Pokémon Mythology RPG
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[Capítulo Terceiro] O alpinista retorna á sua terra

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Um novo dia


Por quanto tempo estava desacordado? Alberto não sabia, tudo que se lembra foi que, segundos atrás, estava de pé e, num piscar de olhos, estava no colo de Vênus, que proferia algum discurso fúnebre, mesmo revelando que era uma brincadeira logo em seguida. Ele observa os seus colegas pokémon, e naquele momento tudo poderia ter sido apenas um sonho, porém, conforme sua visão se expandia, observou-se que tudo aquilo era verdade. Não muito alto, o barbudo pergunta, quase que como que falando sozinho:

- Como?... Quando?...

De repente, a realidade cai sobre a cabeça do treinador. Elétrico, o alpinista levanta o seu tronco e, ainda sentado, olha para o seu lado, e vê o seu cão ao seu lado, deitado. Ele então acaricia o seu bichinho, vendo que este e seus outros companheiros estavam ali para observa-lo ou até protege-lo. O Furfrou dá um latido feliz pelo dono estar bem. Mais ao longe, ele observa Arthur, preocupado, talvez muito mais desesperado que ele próprio. De alguma maneira, ele se acalmou. Sua mente parecia um mar nervoso numa noite escura e chuvosa naquele momento, mas de alguma forma ele conseguiu encontrar um uma luz, um farol, que ele faria como guia.

Seria isso aquele homem possuindo responsabilidade e aceitando sua situação? Ele une a sola dos dois pés e junta suas mãos, começando a raciocinar sobre toda a situação. Dentre todas as perguntas que considerou falar, ele decidiu perguntar primeiro apenas três coisas, que ele considerou as mais importantes. Ele se vira para Vênus, já que Arthur estava muito em choque para responder qualquer coisa:


- Como você sabe isso tudo? Você só veio aqui revelar isso? E quem é... a mãe?

Um fato interessante dessa conversa é que, em dado momento, passou pela cabeça de Alberto perguntas como: "Está solteira?", "Vai fazer algo hoje a noite" e afins, mas ele concluiu que aquela não seriam as melhores frases para aquele momento... O quê? Como assim não é momento para alívio cômico? Ah, tanto faz!

Não é Normal

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O homem havia recobrado sua consciência, mas de imediato aparentava ainda um tanto confuso, o que era realmente compreensível, afinal, cobrar de alguém plena concordância e nenhum relutância à uma notícia como aquela que o homem tivera a pouco. Na verdade... Estava se saindo bem. A mulher, ao ver que o homem finalmente retornara à seu estado de normalidade, fizera surgir em sua face um largo sorriso, e então, bruscamente levantou-se, fazendo com que o homem então batesse sua cabeça no chão de terra, nada sério, apenas o suficiente para causar um pequeno sustinho no homem. Diferente de muitas mulheres, Vênus não se incomodava de ainda a pouco estar sentada sobre a terra, e na verdade, parecia perfeita, nenhum grão de terra estava sobre sua pele ou sequer sobre o tecido de suas vestimentas.

A mulher então agitara sua cabeça lentamente, fazendo com que seus longos fios dourados se revirassem ao ar. - Acalme-se. - Um sorriso ainda em sua face. - São muitas perguntas... Vamos começar pelas mais importantes...

- Número um... Não. Não sou solteira. - Uma de suas mãos à cintura, e nesta pose emitira uma piscadela para Arthur. - Dois... Minha agenda é lotada, mas, talvez, podemos marcar um horário... Acho que daqui a duas luas, completas, estarei livre. Três... Vim até vocês por que as forças astrais me pediram. Disseram-me enquanto consultava minha bola de cristal mais cedo que deveria estar aqui neste exato momento, e instigá-lo a contar-lhe sobre aquilo que o aflingira. - Desferira um breve olhar para Arthur, que aos poucos parecia mais calmo, mesmo diante da revelação da mulher que na verdade parecia mais uma loucura.

