Pokémon Mythology RPG
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Um diagnóstico desagradável...

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OFF; Narrador, leia, por favor :


Enfim, após fazer o que eu queria naquela pacata cidade, seria sensato voltar ao Centro Pokémon, naquele começo de tarde nublado de Pewter. Vindo com uma capa de chuva gentilmente fornecida por Coralina antes de deixar seu recinto, comecei a caminhar em passos curtos e desapressados em direção à aquela construção de concreto e metal. A garoa rasa batia na capa de plástico que dirigia a água para longe de mim, enquanto aquele barulho de pingos batendo me acalmava, de certa forma. Como não se tratava de uma forte chuva como as que assolaram os arredores anteriormente, aquele som mais calmo pacificava aos montes minha mente, que depois daqueles embates e dos acontecimentos anteriores estava um pouco cheia demais.

Sem mais delongas, continuei caminhando. Eu estava realmente curioso quanto ao estado de Marianne, após esse curto tempo fora. Depois dos capítulos passados com a mesma sua personalidade emotiva me preocupava, caso o pior viesse a acontecer... E claro, eu não queria que isso acontecesse. Minha consideração pela moçoila havia crescido ao ponto dela se tornar algo importante para a minha mente juvenil e de poucas preocupações para a idade, e tudo que eu queria era vê-la bem. De qualquer forma, eu deveria estar pronto para o inevitável, visto que aquele acidente foi realmente pesado e talvez aquilo tenha passado de uma mera fratura...

De qualquer forma, eu precisava me preparar para o pior, pois nem tudo são flores... Nem mesmo aquelas que são enviadas para pessoas em dias ruins. O pior poderia ocorrer, e eu deveria mostrar uma postura séria e protetora para isso... Ou no final, eu simplesmente choraria junto. Afinal, não passávamos de duas crianças... Enfim.

Após parar na porta daquele centro sem muita reação, encarei o nome da mesma por algum tempo, até que a porta automática abriu-se na minha frente, e eu não poderia mais enrolar. Afinal, ficar ali esperando na porta não seria ruim para refletir, mas seria curioso e de certa forma constrangedor, para mim e para as pessoas lá de dentro. Então, comecei a caminhar em direção ao balcão. Meus pokémon não estavam nada feridos, então eu não vi problema em não pedir para serem curados, mas achei sensato colocar o pequeno Miles em meu Storage. Devido ao medo de Mary, eu não via tanta razão em carregar ele por aí, pelo menos por enquanto...

Então, me dirigi à aquele balcão ao qual uma enfermeira estava lá, e logo à questionei; - Olá, me chamo Timothy, Timothy Andrew Affleck. Eu poderia ver a Marianne Johnson? Ela ficou aqui para alguns exames de sua fratura, e eu estou acompanhando ela desde o ocorrido... - Fiz uma pausa, mas fiquei sem muita coragem para continuar a falar após isso. Talvez seja a hora certa de parar de falar mesmo, e esperar uma reação...

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 A chuva parecia denunciar o que seria o dia de Timothy dentro do Centro Pokémon e protegido pela capa de chuva, o jovem treinador se vê diante do Centro de cura de monstrinhos e humanos nervoso, afinal deixara sua companheira de viagem lá para fazer alguns exames.

 Ao chegar lá e deixar Miles longe de uma fóbica Mary, o jovem recebe uma estranha notícia, preocupante:

- Timothy, Marianne ficou aqui uma parte do dia, mas foi transferida para o hospital da cidade, devido a gravidade de sua situação, não teria como nós cuidarmos dela aqui sem um aparato cirúrgico eficiente. Ela está no Hospital Central de Pewter.

 Joy gentilmente dá as coordenadas para Timmy, conseguiria chegar lá em dez minutos, cinco se corresse e assim o fez, ignorando a chuva e as poças que pisou manchando transeuntes desligados, enquanto avançava o hospital ia surgindo no horizonte, crescendo imponente com a aproximação do jovem.

Hospital :


 Logo estava na recepção do local, diante de seus olhos, cadeiras de espera e um grande balcão a frente com duas recepcionistas não muito animadas. O que faria?

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Eu estava nervoso com a situação, mas ainda conseguia me controlar. Afinal, ela ainda estava aqui, certo?
... Certo?

 "O QUE?" Continuei sem conseguir falar, mas ao mesmo tempo, minha garganta se perdeu do meu corpo quando ouvi aquilo. Suei frio por um momento, pensando no que poderia ter ocorrido. Pensei, nervoso. Será que tudo havia sido tão grave? Bom... Simplesmente não era hora de pensar. "Bom... Que ela esteja bem, onde quer que esteja."

