Now, I thrive!

Com decisão tomada, o convicto caminha por dentro de uma mata fresca, ao menos não estava tão quente quando num espaço aberto. Nada ali parecia diferente até que ele sentiu um formigar atrás da orelha. Quando foi virar para se certificar do que se tratava, um vulto passo como ninja por entre os galhos das árvores indo na direção que Kiaro seguia. Logo outro passava, só que mais lento. Ele podia se certificar de que era um Pokémon macaco, ao julgar por como ele se balançava como se já soubesse o que fazer e onde parar perfeitamente.

Estariam eles seguindo para onde o barulho se originava? A resposta veio como um talvez ao escutar outro grito, grave desta vez, vinda da mesma direção para onde os Pokémon estavam indo.

O jovem original de Kanto estava eufórico. Algo que por um momento foi alerta de medo era consumido agora por sua curiosidade. O treinador ignorava os perigos de se meter num lugar onde não conhecia - afinal, era o sentia da jornada - e procurava o lugar para onde os Pokémon iam, seguindo também o som grave.

Quando Kiaro menos esperava os Field sumiram e o som parou novamente. Ele tinha perdido a trilha, mas tinha encontrado algo muito melhor! Foi apenas olhar para o alto que ele pôde ver construções circulares na copa das árvores. Parecia ter algum movimento vindo dali e vazando alguns sons, dos quais Millefiore ouvira antes de adentrar na mata. Mas como faria ele para subir até lá? Estavam quase a vinte metros do chão.

Kiaro duvidava do poder do seu Psíquico, o mesmo o surpreendia com um Teleport mais que perfeito.

Eles estavam a uns dez metros de distância do que estava rolando naquele espaço plano. A construção vista de baixo era um grande círculo linear de madeira e em sua superfície pairava cerca de trinta pessoas e alguns Pokémon. Obviamente alguns Pokémon curiosos, como a dupla de Mankey que passou ainda pouco, estava em uns galhos pouco distantes assim como o jovem e seu Kadabra.

O tempo que Kiaro levou para analisar brevemente o espaço foi suficiente para o Meowth chegar até onde estava e depois começar a cuidas das garras.

Dali Kiaro conseguia ver e agora ouviu nitidamente o que era aquele evento. Um homem negro de roupas tribais e a pele pintada falava alto e claro para os presentes ouvirem e não tinha um que não prestassem atenção. Além dele só era possível escutar o som dos selvagens e o bater das folhas. O homem dizia algo sobre uma lenda e que Groundon iria reivindicar seu trono no fogo mais alto e por isto eles iriam oferecer um sacrifício perfeito ao senhor do fogo - neste momento efeitos especiais como chuvas de brilho industrializado foram produzidos para chamar maior atenção e ele completava - Aquele que mostrasse seu valor seria digno de portar o símbolo daquele Pokémon. Então ele pegou um cajado e bateu no chão gritando para o sacrifício começar. Numa explosão de gritos, fogo, água e raios de diferentes tipos avançavam como se tivesse sido uma ordem para a matança. Os selvagens de camarote berravam, torcendo pelos melhores. Em resumo aquilo parecia um mata-mata com significados ainda desconhecidos pelo treinador, mas com promessa de um prêmio a altura.

O homem que estava sendo interlocutor se sentou no chão da copa e assistia as batalhas com séria expressão. Ele parecia um pouco com o líder de ginásio de Aztlán, mas não tinha como ser Carlos... Ou tinha?

O treinador estava querendo se manter distante, entretanto, algo lhe dava nos nervos sem saber o motivo. De repente uma sombra cobriu Kiaro. Antes que ele pudesse pensar em virar, garras pousaram em seus ombros e o suspenderam. Meowth, não querendo ficar ali sozinho, saltou e grudou nas pernas do jovem.

Quem estava carregando o treinador era uma ave gigantescas. Esta o jogou no espaço plano, bem na frente do líder.

Alguns paravam a luta para observar o Pokémon e o intruso. O homem apenas bateu as palmas e ordenou que continuasse como se nada tivesse ocorrido. Seus olhos eram pesados e ele parecia estar perto dos 40 ou 50. Sua pele negra não deixava claro, apenas alguns fios grisalhos que saiam da cabeça. Ele era parecido mesmo como Carlos, mas não era o mesmo.

- Senta. - ele ordenou a Kiaro, sendo que este estava sendo observado pelo falcão de penas bonitas - O que fazia espiando?

Frio e calculista, era como olhava o homem de pele negra para Kiaro. Este mantinha a expressão nula como se absorvesse as histórias do viajante e processava por um longo período até que enfim chegou a um pensamento.

- Veja bem, se Braviary os trouxe aqui, então estavam xeretando. Se não vão se juntar ao evento do Sol terei que pedir para que se retire, se não...

O pássaro abriu as asas e fez seu som ecoar por dentro dos tímpanos do jovem que se encontrava embaixo. O "se não" envolvia Braviary e sem sombra de dúvidas. Mas e quanto ao tal de evento? Kiaro estava sendo quase que forçado por seus instintos a ir pela mata e permanecer nela. Será que estes o deixariam criar raízes tão alto assim?

Off: Desculpe a demora e o post, estou murcho de cansado..
Topa Maratona no domingo?