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Corona de Lágrimas! [Novela Mexicana]

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Uma mulher se aproximara do trio, e com poucas palavras, correra para preparar um lugar para que Éclair pudesse descansar. - Mas neste sofá? - Pensou o jovem ao notar o sofá em que agora a mulher estava a ser coloca. Uma sacerdotisa a deitar naquele roto sofá velho não lhe parecia correto. Mas sabia que a mulher não se importaria com isso, ou imaginava que não se importaria, de qualquer forma, não lhe via ser tão presunçosa ou mimada, não como ele próprio era, estes eram defeitos seus, não dela, era ele que via aquele lugar com maus olhos.

Ao ouvir as palavras já um pouco distantes do homem misterioso, sobre deixar que a mulher cuidasse de Éclair, Lys pareceu um pouco relutante a reagir, permaneceu ao lado de Éclair por um tempo, a observá-la, mas lhe pareceu que aquelas pessoas, ao menos o homem que lhe ajudara e a mulher, não desejavam mal algum para Éclair, e enfim virou-se, permitindo que seus dedos roçassem pelos fios de cabelo de Éclair antes que seus olhos a perdessem de vista.

Ao virar-se, seus olhos também rodearam o lugar, notando todas as faces a lhe analisar, da mesma forma que fizera com o homem, e por um momento notara o quão estranho era ser analisado daquela forma... Sempre esteve a analisar as pessoas, a imaginar por seus atos, suas posturas, quem realmente eram, mas não gostara agora que era ele o alvo daqueles olhares. A passos ligeiramente apressados avançou até a direção do homem que lhe ajudara, deduzindo que, se aqueles outros homens avançassem como animais até si, o homem deveria de alguma forma lhe ajudar.

- Me... Me desculpe... - Emitiu o rapaz, sua voz ainda fraca, enquanto sua face permanecia baixa, como manifestação de sua vergonha. - Não estou acostumado a lugares assim... Mas... Gostaria de agradecer. - Sua face se levantava por um momento para fitar o homem, seus olhos negros a buscar lembrar-se de algum traço do homem que pudesse lhe trazer a memória alguma pessoa, algum familiar, afinal, já que ele não quisera falar quem era, não iria Lysander voltar a tocar o assunto, mas ainda poderia tentar deduzir quem ele seria. - Gostaria de agradecer por nos ajudar. - Sua voz ligeiramente mais forte, mas ainda parecia um tanto perdido, mas sentia que tinha de ser sincero com o homem, afinal, após ajudar-lhe ele merecia isto, mesmo que sua verdade não fosse algo tão positivo. - Sabe, não são muitos os que estariam dispostos a ajudar, não naquela situação... E um morador de rua... Nunca pensei que seria um morador de rua a me ajudar. - Sua face, mais uma vez se abaixava, a fitar agora seus pés, desistindo de tentar lembrar quem um dia o homem fora. - Desculpe-me se lhe julgo por... Você sabe. Sei que é horrível ser julgado. Sou mesmo uma pessoa horrível... Você nos ajudou, sem sequer pensar. Algo que eu sinceramente precisei de muito tempo para fazer... Acho que isso faz de mim um tanto hipócrita e arrogante. - Ao final daquelas palavras, sua voz parecia frágil, como se dependessem de certa força para que saíssem de sua boca. Sua face então mais uma vez se levantara, e ao mudar a posição de seus braços, liberou. - Enfim, mudando de assunto... Por que nos ajudou?

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 Enquanto a mulher cuidava de Éclair com uma calma e uma maestria que lembrava ma enfermeira ou alguém da área de saúde, Lysander tentava se acostumar com o local onde estava e agradecia a ajuda recebida, com certo espanto afinal não tinha tido muitas ajudas em seu espinhoso caminho pela vida.

- Eu vi que precisavam de ajuda, estava ali perto fuçando latas de lixo e vi toda a batalha da menina com o tal homem, me mantive afastado para saber o que acontecia, não podia ajudar muito pois não possuo Pokémon... não mais... E quando você surgiu meio que do nada, achei que estava bêbado novamente, mas não... Quando vi que fugia com a senhora, resolvi ajudar...

 O homem sorri com seus dentes amarelos e nesse momento Lysander ouve tintilares, iguais ao de Éclair, mas vindo do homem.

- Está com fome? Refugio cozinhou uma bela sopa - apontou para a mulher que cuidava de Éclair - ela era chefe de cozinha antes de... enfim, vir para cá e ainda faz milagres com o pouco que conseguimos.

 Aceita?

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Tilintares...

Por que estaria a ouví-los uma vez mais? Éclair estava presente, no entanto, não mais possuía tais tilintares, o perdera ainda naquela época, em sua fuga de Áztlan. Mas desta vez era diferente, o sonido refulgia do homem à sua frente... Um mendigo, um morador de rua. Por que iria ele emanar aquele suave e tranquilizante som? Ou seria apenas uma ilusão, uma peça que sua mente - ou não - estava a lhe pregar. Já ouvira o suave som dos tilintares antes, mesmo que Éclair não se encontrasse, o rapaz pôs-se a lembrar.