  E, sem notar talvez alguma recomendação daquela jovem enfermeira, corri para aquele Hospital.

 Mesmo com a proximidade, meu corpo não resistiu à correr e chegar lá o mais rápido o possível, eu realmente estava preocupado. "O que aconteceu enquanto eu estava fora? ... Eu devia ter estado fora?" Enfim. Não durou muito tempo de corrida - Visto que eu me apressei demais - até aquela grande fachada do hospital. Eu particularmente temia aquele prédio, visto que as coisas que aconteceram naqueles locais com as pessoas à minha volta nunca foram muito boas... Mas eu devia ir lá.

 Parei para respirar um pouco, não queria demonstrar desespero. Então, entrei naquele hospital, e não haviam tantas pessoas. Aliás, haviam apenas duas recepcionistas, que pareciam extremamente desanimadas com a situação. Talvez elas não tivessem ciência do que estava acontecendo, talvez nem quisessem ter... Mas eu não hesitei em me aproximar.

- É, olá... - Fiz uma pausa para respirar, talvez o tempo lá fora não foi o suficiente - Eu gostaria de visitar Marianne Johnson. Me chamo Timothy Affleck, e fiquei de encontrar ela após alguns exames em Pewter, mas fui avisado de que ela foi transferida para cá. - Achei que aquilo já foi o suficiente à se falar, creio que mesmo com aquele desânimo elas me entenderiam...

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 Aproximando-se da dupla desanimada, Timmy pede informações sobre a jovem Marianne, as duas olham para o rapaz - talvez o achando muito jovem ou muito animado ou muito jovem e animado - e após cochicharem algo e olharem para a tela de um computador e terem uma atitude de arregalar os olhos.

- Er... Senhor... Ela está no centro cirúrgico agora, não pode encontrar ninguém, a cirurgia está prevista para terminar logo...

 A mulher falava tentando manter uma calma, mas somente revelava que algo ruim estava acontecendo com Marianne, mas o que seria?

- Pode esperar na ala de visitantes, tem comida lá... - a outra dizia educadamente.

 O que Timmy faria?

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"C-c-centro... Cirúrgico...?" Não sabia o que dizer. Aconteceu tanta coisa, assim? O que estava acontecendo? Ela podia melhorar? Eu... Eu simplesmente não fazia ideia alguma. As duas moças à minha frente pareciam tão preocupadas quanto eu ao verem o que tinha acontecido, mas... O que raios tinha acontecido?

- Centro Cirúrgico... O q-que houve? - Não esperava isso, mas acabei fraquejando ao falar. Eu realmente me importava, mas... Como eu lidaria se fosse algo ruim? O meu olhar de preocupação só piorava, ao ponto que apenas meu senso crítico me impedia de talvez chorar antes da hora. Afinal, eu não lembro de chorar por alguma coisa faz muito tempo, nunca tive muitos problemas aonde eu morava, Castelia...

Ah, que saudades de Castelia.

De qualquer forma, eu estava em Kanto, no Hospital de Pewter, esperando saber o que aconteceu, e como Mary iria sair dali. Afinal... O que tinha acontecido? Apesar do educado pedido da moça, eu não sentia fome naquele momento. Mesmo assim, hesitei em saber o que havia acontecido. Não era a hora certa de saber... Era?

Não importava. Simplesmente saí dali andando, tremendo um pouco minhas mãos, escondendo isso as colocando dentro de meus bolsos, e adentrei aquela sala de espera. Parecia agoniante esperar ali, mas era a opção que eu pensei ser a mais sensata...

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 Timothy entrou na sala e percebeu que não era o único ali nervoso, haviam mais dez pessoas ali que olharam o jovem assim que adentrou o recinto.

 O clima não era dos melhores - até para um hospital - e era possível perceber algumas pessoas chorando e outras se esforçando para não chorar.

 Sem opção, Timmy se senta e espera, logo uma criança aproxima-se do jovem e com a cruel sinceridade comum aos infantes, profere:

- Está esperando algum parente voltar sem uma parte do corpo? Eu estou esperando meu pai, mas não sei por que vão levar o braço dele...

 E ignorando tudo, o pequeno sai em direção a sua mãe, que chorava desesperadamente. Será que aquela sala reunia pessoas esperando cirurgias de amputação? Que macabro...

 O que Gustavo faria? Poderia se informar com algum dos adultos que o olhavam compadecidamente, afinal ele era um garoto ainda.

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Após adentrar aquela sala, notei o número de pessoas nela, e principalmente suas feições. Eram tão amedrontadas quanto a minha naquele momento, porém algumas já caiam aos prantos, enquanto outros estavam muito perto disso. Isso adentrava em minha curiosidade, mas não deveria demorar muito até ela ser sanada...

