8 - Dungeons and... Dragons?

Após uma passagem desesperadora pela floresta misteriosa de Petalburg, viajei para Mountrock, pois, segundo Yuki, havia algo que me chamaria a atenção por aqui. Ainda estava no metro, ao lado de minha amiga de infância, que observava as pessoas no vagão e comentava comigo que grande parte delas eram treinadores como eu. De fato, procurar por itens em uma ruína misteriosa parecia desafiador, mas não tiraria conclusões precipitadas.

Depois de desembarcar em Mountrock e seguir caminhada até o Centro de Pesquisa, onde me apresentei como colaborador para a caça ao tesouro, eles me informaram que deveria levar apenas um pokemon comigo. Pensei por algum tempo em qual levar, até Yuki tocar no meu ombro e dizer que Lancelot era a melhor opção. Sorri e agradeci à ela, que pareceu ficar envergonhada. Para tentar mudar de assunto, tentei conversar com ela, enquanto a atendente terminava alguns preparos.

- Por que Layla não veio? - Perguntei.

- Ryan, ela morre de medo de cavernas. - Respondeu, desviando a conversa rapidamente. - Você tem comida aí? Precisa de suprimentos, vai saber que tipos de dificuldades não vá enfrentar por lá. Lancelot vai ter que cuidar de você em dobro, trapalhão do jeito que é.. - Ela parecia um pouco estressada.

- Ei! -Retruquei. - Eu comprei muitos itens para qualquer imprevisto. Não sou trapalhão. E, aliás, por que você não vem junto comigo? Aposto que isso lembraria as brincadeiras de caça ao tesouro que fazíamos, porém mais madura.

Por alguns segundos, jurei ter visto a face dela corar por completo, mas não consegui perceber direito, pois ela virou as costas. Yuki cruzou os braços, parecia gaguejar um pouco enquanto tentava falar algo. Eu já não estava entendendo mais nada, até que ela me respondeu.

- Tenho... tenho medo do escuro.

- Eu nem sei se você pode entrar comigo, na verdade. - Me virei para o balcão e perguntei à atendente. - Teria algum problema de ela ir comigo? Ela me auxilia muito na minha jornada e ir para essas ruínas sozinho dificultaria minha exploração.

Caso fosse permitido, iria com Yuki para a ruína, junto com Lancelot. Se não, ela me esperaria pela cidade e eu iria acompanhado apenas de meu fiel cachorro.

Off: Olá narrador, obrigado por assumir esta rota. Estarei levando meu Growlithe comigo e, caso seja possível, gostaria de levar a NPC também, não tenho a intenção de procurar itens para ela. É mais por questão interpretativa mesmo.

As informações eram interessantes. Prestei atenção em cada detalhe dito pelo homem no centro daquele pessoal, enquanto observava quantos treinadores haviam aqui, certamente eram muitos, quem não se atrairia por esta oferta? Ainda mais por um fóssil de pokémon, já havia lutado ao lado de um, em Petalburg Woods. Sua força é enorme! Me esforçarei para encontrar essa relíquia.

Após o fim da palestra, me aproximei da caixa e peguei o necessário para escavar: uma lanterna, capacete, pá, corda (caso tenha problemas com buracos), picareta e outros recursos pequenos para lapidar a rocha. Lancelot ficou o tempo todo sentado, me esperando, me perguntava como ele se sentia aqui em baixo da terra.

- Hey, Lancelot! Não tenho muita certeza, mas acho que seu faro será bastante útil por aqui! - Afirmava para meu parceiro, que respondia com um latido. - Bom garoto! Sei que vamos nos sair muito bem por aqui! Aliás... - Comecei a verificar a minha mochila. - Yuki me lembrou de trazer mais comida, ainda bem que fiz isso, tem um pouco de ração pokémon e algumas viandas que ela fez. Interessante. Temos bastante comida e água, Lancelot!

Após um latido de confirmação de meu amigo, segui meu caminho indo para qualquer lado que estivesse vazio.

Aparentemente, chegamos a uma espécia de beco sem saída. Uma grande roda de pedra estava na minha frente, bastante estranha, sem alguma simbolização ou coias do tipo. Seria uma entrada para alguma câmara? Virei para Lancelot e fiz um sinal para ele farejar em volta, enquanto passei a mão nas bordas e percebi que era muito bem encaixado.

- Lancelot, isso aqui parece ser uma porta secreta ou coisa do tipo. Vamos tentar empurra-la. - Disse, colocando as duas sobre a grande roda e tentando empurra-la, para ver se abria. - Talvez seja só empurrar. As vezes tentamos o mais improvável antes de tentar o mais simples. Mas, caso não seja, esteja preparado, vamos escavar isso aqui.

Caso não desse certo, começaria a bater nas bordas com a picareta, até tentar encontrar uma espécie de abertura. Também pedi para Lancelot cavar por baixo, caso encontrasse algo, e também procurar alguma espécie de alavanca, algo que pudesse ser útil para nós.