Ouvira aquele som também no esconderijo de Máxima, onde este lhe aprisionara junto a um maníaco com o qual acabara por se aliar. Na época jurara ouvir o tilintar aproximar-se de seus ouvidos, no entanto, Éclair não lhe aparecera. E agora, mais uma vez estava a ouvi-lo. Palavras saiam dos lábios do homem, palavras estas que o rapaz não dara muito interesse, não quando podia ouvir aquele suave som. O homem liberara uma breve explicação que o rapaz apenas entendera tratar-se de um tal Refúgio - que deduzira tratar-se daquele esconderijo - e uma tal sopa que fazia milagres.

Um tanto incerto, e fora de foco, o rapaz realizou um aceno positivo, mesmo que não tivesse entendido exatamente o que se tratara o convite. - Seria uma honra. - Emitiu o jovem, acenando mais uma vez a cabeça, ainda sem compreender, no entanto, logo seus lábios voltaram a se mover. - Perdoe-me, hum... Senhor? Esse tilintar... Você o ouve? - Seus olhos moveram-se ligeiramente na direção de Éclair, que continuava a ser tratada. - Julgo conhecer este som. - Continuou. - Mas... Por que ele o acompanha? - Sua voz parecia ter ganho certa força ao ouvir o tilintar, ao menos não parecia tão frágil quanto antes.

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 Diante do som que o acompanhava já a algumas aventuras, o jovem nem percebe que Refúgio era o nome da mulher que cuidava de Éclair.

- Os tintilares? Pense um pouco, nós somos doze, eu reverenciei uma ex-sacerdotisa como ela deve ser reverenciada mesmo sem o cargo e Refugio ali está tentando salvar os filhos que ela carrega na barriga. Enquanto alguns irmãos estão ajudando a jovem Amélie e outros cuidando do honrado Alvarez. Quem somos? Você sabe, só não quer acreditar.

 Mais tintilares e o homem sorrindo parte na direção onde um cheiro de comida surgia, sem esperar Lysander.

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"Éclair, sacerdotisa de Rayquaza, viemos te buscar"

Aquelas palavras, já ditas a muito tempo atrás, ecoavam em sua cabeça. Memórias daquele dia... Sem sequer pensar sobre, seus pés moviam-se lentamente para trás, como se buscasse então, de certa forma, afastar-se do homem. No entanto, seus nervos pareciam enrijecerem, como se estivesse a travar. Preferiria que se tratasse apenas de mais um mendigo...

"Manterá sua vida, mas você não poderá nunca mais pisar em Aztlán, nunca mais."

As palavras continuavam a pairar sobre sua mente. Palavras ditas por um dos guardiões... Um dos doze guardiões. Seus pés, agora travados, estavam imóveis, não conseguia nem afastar-se, nem segui-lo, seja lá para onde agora ele iria.

"Está exilada a partir de agora!"

Falava de Éclair... Foram eles, os guardiões, que deram sua sentença, o exílio, por ter abandonado suas funções como sacerdotisa, por ter tirado de si própria sua pureza, e com ela, o poder de rayquaza que lhe fora investido.

- Vocês... - Emitiu o rapaz em um sussurro, inicialmente para si mesmo, que logo começou a ganhar força. - Vocês... Os doze... A exilaram. A afastaram de Áztlan... - Seu tom era mais forte, mas ainda assim buscava controlar-se, afinal, ainda os temia. - Por que agora a ajudam? O que fazem aqui, em um lugar como este?

"Eles vieram..."

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 Lysander se mantinha perplexo enquanto descobria quem era os mendigos e enquanto o homem saboreava uma colherada de sopa e Éclair começava a acordar, o mono treinador queria resposta e mostrava isso em seu tom de voz.

- Garoto, ignore o Aztlán ai! - dizia Refúgio enquanto media o pulso de Éclair com uma precisão típica de uma enfermeira - ele é louco, esquizofrênico e repete essa história o tempo todo, não somos esses doze ou algo do tipo, somos moradores de rua e nos encontramos aqui por um acaso, não, todos precisavam de abrigo e companhia e assim fomos nos juntando... Ele não é quem diz ser...

 Enquanto isso o homem dava um sorriso enigmático para Lysander, que dizia ao mesmo tempo ser verdade e mentira o que acabara de dizer.

 Em quem acreditar?

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Seus calcanhares viravam-se agilmente para a direção da mulher, que até então, por falta de sua atenção - ou melhor, por ter sua atenção voltada aos tilintares - ainda desconhecia o nome. Ela ajudava Éclair, e para Lys, isso já era muito mais do que os outros, que apenas o observava analiticamente, e isso já a fazia digna de ser ouvida... E ouvida fora. No entanto, não concordara absolutamente com a mulher.

