Contest #03 - Apresentações

O público de Fallarbor estava mais animado do que nunca. Após um bom período sem competições em sua cidade, o Contest Hall de Fallarbor finalmente era sede de um dos eventos da mais nova temporada. Assim como os últimos Contests, o palco era feito com terra batida e seus limites eram demarcados com tinta branca, mas, diferente dos demais, a decoração era um show a parte. As paredes do ambiente haviam sido cobertas com papéis de parede de cores escuras, mas algum material brilhante os revestia, dando a impressão de que os limites do local eram um céu estrelado.

As luzes então se apagaram, os holofotes focaram no centro do campo de batalha e Lilian logo apareceu, fazendo com que o público aplaudisse e ficasse animado. Sentiam falta da hostess mais simpática de toda a região de Hoenn. Como de costume, ela deu uma breve desfilada pelo palco e mandou beijos para sua audiência antes de anunciar o início da competição. Mas assim que ela assumiu um tom mais sério, o público ficou em silêncio, prestando atenção em suas palavras.

- Boa noite cidade de Fallarbor! Vocês já devem me conhecer! Sou Lilian, a anfitriã dos Contests da região de Hoenn! Espero que assim como eu, vocês estejam animados, pois nossos competidores disputarão para conseguir a tão cobiçada Fita Lendária! - Após seguir com sua apresentação padrão, Lilian mostrou a fita para o público. Uma imagem da mesma também aparecia no telão, dando destaque no rubi encravado no centro do prêmio. -  E para nos animar hoje com uma apresentação especial, contaremos com uma convidada que muitos de vocês jamais esperariam encontrar em um Contest Hall! A líder do ginásio de Saffron, Sabrina!

O público demorou para processar a informação, mas acabou ficando animadíssimo ao saber que um dos líderes de ginásio de Kanto estava ali para prestigiar o mundo dos Contests. Seria apenas uma apresentação especial ou ela tentaria o estrelato num futuro distante?

Exemplo de apresentação - Sabrina escreveu:Apresentação visual:

Após a saída de Lilian, as luzes do palco se apagaram mais uma vez. O silêncio tomou conta do auditório por um bom tempo até que, de repente, uma grande luz roxa surge no centro do palco. A luz parecia fraca no início, mas logo ela começou a ficar mais forte e então tomar forma. Quando o público se deu conta, do centro da luz roxa surgia uma belíssima mulher com vestes um tanto obscuras. Em suas mãos, um grandioso leque. A mulher levitava no centro do palco por alguns instantes até que pousou tranquilamente no chão.

Quando ela enfim pousou, as luzes do Contest Hall se acenderam novamente e o emissor da misteriosa luz roxa enfim apareceu: era o Alakazam de Sabrina, saído diretamente de uma pokébola colorida de contests. O pokémon passava um clima de serenidade e parecia proteger sua parceira a qualquer custo.

Ao contrário da maioria dos coordenadores, Sabrina e Alakazam permaneciam em silêncio o tempo todo. Pareciam focados em sua apresentação e talvez o próprio silêncio fizesse parte do espetáculo. Para encerrar a apresentação visual com chave de ouro, Alakazam utilizou um Will-O-Wisp em si mesmo. Intensas labaredas azuis rodearam seu corpo e logo seus olhos ficaram com uma coloração vermelha. O movimento já era belíssimo por si só, mas Alakazam arranjou uma forma de moldar as chamas e espalhar as mesmas para o alto, fazendo com que pequenas labaredas azuladas caíssem do céu.


Apresentação Artística

Após os aplausos do público, a apresentação artística iniciou. Sabrina e Alakazam permaneciam em silêncio, mas ainda encontravam alguma forma de se comunicar entre si. Seus olhares eram intensos e o público logo notou como eles transmitiam uma infinidade de palavras não ditas. Tomado pelas queimaduras do Will-o-Wisp, mas imune aos danos devido a sua habilidade Magic Guard, o grande psíquico se concentrou e utilizou duas técnicas defensivas em seus arredores: Reflect e Light Screen. As barreiras se estendiam por grande parte do palco e refletiam as luzes do holofote, deixando bem claro que se alguma maneira Alakazam havia construído uma barreira ali.

