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Um diagnóstico desagradável...

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Ok, a tal comparação era com uma batalha pokémon... Eu já possuía algum costume nisso, mas eu só havia batalhado ao lado de Mary uma única vez. E ainda se tratava da vez no qual tudo aconteceu... Que droga... Bah. Eu precisava fazê-lo.

Não demorou para que eu realmente começasse à imaginar aquele acontecimento, mas mesmo assim, tentando pensar em um cenário diferente, que não fosse tão deprimente quanto o que estava acontecendo agora. Isso era relativamente fácil, mas seria mais ainda se eu tivesse ela aqui...

Bom, enquanto isso continuei sentado, entrelacei minhas mãos para frente, batia os pés com alguma insegurança. Apesar do meu medo do que poderia acontecer, eu estava ansioso para talvez ver ela normalmente, mais uma vez...

Era o que eu esperava, claro. Mas não se pode confiar no destino...

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 Timmy permaneceu alguns minutos pensando no que acontecia e como as palavras de Pablo eram dignas de um pensamento, porém seu fluxo de ideias foi embora quando o médico o chama.

 Passando pelos leões de chácara, o jovem se encontrava novamente no corredor de quartos, com a mão Pablo aponta para Mary, ela ainda dormia, mas o médico explicava:

- Deixe ela te ver quando acordar, certo?

 E com mais uma tapinha no ombro do jovem sai cantarolando - o que era estranho levando em conta o local onde se encontrava. Timmy vê que Marianne começa a acordar e chama por ele, nervosamente.

 O que faria?

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Enfim, novamente fui chamado. Levantei sem muita pressa, eu realmente queria tempo pra pensar, mas era claro que isso não ia ser possível com o turbilhão de situações que já ocorreram dentro daquele hospital... E sem pestanejar, comecei a andar junto do doutor, revendo aquelas pessoas no caminho e parando novamente na sala de Mary.

Ao chegar lá, continuei reparando na jovem, enquanto o homem falava comigo e se despedia por enquanto, voltando à cantarolar aquela música. Acho que eu sabia que música era, mas isso não era o caso... Afinal, é uma canção bem triste, até onde eu lembro.

Então, fiquei um tempo parado na porta, até que Marianne passou a despertar, e não durou muito para que me chamasse. Dessa vez eu me sentia um pouco mais tranquilo, então acho que eu poderia tentar domar a situação com um teco a mais de maestria, mesmo que eu não tivesse isso antes...

Logo, me aproximei da jovem. E, mais tranquilo, falei; - Olá, Mary... - Foi o que saiu. Eu não podia ter uma abordagem complicada, pelo menos não enquanto eu não tinha ideia de como ela ia lidar com a situação dessa vez... Espero que não seja como a primeira.

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 Aproximando-se da jovem loira de olhos esmeralda, Timothy lhe dá um olá educado, a jovem responde com seus braços esticados pedindo um abraço e enquanto seus braços cobrem as costas de Timothy, diz, nervosa:

- A culpa é sua!

 E afasta-se dele, com os olhos lacrimejando, sim ela estava querendo achar um culpado para sua desgraça, árvore, dia ruim, falta de sorte, Arceus, mas ela preferiu culpar Timothy. Irracional, de fato, mas não menos doloroso para o jovem.

 O que ele faria?

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Ela parecia tranquila. Me aproximei, e ela simplesmente me abraçou, por um momento. Pensei que tudo estivesse mais tranquilo, que eu poderia ter uma abordagem mais amigável, mas...

- A culpa é sua! - Aquelas palavras simplesmente rasgaram meu peito como nunca antes. Afinal, o que eu tinha feito? Salvo ela? Tirado ela dali? Sim, eu sei que isso é consequência do trauma, mas... Eu simplesmente não tinha feito nada de errado! O que eu poderia fazer, além de retrucar, ali? Eu não sabia. Não me alterei tanto, mas resolvi responder;

- Mas, Mary... Se eu não tivesse te encontrado, você nem sairia dali! Talvez nem estivesse mais aqui! E eu quem sou o culpado? - É, eu fui pesado, fui seco, até meio ignorante, mas eu falei a verdade. Falei, antes que o nó na garganta do pesar viesse à me atormentar mais uma vez, mas eu não sentia vontade alguma de chorar. Eu queria resolver aquele impasse primeiro, e depois ajudar ela.

Afinal, ela estava com problemas, certo? Deveria entender eles, antes de tudo.

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 Timothy retrucou a frase acusadora com uma frase que trazia Marianne a realidade, como um choque, os olhos verdes da jovem fixavam o branco da parede do quarto de hospital e com lágrimas correndo em seu rosto como uma nascente do rio Amazonas.

