Re: Pela Segunda vez, Viridian Forest!

por **Surik** Ter maio 05 2015, 19:22

A coisa toda tinha passado de um problema ambiental para possível uso escravo de Pokémon, o que tornava tudo aquilo muito mais grave. Asaph tinha verificado, entretanto, que naquele casebre uma antena parabólica piscava e, bem, possivelmente, era ela que afetava as coleiras que os Pokémon estavam usando.

Tentar enfrentar os lenhadores todos e aqueles diversos Pokémon, de uma só vez, era loucura demais. A cabana era a única solução, de fato, mesmo com os guardas ali à porta. Asaph tentou, então, o que talvez lhe parecesse menos perigoso: tentar se aproximar da cabana que servia de entrada para aquele local pela lateral, sem despertar a atenção dos seguranças, se possível sempre beirando o tapume.

Caso ele alcançasse a cabana, talvez tivesse mais chances de desligar o sinal da antena e, se conseguisse isso, os próprios lenhadores é que provavelmente teriam problemas para controlar todos aqueles Pokémon.

por **Ancião** Ter maio 05 2015, 21:00

Percebendo onde poderia desligar o sinal, Lewis avança sorrateiramente pelo lado e dentro do local, próximo ao tapume e rapidamente chega ao local, por sorte a porta do casebre estava aberta e tudo poderia ser feito rapidamente.

Diante do jovem um rústico painel de controle com um manete que seria para ligar e desligar o sinal da coleira dos Scyther e Pinsir.

Dito e feito e logo os Pokémon saiam do controle humano e lembravam de como foram usados e uma batalha campal se iniciava e os lenhadores estavam levando a pior. Ponto para Asaph.

Porém, quando o jovem se preparava para tentar sair, um brutamontes se coloca diante dele e ignorando todo o pandemônio ao seu redor, diz:

- Ora, ora... Um intruso!

O careca musculoso impedia o avanço de Lewis para a fenda de onde viera, para fugir teria que tentar ir pelo caminho oposto, ou, pior, se meter no meio da batalha campal.

O que fazer?

por **Surik** Ter maio 05 2015, 23:28

Loucura generalizada lá fora, brutamontes parado à frente, um único caminho que aparentemente não seria problemático, pelo menos a princípio.

Desafiar o brutamontes para uma batalha Pokémon talvez fosse uma possibilidade, mas isso provavelmente atrairia outros brutamontes, o que resultaria num massacre. Uma briga contra um armário daqueles também era automaticamente descartada...

Asaph se lembrou de uma antiga tática para esconder coisas de pessoas: colocá-las em um lugar tão absurdamente previsível que estas coisas quase não são notadas.

Entretanto, se ele fosse notado, estado diante de homens dispostos a arrancar seu pescoço e Pokémon que, não o distinguindo do real inimigo, poderiam acabar cortando sua cabeça fora.

- Desculpe amigo, já estava de saída! - Uma frase curta para que ele e Poliwag se corressem rapidamente para o caminho oposto.

por **Ancião** Qua maio 06 2015, 14:14

O brutamontes deu uma gargalhada ao ouvir a frase do jovem treinador e lhe desferiu um golpe de caratê próximo ao pescoço.

Após isso, tudo foi escuridão...

Acordou ouvindo dois homens discutindo sobre o destino dele:

- O que fazemos?

- Eu sei lá, o garoto descobriu a operação!

- Devíamos dar cabo dele, é mais fácil. Um corpo a mais, um a menos...

- Acho que o chefe não quer problemas, afinal ele é um treinador, alguém pode querer procurar por ele.

- Não me faça rir! Esses treinadores em sua maioria são órfãos! Pelo menos me deixa dar um fim nesse Poliwag!

Lewis sentiu que uma corda rodeava seus punhos e seus tornozelos, estava jogado no chão e não parecia ferido. O que faria?

por **Surik** Qua maio 06 2015, 16:50

A briga não aconteceu, isso porque o pobre e magrelo rapaz não teria a menor chance em matéria de força física. Então, com um só golpe, caiu no chão e quando acordou estava de mãos atadas. Literalmente.

O que fazer em uma situação dessas? Em primeiro lugar, Asaph precisaria saber se Poliwag estava bem, e segundo, se estava ali. Além disso, precisava encontrar um jeito de ter acesso às suas Pokébolas, seus Pokémon certamente ajudariam bastante naquela situação. Caso elas não fossem acessíveis, bem, teria de contar apenas com Poliwag, o que não era nada ruim com as habilidades hipnóticas do girino.

