Rogue Time - Reunion

Lys notando o silencio por parte dos outros membros do grupo, logo sentiu-se um tanto incomodado, mas, dando as costas para os demais, disse, seu tom levemente irritadiço. - Ótimo então, dividam-se. - E com seu último comando para o grupo, o jovem seguiu seu caminho pelas ruas de La Rousse, com seus olhos voltados a todo e qualquer sinal de algo que lhe pudesse aparentar ser estranho.

Já no interior do Centro Pokémon, O pulso de Karina fora preso pelas mãos do rapaz, que após receber o primeiro golpe da garota, decidira interceptá-la. O olhar de Karina era evidente. Pia adiantava-se, suas tentavam fazer com que o rapaz soltasse sua amiga, porém, nenhum resultado obteve, sua tentativa fora fracassada. Alex, também adiantara-se, mas, antes de qualquer reação de sua parte, Karina disse, sua voz num tom ameaçador. - Me solta, Agora! Estamos num Centro Pokémon... Não vai querer arranjar confusão num lugar com tantos treinadores assim, vai? - E olhava ao seu redor. Mesmo com a grande quantidade de conversas espalhadas pelos treinadores dali, aquela cena tinha que estar ganhando alguma atenção, e mesmo que não tivesse, um grito de sua parte seria mais que o suficiente para receber a devida atenção.

Karina encarava o jovem que mantinha os dedos presos ao redor de seu pulso, seu olhar parecia uma mescla de raiva e medo. Raiva, ainda pelo que o rapaz lhe dissera a pouco, sobre o pequenino pokémon, e o medo do que o jovem poderia fazer caso ninguém intervisse. Eis então que a garota viu como um rápido lampejo um objeto avançar até a face do jovem, e então um forte estalo, que resultou em imediatamente sua liberdade, uma vez que agora a mão que outrora a prendia, agora estava sobre sua face, no exato local em que o chicote lhe atingira. Seu olhar viajava rapidamente do rapaz para a mulher, provavelmente a única com chicote em mãos. Quem era aquela mulher? E por que carregara um chicote? Bem, ela parecia muito hábil com aquela coisa, fora que de alguma forma, a ajudara ali, na verdade, fora a única que a ajudara, então, julgá-la não seria correto. - Obrigada. - Disse a garota enfim, seu olhar confuso.

Pia e Alex avançavam contra o rapaz que anteriormente agredira Karina, com o intuito de imobiliza-lo, Alex trazendo seus braços para trás enquanto Pia, numa tentativa cômica de ajudar, descera ao chão e passara suas pernas e braços ao redor das pernas do rapaz. Se aquilo funcionaria, ou a força do rapaz fosse mais forte, isso os dois não tinham como saber, apenas era melhor tentar do que não fazer nada, e deixar nas mãos de uma estranha com um chicote a proteção de sua amiga.

Karina, então, abaixava seu olhar para Zigzagoon, o pokémon agora libertado do treinador, e pegou-o em seus braços, assim então retornando o seu olhar para a mulher a ajudara e adiantara-se até a mesma. - Obrigada... Mesmo. - Repetia. - E... Ah... Como eu poderia chamá-la?

Já um tanto distante do Centro Pokémon, estava Lysander, andando numa parte mais vazia, e feia, em vários sentidos, da cidade. Seus olhos viajavam a todos os cantos. Tentava parecer normal, um simples habitante da cidade caminhando pelo gueto, apesar de em seu íntimo não se sentir tão bem num lugar daqueles. Mas, tudo bem... Por onde começaria a procurar pelas tais insígnias? Se ali pelo menos tivesse algum mercado... Um mercado negro ou algo assim, poderia procurar se alguém levara as insígnias do senhor para lá... Mas, sem dúvidas um mercado desse tipo não é tão fácil de se encontrar, precisava procurar por informações... Algo que realmente lhe chamasse a atenção naquele momento, era oque procurava entre o caminho que seguia.

Off: O.K. ^^

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Lysander caminhava por aquelas ruas com seus sentidos o mais apurado possível, desde a sua visão, fazendo com que suas orbes oculares se voltassem a todos os cantos ali possíveis chegar, até sua audição. Se mantenha atento a todas as conversas e boatos que "corriam" ao seu redor. E em meio a todas as vozes e assuntos, uma se destacou ao dizer algo sobre alguém oferecendo insígnias como forma de pagamento... Imediatamente Lysander interrompeu sua caminhada e seus olhos encontraram o corpo da mulher que dissera tal frase... Estava claro, desde a sua postura até suas vestes, era uma daquelas mulheres da vida, e com pagamento, imediatamente deduziu que a mulher se referia a trabalhos sexuais, se estava correto ou não, isso não importava, esta fora simplesmente a primeira impressão que tivera do ocorrido.

