A caminho de Petalburg

Não havia mais nada que quiséssemos fazer em Rustboro, então depois de uma demorada conversa e pesquisa decidimos seguir para Petalburg, que parecia ser a cidade mais próxima que havia um ginásio. Caminhamos até a saída sul da cidade e chegamos em um belo caminho florido, com árvores ao redor e um lago no meio do caminho mais à frente. Sempre me admirava com as novas paisagens que encontrava em minha viajem, já que em Cinnabar não havia tanta variedade e é uma cidade mais isolada das outras.

Caminhamos um pouco e novamente Dianna ficou um pouco atrás enquanto andávamos, mas desta vez ela parecia distraída com alguma coisa que lia em seu novo PokéNav. Eu ainda não tinha mexido direito no meu, e não sabia muita coisa sobre o aparelho, mas Dianna estava sempre fuçando curiosamente o dela. Olhei para trás novamente e lá estava ela parada no mesmo lugar em que estava na última vez que olhei.

- Anda logo. Quero chegar logo em Petalburg. E que cara é essa? - Não tinha percebido, mas ela estava com as sobrancelhas arqueadas e os olhos arregalados. Corri até ela e tentei ler o que tanto a distraia. Era uma noticia local, relatando algumas estranhas abduções. - Nossa agora eu entendi, por que você ficou com medo...

- Não estou com medo, só estou... Pasma com a situação. Nunca tinha ouvido falar de uma coisa dessas... E você que deve estar com medo, seu pirralho. - Como sempre, Dianna se irritava com coisas bobas.

- Garota chata. Era só brincadeira. Vamos continuar andando, ou você quer tentar pegar alguma coisa ali no lago? Pode ser que você encontre um pokémon diferente ai. Eu quero treinar um pouco.

- Gostei da ideia. Me empresta sua vara de pesca. - Peguei a minha vara com cabo retrátil, e entreguei para ela. - Obrigado! E não precisa olhar com essa cara, não vou quebrar nada.

- Espero mesmo.

Enquanto ela corria na frente toda animada, eu fiquei pra trás para pensar um pouco. Queria treinar meus pokémons, mas ainda não sabia como. Voltei a andar devagar e ainda pensando o que fazer, e de longe via Dianna. Será que ela conseguiria pescar alguma coisa? Da última vez que tentei, só consegui pescar ela... Lembrei dando uma risada leve. Por enquanto ia observar como ela se saia na pescaria, e depois treinaria com ela de novo.

Pensativo e andando um pouco atrás, minha atenção foi chamada com um leve grito de Dianna. Quando olhei, um pokémon canino rosnava para ela, parecia ser agressivo então eu corri para ajuda-la.

- Está tudo bem? Precisa de ajuda?

- Eu não preciso da sua ajuda, pirralho. Só levei um susto com esse animal pulando na minha frente. Pode deixar que eu resolvo.

Eu dei uma risada, já que Dianna havia ficado vermelha de vergonha. Ela pegou uma de suas pokébolas, pois iria batalhar com o pokémon desconhecido. Enquanto isso eu resolvi olhar em minha Pokédex que pokémon era aquele. Era Poochyena, e realmente era bastante agressivo com estranhos, e gostava de morder... Era bom ela tomar cuidado.

- Boa sorte ai... e cuidado com os dentinhos dele. - Estava sendo irônico só para provocar.

- Vamos lá Psyduck! Vamos ensinar ele a não assustar os outros.

Para nossa surpresa, o Poochyena não estava sozinho. Mas eu não reclamaria disso, estava precisando de uma batalha já estava ficando entediado. Como agora estávamos cercados eu pegaria os dois do meu lado e deixaria os outros dois pra Dianna. Lancei a minha pokébola, e liberei Nami para a batalha.

- Não fique se achando, eu não preciso da sua proteção. E depois que eu terminar com esses dois aqui, eu te ajudo com os seus... Vamos lá Nami, Water Gun nos dois!

Eu já estava me acostumando com as provocações de Dianna, e aprendi a devolve-las pra ela, isso deixava ela mais irritada. Eu ria baixinho enquanto Nami se preparava para executar os comandos.

Estava muito fácil, principalmente para mim. Agora restando apenas um Poochyena, eu preferi deixar que Dianna e Psyduck cuidassem dele.

- Nami, vamos deixar pra eles, pode descansar. Boa sorte ai...

Sabia que Dianna não reclamaria. Eu também não estava interessado em capturar nenhum deles, então me afastei da batalha.

Agora com todos os oponentes derrotados, podíamos continuar nossa caminhada até o lago.

- Achei que não ia conseguir... Estava quase voltando para te ajudar quando o Psyduck caiu. - Eu disse rindo e correndo na frente, para evitar que ela me acertasse com a vara de pesca.

- Seu pirralho idiota. Até parece que eu ia perder pra um cachorrinho bobo desses... Não precisa correr, seu medroso. Vamos logo que eu quero pegar um pokémon aquático novo.

Eu parei de correr e esperei Dianna me alcançar, e fomos juntos. Depois da batalha, preferimos deixar nossos pokémons nos acompanhando para evitar novas surpresas pelo caminho.