Pequena escavação

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Já era quase meio dia quando cheguei às ruínas de Mountrock, após uma longa caminhada pela cidade. Tudo ali parecia ser tão antigo e misterioso que me sentia até mesmo um caçador de tesouro de histórias em quadrinhos, prestes a invadir a tumba de algum imperador ancestral.

Não demorou muito para que percebesse uma quantidade considerável de pessoas em frente a uma caverna. Com certeza aquele era o lugar para onde os exploradores de Gwen estavam indo.

Tomei em minha mão a pokéball que a líder havia me entregado posteriormente e a arremessei para o alto. Sem demora, a esfera bicolor partiu-se ao meio e, em um feixe de luz, um pokémon materializou-se na minha frente. Ele era pequeno, marrom e tinha uma cabeça muito maior que o próprio corpo.

Tomei minha pokédex em minhas mãos e apontei o visor do instrumento para a criatura. Sem demora, o aparelho e sua voz robótica esporam informações a respeito do monstrinho.

— Humm, o senhor é Trapinch, então? Eu sou Malori. Prazer em conhece-lo. — Disse, sorrindo para o pokémon.

O monstrinho mantinha uma expressão confusa no rosto. Não sabia se ele também estava sorrindo ou se a boca dele era apenas grande demais. Resolvi, então, interpretar aquilo como um sorriso. Seria melhor assim.

— Eu vou precisar da sua ajuda para encontrar algumas coisas que estão perdidas nessa caverna. Acha que consegue me ajudar? — Perguntei, esbanjando o sorriso mais simpático que já dei nos últimos meses.

O monstrinho, então, emitiu um som tão agudo e estridente que me fez perder o equilíbrio e por muito pouco não cair no chão. Que pokémon... legal! Mal podia esperar pra entrar na caverna e trabalhar em conjunto com ele.

Fiz um sinal com a mão para que o monstrinho me acompanhasse, e então fui em direção à entrada da caverna, onde comecei a procurar pelo responsável pela escavação e, quando o encontrar, pedir os equipamentos necessários para começar a procurar pelas relíquias das quais Gwen estava falando.

OFF: Oi, narrador! Espero que possamos nos diverter juntos e, qualquer coisinha, pode me mandar uma MP ;3

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Para entrar na caverna, antes foi necessário receber alguns equipamentos cedidos pelos organizadores da exploração. Era muita coisa, então organizei tudo como pude para carregar para dentro da caverna.

Ao entrar no local, deparei-me com vários treinadores em um elevador. Provavelmente deveria ir para lá também, então fiz um sinal com a mão para que Trapinch me acompanhasse, e descemos até o último andar.

O ar era rarefeito no subsolo da caverna, o que provavelmente me deixaria tonto após alguns minutos. Precisava ser rápido na escavação, mas sem me esforçar demais, ou acabaria desmaiando ali mesmo.

Olhando em volta, percebi que as várias pessoas ali presentes não estavam escavando em uma única região. Na verdade, todos estavam bem dispersos e nenhum deles parecia saber realmente o que estava fazendo ali.

— Trapinch, vamos cavar alguns buracos por aqui? — Disse, sorrindo para minha pokémon.

A monstrinha vibrou e, então, continuamos caminhando, em direção a uma das paredes da caverna.

Ao chegar lá, coloquei meu capacete e peguei minha pá em mãos, começando a dar leves golpes na estrutura, movendo pequenas porções de terra por vez. Queria ser cuidadoso para não acabar destruindo alguma das relíquias.

De repente, a Trapinch ao meu lado emitiu um som alto que ecoou pela caverna, quase como uma risada, e começou a cavar para baixo. O ritmo da pokémon era incrivelmente superior ao meu, e era bonito ver ela tentando me ajudar.

— Se encontrar alguma coisa, traga aqui pra cima. Não vai se machucar, tá? — Anunciei, em direção ao buraco que Trapinch escavava.

Sem mais demoras, voltei minha atenção à minha própria escavação. Nem eu sabia ao certo o que poderia encontrar ali, mas esperava que soubesse reconhecer se encontrasse.

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Já estava cavando há vários minutos, porém, meu progresso não parecia ser muito eficiante. Havia aberto apenas um único buraco, enquanto a Trapinch já estava em seu quinto.

Passando a parte de trás da minha mão sobre a testa, para colher as partículas de suor que ali apareciam, aproximei-me da montrinha e olhei para dentro das cavidades que ela havia aberto.

Enquanto observava a terra de dentro dos buracos, percebi que, como aquele aquela parte do solo havia sido mexida há pouco tempo, provavelmente ainda estava úmida. Poderia ser uma boa ideia começar a cavar por ali.

Sem mais demora, finquei minha pá no chão e comecei a colher terra e jogá-la para trás, abrindo ainda mais os buracos previamente abertos por Trapinch. Dependendo do tempo que os objetos citados estavam na caverna, era bem possível que eles estivessem à vários metros do chão.

OFF: Tudo bem, eu também estava meio ausente nos últimos dias.

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Após vários minutos cavando, já estava bastante cansado. Meu corpo já não conseguia mais acompanhar o rítimo da Trapinch.

Sentei-me no chão para descansar um pouco, mas acabei caindo para trás. Desta forma, fiquei deitado sobre o solo da caverna, olhando para o teto.

— Trapinch, venha aqui em cima. Vamos fazer um intervalo. — Disse, chamando minha pokémon.

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Estava realmente cansado daquela escavação. Já começava a pensar que estava em uma caverna completamente comum, e que não havia qualquer coisa para encontrar lá.

Contudo, não desistiria tão fácil. Levantei-me do chão e comecei a caminhar em direção ao fundo da caverna, procurando por uma área que ainda não tivesse sido explorada antes.

— Venha, Trapinch. Vamos tentar em outro lugar. — Disse para minha pokémon, fazendo sinal para que ela me acompanhasse.