Sabrina agora assumia uma expressão amedrontada e Alakazam se aproximava dela e fazia um sinal para que ficasse calma. As queimaduras dele ardiam ainda mais e ele começava a fingir que estava muito fraco. Os dois mais uma vez trocaram olhares intensos e Sabrina então abraçou seu pokémon. O público agora percebia que Sabrina chorava, mas não tinha ideia do que estava para acontecer.

Enfim, chegou o ato final. Alakazam utilizou seu Teleport e se teletransportou para a parte externa da barreira de Light Screen e Reflect criada por ele. Sabrina estava lá dentro, com uma expressão ansiosa. Observava Alakazam com muita apreensão. O pokémon a ignorava e começava a lançar poderosíssimos Energy Balls para todos os lados. As esferas esverdeadas eram lançadas de forma que parecessem com lasers iguais aos das espaçonaves que aparecem em filmes de ficção cientifica. Alakazam parecia procurar por um alvo mas nunca o encontrava e isso parecia deixar ele nervoso.

Foi então que surgiu o tão esperado alvo: uma grande esfera de energia se materializou no céu e começou a descer na direção do pokémon psíquico. Era o movimento Future Sight, no qual ele havia utilizado ainda na apresentação visual. Por isso que seus olhos estavam vermelhos. A energia era muito forte e Alakazam a encarava nervoso. Ele então lançou uma Energy Ball contra a Future Sight e uma grande explosão aconteceu.

Quando a poeira da explosão baixou, o público se deparou com a barreira de Reflect e Light Screen destruída. Sabrina estava com Alakazam em seus braços e o pokémon psíquico simulava um nocaute. A jovem soluçava. Seu amigo havia se sacrificado para salvar não só sua treinadora, mas todo o planeta.  

A apresentação terminou com o público aplaudindo. Alguns até mesmo chorando com o final triste da história. Sabrina e Alakazam agradeceram o apoio do público e se retiraram do palco com um grande sorriso. Talvez o mundo do estrelato fosse certo para eles. Mas agora não era o momento certo para pensar nisso. As verdadeiras estrelas da noite estavam para aparecer agora: os participantes do Contest!

O contest havia começado, meu coração batia acelerado e o suor começava a querer brotar da minha testa, agradeço por ter escolhido um traje com um short tão curto.

-Valentain Lovegood, você é o próximo. –Disse uma senhorita gordinha usando um traje bufante de licktung.

Sigo em direção à porta arrumando meu cabelo, cabelo esse que estava enorme, alvo.

-você vai entrar em 3... Coração acelera. 2... A respiração fica mais ofegante. 1... Ai meu deus eu vou morrer! Agora!

APRESENTAÇÃO VISUAL

Entro correndo pelo palco cumprimentando a todos de forma energética. Dou uma cambalhota para frente e lanço a esfera bicolor para cima.
A esfera gira no ar e se abre, pego a mesma antes de cair no chão. Da esfera bicolor vermelha e branca surge um pokemon de tamanho médio, bico grande e corpo amarelado, ele mantinha um olhar estático, parecendo alheio ao próprio tempo, á plateia o encarava curiosa, mantenho distância dele até ficarmos frente a frente.

-Este é psyduck, e ele vai ensinar a vocês como surfar ao estilo pokemon aquático. –Digo a plateia.

-Psyduck, vamos começar com dois Water pulses bem fortes!

O mesmo pula e lança duas esferas enormes de água no chão que ao se chocarem criam uma grande onda no campo que segue em direção a plateia. Enquanto ele caia em direção a onda,digo ao mesmo suas ordens.

-Mergulhe na onda e depois vá pra sua crista, fique em cima da onda usando Confusion para se manter equilibrado e manter o controle da água Psyduck!

O pato amarelo entra dentro da onda e em quando ela segue seu caminho pronta para se arrebentar contra a plateia, Psyduck surge em sua crista, a controlando e mantendo se equilibrado, a onda agora muda de rumo e começa a contornar o palco mostrando seu poder e equilíbrio.

