Pokémon Mythology RPG
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19@ A Alvorada em Aztlán

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Um suave odor de fumaça penetrava as narinas do rapaz, mas isso não parecia incomodá-lo. Ainda estava confuso, talvez tivesse batido a cabeça ao cair naquele lugar, talvez fosse um efeito colateral da distorção dimensional... não sabia. Nos primeiros cinco minutos que se passaram desde que acordou, o loiro se limitou a caminhar, quase que como um zumbi, até uma árvore solitária, abrigando-se do sol na companhia da confusa Skorupi. Encostou suas costas no tronco e desceu, sentando-se no chão de areia.

Que lugar é esse?, ele se perguntava, com a boca aberta e os olhos fitando o vazio. Kanto... Pallet...Estou em... casa?

A pokémon cutucava o seu treinador, como se cobrasse alguma ação, percebendo que ele parecia uma casca vazia, acabou entrando em desespero, encolhendo-se entre o corpo do rapaz e o tronco da árvore. O vento balaçava o mato, fazendo-o dançar e trazendo, ainda mais, o cheiro de queimado.


É verão? Papai irá viajar em breve...

Está quente aqui...

Fogo...



De repente, a confusão do rapaz foi passando e a sua consciência voltando para o lugar. "Skorupi!", ele disse, pegando a pokémon no colo e a abraçando. A bebê, que estava triste, animou-se ao ouvir a voz do seu treinador mais uma vez. Algo estava pegando fogo, aquilo o fez se lembrar da sua Charmander e do templo que estavam minutos atrás.

Vincent se levantou, com a pokémon inseto se ajeitando em suas costas, e olhou em volta. Impossível, como vim parar aqui?, ele se questionou. Em um minuto estava em um templo escuro e frio, agora estava em um campo aberto, com um sol quente, um ar seco e um forte cheiro de fumaça.

- Precisamos achar a Charmander. - Ele disse para a sua parceira ao fitar as chamas mais ao norte. Teria sido a réptil de fogo que causou o incêndio? Era a única pista que o monotreinador tinha, por tanto, ele começou a marchar na direção do fogo, para desgosto do pokémon inseto. O problema era que o mato era relativamente grande, dificultando a caminhada e o vento espalhava as chamas, o que era perigoso.

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Em meio aquele caloroso cenário, após uma leve desorientação em decorrência da forma como chegara até ali, o loiro ao sentir a falta da salamandra consigo e poder observar o pequeno foco de fogo que começava a se alastrar naquele local, decidia ir de encontro a fumaça na esperança que sua parceira estivesse ali ao passo que pouco a pouco sentia o calor aumentar a sua volta.

Quanto aos sons que o circulavam, o jovem poderia escutar apenas o crepitar das chamas e o vento a balançar parte do mato intacto, oferecendo a tal local uma peculiar falta de vida e infelicidade. Então, de repente, antes que pudesse alcançar as chamas, escutara o mato chacoalhar de maneira nervosa a sua direita, como se algo pequeno tivesse agitado a base da vegetação, preparando-o para a cena estranha que vinha a seguir.

Sem mais nem menos, pode sentir sua camisa ser puxada pelas garras de sua parceira venenosa ao passo que ela grunhia de surpresa e dor e estranhamente ficava mais pesada. Dessa maneira, pelo canto do olho, Vincent poderia ver uma pequena galinácea a se agarrar a cauda da venenosa pelo bico, balançando de um lado para outro enquanto seus pés tentavam inutilmente se agarrar a vegetação.

Com o aumento do desespero e grunhidos de sua parceira em suas costas, o que faria o jovem?

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As chamas estavam mais a frente, mas o calor chegava até ele. O monotreinador estava começando a ficar com sede quando sentiu algo puxar sua parceira e deter os seus passos.

- Skorupi? - Ele disse, tentando olhar para trás e vendo a silhueta de alguma ave tentando puxar a sua parceira para o chão.

A bebê começou a grunhir enquanto apertava-o com força, como se quisesse desesperadamente se agarrar ao mesmo. O rapaz sentiu a presa de um dos braços da inseto atravessar a sua camisa e rasgar a sua pele, fechando os olhos de dor. O que está acontecendo?

Sem ter outra opção, jogou seus baços para trás, agarrou a venenosa e a sacodiu, deixando o que quer que tenha agarrado a mesma cair no mato alto. Aliviada, a inseto agarrou-se ao treinador enquanto o mesmo sacava a sua pokédex e apontava em direção da criatura.

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Tendo em vista o sufoco por qual sua parceira passava, e até mesmo os machucados que recebera em meio a essa confusão, o jovem loiro decidira agir de maneira rápida, jogando seus braços para trás e agarrando a pequenina para sacudi-la na intenção de derrubar a criatura que a importunava. Assim, após frenéticas sacudidas do treinador e alguns guinchos de sua parceira, o galináceo soltava a inseto com dificuldade, caindo em meio a vegetação alta.

