Ao ser cuspido o oficial fechou a cara, levantou, passou a mão no cuspe e depois lambeu o mesmo em seu dedo. Seu olhar logo se fixou em Rose e ele avançou com um tapa, um golpe tão forte que deixou a bochecha da jovem vermelha, ela sentiu o gosto de sangue na boca, um sabor ferroso e amargo.
- Olha aqui sua cadela, eu vou abrir sua boca de orelha a orelha se continuar com essa marra! A sua e a de seus amigos... – apontava o dedo para a mulher enquanto respirava fundo e voltava a se sentar.
A ameaça parecia fazer efeito e Rose logo dava um nome, Lysander Lestrange. O Coronel ergueu a cabeça e começou a murmurar, como se degustasse aquela valiosa informação. – Agora estamos chegando a algum lugar! – Ele abriu um sorriso satisfeito – Esse Lysander é o líder de seu grupo ou só mais um subordinado com patente maior que a sua? Como ele ficou sabendo de nossos experimentos? Onde podemos encontrá-lo?
Antes que Rose pudesse falar mais alguma coisa, alguém bateu na porta. – Entre! – Anunciou o Coronel e um soldado de feições orientais entrou, bateu continência e falou no ouvido de Adolf alguma informação muito importante, pois ele abriu um sorriso satisfeito. O Coronel se levantou recolheu sua boina e o papel da mesa.
- Iremos continuar nosso interrogatório amanhã, aproveite esse tempo para lembrar de qualquer informação importante. Soldados! – E mais dois soldados entraram na sala. – Levem-na para a sua cela. – Dito isso ele saiu seguido pelo soldado de feições orientais.
Os outros dois soldados se aproximaram de Rose e colocaram um saco em sua cabeça, em seguida liberaram uma mão das algemas, para poderem prendê-la atrás das costas. Em todo tempo, usaram de força para dominar Rosemary. Quando terminaram ali, levantaram-na e a levaram para fora da sala, guiando-a por corredores até uma cela de prisão. Durante o caminho ela só conseguia ver os próprios pés, já que o saco impedia a sua visão.
(...)
Já em sua cela, eles tiraram o saco e as algemas de Rose, deixando-a em um cômodo apertado que possuía um beliche, uma privada e um lavatório de onde poderia lavar as mãos e beber água. A cela era totalmente de grade, com exceção de um canto, que era margeado por uma parede. Rose percebeu que aquele setor possuía um total de 14 celas, sete de cada lado separas por um largo corredor, ela estava justamente na cela do meio e todas as outras estavam vazias com exceção da cela à sua frente, ali se encontrava um homem que ela conhecia muito bem, Castiel. Ele estava deitado, dormindo e seu rosto estava todo inchado e com várias feridas, alguém tinha lhe dado uma baita surra. Antes que ela pudesse fazer qualquer coisa, outro prisioneiro chegou com um saco na cabeça, era Sophie que foi colocada na cela ao lado da sua, ela parecia tão bem quanto a própria Rose... Os três voltavam a se reunir, mas em uma péssima situação.