 O silêncio incomodo imperava no quarto, Mary cobria seu rosto com as mãos e tentava aproximar os joelhos do corpo, mas lembrou da marca da cirurgia e ficou somente com um próximo a si, o outro manteve-se estendido.

- Timmy, desculpa! Eu... Eu... Eu não sei por que falei aquilo! Eu virei uma inválida! INVÁLIDA!

 O grito colocava toda a dor para fora, como uma grande catarse, tão grande que logo após o silêncio voltou e a única coisa que a loira fez foi estender um de seus braços na direção do jovem treinador.

 Tudo começava a se acalmar.

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A frase antes dita pode ter me deixado abalado, mas a que veio depois teve um efeito "melhor" para piorar a situação da minha cabeça. A jovem estava realmente triste por sua perda, mas não era como se eu não pudesse continuar tentando ajudar... Não, eu não deveria parecer tão triste quanto ela! Se eu era a pessoa disposta à ajudar, eu iria ajudar e mostrar a consideração que eu tinha pela garota.

E logo, vendo sua mão estendida, segurei a mesma com as minhas duas mãos, olhei fundo em seus olhos verdes e comecei a falar;

- Não! Você não é inválida! Você é importante pros seus pais, é importante pros seus pokémon, é importante... - suspirei por um breve momento - É importante para mim! E não vai deixar de ser! Você nunca vai ser inválida pra mim.. Entendeu? - Exclamei com força, queria passar alguma animação para ela, queria que ela deixasse o desânimo de lado.

Talvez aquela fosse a tal hora de chorar, mas nem se eu quisesse o faria. Meu coração batia muito acelerado, eu realmente queria mostrar a importância que Marianne tinha, mesmo sem uma perna... Para quem quer que fosse.

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 Timothy tenta ajudar Mary como pode, afinal é somente um garoto de dez anos, tem seus limites e isso é notório, mas estava fazendo um trabalho interessante com a loira, mas ao negar a frase dela, não teve o efeito desejado:

- Não, não sou uma inválida, sou um estorvo, uma perneta que não vai conseguir nem ficar em pé sozinha, que vai depender de alguém por toda a vida, como vou ver meus pais assim?

 Mais lágrimas, mais soluços, mais medos.

- Eu não devia ter saído de minha casa, podia ter seguido outro rumo, escolhi o que me fez perder minhas pernas e me entrevar nessa cama.

 Um olhar suplicante e um pedido quase impossível de ser cumprido:

- Me tira daqui, Timmy!

 O que o jovem faria?

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Meu coração começava à palpitar como nunca. Eu realmente me sentia nervoso com as palavras, com a feição, com as atitudes que a jovem queria tomar. Eu simplesmente não queria ver ela assim, e parecia estar falhando... Mesmo que seja comum pacientes terem reações desse tipo, eu não tinha experiência alguma. Eu não era paciente, muito menos doutor. Eu era só um garoto...

De qualquer forma, respirei fundo, ainda me contendo.

- Você não é nada disso! Você não dependeu de ninguém sem nada, não dependeu de ninguém com um gesso na perna e muito menos vai depender de ninguém sem ela. Mary, as pessoas não vão deixar de te amar por causa disso. O seu mundo não vai parar por causa disso! Você tem uma vida toda pela frente, e você VAI aproveitar ela, com uma perna ou não. Vamos lá, você ainda pode andar!

Então, eu quem dei minha mão para ela. Para ajudar ela à levantar, e a andar um pouco. Não que seria uma locomoção fácil, mas tudo que eu queria era ajudar, ver ela feliz. - Eu entendo seu ponto... Mas você ainda é importante, mesmo que não ache isso.

Esperava a reação da jovem, com um sorriso leve, mas animado no rosto. Mesmo assim, ainda achei que faltava algo...

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 Após as palavras de consolo de Timothy, Mary o olha ainda chorando, o lençol já estava bem molhado. E a calma começava a rondar a jovem, que nervosa, tira o lençol e olha sua cicatriz levantando o toco de perna que possuía agora e - obviamente - visivelmente assustada com aquilo, diz:

- Eu ainda sinto minha perna, como se ela estivesse dormente e doesse!

 Sua voz ainda era chorosa, mas tinha uma curiosidade ali com relação a sua condição.

- E vai continuar sentindo por um tempo - interrompe Pablo, dando um olá com a mão para Timothy - essa reação é comum, talvez dure mais do que você queira, mas passa, sempre passa...

 O médico olha o curativo e com as mãos na cintura, diz:

- Está melhorando bem, ainda precisará ficar por aqui alguns dias, depois terá alta.

 O que Timmy faria?





Off: Vai rolar um timeskip, pq sim.

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