- Agora... O restante, acredito que o único que poderá lhe contar seja o próprio garoto. - Concluíra a mulher, um doce aroma emanando desta.

Entretanto, Arthur apenas balançava sua cabeça, um olhar ainda confuso em sua face, mesclado com a agonia de ter dito aquilo, mas, ao mesmo tempo também se sentia aliviado. - Isso... Isso não poderei contar... - Emitiu o rapaz, encarando Alberto enquanto esticava uma de suas mãos, um tanto desajeitado, para que o homem se levante. - Sinto muito... Ela me pediu... Me pediu para que não contasse. Não ainda... Pai. - Um brilho peculiar percorria o olhar do rapaz, que fizera o de Smeargle repetir o gesto, mas não por desejar copiá-lo, sim por simplesmente achar encantador o rapaz chamá-lo de Pai.

- Pediu mesmo, foi? - Emitira à mulher, com seu corpo ainda em segundo plano na visão de Alberto, seu tom de voz parecia inconclusivo, como se aquilo realmente a pegasse de surpresa. Arthur liberava um breve olhar repreensivo à mulher que então se encolhia, não queria ser interrompido, não naquele momento, apesar de intimamente realmente apreciar a chegada da mulher, afinal, temia que teria de se despedir do homem que não conseguisse revelar-lhe. No entanto, quais seriam as próximas reações de Alberto?

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Um novo dia


Era uma situação angustiante, e pelo visto a pessoa que criou aquela situação, ou ao menos a revelou, era apenas uma mulher que acreditava em misticismos, uma cigana, talvez. Alberto nunca chegou a acreditar nessas coisas, mas ficou impressionado com o que ela sabia. Talvez, no final, ela não fosse tão louca assim. Uma louca que pelo visto teria uma agenda lotada, o que fazia sentido, já que era bela. Só um lembrete, duas luas completas devem ser 2 meses.

Arthur não responde sua pergunta, não porque não queria, mas por desejo de sua mãe, então era melhor respeita-la. O jovem oferece a mão para o seu velho, e até o chama de pai. Por algum motivo, os olhos do treinador brilharam de repente, mesmo ele nunca tendo imaginado a si mesmo como um pai. Na verdade, ele nunca quis ser pai. Enquanto aceitava a ajuda para levantar, ele pega para si o seu cantil e, finalmente, dá um gole nele, o que o acalmou ainda mais.


- Relaxa, vou respeitar o desejo de sua mãe. Quando a hora certa chegar, eu estarei pronto... - Ele desvia o olhar de Arthur, como se sentisse vergonha daquela situação - Filho...

Em filmes ou livros, talvez aquele momento fosse um momento de choro de alegria e abraços, mas todos ali eram adultos, e pelo visto não eram do tipo sentimental. Alberto desistiu de se apegar profundamente com mais alguém depois que sua mãe morreu. Era muito mais fácil manter relações superficiais e continuar com uma vida solitária. Resumindo, o alpinista não sabia o que fazer agora, não sabia como reagir naquela situação. Se ele descobrisse que seria pai, era muito mais fácil reagir. O terror ou a euforia de ter criado uma vida. Aquela situação era diferente do normal, um filho vai em busca do pai que nunca o conheceu já como adulto. Nenhum dos dois tem qualquer relação com o outro, seria a mesma coisa que um estranho falar que é seu primo. Você ficaria tipo "Legal, primo, nunca te conheci", o que seria seguido por longos minutos do mais constrangedor silêncio.

Era assim que Alberto se sentia naquele momento. Ele não teve participação nenhuma na criação de Arthur, era praticamente um estranho, se não fosse pela relação biológica que ambos possuem. Completando seu raciocínio, o monotreinador conclui que não havia muito mais o que fazer do que aceitar aquilo e tocar o barco, mesmo que no seu interior ele estivesse precisando de diversas horas de autorreflexão. Ele tenta a sua melhor cara de conformado e fala:


- Mas bem, é basicamente isso, se veio até aqui conhecer seu pai, teve muita sorte, eu não estou instalado em Fallabor, pode-se dizer que virei tipo um aventureiro. Mas posso te pedir uma coisa? Não precisa ser formal, na minha juventude sempre me acostumei a chamar meu pai de Andre, o nome dele, não por "Pai". Meu pedido é que só me chame de Alberto.

