, apenas faça! - Deixo de falar com o treinador e ordeno Kadabra. - Transporte-o agora, Yggdrasil!

Encaro Freya.

- Vamos, Freya! Vamos lutar! Agora uma batalha árdua!

Ran @ Cupcake Graphics