Começando a Exploração

Spartos finalmente retornava com o estranho objeto em mãos. Ao pegar o objeto, percebi que se tratava de uma estranha espécie de argila brilhante, não sabia pra que serviria aquilo, mas guardei assim mesmo.

- Obrigado pela ajuda. Agora vamos continuar seguindo pelo túnel.

Voltamos a nossa formação inicial, eu ia andando na frente, e Spartos seguia logo atrás de mim. Eu decidi continuar seguindo pelo túnel escuro, ainda não era hora de voltar. Dessa vez eu prestava mais atenção do que antes no caminho, se eu havia encontrado uma coisa, eu com certeza encontrara outra. Eu estava ainda mais animado do que no começo.

Eu seguia a nova parte do trajeto com mais dificuldade do que a parte anterior, alem do solo desnivelado ainda tinham varias estalactites e estalagmites bloqueando o caminho. Depois de muita luta e insistência, eu finalmente chegava em algum lugar. O único problema era que não era bem o lugar que eu esperava, eu havia chegado em um paredão e parecia ser o fim da linha pra mim.

Eu começava a desanimar, mas mesmo assim eu continuava procurando por uma passagem, eu não podia ter andado até ali atoa. Eu e Spartos andávamos pelo perímetro, quando finalmente eu encontrei um meio de continuar. Mais uma vez um problema, eu havia encontrado uma corda, e isso era indício de que alguém já havia explorado aquele caminho, o que me deixava não muito mais desanimado, era o fato de eu ainda ter encontrado alguma coisa mesmo depois de alguém ter passado por ali. Sendo assim, eu decidia subir pela corda, e continuar explorando esse túnel.

Eu dei um puxão na corda para ver se aguentaria o meu peso, parecia seguro, mas Spartos teria problema para subir ali. Eu não queria ter que voltar todo o caminho de novo para poder encontrar outra passagem, então eu teria que arrumar um jeito de subir. Depois de pensar um pouco, me veio uma ideia obvia.

- Spartos, vou te retornar para a pokébola, assim eu subo com você e te solto lá em cima de novo.

Então eu retornei Spartos para sua pokébola e fui em direção a corda e comecei a subi-la. Eu não sabia o que me esperava lá em cima mas esperava muito encontrar alguma coisa interessante.

Assim que Spartos iluminava novamente o local, eu me deparava com mais um desafio, uma bifurcação. O caminho da direita havia pegadas, e o da esquerda havia marcas de garras. Estava obvio pra mim que no caminho da direita eu teria menos chances de encontrar alguma coisa, visto que provavelmente algum treinador já havia entrado por ali. Isso me deixava com a segunda opção, o caminho das garras.

- Spartos, vamos pela esquerda.

Eu novamente acendi minha lanterna, e voltamos a nossa formação, eu na frente e Spartos atrás. Eu não estava com medo das marcas de garras nas paredes, até porque disseram que não havia nenhuma evidência de pokémons selvagens vivendo nos tuneis. Mas mesmo assim eu estava mais atento do que antes. Eu andava mais devagar e observava cada detalhe a nossa volta, mas eu não era o único, Spartos também estava mais alerta, talvez ele poderia farejar alguma coisa estranha por ali, se realmente tivesse algo. Mas mesmo assim, nós continuávamos andando com a esperança de encontrar uma relíquia misteriosa.

O túnel que eu havia escolhido, estava em uma situação pior que a dos anteriores. Depois de finalmente conseguirmos atravessar o difícil caminho de crateras e irregularidades, chegamos em uma especie de salão. O lugar era muito bem estruturado para estar dentro de uma caverna, havia um campo de batalha no centro e muitas gaiolas em um canto, o chão era todo feito de mármore com os detalhes seguindo o mesmo estilo. Provavelmente todos os arranhões que eu encontrei no caminho até aqui, vinham de criaturas que viviam nessas jaulas, e como tudo já estava em ruínas eu sabia que as criaturas já não existiam mais.

O local estava saqueado e na maior parte destruída, então não tinha muito o que procurar por ali. Mas uma única coisa me chamava atenção, algumas das gaiolas ainda pareciam estar intactas, então eu poderia ver do que elas eram feitas para terem resistido a tanto tempo assim, ou ver se alguma coisa poderia ter sido polpada do saque que acorreu ali. Pensando nisso, chamei Spartos e fui em direção as gaiolas, eu iria vasculhar entre elas e ver se encontrava alguma coisa, ou até mesmo ver se o material das gaiolas serviria de alguma coisa.

A busca novamente não foi fácil, eu e Spartos nos separamos para procurar e acabamos encontrando apenas uma pena estranha. As gaiolas não eram nada de mais, então as deixamos de lado. Eu guardei a pena junto com a argila e me limpei para continuarmos.

Naquele salão não parecia ter mais nada para ser vasculhado, então eu decidi dar uma volta pelos arredores e ver se encontrava uma outra passagem. - Spartos, vamos dar uma volta para ver se encontramos outra passagem, sem ser a que entramos. Eu vou por aqui, e você por ali. Se encontrar alguma coisa faça um sinal. - Sendo assim, eu e Spartos começamos a andar pelas extremidades observando as paredes, seguindo cada um em uma direção.