Começando a Exploração

Eu e Spartos nos separamos para procurar outro caminho, e eu observava atentamente as paredes a procura de uma outra passagem, mas acabei encontrando desenhos esculpidos nelas. Eu seguia distraído olhando para os estranhos desenhos nas paredes, pareciam em sua maioria especies de pokémons que não existiam mais ou talvez eu só não os conhecesse ainda. Meu gosto por pokémons me fazia querem saber mais sobre o que estava entalhado naquela parede.

Um som quebrava o silencio e chamava minha atenção ao mundo a minha volta, eu estava tão distraído que me esquecera de onde eu estava. Eu olhei ao redor e vi apenas a pequena claridade ao redor de Spartos que ainda estava do outro lado procurando por uma passagem, mas o barulho vinha de algum lugar perto de mim. Eu virei a lanterna na direção em que eu parecia ter ouvido o barulho para poder ver o que era. Por enquanto eu não chamaria Spartos, eu veria primeiro o que era que estava me seguindo.

Eu me encontrava agora em uma situação estranha, eu apontava a lanterna em todas as direções e não encontrava nada. Mas mesmo que eu não visse nada, eu tinha certeza de que havia alguma coisa ali, já que o barulho era constante e ininterrupto. Comecei a me aproximar da parede e acabei percebendo que o som ficava mais forte, coloquei meu ouvido encostado na parede e então tive certeza de que o algo que eu ouvia estava do outro lado da parede, ou até mesmo dentro dela.

- SPARTOS! Venha aqui, eu encontrei alguma coisa.

Eu chamei o Charmander para me ajudar com esse achado. Comecei a dar pequenos socos pela parede, a fim de encontrar uma parte que me parecesse mais oca, pois eu tentaria atravessa-la de alguma maneira. Assim que eu achasse o local mais fraco da parede, eu começaria a desferir os golpes de picareta, tentando quebra-la com toda minha força.

Spartos me ajudava a cavar a parede, mas mesmo escolhendo a parte que parecia mais frágil ainda era muito difícil. Depois de algum tempo e muito esforço, finalmente conseguíamos abrir um pequeno buraco, que ainda não podíamos usa-lo para passar mas já era suficiente para poder dar uma olhada do outro lado. Posicionei a luz da lanterna de uma maneira que ela passasse pelo buraco, e me abaixei e me posicionei de um modo que não atrapalhasse a luz enquanto eu olhava pelo buraco, e assim eu comecei a procurar pela origem do barulho.

Enquanto eu olhava pelo buraco, Spartos aproveitava para descansar um pouco, mas não era só ele que fazia isso, eu também estava aproveitando a pausa antes de recomeçarmos.

Eu ficava surpreso com as coisas que eu via através do buraco na parede. Havia ali do outro lado da parede uma sala secreta, e no fundo dela havia uma caixa que deveria guardar algum tesouro, ou não precisaria daquela perigosa armadilha. Eu ficava extremamente interessado no conteúdo daquela caixa misteriosa, eu queria muito encontrar alguma coisa rara, e esta poderia ser a minha chance. Mas não seria tão fácil, primeiro eu teria que atravessar essa parede, e depois passar pela armadilha.

- Spartos, vamos voltar ao trabalho. Nós temos que atravessar essa parede a qualquer custo.

Eu parava de olhar pelo buraco e novamente pegava a picareta, mas desta vez eu estava mais animado do que antes, e tentaria me esforçar mais. Logo comecei a golpear a parede com toda minha força, e tentava manter um ritmo igual aos golpes que Spartos dava na parede para me ajudar a cavar. Dessa vez eu só me sentiria satisfeito quando estivesse do outro lado da parede.

O suor escorria por todo meu corpo, eu estava extremamente cansado pelo esforço de quebrar a parede, mas isso não me atrapalhava. Enfim estávamos do outro lado da parede, mas ainda teríamos que vencer o próximo obstáculo. A roda cortante continuava se movendo de um lado ao outro em um movimento ininterrupto e rápido, eu não fazia nenhuma ideia de como ela continuava girando depois de todo esse tempo que esteve aqui, mas o mais importante agora era como eu passaria por ela.

Depois de pensar um pouco, eu tive uma ideia, só não sabia se funcionaria. Assim que a roda passasse na minha frente, eu acertaria a roldana com a picareta, e tentaria fazer isso até quebra-la. Assim eu poderia fazer a roda parar e passaria em segurança. Eu me aproximei e me preparei para golpeá-la.