001 - O verdadeiro começo - ThracoS

O jovem treinador iniciante, decidia conhecer seu novo parceiro antes de seguir sua viagem. Pegando a pokébola que havia recebido do professor no laboratório, a lançou para o alto libertando seu doce Squirtle.

Em um feixe de luz avermelhada, o pokémon aquático saiu vislumbrando a luz do sol com seus olhos brilhantes. Olhou para o garoto a sua frente e deu um sorriso, feliz por estar conhecendo seu mais novo amigo que o levaria para uma viagem e o acompanharia pelo resto de sua vida. Balançou seu pequeno rabo e correu para o lado do treinador.

Desde aquele momento, já estava claro que aqueles dois se tornariam ótimos amigos.

Ruas de Littleroot

Eu ficava muito feliz ao ver Squirtle, que mostrava um grande interesse em minha amizade. Olhei pra ele sorrindo e então fiz carinho, eu realmente tinha gostado do meu parceiro.
-Vamos ver o que achamos por aqui meu caro amigo? -perguntei adiantando meus passos pras ruas de Littleroot, que pareciam esconder vários segredos e aventuras.
Olhei pros lados e decidi seguir pela esquerda, achei que seria uma boa escolha devido a eu ser canhoto. Ainda com um enorme sorriso, comecei a seguir pra esquerda curioso com o que eu poderia encontrar por ali.

Littleroot não era uma cidade muito grande, e também não era tão movimentada, por estar em uma região mais rural era bem pacata. O jovem treinador decidia explorar a cidade ao lado de seu novo amigo. Saiu andando pelas ruas e logo atrás dele Squirtle ia todo animado, andaram um pouco até uma encruzilhada, e por ser canhoto, optou por seguir pela esquerda. Depois de andar mais um pouco pela rua, Thraco podia ver um grupo de crianças brincando no patio de uma construção amarela com uma grande torre central, era uma escola.

- Olha lá! É um pokémon. - Uma das crianças falou, e todas olharam. Não demorou muito para que Thraco e Squirtle estivessem cercados de crianças, que cutucavam o aquático e faziam perguntas ao garoto. - Você é um treinador?... Quantos pokémons você tem?... Qual é o nome dele?... Mostra pra gente os ataques dele?....

Eram muitas perguntas de uma vez só, e todas as crianças cutucavam o casco do pequeno Squirtle, passavam a mão em sua cabeça, e o pokémon começava a ficar assustado com tanta aproximação. Thraco teria que resolver logo isso, ou seu pokémon ficaria traumatizado, já que não estava acostumado com pessoas ainda.

Ruas de Littleroot

-Calma aí garotada, só tenho esse, comecei a pouco. -eu disse enquanto pegava o Squirtle em meu colo.
O pokémon mostrava estar assustado, então abracei-o e enquanto isso fiz que retornasse pra sua pokébola, podendo assim ficar mais seguro.
Olhei com um olhar de estranheza pras crianças e disse:
-Vocês não podem chegar assim nos pokemons, eles ficam assustados, tem que ir com calma, o Squirtle está iniciando e não se acostumou muito ainda com os humanos. Mas afinal, o que fazem por aqui? -perguntei querendo abaixar a pressão da lição que eu tinha dado a eles.

O jovem treinador recolheu seu pokémon do meio daquela criançada, e tentou dar uma bronca nos moleques, mas acabou que eles nem ligaram pro que ele falou.

- Tio, deixa a gente brincar com ele. - Dizia um deles. E um outro continuava. - Nossa professora não veio hoje, então a gente tá sem nada pra fazer.

Eram oito crianças que estavam brincando sozinhas na escola, parecia que a professora não havia aparecido para a aula naquele dia, mas ninguém tinha avisado os pais das crianças, então todos foram normalmente para a escola. O treinador poderia ignorar a situação e simplesmente ir embora dali, deixando as crianças sozinhas, ou poderia ficar e fazer companhia para elas já que estava quase na hora de seus pais as buscarem.

