Capítulo 01 - O verdadeiro início da jornada

A primeira experiência

Finalmente Niklaus está apto para se aventurar pelo mundo. Ao lado de seu primeiro pokémon e os apetrechos de treinador, restava apenas a coragem necessária para dar o primeiro passo fora de Petalburg.

Niklaus havia acabado de receber seu pokémon inicial do assistente de Birch. Sua vida como apenas um cidadão de Petalburg havia ficado para trás, agora este poderia se aventurar como um treinador. Para descobrir mais sobre seu primeiro pokémon o jovem ficou  de frente para este utilizando sua Pokedex A pokedex, então, bipou e começou a descrevê-lo enquanto demonstrava dados em seu visor:

—Growlithe, um pokémon muito simpático e fiel às pessoas. Ele vai tentar repelir inimigos latindo e mordendo.

O jovem agachou-se e acariciou a cabeça de Growlithe, afinal, ambos seriam colegas dali em diante. Precisavam de uma boa comunicação, um relacionamento sólido e confiança para superar as adversidades. Growlithe retribuiu a carícia lambendo-lhe a mão, e isso gerou certa confiança no rapaz, que antes ainda tinha certo receio de dar um passo a frente.

—Growlithe, um dia viremos em Petalburg desafiar este ginásio e sairemos vitoriosos. Num futuro que espero que seja próximo iremos encontrar um velho amigo meu cujo considero muito. Espero que confie em mim como seu treinador, pois iremos precisar um do outro daqui pra frente, certo? Nós seremos, um dia, treinador e pokémon fortes o suficiente para disputar contra os verdadeiros mestres pokémons. Por isto, precisamos nos dedicar ao máximo, nos fortalecer e evoluir juntos. — Disse Niklaus olhando para seu pokémon.

Growlithe apenas ficou observando-o, como se ouvisse atentamente o que seu treinador tinha a dizer. Ambos, então, voltaram sua atenção para a Rota 102 e passaram a caminhar adentro desta. Seria sua primeira experiência como treinador, e isto o tornava mais apreensivo do que em qualquer outra ocasião. Seu rosto esboçava o nervosismo que este sentia durante a situação, mas Niklaus seguiu adiante sem olhar para trás. O que estava adiante era seu sonho, e em suas costas a cidade que moldou seu caráter.

A primeira experiência

Finalmente Niklaus está apto para se aventurar pelo mundo. Ao lado de seu primeiro pokémon e os apetrechos de treinador, restava apenas a coragem necessária para dar o primeiro passo fora de Petalburg.

O silêncio e quietude da pradaria acabaram desanimando o jovem, que tinha uma visão de começo de aventura totalmente diferente, encontrando espécies até onde sua vista alcançasse assim que saísse de Petalburg. Evidentemente o caso era o oposto, fazendo com que Niklaus tivesse de caçar o primeiro contato com um pokémon. O frio do local, sentido pelo garoto, não era algo que ele não estava habituado devido a viver muito próximo da região, fazendo de sua jaqueta vermelha o necessário para não se incomodar com isto mas, em resposta a temperatura, fechou o zíper para que pudesse cobrir todo seu torço.

—Parece que não demos sorte, não é? Este local está tão deserto que creio que nesta pradaria não teremos resultado algum... — Disse o jovem para seu pokémon, olhando os arredores e notando a ausência de movimento.

Niklaus, então, começou a planejar mentalmente qual caminho seguir. O jovem não queria sair da rota e ir para outra cidade antes de ter sua primeira experiência em batalha, para este, era um requisito necessário para seguir em frente como treinador. A pradaria claramente não lhe traria resultados imediatos, mas era um obstáculo que ele deveria cruzar se quisesse seguir em frente. Como havia adentrado à rota pelo Oeste, restavam o Norte, Sul e Leste para serem explorados.

—Temos 3 caminhos a seguir, e um deles irá nos levar para a próxima cidade. Não devemos deixar esta rota antes de enfrentarmos nosso primeiro adversário, certo? Então vamos cruzar primeiro os 2 caminhos que não nos levem até lá, para depois seguir rumo à próxima cidade. — Pensou em voz alta..

Após um tempo refletindo sobre como prosseguir, Niklaus chegou a sua conclusão. Decidido o caminho a se seguir, pôs a caminhar em direção ao Sul em busca de alguma oportunidade. O jovem se atrelava sempre aos detalhes da vista que tinha, tentando buscar algum local com gramado mais elevado e a presença de mais árvores ao Sul, onde tivesse mais oportunidades.

A primeira experiência

Finalmente Niklaus está apto para se aventurar pelo mundo. Ao lado de seu primeiro pokémon e os apetrechos de treinador, restava apenas a coragem necessária para dar o primeiro passo fora de Petalburg.

O silêncio foi quebrado por um alto piado apenas alguns minutos após Niklaus rumar ao Sul, o que o fez instintivamente olhar para os céus, avistando um vulto descendo em uma área de pouca vegetação. O jovem tentou puxar em sua memória tal espécie de pokémon, mas, estranhamente, jamais havia visto um igual nas proximidades de Petalburg. Seria um pokémon raro na região, pouco encontrado pelos treinadores que ali se aventuraram? Ou talvez o jovem apenas não tivesse contato com tal anteriormente, afinal, nunca se aventurou fora de Petalburg e tinha contato apenas com pokémons de treinadores que buscavam enfrentar o ginásio de sua cidade. Não seria incomum, para este, não conhecer espécies típicas de Hoenn.