- Hum... Acho que superestimei o ladrão... - Disse o rapaz em um sussurro inaudível. - Usar as insígnias para receber este tipo de serviço... Francamente, ou ele é muito estúpido ou já alcançou todas as metas que almejava que procura por tais coisas sem valor algum... - Seu olhar permanecia sobre a mulher, de uma forma que para qualquer um que o notasse podia perceber que estava julgando-a naquele exato momento. Forçando um fino sorriso em sua face, aproximou-se enfim.

- Hum... Preciso de seus serviços... - Disse para a mulher que a pouco falara da insígnia. Em sua voz era notável algum incômodo ao dizer tais palavras, mas, ao mesmo tempo parecia serio, determinado. - Só não me leve a mal... Meu tempo é curto... - Qual seria a reação da mulher diante do jovem?

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Ainda no interior do Centro Pokémon, o jovem treinador havia conseguido desvencilhar-se dos braços de Alex e Pia, que agora, após sua falha tentativa de prender as pernas do rapaz, continuava sentada sobre o chão, com sua face levantada para encarar todos os outros ali presentes. Karina observava a mulher que a ajudara afastar-se, porém antes, tivera feito um gesto que a garota não compreendera, por que apontar para o chicote em resposta a qual seria seu nome?

Ignorando Pia e Alex, a garota então avança entre os treinadores e treinadoras ali presente, inciando uma rápida busca pela mulher do chicote, e após tal busca, que fora realmente muito rápida, desistiu da mesma, afinal... Se a mulher se afastara, não desejava nada de Karina. "Retornando para a cena do crime" se reuniu novamente junto a Pia e Alex, e ao desviar rapidamente seu olhar entre eles, perguntou. - Onde está ele? Onde está o Zigzagoon? - Dizia a jovem, seus olhos agora pulsantes... Diferente da busca pela mulher, Karina agora parecia realmente preocupada com aquilo que procurava. Por onde andava o pequeno? - Alguém viu o Zigzagoon? - Repetiu a garota, seu tom de voz agora mais tremulo e alto.

-Ah! Ai está você! - Disse Karina enfim quando encontrou-se com o pequenino pokémon normal, em sua voz havia um tom de alívio. - Ele está aqui, pessoal! - Disse Karina girando rapidamente seus calcanhares para encarar o restante do grupo, que naquele momento baseava-se em Karina e Alex, uma vez que Lys não se encontrava em nenhum lugar ali visível. Pia ao ouvir Karina dizer que havia encontrado o pequeno, e sabendo o qual importante aquilo era para a garota, emitiu um abafado grito de satisfação, avançando imediatamente até a amiga em meio a saltinhos. Alex por sua vez, esboçava um largo sorriso em sua face enquanto também aproximava-se da garota de cabelos prateados.

Com o pequeno à sua frente, os olhos de Karina encheram-se de lágrimas, porém não de medo ou tristeza, mas, alegria... Claro, Zigzagoon não substituiria aquele Zigzagoon, mas via no pequeno uma nova forma de se redimir, fazer por este tudo oque não pôde fazer pelo outro... Não demorou muito para que ficasse de joelhos sobre o chão do centro pokémon e esticasse seus braços para o mesmo, esperando que ele viesse até si. - Está livre agora... Nada mais de treinadores para te mandarem fazer coisas que não gostaria de fazer... Mas... Gostaria de vir comigo? Prometo que as coisas serão diferentes.

Afastado do Centro, em um dos becos da cidade, Lysander tentava se comunicar com a mulher que a pouco ouvira dizer sobre as tais insígnias:

-Hum... Podemos ter esta conversa a sós? - Seus olhos encaravam o chão, de modo que sua face estava um tanto rubra pela situação. E, mesmo sem esperar uma resposta da mulher, esgueirou-se por um canto um pouco mais afastado das outras companheiras de "trabalho" da mulher. Quando a mulher o seguisse, enfim continuaria a conversa. Erguendo seu olhar do chão para a face da mulher o jovem teria a vista de todo o corpo da mulher, mesmo que se apressadamente fizesse tal ato, oque o fez ficar um tanto mais rubro. - Então... Preciso de seus serviços... Mais precisamente suas informações. E você precisa de dinheiro... Se me der tal informação e ela se mostrar verdadeira, você terá seu dinheiro... Palavra de um Lestrange. - Suspirou profundamente e desviando sua face para longe da mulher, disse enfim, num sussuro um tanto mais baixo que o tom de voz anteriormente empregado. - E... Sobre seus "serviços"... De quanto estaríamos falando? - Desta vez, não falava sobre as informações...