Então, Asaph resolveu atrair a atenção da dupla enquanto verificava estas possibilidades, embora soubesse que assim acabaria também correndo risco de apanhar dos grandalhões. Ali, deitado no chão, interrogou:

- Bem, na verdade não sou órfão como a maioria dos treinadores. Agora me digam, o que querem dizer com "um corpo a mais ou um corpo a menos"?

por **Ancião** Qua maio 06 2015, 21:07

- Ei, monstro! O garoto tá acordado! - dizia o mais magro, com seu terno azul maior que seu corpo.

- Claro, eu não bati forte - dizia o brutamontes, com um terno melhor e óculos escuros - então, não é órfão... Bom para você!

- Ou não - concluía o magro.

- Você e essa sua mania de relativizar tudo, nem parece um segurança... Pensa demais!

- Ainda precisamos saber o que fazer com ele...

Enquanto os seguranças pensam no que fazer, o jovem Lewis percebe que seus pertences estão em uma mesa do outro lado do pequeno cubículo, próxima a porta, Poliwag, por outro lado, estava desmaiado do lado oposto a mesa, formando um triângulo invertido, onde o jovem era o topo da figura.

- Então, treinador "não-órfão" é uma pena te deixar assim, preso, mas nosso chefe não gosta de intromissões, sabe como é, negócios escusos são mal vistos por ai...

- "Escusos"? - o magro pergunta curioso.

- Eu ando lendo... Aprendi essa palavra ontem!

A dupla começava a se zoar, o que Leiw poderia fazer? Eles não pareciam os mais inteligentes.

O que fazer?

por **Surik** Qua maio 06 2015, 21:53

A situação era grave, Asaph sabia muito bem que aqueles dois poderiam tomar decisões drásticas - para ele - e ninguém jamais saberia de nada. Seria apenas mais um caso de um rapaz desaparecido. Além do mais, tudo o que ele tinha, inclusive seus amigos, estavam totalmente fora de seu alcance.

Ou quase totalmente...

- Claro, compreendo perfeitamente, tudo deve ser realizado por um propósito.. Bem, realmente, vocês têm razão, eu não tenho muita serventia! Mas graças a Deus vocês não liberaram ele da Pokébola.. Porque, se vocês tivessem o visto e percebido como ele seria útil para vocês, aí sim eu estaria perdido! Até porque, com a raiva que eleestá de mim, ele obedeceria a qualquer um ao invés de mim, só para me provocar!

Asaph blefava como nunca! Nada do que ele disse sequer se aproximava da verdade, mas caso a dupla caísse no seu jogo, seria a pokébola de Absol a indicada. Experiente como era, ele agiria depressa, e aquela situação com os brutamontes estaria parcialmente resolvida. Era esperar para ver, dedos cruzados!

por **Ancião** Qua maio 06 2015, 22:02

- Tá ouvindo isso, monstro? Ele tem um Pokémon poderoso...

- Não sou ladrão, Stronda!

- Nem eu, mais imagina só, com tanto inseto por aqui, algo diferente seria bom...

- Os insetos foram contidos, causaram alguns danos e perdas humanas, mas foram contidos...

- Na base do lança-chamas...

- Mas contidos... Então, garoto intrometido, acha que um Pokémon pode me assustar? Me fale mais sobre esse seu Pokémon TÃO poderoso...

O musculoso cruza os braços, curioso. Como Lewis continuaria essa mentira?

por **Surik** Qua maio 06 2015, 23:06

- Oh, se referem a ele como uma fera, a fera dos grandes desastres... O problema, na verdade, é que ele é muito genioso, acho que eu não devia tê-lo capturado. Ele está com raiva de mim, e eu acho que vai acabar escolhendo outro treinador para ele. Bem, graças a Deus não falei o nome dele quando estava em Viridian, ou a cidade inteira teria me perseguido e escurraçado!

Nem tudo ali era mentira. Absol era mesmo temido nos grandes centros, e de fato era também poderoso. O erro ali estava, na verdade, em sua personalidade. Apesar do pouco tempo juntos, Asaph sequer duvidava da lealdade de Absol.

por **Ancião** Qua maio 06 2015, 23:15

- Desastre?

- ABSOL???!!?? - gritava nervosamente Stronda - só pode ser isso! Você pegou um dos Absol que andavam por ai, EU PRECISO VER ISSO!

E ignorando qualquer outra coisa, o magrelo pergunta ávido para ver o Pokémon desastre e após Lewis indicar onde ele estaria o jovem o libera dando pequenos gritos eufóricos enquanto seu amigo colocava a mão no rosto envergonhado. Absol vasculha o local com o olhar e logo começa a balançar sua cabeça, criando um vento branco na direção dos seguranças, os derrubando e destruindo parte da estrutura do casebre, continuando seu trabalho, Absol usa seu chifre para rasgar as cordas que prendiam Lewis.

O jovem agora estava livre, mas precisaria pegar seus pertences, liberar Poliwag de sua gaiola e fugir.

Conseguiria a tempo?

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