Pego minhas esferas branco rubras(as vazias, 4) e lanço em direção ao pokemon de água que as para no ar, com o confusion e em seguida as gira em torno de sua cabeça como uma coroa vermelha flutuante, mostrando quem é o rei do surf.

-Hora de finalizarmos, pule e use outro Water pule para dispersar a onda.

Psyduck da um salto e lança uma esfera de água que destrói a onda lançando mini partículas de água em todo o campo como uma chuva de verão aliviando o clima quente da cidade, pego Psyduck com uma das mãos e as pokebolas com a outra mão, como um equilibrista e sorrio.

Apresentação principal.

Agora era a hora de mostrarmos uma viagem interestelar para a plateia, puxei do meu casaco um bouquet de flores vermelhas(fantasia), o aroma era bem agradável, Psyduck observava o mesmo, giro no palco com bouquet em torno do pokemon amarelo que da uma requebrada com Tail whip, mostrando que além de poderoso é extremamente fofo. Em seguida lanço o bouquet no ar, ele sobe girando e girando, os olhos da plateia o seguem e os de Psyduck também.

Aponto para o bouquet e dou as ordens.

-Fury Swipes, acerte o bouquet e a luz.

Psyduck pula e atravessa o bouquet com suas garras criando um amontoado de pétalas no ar e acertando o holofote que ficava sobre o palco, já não existe mais luz no centro, estava tudo escuro.

Psyduck pousa no centro do campo e se prepara.

-Water pulse em seguida confusion na esfera de água e nas pétalas!

O pokemon aquático agora lança uma esfera azul de água em direção as pétalas, porem antes de a mesma chocar-se contra as pétalas, psyduck a controla com confusion, assim como as pétalas,a esfera se funde com as pétalas, e em sequencia a esfera se divide em pequenas mini esferas de água, cada uma com uma pétala vermelha dentro de si, graças ao confusion tanto as esferas quanto Psyduck eram vistos pelo contorno da áurea azul que o movimento confuison lhe cedia, as mini esferas de água, eram como uma junção de estrelas pelo campo, a pouca luz que incidia dos holofotes que ficavam nas extremidades do palco iluminava as esferas de água as fazendo brilhar em tons de vermelho graças as pétalas.

Psyduck continua mantendo o controle.

-Vamos fazer um desenho psyduck, hora de mostrar constelações, Ursa maior!

E então as esferas dançam no céu da arena virando pontos de água, formando a imagem de um ursaring ainda graças ao contorno azul claro do movimento confusion.

A plateia olhava encantada, era como ver o céu noturno.

-Agora milotic!

Uma milotic de água com pétalas vermelhas se formava no céu, e passava perto da plateia.

Todos pareciam admirados com a destreza do movimento.

-Psyduck, vamos encerrar, junte a água, capsula de água.

Á agua agora voltava a ser uma esfera, e psyduck estava dentro dela, flutuando pelo campo.

-3,2,1..

E a esfera estoura, lançando água e pétalas por todo campo, agarro psyduck nos braços e agradecemos a atenção.

- Fiquem agora com nosso próximo competidor, Lysander Lestrange! - Dizia a voz de Lilian, animada, um sorriso em sua face e com seu braço apontava às cortinas vermelha pelas quais o rapaz deveria entrar e então dar início à sua apresentação... Lysander estava atrás da cortina, rígido como uma estátua. Era capaz de sentir cada batida de seu coração em seu peito, e a cada batida, o sangue percorrer suas veias, mas algo deveria estar errado com o rapaz... Seus dedos estavam brancos, assim como as palmas de suas mãos. Seu sangue havia parado de circular por tais membros, e só depois de um momento é que percebeu que seus dedos apertavam tanto seus braços, que estavam cruzados, que impedira o sangue de circular corretamente, soltou seu próprio braço e os abaixou, pôde sentir no mesmo momento um alívio... Bem, era agora ou nunca... Lilian já se preparava para repetir o nome de Lysander quando este atravessou a cortina de cetim.