Ruas de Littleroot

Fiquei com pena das crianças que ali estavam, eu não podia deixá-las ali sem o que fazer, mas por outro lado, não podia deixar meu Pokémon no meio de todos os baixinhos, isso poderia o assustar.
Olhei pros lados pensativo e tentei resolver o problema deles sem precisar deixar o Squirtle no meio de tudo.
-Garotos, vocês estão meio sozinhos, então vou ficar um pouco aqui, além disso, meu Pokémon está cansado, então não vou poder deixar vocês brincarem com ele. Sinto muito. -eu disse tentando fazer que eles entendessem a situação.
Então eu sorri e perguntei:
-Quem aí quer brincar com um treinador?
 Assim, fiquei esperando ansioso pra que deixassem meu Squirtle em paz e decidissem se contentar comigo.

O treinador teve uma boa ideia, ao invés de deixar as crianças cutucarem seu Squirtle, preferiu distrai-las com alguma coisa e assim não deixaria elas sozinhas. Mas antes que elas pudessem responder...

- Gente, achei outro pokémon, vamos brincar com ele. - Dizia uma outra criança que vinha correndo da parte de trás da escola.

- Senhor treinador, vem com a gente. - Dizia uma menininha puxando a mão de Thraco sem lhe dar outra opção, a não ser ir junto.

E de novo todos corriam atrás desse novo pokémon encontrado atrás do predio da escola. Assim que o jovem e a garotinha chegaram ao local, novamente todas as crianças estavam cercando o pokémon e o cutucando com as mãozinhas, era uma especie de canino com o pelo cinza e preto, e parecia não estar gostando nenhum pouco daquilo. "ROAR" foi o som emitido pelo selvagem, e todas as crianças se afastaram depressa, e uma caiu na frente do pokémon. O pokémon estava enfurecido e rosnava enquanto andava devagar na direção da criança caída.

- Buaaa! - O garotinho chorava de medo, e não se levantava, estava prestes a ser atacado pelo pokémon raivoso. O que o treinador faria para ajudar?

Ruas de Littleroot

Ao ver a criança caída diante daquele pokémon que parecia bem raivoso, fiquei preocupado, porém, me entusiasmei. Seria aquela minha primeira batalha com algum pokémon?
Pedi que as crianças se afastassem, lentamente fui me aproximando do garoto e comecei a puxá-lo e ao mesmo tempo, soltei meu Squirtle, pra caso o canino atacasse.
Mesmo preocupado com o pequeno aquático, me dirigia a ele com um olhar confiante e então, dizia pra encorajá-lo:
-Parceiro, você consegue, acredito em ti!
Continuei pedindo pra que todas aquelas crianças se afastassem do selvagem e rapidamente peguei minha pokédex, estava pronto pra saber qual era aquele pokémon e para o que viesse.

O treinador não conhecia ainda aquele pokémon, e mesmo preocupado com a situação, estava empolgado por essa poder ser a sua primeira batalha. Se aproximou bem devagar do garoto caído, e começou a puxar seu braço tentando o tirar dali, pegando sua PokéDex, ligou o aparelho para descobrir que pokémon era aquele. Para prevenir algum ataque do selvagem, Thraco havia liberado novamente seu Squirtle, que dessa vez não foi assediado pelas crianças.

Um "bip" seguido de uma voz robótica, quebrava o clima tenso do lugar:

PokéDex: escreveu:

Poochyena
"À primeira vista, Poochyena dá uma mordida em qualquer coisa que se move. Este Pokémon persegue a presa até que a vítima torna-se esgotado . No entanto, pode virar as costas se a presa contra-ataca."

O pokémon que até então só tentava se proteger das cutucadas, olhava com seus olhos vermelhos para o aparelho na mão de Thraco. Ele não parecia ter gostado daquilo, e partiu em um salto na direção do treinado, estava pronto para desferir uma mordida em sua mão. Mas para a surpresa de todos, Squirtle pulou na frente dos dentes do feroz Poochyena e o impediu utilizando seu casco como escudo.

O clima estava tenso, e todas as crianças agora estavam atrás do seu defensor, todas atentas observando a batalha que seguiria.