Contudo, em meio a vegetação a frente do loiro, após uma rápida movimentação daquela criatura, era possível se escutar frenéticos piados de protesto e pulos, que revelavam um penacho amarelado ali, as ações de Vincent para ajuda sua parceira, algo que era rebatido pelos grunhidos furiosos da pequenina venenosa furiosa. Então, de repente, uma fina linha de fumaça começara a sair de onde a ave saltava, revelando logo em seguida algumas fagulhas.

E ainda nesse cenário, o foco de incêndio que seguia antes passava a se alastrar cada vez mais rápido, aumentando o crepitar por ali, assim como a fumaça. Qual seria a reação do loiro em meio a tudo isso?

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A atenção do monotreinador logo mudou o foco, do pokémon aparentemente selvagem ao fogo que tomava conta da mata. As chamas já tomavam boa aprte do lugar e não havia o que fazer a não ser correr para longe dali. Sentiu o suor escorrer pelo seu rosto e percebeu o quanto a Skorupi estava inquieta. O fogo não era agradável para insetos como ela. Rapidamente o rapaz se abaixou para falar com a ave.

- Precisamos sair daqui.
- Ele anunciou, com a Skorupi nos braços. - Venha conosco, é perigoso!

E o rapaz se levantou, dando alguns passos para a direção oposta das chamas, olhando para trás para ver se a ave os acompanhava. De repente, percebeu que ela parecia ter sido o foco do incêndio. O que está acontecendo?, perguntou-se. De qualquer forma, decidiu atrair a pokémon para mais distante de onde estavam e analisar o comportamento da mesma, assim teria certeza se ela era o foco dos incêndios ou não.

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Em meio a confusão que parecia estar prestes a começar, o jovem achara melhor se afastar das chamas, tanto para sua própria proteção quanto para a de sua parceira, não deixando de chamar também a pequena ave, que ainda estava a saltar por entre a vegetação alta e a grunhir de forma irritada. Assim, acabaram seguindo para próximo de uma das árvores, afastando-se apenas alguns metros do incêndio que começava e tendo a ave a segui-los apenas por causa de suas tentativas frustradas de saltar para tentar bicar a pequenina Skorupi, que não deixava de fazer caretas e grunhir para ela.

Dessa maneira, estavam ali debaixo dos escassos galhos e fora da vegetação alta, já que no raio de alcance de tal planta nenhuma outra planta crescia, deixando apenas a terra seca como piso. Então, de repente, uma pequena pedra voara do meio do mato em direção a cabeça da alaranjada, fazendo-a grunhir irritada e parar de tentar bicar a venenosa para virar-se na direção de onde a pedra virara e lançar brasas contra a vegetação, queimando uma pequena parte vegetação.

Contudo, as coisas não pararam por aí, já que logo tal estranho acontecimento tornara a se repetir, fazendo a ave expelir brasas novamente enquanto que, dessa vez, um pequena risada travessa soava naquele espaço a cada instante de uma direção diferente.

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Após parar em um local que julgou ser mais seguro, o loiro parou para analisar a situação. A ave estava encantada pelo seu pokémon inseto, talvez quisesse se alimentar da pobre Skorupi. Os poderes de fogo dela explicariam o incêndio que consumia a vegetação do lugar... Mas o que ele ganharia pondo fogo na mata?, eis a pergunta que não saia da cabeça do rapaz.

Foi quando pedras voaram por entre o grupo que Vincent passou a entender melhor o que estava acontecendo: havia uma outra criatura no local, criatura que estava se divertindo ao provocar o pequeno pokémon selvagem.

Esse riso... seria uma criança?, Vincent se perguntara, mas onde ele estava? Poderia haver crianças naquele lugar? De repente se lembrou que não fazia a menor ideia de que país ou continente estava.

Quando mais algumas pedras atingiram a pobre ave, Vincent resolveu tomar uma atitude. Antes de tudo, posicionara a Skorupi em suas costas - a pokémon se agarrou nos ombros do rapaz com suas pequenas garras e ficou alojada nas costas do mesmo, prendendo-se também na mochila - e, só então, correu para frente do pokémon que estava sendo provocado, protegendo-o com o seu corpo.

- Quem está ai? Deixe esse pokémon em paz! - Ele pediu, com os braços abertos em frente da criatura de fogo.

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Então, ao deduzir o que provavelmente ocorria por ali, o jovem decidira proteger o alaranjado irritadiço de qualquer coisa que estivesse a lançar pedras nele, algo que o provocava o pequeno e o fazia lançar brasas pela vegetação seca, iniciando pequenos focos de incêndio, como o primeiro que o loiro pudera ver e, agora, se alastrava rapidamente liberando fumaça negra no ar.

Entretanto, mesmo perante a pergunta e ao exigir do jovem treinador, outra risada tornava a soar, dessa vez as suas costas, ao passo que a ave tornava a grunhir de dor e começava reclamar novamente, soltando brasas para o céu dessa vez. Então, de repente, um anel dourado com um buraco negro em seu interior surgira à frente do grupo, revelando que uma pequena cabeça de face divertida, chifres acinzentados dos lados e um distinto rabo de cavalo de um forte rosáceo, o atravessava, deixando somente esse segmento do corpo para fora do portal enquanto soltava suas risadinhas.