Notara as faces de todos ali presentes, mesmo que a distância e um tanto borradas pela tal distância, e também pela intensa luz do holofote que agora brilhava sobre si, mas pudera notar também a face de Lilian encarar-lhe como se dissesse - "Vai demorar para entrar em todas suas apresentações, rapaz?" - mas que logo esboçou um largo sorriso em sua face e saía do centro do palco, liberando-o para a apresentação de Lys. Ao notar o sorriso de Lilian, o rapaz esboçou também um em sua própria face, um sorriso que mostrava seus dentes branquíssimos, de uma forma aparentemente amistosa, mas que por outro lado mascarava sua tensão, seu pânico de ver todas aquelas faces lhe encarar... Mesmo depois da Copa Hoenn... Mesmo depois de sua primeira apresentação... Ainda não se acostumara a ter a atenção de todo um público, não que não gostasse, pelo contrário, era isso tudo o que o rapaz desejava, mas, como nunca tivera, aquilo lhe causava pânico...


Enquanto um sorriso continuava estampado em sua face, o rapaz então jogou uma de suas mãos para o alto e começou a acenar, acenava para todos ao seu redor. Sua mão a pouco intensamente branca e quase sem sangue a este ponto já ganhara um pouco de cor e agora atitava-se cordialmente no ar. Não demorou muito para que o rapaz enfiasse a mão no interior de seu colete bordô e dali retirou uma esfera. Uma esfera bicolor, em sua parte inferior era alva, e na superior, era avermelhada... Uma pokéball comum? Não. Havia sido pintada de vermelho, o que não era uma mudança tão drástica, não em sua aparência. Apontou então a esfera ao ar e com um forte clique em seu botão esta liberou um lampejo avermelhado.

O lampejo subiu e subiu, estava aos poucos encontrando seu ápice, e quando isso aconteceu, o lampejo explodiu em faíscas avermelhadas bem ao centro do palco. Era este o efeito de uma pokéball pintada que Lysander esperava. Em meio às faíscas, uma criaturazinha começava a surgir. Era um pequeno ursinho, de cabeça branca e corpo cinza. Era um panda... Era Pancham, que por não ser um exímio voador, de imediato começou a cair. Lys tinha sua face erguida, focada no ursinho, esticou seu braço na direção em que ele caía e quanto estava próximo, agarrou-o, trazendo-o perto de seu peito. Em seguida, se ajoelhou, e colocou ao seu lado o ursinho. Tentou acariciar-lhe a cabeça mas este afastou suas mãos e então cruzou os braços. Lysander, por sua vez, sorriu ao pequeno e então voltou-se a plateia.

- Olá... - Disse o rapaz enfim, inicialmente para testar o microfone em suas mãos, mas logo ele começou. - Sou Lysander, e este é Baco. - Lys então apontava para o monstrinho, que logo fazia uma breve reverência. - Vi todas as apresentações até então... Eu as analisei, e não sou tolo de dizer que não foram boas, excelentes... Belas de se ver... E por um momento me desanimei, confesso. Não tinha nada de belo a lhes apresentar... Mas, tenho Pancham, e é isso o que irei lhes apresentar. Irei lhes mostrar meu pokémon, nossa relação. Uma beleza peculiar, mas ainda assim uma beleza. - Ao final de seu discurso, largou seu microfone sobre uma bancada ao fundo do palco que havia pedido aos organizadores, e caminhou a uma outra direção, onde desta vez haviam algumas toras de madeiras, também pedidas por Lysander. Haviam outras pilhas de madeira, dispersas ao redor do campo. Carregou algumas por baixo de seu braço e então voltou a Pancham.

- Força. - Disse o rapaz, sem o microfone, com tudo que era capaz de seus pulmões. - Isso Baco tem de sobra, afinal, é um verdadeiro lutador, e o que mais podemos esperar de um lutador? - O ursinho então se jogou ao chão, onde começou a fazer flexões. Seus bracinhos, mesmo que curtos, levantavam seu tórax sem muita dificuldade, mesmo que inicialmente em uma velocidade baixa.