"- Está esperando algum parente voltar sem uma parte do corpo? Eu estou esperando meu pai, mas não sei por que vão levar o braço dele..." Eu ouvi essas palavras, e as mesmas não pararam de ecoar na minha cabeça, vezes e mais vezes, até que aquele garotinho voltou para a sua mãe, também chorosa. Afinal... A Mary teria algo "levado" de si? Será que aquele acidente tinha sido tão ruim assim?

Espera... O acidente.

"Foi aquilo? Ah, não... Não consigo acreditar... Ela vai perder uma perna? " Após pensar naquilo, também já não conseguia me conter muito bem. Mantinha todas as forças que podia para também não cair aos prantos, afinal, motivo eu tinha... Mas eu queria parecer forte, queria parecer alguém que pudesse acolher ela após aquilo... Heh.

Eu não daria 10 segundos para começar a chorar no momento que ela saísse daquela sala. Não, não, sem pensamento negativo. Eu precisava arejar minha mente um pouco, pelo menos enquanto ela não estivesse fora dali... Precisava, mas não necessariamente iria. Enfim, continuei sentado naquela cadeira da sala, coloquei meu capuz para evitar um pouco o frio do recinto, tentei descansar os olhos um pouco. Tudo que eu precisava era de um pouco de reflexão, enquanto as palavras do garotinho continuavam tocando em um rewind infinito na minha cabeça.

 Se eu consegui salvar ela uma vez naquela floresta, por que não conseguiria outra...?

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 Timothy se escondia em seu capuz e sentia o remorso lhe corroer, não conseguiu salvar a jovem loira e por isso agora ela estava perdendo sua perna, mesmo tentando desconectar-se do mundo, percebeu que a cada dez, quinze minutos surgia uma enfermeira ou enfermeiro e chamava pelos familiares de fulano de tal, numa frieza que só pode ser adquirida após anos de contato com dor e tristeza, dizem que é uma forma de defesa, será? O que era possível perceber é que os familiares entravam e não saiam mais.

 O tempo corria como uma Rapidash em um páreo e logo um dos enfermeiros pronuncia:

- Algum responsável, amigo ou parente de Marriane Johnson?

 Parece que a hora da verdade chegou, como Timmy lidaria com isso?

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Bom, eu precisava me desligar um pouco, me preparar para isso... Mas é, o destino é sacana. Não demorou muito para que o tempo passasse voando e logo, chamassem por um responsável, amigo ou parente de Mary... E bom, eu me sentia como um responsável dela.

Hesitei por um momento, tentei esquecer que eu era a pessoa à ser chamada, mas o tempo veio à tona... Eu deveria entrar lá. Agora. E falar com ela.

Enfim, joguei o capuz de minha camisa para trás novamente, tentei me alinhar mentalmente antes daquilo, soltei um breve suspiro. Então, me levantei sem muita pressa, e titubeando um pouco, me aproximei.

- Eu estou aqui... Vim para ver ela. - Falei sem pressa, eu realmente estava querendo adiar aquilo. Tinha medo do que ia acontecer, da reação dela, da minha reação, de como prosseguiríamos depois daquilo. ... Não. Eu não devia ser negativo. Afinal, tudo vai dar certo.... Vai...?

Enfim, me dirigi até a sala aonde Mary estava, suspirando novamente, tentando relaxar meu corpo. Eu estava sentindo falta dela. Que péssima ocasião para se reencontrar...

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 O enfermeiro olhou para o jovem com uma expressão no rosto que dizia "Você não é muito novo para isso?", mas como crianças de dez anos podem andar com monstrinhos com um potencial ofensivo imenso, nada surpreendia o homem:

- Vem comigo...

 Falava caminhando com Timmy por um corredor branco com janelas dos dois lados e de relance o jovem via em cada janela uma cama e além do paciente, a família nela.

- Fizemos o possível - o enfermeiro para diante de uma porta - mas infelizmente tivemos que amputar uma boa parte da perna dele, acima do joelho na verdade.

 O homem abre a porta e Timothy vê Mary dormindo, com roupa de hospital e uma cicatriz na coxa, mostrando onde perdera o membro.

- Ela ainda está sobre efeito da anestesia, logo acordará e nesse momento, ninguém melhor que um amigo ou parente por perto, qualquer coisa pode chamar por um controle ao lado da cama dela....

 E o enfermeiro foi-se, deixando o jovem aspirante a mestre Pokémon diante do quarto de Mary, que dormia tão profundamente.

 O que fazer?

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