Ele vai até Vênus, concluir sua fala com ela:

- Pois bem, moça, obrigado por todo o apoio. Algo me diz que, se você não estivesse aqui, nós sairíamos daqui sem saber da relação entre nós. - o homem então olha para o Pidove apreensivo - E você, pombinha, sinto muito se deixei você de fora, não era meu objetivo menosprezar você. Estava confuso naquele momento. Você me dá outra chance?

O barbudo então estende sua mão próximo ao pé do Pidove, dando a entender que pedia que viesse para sua mão, mas será que aquele pokémon o perdoaria?

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Arthur revezava seu olhar entre seus pés e a face de Alberto, de forma que ainda não parecera tão confiante se tivesse feito a escolha correta. Alberto agora já estava de pé, e vênus o examinava, o sorriso não mais em sua face, de forma que agora que já havia feito tudo o que os astros a ordenaram, acreditava não haver mais necessidade para ser tão cordial, tão "doce" e gentil, apesar destas características serem sim natural da mulher. Simplesmente não mais precisava sorrir em cada instante. Arthur, tentara focar na face do homem com mais valentia quando este se aproximara e até mesmo dissera-lhe algumas palavras, às quais, realizou um breve aceno positivo com sua cabeça, indicando não haver problema algum em chamar o homem de Alberto, na verdade, até mesmo agradecia... Diminuiria a tensão sobre os ombros de Arthur, que emitiu um suspiro de alívio.

- Tudo bem, então... Alberto. - Emitira o rapaz, erguendo sua face enfim, parecendo ligeiramente mais confiante. - Na verdade... Até prefiro assim. Menos formal. - Continuara ele, levantando sua mão e a levando até a nuca, mesmo que em sua voz ainda houvesse um pouco de insegurança. - E bem... Na verdade... Foi mais uma coincidência. Estava nas proximidades quando ouvi em algum rádio, uma mulher dizendo os nomes daqueles que participariam do Contest daqui... E simplesmente acreditei que deveria estar lá... Que deveria estar aqui... - Emitira mais uma vez um breve suspiro e então voltara a encarar. - Mas, admito que quando saí de casa, foi com o intuito de encontrá-lo, sim.

Vênus então se endireitava e voltava a adotar uma postura mais enérgica, dando alguns passos na direção de Arthur. - Viu só!? Foram os astros! - Emitira ela, um largo sorriso marcado em sua face quando seus lábios se paravam por instantes. - Os astros estiveram manifestando sua vontade de realizar esse encontro. Os astros sempre sabem o que fazem! - Então, como em um piscar de olhos a mulher acalmou-se, um fino sorriso ainda em sua face. Foi neste momento em que Alberto se aproximou dela, e a agradece pela ajuda, mesmo que por um momento a achasse um pouco louca por acreditar em tantas coisas que muitos julgavam não fazer sentido algum. - Está tudo bem. Só fiz o que me mandaram fazer. - Com um gesto de sua mão, jogou algumas mechas de cabelo por trás do ombro, mesmo que seu sorriso se aumentasse ao ouvir o elogio. E com esse gesto, Pidove simplesmente levantara voo por alguns instantes, e logo em seguida voara para o outro ombro da mulher, e pôs-se a ouvir as demais palavras de Alberto, às quais ela reagiu com estranheza, seu olhar dirigido ao rapaz parecia um tanto estranho, mas depois de alguns instantes, ao ver o dedo próximo a seu corpo, sem muita relutância decidiu aceitar as desculpas do rapaz, mesmo que não se lembrasse imediatamente de que ele pedia desculpas. Já havia se esquecido. Com o passarinho agora em seu dedo, qual seria o próximo passo do rapaz?