- Vamos lá, Baco. Sei que consegue fazer melhor. Não queremos decepcionar nossos fãs. - Disse Lys, em tom de desafio, brincando com o pequeno que logo lhe deu um olhar mais sério, como se lhe dissesse "Desafio aceito". O ursinho então parou seu corpo, fechou seus olhos e seu corpo logo foi tomado por uma aura avermelhadaque reluzia como fogo. Este era seu Work Up. A aura então se dissipava e seu corpo e recomeçara sua sessão de flexões, agora muito mais ágil, inclusive dava impulsos maiores com seu braço, para que ainda pudesse dar palmadinhas no ar antes de tocar seus braços novamente no chão para refazer as flexões. Depois de alguns instantes, o ursinho então pôs-se de pé, encarava o rapaz, como se esperasse mais um desafio.

- Se é o que você quer... - Disse o rapaz enfim, um sorriso em sua face, retirando de baixo de seu braço uma das torinhas de madeira, a mostrou para Pancham e então disse. - ativar modo Karate!

Ao ouvir aquelas palavras, o ursinho então realizava alguns golpes de Karate, daqueles vistos em filmes, mas, ao ver um ursinho daquele usar tais movimentos era, aos olhos de Lysander, riu-se por um momento. Quando Pancham enfim interrompeu seus movimentos e encarou o rapaz, este lhe jogou o pedaço de madeira, em pé. Baco pegou impulso com suas pernas e saltou. Com um golpe vertical de sua mão, que brilhava intensamente, ele quebrou a tora de madeira, dividiu-a, bem ao centro, de canto a canto, este era seu Work Up. Ao final do golpe, os pedaços divididos ao seu lado, colocou as mãos em sua cintura e encarou Lys, desafiando-o.

Lys então pegou mais uma tora de madeira, havia agora uma em cada braço, em sua face, um olhar destemido, também desafiador. E então, Lys começou a se mover, Pancham o seguia com os olhos. O rapaz então começara a arremessar as toras na direção de Pancham, que com grande eficácia, sempre saltara sobre elas e as quebrava antes mesmo que elas tocassem o chão. Lys então continuava a percorrer o palco em círculos, pegando mais daquelas toras e jogando ao pokémon, que sempre dava conta de quebrá-las, e ainda arranjava tempo para fazer poses triunfantes entre seus golpes de Karate Chop. Quando boa parte das toras já haviam sido gastas, e Lys já estava cansado, este então parou. Bufando, sua face vermelha, caminhou até o ursinho e disse, quando este estava de costas para a plateia.

- Como viram... Um perfeito lutador... Mas... - Parecia ofegante. - Esta não é a principal característica de Baco. Ele não é apenas um lutador, um pokémon a mais. Todos são peculiares, e fazer uma apresentação para mostrar algo geral, seria tolice. Ele é uma criança. - E neste momento, o ursinho socara sua perna. - Em alguns momentos teimoso, emburrado... - O sorriso de Lys se fortificara, enquanto este caminhava até a bancada, junto a Pancham, e juntos, arrastassem a bancada para a frente do palco, emburrando-a em meio às toras de madeira. - Mas é também inocente, um verdadeiro colecionador de frutinhas, que além de coleciona-las, adora também prová-las. - Não demorou muito para que Pancham saltasse na bancada, um sorriso em sua face. Pegou o Toque Blanc - Chapéu de cozinheiro - e colocou sobre sua cabeça. Pegou também uma frigideira em suas mãos, assim como uma concha... E esta fora a deixa para que se iniciasse a segunda parte de sua apresentação...


Com a frigideira em suas mãos, Pancham levantou-a ao ar, e então, com a concha, bateu na superfície lisa deste, produzindo uma batida. Lys a este ponto, apenas observava o pequenino, que não demorou muito para então começar a andar pela bancada. Na verdade, estava marchando. Continuava a bater na frigideira como se fosse um tambor. O ritmo de sua batida, entretanto, soava aos ouvidos não apenas de Lys, mas também como o de muitos ali presentes, se não todos, uma música já conhecida... Era aquela música de toque inigualável. Era We Will Rock You...

Tum, Tum, Tum...




Tum, Tum, Tum...