Então, um braço lilás sairá também do portal, ficando ao lado da cabeça enquanto ostentava duas pequenas pedras em sua mão. De uma hora para a outra, a mão lançava as pedras para o buraco negro e, sem motivos aparentes, Vincent pode sentir algo parecido com uma pedra atingir o topo de sua cabeça, algo que também acontecia a criatura de fogo. Se olhasse para cima nesse exato momento, poderia ver que um anel dourado se fechava, sumindo.

Estando ali, perante a face que parecia ser o culpado de tudo e que, de maneira zombativa, mostrava-lhe a língua enquanto a ave saltava irritada atrás de si, o que faria o loiro?

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Antes de ser tragado para aquele campo seco e quente, Vincent estava em um templo escuro e gélido, ouvindo histórias sobre deuses cultuados pelo povo de Aztlán. Dessa forma, a primeira coisa que pensara ao ver a estranha criatura chifruda que parecia manipular o espaço sem nenhuma dificuldade foi que estava diante de uma divindade. Por mais estranho que parecesse, era a única explicação que vinha em sua mente, tendo em vista que nunca viu nada a respeito daquele ser e não tinha conhecimento de nenhum pokémon capaz de realizar as façanhas que o mesmo estava realizando.

O monotreinador costumava achar que os deuses eram seres imponentes, poderosos, mas o que seus olhos viam naquela estranha tarde era um ser travesso e infantil. Esse seria o Deus de quê?, perguntava-se, sendo surpreendido por uma pedra caindo em sua cabeça.

- Q-Quem é você? Por que nos trouxe aqui?
- Questionou. Sentia as pernas tremerem e o coração batendo depressa no peito, estava com medo, mesmo o monstrinho não tendo uma aparência ameaçadora. Levou uma das mãos a cabeça, fazendo pressão onde a pedra o atingira. Estava doendo, provavelmente teria um hematoma em breve.

Enquanto pensava o que fazer, o rapaz percebeu que o deus continuava a atormentar a pobre ave selvagem.  Skorupi, por sua vez, continuava ilesa agarrada nas costas do treinador, erguendo seu corpo discretamente para que sua cabeça superasse a altura do ombro dele e ela pudesse observar o que estava acontecendo. Estranhamente a inseto não se sentia intimidada pelo mosntro flutuante, pelo contrário, parecia se divertir com as suas caretas.

- Você quer brincar, é isso? - Vincent perguntou e, sem esperar uma reação do pokémon, catou a pedra que lhe atingira a cabeça e lançou em direção do ser divino. Desistiu de tentar uma fuga, sabia que não havia lugar para ir. - Então pega.

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Em meio a um inesperado encontro como aquele, se mostrava plausível que as palavras do senhor Straussman sobre deuses e formações de novas eras viessem à tona na mente do jovem, que não deixara de exibir temor perante aquela peculiar criatura enquanto o indagava sobre quem ele seria e por que os levara até ali, fazendo produzir traquinas risadas. Assim, logo em seguida, ao deduzir que não haveria escapatória daquele ser, Vincent decidia entrar em sua brincadeira, pegando a pedra que antes o atingira, e agora fazia sua cabeça doer, e lançando-a em direção ao produtor daqueles portais.

Então, com um simples movimento de sua mão, a criatura, que nitidamente havia percebido o movimento do loiro, fazia surgir um anel a frente da pedra, fazendo-a desaparecer em conjunto do anel em seguida. Segundos após, ele repetia a risadinha e passava a ostentar o punho fechado com o dedão para o alto para o loiro, como concordasse com o fato dele entrar na brincadeira, adentrando por completo no portal no qual estava atravessado e fazendo-o sumir.

Após isso, uma estranha tensão predominara aquele local, algo que era regado pelo som dos ventos e do crepitar do mato seco em chamas não muito longe dali.

De repente, um enorme anel dourado surgira à frente de Moonrose, arrebatando-o com uma gélida ventania repleta de neve, como se o portal estivesse direcionado parte de uma tempestade de neve para aquele local caloroso, cobrindo o grupo e fazendo inevitavelmente tremer de frio por alguns segundos. Dessa maneira, antes mesmo que o portal se fechasse, era possível se escutar gargalhadas logo à frente, e quando o fenômeno parara, foi se possível notar que tais risos provinham da criatura mística, que se agitava batendo o punho no chão.

Sem anuncio prévio, a ave de fogo começara a grunhir fervorosamente de raiva enquanto tremia de frio naqueles primeiros momentos, se aquecendo rapidamente ao disparar suas calorosas brasas em direção ao que ria sobre o solo, que, infelizmente, não o haviam atingido devido à agilidade que tal criatura detinha, afastando-se e pegando uma pequenina pedra no chão. Então, o risonho lançou a pedra sobre a testa da criatura de fogo, fazendo-o cair para trás e voltando a rir escandalosamente.

Como o loiro reagiria a tudo isso?

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