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Um novo dia


Para a sorte de Alberto, o rapaz também achava que aquelas formalidades não seriam necessárias. Enquanto isso, a mulher tentava de toda maneira mostrar como que tudo aquilo fora uma jogada de seres sobrenaturais com os quais ela se comunicava. E, talvez, fosse verdade. Caso contrário, seria uma coincidência inacreditável. Com uma probabilidade dessas, ele nunca mais vai conseguir vencer em uma loteria, porque sua probabilidade de ouro foi gasta.

Vendo a facilidade com que aquela pomba veio para sua mão, o treinador chega à uma conclusão que ele já tinha conhecimento: Aquele pokémon tinha uma péssima memória. Afinal, quanto tempo ficou desacordado ao ponto dela esquecer tudo o que ocorreu? Mas isso deixou algo claro para o alpinista: Ele deveria criar um laço com ela rapidamente, e assim que possível captura-la, pois aquilo parecia ser uma oportunidade por tempo, como aqueles quebra cabeças em jogos que você deveria apertar um botão e fazer um conjunto de ações antes do tempo acabar ou teria que fazer tudo mais uma vez.

Mas como ele faria isso? Como ele já havia exposto antes, assim que aquele pokémon permitir que o treinador o toque e o dê carinho, ele já está praticamente domado e não teria muitos problemas em ser capturado, ao menos era isto que ele achava, e seria este o seu indicador. Todo o processo deveria ser cuidadoso, pois não seria difícil que aquele pokémon voasse no menor movimento brusco.


- Kúlkan, conhece "Garota de Slateport"?

O barbudo então começa a assobiar alguma canção que vinha de sua cabeça, mas por algum motivo a única que vinha em sua mente era a clássica "Garota de Slateport", aquela da coisa mais linda, mais cheia de graça. A melodia era, portanto, bem calma, e poderia amansar aquela pomba. Até mesmo Alberto mexia levemente sua cabeça ao som daquela música. A ideia era simples, se ela percebesse que outro pássaro está como que se comunicando com outro ser, aquele ser deve ser confiável. Mesmo que os assobios do papagaio viessem a ser melhores que o do homem.

Assim que percebesse que o pássaro estivesse mais confortável, ele tentaria aproximar sua mão para o acariciar, não o surpreendendo, mas deixando claro sua intenção. Se ela não permitisse, provavelmente iria se afastar ou até voar, por isso haveria foco na calmaria, ele queria ser considerado um aliado, não um predador.


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Off: Perdão pela demora. Estive ocupado estes dias, uma vez que trabalho no fórum eleitoral, e tivemos nesse final de semana as eleições. Então, as ultimas semanas foram realmente corridas... Realmente peço perdão.

Alias... Não o enrolarei muito mais. O evento está rolando, e não quero impedi-lo. ^^


Ao questionar sua pequena ave sobre a melodia de uma suave, e tranquila, canção que vinha a sua mente, o pequenino parecia um tanto confuso de imediato, tentando lembrar-se de algo que se assemelhasse à musica pedida por seu treinador, apesar de realmente não lembrar-se, Alberto logo começou a assobiar a melodia, este logo pôs-se a entoar a mesma canção ao lado de seu treinador. Mesmo que não soubesse exatamente as notas que viriam a seguir, o ritmo dos dois juntos fora algo realmente surpreendentemente belo. Não demorou muito para que a mulher em cena se aproximasse do homem e começasse a assobiar também. Arthur, mesmo que receoso, entrara na onda logo perto ao final já da canção.

Pidove parecia apreciar aquela canção, seus olhos amarelos pareciam suaves, tranquilos, em alguns momentos ela até fechava seus olhos, simplesmente balançando sua cabeça, de um lado para o outro, como se de sua própria forma, estivesse apreciando a música. No momento em que todos pararam a canção, a ave abriu seus olhos e fitou Alberto por alguns instantes, algumas frações de segundos apenas, e no momento seguinte levantou voo, agitando suas asas tranquilamente, fazendo com que seu corpo realizasse uma volta completa ao redor do barbudo, e então pousasse em seu ombro, em um que não estivesse ocupado por Kúlkan. Havia enfim feito sua escolha. Qual seria o próximo passo do marmanjo?