Tudo bem, aquilo era engraçadinho, mas tinham que continuar. Lys então enfiou a mão em um saco de farinha deixado sobre a bancada, pegou um punhado de farinha com suas mãos e jogou no ursinho, em sua face, mas que se defendeu com a frigideira, e ao ver que havia feito o treinador errar, abaixou seus instrumentos e começou a gargalhar, assim dando brecha para que o rapaz mais uma vez levasse a mão até o saco de farinha e jogasse mais um punhado sobre a cara do ursinho, que a este ponto, rolava sobre a bancada. Ao receber o punhado de farinha na cara, Baco então se levantou, cuspindo farinha que havia entrado em sua boca. - Hora do trabalho, Baco. - Disse a voz de Lys enfim, chamando a atenção do ursinho, que logo se recompôs.

- Eu faço as panquecas. Você fica com a geleia. - Continuou Lys, um fino sorriso em sua face enquanto retirava de um saquinho uma frutinha de coloração avermelhada, era uma Cherry Berry. Bancham logo veio em sua direção, seus bracinhos esticados, olhos vidrados no frutinho. - NÃO! São pra geleia! - Baco bufou e abaixou seus braços. Lys então jogou-lhe a Cherry Berry, tirou outra Cherry Berry e então outra Cherry Berry, e ao final, uma Sitrus Berry. Três Cherry Berry ao total agora estavam em posse de Pancham, que por um momento brincara de joga-las ao ar e fazer malabares, mas teve que parar quando a primeira caiu e viu o olhar feio que Lys lhe dera.

Então começaram... Lys despejou uma massa já pronta, em um liquidificador sobre uma frigideira, sobre a frigideira, que já estava sobre um fogão de mesa improvisado. Depois de alguns segundos no fogo, Lys com leve e rápido movimento de seu pulso fazia então a massa voar pelo ar, girar e então cair sobre a frigideira, mas do mesmo lado que já estava, tivera que repetir até que ela caísse já com o lado douradinho por cima. Assim que a primeira massa ficara pronta, depositara-a sobre um prato branco, maior.

Enquanto isso, Pancham focava-se em sua parte da missão, a geleia. Em uma panelinha, próxima à frigideira de Lys, o ursinho jogava as frutinhas vermelhas, as cerejas. Tinha que fazê-las liberar seu sumo, mas como ele faria isso? Sem estar no fogo ainda, ele empurrou um saco de açúcar até a panelinha e subiu no saco, de onde podia ter uma vista melhor das cerejas em seu fundo. Deitou-se sobre o saco e com seus punhos, começou a bater nas frutinhas. Lys por um momento observara o pokémon socando as frutinhas, e então sussurrou a seu parceiro de canto de lábio. - É só apertar com a concha. - O ursinho então desceu correndo do saco, correu até a concha e com ela retornou, amassou as cerejas. Com uma pequena canequinha, pegou um pouco de açúcar do saco em que estava e jogou no sumo das Cherry Berry, parecia dar um olhar de pena às cerejinhas destruídas toda vez que ele as via ali na panelinha. Acendeu o fogo e então começou a mexer o conteúdo com a concha.

Pegou também uma metade de Sitrus Berry, já cortada por Lys, e espremeu sobre o conteúdo da panela. Em seguida, voltou a mexer com a concha. A este ponto Lys já estava com uma pilha de panquecas sobre o prato em que estava preparando-as. As cerejas de Pancham logo começaram a ganhar consistência, de forma que estava ficando difícil para ele mexer o conteúdo com seus bracinhos pequeninos. Lys já havia terminado sua parte, e notando a dificuldade do pokémon, pôs-se a ajudá-lo, remexendo o conteúdo da panelinha junto ao ursinho. Quando julgou estar pronto, Lys desligou o forno e piscou para Pancham, que imediatamente pegou a panelinha, ainda quente, por seu cabo, e correu pela mesinha. Correu até o prato e sobre as panquecas depositou sua geleia, que pastosa logo deslizou pela superfície das panquecas e por suas bordas, caindo sobre o prato. Estava pronto.

Lys pegou o prato de panquecas e então levantou-o um pouco, até que Pancham conseguisse ficar abaixo dele, segurando o pratinho que havia ajudado a preparar. - E este é o fim. - Dizia o rapaz enfim, de braços apontando a Pancham.