Havia mais naquele homem... Estava disposto a acreditar que ele não seria apenas mais um mendigo. Afinal, como poderia um simples mendigo - um que fosse esquizofrenico - saber tanto sobre Éclair?

Os olhos do rapaz logo se desviaram da mulher para Éclair, que começava a acordar, e então, seus calcanhares giravam mais uma vez, e com tal giro, seus olhos mais uma vez fitavam o mendigo. Não poderia trazer a Éclair mais motivos para se preocupar, então, pôs-se a caminhar na direção do homem, enquanto alguns pensamentos lhe vinham a cabeça.

Como poderia ele saber que Éclair estava grávida?

Como soubera que Éclair fora uma ex sacerdotisa? Que um dia o fora e que agora perdera seus "poderes"?

E Alvarez e Amélie? Como soubera seus nomes, quem eram?

Poderia ele ter ouvido aquelas palavras em meio ao embate que presenciara, entre Amélie e o rapaz que um Ampharos possuia.

Sentou-se ao lado do mendigo, e após observá-lo por um momento, enquanto este bebericava a sopa, pôs-se a continuar. - Você... Qual a sua versão? Não creio que seja apenas um louco.

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 A mulher acalmava Éclair dizendo que tudo estava bem e que era melhor para seus bebês que ela ficasse em repouso, ao ouvir que tinha duas crianças e não uma sendo gerada em sua barriga a jovem permaneceu em estado de contemplação, tocando a barriga e perguntando se Refugio estava certa daquilo.

 Ali perto, Lysander tentava saber qual a versão verdadeira da história, afinal o tal mendigo sabia sobre os parentes de Éclair e ainda foi capaz de reproduzir os tintilares que já foram característica da, agora, ex-sacerdotisa.

- Bom... - coloca uma colher com a sopa fumegante na boca - Eu sou um dos que em Aztlán são chamados de...

 Ele para de falar apontando para frente:

- A menina Amélie está ferida...

 Com o termo, Lysander olha para trás e vê a sobrinha de Alvarez ser carregada nas costas de um rapaz, que vestia roupa velhas, mas tinha um corpo forte que nem os trapos conseguiam esconder, ao lado dele o Furret da jovem caminhava visivelmente cansado, assim como Meditite.

- Refugio! Refugio! Ela está ferida, não consegui ajudar muito....

- Traga-a aqui, Arturo! Vou ver o que posso fazer pela menina, ela é forte, tá no sangue dela, posso sentir, tudo vai ficar bem!

 Éclair tentou se levantar, mas somente o olhar de Refugio a fez retornar ao sofá imundo, era possível ver um misto de medo e respeito no olhar da sacerdotisa, como se ele soubesse quem a tal mendiga podia ser.

 O que Lysander faria?

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Amélie estava ferida... Era trazida aos braços de um outro homem, um que a mulher que respondera por Refúgio, chamara de Arturo.

- Por que... Por que logo agora? - Pensara o rapaz, um tanto frustrado, logo que vira a jovem ser carregada para que fosse tratada. Por que não poderia ter resistido por mais alguns instantes... Instantes suficientes para que o homem acabasse de lhe contar quem realmente era.

Seu olhar recaira sobre o homem a seu lado por mais alguns instantes, e então voltavam a Amélie... Como se por um instante refutasse a ideia de continuar a ouvir o homem, mas ao final, escolhera seguir Amélie. - Ó dúvida.

Ao se aproximar mais da jovem de cabelos azulados, o rapaz notara as duas criaturazinhas a seu lado. Furret e Meditite. Mas... Onde estavam os outros? Scraggy e Pancham? Onde estavam?

Rodeou a figura que fora chamada de Arturo. Seus olhos voltados a Amélie tentavam detectar o grau de seus ferimentos, mas após alguns instantes, deduziu que, como a mulher disse, ela era forte. Haveria de se recuperar. Mas e quanto aos outros?

- Perdão. - Emitira o rapaz, um tanto acanhado. - E Pancham e Scraggy? Onde estão?

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Off: esqueci que vc deixou os dois com a NPC.

 Enquanto buscava ver os ferimentos de Amélie e vendo alguns cortes maculando suas roupas e manchando de vermelho seu traje, o jovem pergunta pelos seus Pokémon, Arturo aponta para trás, dizendo:

- Eles ficaram na defesa de retaguarda, estão chegando...

 E chegavam, era visível o cansaço e um se apoiava no outro para conseguir avançar, expressões doídas e marcas de corte pelo corpo, estava feio mas não o suficiente para eles desmaiarem.

 Bom, quando viram Lysander e a situação, os dois pequenos noturnos caíram ao chão. Dever cumprido, podiam deixar o cansaço vencer.

 O que Lestrange faria?

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