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Um novo dia


Ao ressoar a conhecida melodia, Alberto se viu acompanhado tanto por seu papagaio quanto aos outros ali presentes, e a pequena pomba aparentava ter gostado da melodia, e, em um gesto talvez de agradecimento, faz um giro em volta do treinador e pousa sobre o seu ombro. Era aquele o momento. Ele aproxima a sua mão para acariciar a cabeça do Pidove. Assim que fez isso, ele diz ao Pidove:


- Obrigado por ter me escolhido dessa vez! Por que não vem comigo e façamos mais melodias como essa no futuro? - Ele aproxima uma pokéball vazia para perto da cabeça da pomba, deixando a entender a sua intenção

Enquanto ele esperava atencioso pela resposta do pássaro, o barbudo não parada de pensar no que iria fazer dali pra frente. Ele tinha um filho, mas não sabia o que fazer com ele no futuro. Ele não gostaria de apenas se despedir dele e lembrar daquilo como apenas mais uma aventura maluca. Havia tanto que ele queria questionar. Era engraçado pensar isso, mas só porque uma pessoa descobre que outra é filha dela, o vínculo entre eles é automaticamente muito mais forte, mesmo nunca se falado.

O tempo era, entretanto, escasso. O treinador não se esqueceu do porquê havia fugido de sua cidade natal à alguns meses atrás, os Alcoólatras Anônimos já deviam estar em busca dele, não seria demorado até que ele fosse reencontrado por aquele grupo. Além disso, por mais que fosse o local aonde viveu a vida toda, Fallabor não era mais para ele. Agora era apenas uma lembrança de um passado brilhoso. Seu objetivo agora era encontrar um futuro brilhante, mesmo que o caminho fosse difícil.

Enfim, ao todo, o alpinista não mais sabia se teria uma segunda luta com Arthur, ao menos por hora, mas ao mesmo tempo não pretendia ter um parceiro definitivo, mas seria bom não perder mais o rastro de um novo caminho que abriu para ele, afinal, se tudo der errado, ele teria uma nova opção.


off :

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Off: Peço perdão pela demora. Mas, simplesmente não tive capacidade de pensar algo legal para a rota... Perdão. Juro que pensei. Começava a escrever, mas nunca saia algo de qualidade, este post, a propósito, também não tem qualidade, mas preferi postá-lo a demorar ainda mais... É isso. ^^


Pidove encarava a pokeball, como se de alguma forma estivesse tentando imaginar o propósito pelo qual o homem lhe mostrava aquele dispositivo. Analisava seu suave reflexo, um tanto borrado, sobre a superfície polida da esfera, mas não é possível este seja o o objetivo do homem com tal objeto, isso era o que se passava na mente da agora confusa ave. Ela fechava seus olhos, como se tentasse lembrar de algo no profundo de sua mente... Vira arvores em vista aérea, como em um voo... Entre arvores, um rapaz, que jogara uma esfera parecida sobre um outro monstrinho qualquer, que então foi sugado para seu interior... De imediato a memória lhe pareceu assustadora. Abriu seus olhos e recuou um pouco, mas então algo a mais veio em sua memória. Vira que instantes depois, o rapaz liberara outro lampejo, que aos poucos tomara a forma daquele pokémon, que então tornou-se seu parceiro... Era isso que o homem queria. Estava claro em sua mente agora. Seus olhos se suavizaram e encarou por um último momento a figura de seu treinador. Realizou um breve e suave gesto com sua cabeça, assentindo então, com seus olhos brilhantes e amarelos, uma expressão alegre em sua face, diante da proposta a si feita pelo treinador, e no momento seguinte, com seu bico, pressionou o botão ao centro da esfera, que então liberou um breve brilho esbranquiçado, que quase não fora perceptível graças à curta distância entre dispositivo e pokémon. O brilho envolvera o corpo de Pidove, que então abriu suas asas, como em um último gesto de sua então liberdade, e no momento seguinte, foi sugado para a esfera, que tremeu algumas vezes na mão do treinador. Até que a mão da mulher em cena, a única, também tocasse a superfície da esfera, fazendo com que as pontas de seus dedos tocassem também a mão do homem, logo abaixo da esfera. Um largo sorriso surgindo na face da mulher que agora o observava.

