Uma breve despedida!
O grupo finalmente teve sua informação sobre Leny, a cirurgia havia sido um grande sucesso, mas ainda precisava descansar, e a anestesia geral ainda surtia efeito em si, oque o impossibilitaria de receber visitar até o próximo dia durante a manha. Essa ultima informação frustrou o grupo, mas pelo menos agora sabiam que seu estado já não era mais de risco. Sendo assim, retiraram-se, os 4 do hospital. Pia, Karina e Lys seguiriam ao Centro Pokémon, enquanto isso, Alex seguiria para sua casa.
- Vejo-te em breve, amigo! - Disse Lys, enquanto este e Alex eram juntados em um abraço, agarrados por Pia, que fez deste um abraço triplo, que se tornou quadruplo após Pia arrastar e forçar Karina a fazê-lo também. Lys anotou o contato de Alex, caso o destino resolvesse lhes reunir uma vez mais. Dali, Lys seguiu ao Centro pokémon, onde após trocar Mankey e Meowht de sua team por Carvanha e Beedrill, e trocar de camisa, uma vez que antiga estava ensanguentada, acabou por cair em sono... Foi um sono maravilhoso, apesar das dores que sentia, uma vez que seu corpo, após toda a aventura já estava exausto.
Quando pela manha, Lysander acordou um pouco melhor, tomou os remédios medicados para si. Pia não demorou muito para acordar também, mas os dois tiveram de acordar Karina, que por ela, dormiria até seis da tarde. Era cerca de 10 horas quando voltaram ao hospital St. Mungus. Já sabiam o caminho até a sala de Leny de cabeça, e para lá seguiram, encontrando em tal sala um Leny de traje hospitalar, com soro em suas veias, precisava repor suas energias, e ao seu lado, estava Júlio. Após alguns momentos de conversa, Leny disse enfim.
- Me desculpem pelo susto, pessoal... Mas estou bem, não? Já poderia sair correndo por ai novamente. - E liberou um largo sorriso, que era sua marca registrada, mas desta vez seu sorriso era um tanto torto, afinal, também não era idiota, sabia de suas condições. - Não, não pode. - Disse Júlio, com uma expressão de censura em sua face. - Não banque o idiota, sabe que tem de se tratar.
Karina e Lys permaneciam ao lado de Leny, enquanto Pia procurava encaixar-se em algum canto daquela cama, até que a garota de cabelos róseos disse. - Você nos deixou todos loucos, seu peixe bobo. - Sua expressão era de doçura. - Por favor... Precisa tomar cuidado... Precisa se cuidar. - Foi interrompida por Leny, que tocou a mão da garota, que estava apoiada sobre o colchão, e ainda com um largo sorriso em sua face, disse. - Já conversei com Júlio... Eu irei ficar por aqui por mais algum tempo, pessoal... Não quero perder minha vida... Não quero perdê-los... - Jovem havia feito sua escolha, havia decidido permanecer no hospital e continuar seu tratamento.
Após mais alguns instantes de conversa, uma enfermeira surgiu, dizendo que o horário de visitas se acabara. O grupo se despediu, houve lágrimas e tudo o mais, mas prometeram que ainda se reencontrariam, e isso sem dúvidas viria a acontecer, Leny fazia parte da "família" de Lys, e este faria tudo para manter sua família unida, porém o mais surpreendente, foi a despedida de Pia, que enxugando suas lágrimas, surpresa consigo mesma, inclinou-se sobre o jovem Leny, e fez com que seus lábios tocassem o deste, beijando-o. - Me espere...
Leny pareceu um tanto surpreso com aquilo, mas logo observou seus amigos afastarem-se pela porta, até perdê-los de vista, com apenas a esperança de melhorar e reencontra-los a vista.
Era um novo dia... Novas luzes, novas coisas para se fazer e novas esperanças... Mas ainda tinha algo a ser feito neste dia. Lys, pegou seu celular, e observou que haviam várias ligações de seu pai, ligações que o jovem nem mesmo notou, uma vez que estava no silencioso. Teclando o número de Lorcan, ligou para este, porém foi atendido por Jorge, o empregado da mansão de seu pai. - Ah... Olá, Jorge! Meu pai está?
- Senhor Lestrange? Patrãozinho, seu pai está enfurecido, por que não recebeu suas ligações? - Jorge, na ausência de Lorcan, agiu como um segundo pai para este, e por isso tinha grande afeto por ele.
- Estava ocupado... Me desculpe... Mas por que ele queria tanto falar comigo?
- Bem, patrãozinho... Ele mesmo irá falar isso. - Disse Jorge, entregando o telefone para Lorcan.
- Uma facada?! Como pôde se envolver com coisas assim, Lys! Inaceitável! - De algum modo, talvez tivesse contatos na polícia, ou algo assim, Lorcan soubera sobre o incidente na noite passada. - Você não entende, não é? Quero você de volta! Volte imediatamente para casa! - Sua vez parecia tensa, uma mistura de preocupação e raiva, típica de pais quando descobrem algo do gênero por parte de seus filhos.
- Não! - Disse Lys, sério, no mesmo tom de Lorcan. - Entendo que foi perigoso, mas não irei voltar! Me desculpe... Pai. - Pai era uma palavra muito difícil de se usar para referir sobre seu próprio pai, mas finalmente o disse.
- Lys... - Lorcan parecia começar a baixar seu tom de voz. - Sei que não fui o melhor pai... Mas gostaria de fazer a coisa correta... Me preocupo com você.
- Me desculpe... Não tem a ver com você... Não mais... Preciso provar a mim mesmo de que sou capaz... Enfim... Tenho que ir, PAI.
- Lys... Tudo bem... Nos veremos. - Terminou sua frase e desligou o aparelho. Lysander não entendeu muito bem o recado final de seu pai... Tentou ligar para ele mais uma vez, mas este não lhe atendeu. Com isso em sua mente, Lys se encontrou com Pia e Karina, que haviam ficado no Centro pokémon e dali, seguiram para a rota de ciclismo acima da cidade.