—Eu nunca havia o visto por aqui antes... Mas este é meu primeiro contato fora de Petalburg, eu preciso aproveitar a situação para conhecer novas espécies. — Pensou consigo mesmo.

Sua parceira passou a atrapalhar seu raciocínio ao rosnar para o pássaro. Niklaus percebeu que o pokémon passou a encarar ambos, o que significava que ele desconfiava das intenções do treinador, o que poderia comprometer o contato com tal. Numa forma de tentar acalmar os ânimos da criatura, Niklaus passou a acariciar Growlithe para acalmá-lo e fazê-lo parar de rosnar.  Se esboçassem intenções ofensivas, não conseguiriam se aproximar com cautela.

—Acalme-se, ele está procurando algo para comer, não parece ser do tipo ofensivo que ataca treinadores sem motivo. — Sussurrou para seu pokémon, passando a caminhar em direção ao pássaro lentamente..

Niklaus tentava contato com o pokémon sem assustá-lo e fazê-lo fugir. Growlithe era inexperiente em batalhas e não tinha asas, o que poderia comprometer a batalha e fazer o adversário escapar com facilidade. O jovem, então, tentou abordar a criatura selvagem de uma maneira amigável, procurando ganhar a confiança deste e se aproximar.

A primeira experiência

Finalmente Niklaus está apto para se aventurar pelo mundo. Ao lado de seu primeiro pokémon e os apetrechos de treinador, restava apenas a coragem necessária para dar o primeiro passo fora de Petalburg.

Growlithe passou a se demonstrar dócil após as carícias, o que fez com que NIklaus sentisse confiança em avançar até o pássaro com cautela. Pidgey, no entanto, ainda demonstrava extrema desconfiança mexendo sua cabeça de um lado para o outro para observar a aproximação do treinador. O plano de Niklaus era ganhar a devida confiança da ave em tempo hábil, antes que esta pudesse voar para longe. Ele procurou ficar a 6 passos de distância sem afugentar o pássaro, para então se agachar e observá-lo mais de perto.

—Se ele me der a liberdade de tocá-lo livremente após essa aproximação, creio que será o suficiente para me dar uma chance de captura-lo. — Pensou enquanto observava Pidgey.

Off:

No caso de Pidgey permanecer sem escapar, Niklaus aproximaria seu braço lentamente em direção as penas do pássaro, enquanto passava a dialogar com este:

—O que te levaria a pousar em uma rota tão deserta? Talvez justamente o fato de não haver movimento algum para atrapalhar sua refeição, não é? Deve ser difícil ser um pokémon com tantos aventureiros procurando fazer capturas... Se olhar por este lado, é terrível forçar alguém a gladiar por sua liberdade. Mas, como pode ver, não sou o tipo de pessoa que apenas aprisiona seus pokémons e os impede de serem livres. Embora tenha acabado de conhecer Growlithe, ele demonstra felicidade em me seguir numa jornada..

A primeira experiência

Finalmente Niklaus está apto para se aventurar pelo mundo. Ao lado de seu primeiro pokémon e os apetrechos de treinador, restava apenas a coragem necessária para dar o primeiro passo fora de Petalburg.

Niklaus percebeu que a ave estava lhe dando mais confiança e que, de acordo com sua ação, parecia concordar com as coisas que o jovem havia lhe dito. Ganhar a confiança de tal pokémon era uma maneira saudável de criar um elo, e serviu para lhe mostrar que pokémons tem reações de acordo com que o ser humano, em sua frente, demonstra. Capturar um pokémon sem garantir seu afeto poderia implicar no futuro, com uma relação pouco afetiva entre treinador e pokémon. Para Niklaus, esse fator era decisivo para uma boa jornada, o que o levou a ver Pidgey com outros olhos.

—Escute, eu não conheço esta região e preciso de ajuda para procurar por novos companheiros. Você é um pokémon capaz de voar, e por isto, deve conhecer esta região tão bem quanto alguém que a frequenta todos os dias. Poderia me levar a um lugar onde eu possa encontrar outras espécies? — Pensou enquanto observava Pidgey.

O jovem guiou sua mão em direção ao bico do pássaro lentamente para não espantá-lo, no intuito que ele fizesse um gesto, assim como Niklaus, para responder-lhe a pergunta. Poderia ser com uma bicada ou de outra forma. O jovem então prosseguiu com seu diálogo, afirmando:

—Não irei obrigá-lo a me acompanhar como demais treinadores, pois vejo que é dócil e foi gentil para conosco. Sou um treinador, e é natural que entrarei em batalhas futuramente contra outras espécies, mas trato a eu companheiro com carinho e busco a confiança de tal. Se quiser me acompanhar e me mostrar o caminho, apreciarei sua ajuda. Se sentir que quer me acompanhar em minha jornada, terá a Growlithe e a mim como amigos.

Após concluir sua fala Niklaus ficou esperando a resposta do pássaro a sua frente. Se Pidgey não aceitasse mostrar-lhe o caminho e/ou o acompanhar em sua jornada, seguiria adiante sem o auxílio de tal. Niklaus sabia que convencer um pokémon a lhe seguir não é um ato simples, e mesmo para seu inicial, era necessário um elo de confiança. Forçar Pidgey naquela situação poderia afetar relações futuras, e não havia garantia de captura devido a tal ser uma ave.