- E me parece que ela fez sua escolha. - Sua voz parecia suave e melodiosa, doce, como se apresentara no início. - Captura realizada... - Seu olhar então viajava para Arthur, do outro lado. - Reencontro... Ou neste caso, encontro, realizado. - Sua mão deslizando suavemente pela superfície lisa da pokeball, e então suas pernas a guiavam tranquilamente, como se voasse pela superfície do campo de batalhas, indo até a direção de Arthur, envolvendo-o com seus braços, que então parecia tentar livrar-se deles de imediato, mas após alguns instantes e tentativas, rendera-se ao aperto da mulher, que parecia não desistir. Após alguns instantes, ela então o liberou, afastou alguns passos, e com uma expressão serena em sua face, voltou a dizer. - Bem... Acho que tudo que eu tinha de fazer por aqui, já foi feito. Até a próxima então. - Dissera ela, como se soubesse que ainda os reveria, e tranquilamente virou-se, mais uma vez caminhando pela terra até o portão, onde ela virava e seguia seu caminho até desaparecer do campo de vista dos dois que restaram ao campo de batalha... Onde sua expressão perdera todo aquele brilho e beleza e então um tanto cabisbaixa, sussurrasse. - Até a próxima... - Parecia, na verdade, um tanto estranha, como se aquelas palavras não lhe trouxessem algo positivo à sua mente.

- Sabe... Ela me parece um tanto louca... - Emitira Arthur, em voz ainda baixa, com Smeargle a seu lado, que agora deitara-se sobre a terra e pusera-se a desenhar com sua cauda no ar, imaginando traços de tinta por onde sua cauda cortava o ar. - Mas, também me parece uma boa pessoa... Mesmo com toda essa história de coisas de astros, bolas de cristais e tudo o mais.... - Seu olhar viajava até Alberto mais uma vez, um fino sorriso se enviesando em sua face enquanto uma de suas mãos acariciava tranquila e relaxadamente sua nuca, e os finos fios de cabelo que haviam pouco acima da mesma. - Mas... Alberto... - O rapaz então se lembrara com o que havia concordado, de chamá-lo de Alberto, algo que não havia feito restrição, na verdade, até o fazia se sentir mais confortável. - A história, sobre nós, é verdadeira... Até onde sei, claro. - Um fraco sorriso se esforçando ainda mais em sua face, sentindo-se confortável o suficiente para arriscar uma leve brincadeira. - Mas, eu compreendo que tem sua vida. E meu objetivo vindo até aqui, e lhe contando isso, não é atrapalhá-lo... Alias... Também tenho minha vida, meus objetivos. Isso...Isso só irá atrapalhá-lo se permitir que lhe atrapalhe. Não sei se está compreendendo o que quero dizer mas... Ainda quero minha liberdade. E se estou certo, também gostaria de ter a sua... Então, seguiremos cada um seu caminho... Apenas... Eu apenas não gostaria de perder contato... - Estendia então sua mão, que a poucos instantes estava em seu bolso esquerdo da bermuda, e apoiado sobre a mão, um dispositivo amarelado, um navegador, um poke-nav, no qual era armazenado informações como número de contatos, e fitava o homem em sua face, como se esperasse algum número... Alguma forma de contatá-lo. Alguma forma de não deixa que o frágil vinculo que havia sido feito se rompesse. Smeargle, com um de seus olhos fechados, fitava a expressão de Alberto, e com sua cauda, delineava os traços de seu rosto com sua cauda, como se estivesse memorizando sua expressão com boa vontade.

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Um novo dia


A pomba, mesmo demorando um pouco para entender aquele ato, aceita o pedido do treinador, sendo puxada para dentro da pokéball. A bola tremia na mão do barbudo, até que uma indicação sonora demonstra que a captura foi concluída. Contente com o resultado, o quarentão libera novamente a Pidove, querendo falar algumas palavras com ela. O pássaro voa, fazendo um giro em volta de seu novo mestre e pousando em seu ombro. Se direcionando a ela, ele fala:

- Bem-vinda à equipe! Aqui nós temos uma um costume de termos apelidos para nos diferenciarmos. O que acha de Aya? - A pomba pia contentemente - Que bom que gostou!

Enquanto isso, aquela estranha figura se despedia deles, sumindo do mesmo jeito que apareceu.

E talvez para a sorte de Alberto, aquele rapaz compartilhava consigo um desejo de liberdade. Ele tinha seus planos para a vida, era jovem e tinha muito o que fazer pela frente, não queria nem iria ficar preso à outra pessoa, ao menos por enquanto. Mas, obviamente, ele não gostaria de perder a fina ligação que os dois tinham. Precisavam manter contato, nem que este fosse apenas uma forma de recordação, para não se esquecer.

Com o rapaz mostrando um dispositivo, o alpinista logo percebeu qual era o objetivo dele. Era um sentimento mútuo, ambos estavam felizes de certa forma com a situação atual. Concluindo seu pensamento, o homem responde:

- Claro, é sempre bom mantermos contato. Te darei notícias se algo importante acontecer. Podemos até marcar em outro momento algum lugar para fazer uma caminhada, conversar pessoalmente. Aqui o meu número.

O homem passa então o número para o rapaz, mas então percebe o quanto aquilo estava em um clima de despedida. "Que depressivo", ele pensa. Será que aquela rota terminaria num clima tão pesado? Não seria uma história muito legal para contar. Estava decidido. Aquele treinador não iria permitir isso. Até o próximo post, ele pensaria em uma maneira de terminar sua rota com chave de ouro: Ele estava naquele momento criando o infame alívio cômico de final de cada episódio, ou a frase de efeito finalizadora, e nada poderia o impedir!

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OFF: Vejamos como vai ser o Alívio Cômico. Kkkkkk Próximo post seu e já tranco. ^^


Logo em seguida da dada captura de Pidove, o treinador não tardara em liberá-la. O olhar da pequena pareceu um tanto curioso, como se aquela lhe fosse uma experiência nova, e realmente era. Encarava o homem que a liberara com uma expressão pensativa, como se estivesse tentando se lembrar dele, e não tardara em lembrar, agora era a ele a quem ela servira. Agitou suas aves tranquilamente e seus olhos encheram-se de um brilho peculiar, e diante da proposta de um novo apelido, esta pareceu não demonstrar resistência alguma, na verdade, gostara do novo nome... Aya. Pelo menos era mais fácil de decorar que Pidove... Mais curto.

No momento seguinte, o homem viu a mulher se despedir e também ouviu as palavras de Arthur, e não demorou para entender e então lhe passar também seu número, para que de alguma forma não cortassem simplesmente o vínculo entre ambos. - Número anotado. - Emitira o rapaz sorridente, voltando a guardar o dispositivo no interior de seu bolso direito da bermuda. - Talvez demore um pouco para responder, quando enviar algo, mas uma hora eu respondo. Nunca fui muito de usar essas coisas. - Continuara o rapaz, ainda com um sorriso em sua face e coçando a nuca. Smeargle parecia repetir seus gestos.

No momento seguinte, o rapaz pareceu então um tanto constrangido e proferiu. - Bem... Acho que a gente se vê então, Alberto. - E com um gesto de sua mão, o rapaz então virou seu corpo, e dali, pôs-se a caminhar, rumo a saída... De onde seguiria seu próprio caminho. Qual seria entretanto, as próximas atitudes de Alberto?

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