Uma mulher se aproximara do trio, e com poucas palavras, correra para preparar um lugar para que Éclair pudesse descansar. - Mas neste sofá? - Pensou o jovem ao notar o sofá em que agora a mulher estava a ser coloca. Uma sacerdotisa a deitar naquele roto sofá velho não lhe parecia correto. Mas sabia que a mulher não se importaria com isso, ou imaginava que não se importaria, de qualquer forma, não lhe via ser tão presunçosa ou mimada, não como ele próprio era, estes eram defeitos seus, não dela, era ele que via aquele lugar com maus olhos.
Ao ouvir as palavras já um pouco distantes do homem misterioso, sobre deixar que a mulher cuidasse de Éclair, Lys pareceu um pouco relutante a reagir, permaneceu ao lado de Éclair por um tempo, a observá-la, mas lhe pareceu que aquelas pessoas, ao menos o homem que lhe ajudara e a mulher, não desejavam mal algum para Éclair, e enfim virou-se, permitindo que seus dedos roçassem pelos fios de cabelo de Éclair antes que seus olhos a perdessem de vista.
Ao virar-se, seus olhos também rodearam o lugar, notando todas as faces a lhe analisar, da mesma forma que fizera com o homem, e por um momento notara o quão estranho era ser analisado daquela forma... Sempre esteve a analisar as pessoas, a imaginar por seus atos, suas posturas, quem realmente eram, mas não gostara agora que era ele o alvo daqueles olhares. A passos ligeiramente apressados avançou até a direção do homem que lhe ajudara, deduzindo que, se aqueles outros homens avançassem como animais até si, o homem deveria de alguma forma lhe ajudar.
- Me... Me desculpe... - Emitiu o rapaz, sua voz ainda fraca, enquanto sua face permanecia baixa, como manifestação de sua vergonha. - Não estou acostumado a lugares assim... Mas... Gostaria de agradecer. - Sua face se levantava por um momento para fitar o homem, seus olhos negros a buscar lembrar-se de algum traço do homem que pudesse lhe trazer a memória alguma pessoa, algum familiar, afinal, já que ele não quisera falar quem era, não iria Lysander voltar a tocar o assunto, mas ainda poderia tentar deduzir quem ele seria. - Gostaria de agradecer por nos ajudar. - Sua voz ligeiramente mais forte, mas ainda parecia um tanto perdido, mas sentia que tinha de ser sincero com o homem, afinal, após ajudar-lhe ele merecia isto, mesmo que sua verdade não fosse algo tão positivo. - Sabe, não são muitos os que estariam dispostos a ajudar, não naquela situação... E um morador de rua... Nunca pensei que seria um morador de rua a me ajudar. - Sua face, mais uma vez se abaixava, a fitar agora seus pés, desistindo de tentar lembrar quem um dia o homem fora. - Desculpe-me se lhe julgo por... Você sabe. Sei que é horrível ser julgado. Sou mesmo uma pessoa horrível... Você nos ajudou, sem sequer pensar. Algo que eu sinceramente precisei de muito tempo para fazer... Acho que isso faz de mim um tanto hipócrita e arrogante. - Ao final daquelas palavras, sua voz parecia frágil, como se dependessem de certa força para que saíssem de sua boca. Sua face então mais uma vez se levantara, e ao mudar a posição de seus braços, liberou. - Enfim, mudando de assunto... Por que nos ajudou?
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Ao ouvir as palavras já um pouco distantes do homem misterioso, sobre deixar que a mulher cuidasse de Éclair, Lys pareceu um pouco relutante a reagir, permaneceu ao lado de Éclair por um tempo, a observá-la, mas lhe pareceu que aquelas pessoas, ao menos o homem que lhe ajudara e a mulher, não desejavam mal algum para Éclair, e enfim virou-se, permitindo que seus dedos roçassem pelos fios de cabelo de Éclair antes que seus olhos a perdessem de vista.
Ao virar-se, seus olhos também rodearam o lugar, notando todas as faces a lhe analisar, da mesma forma que fizera com o homem, e por um momento notara o quão estranho era ser analisado daquela forma... Sempre esteve a analisar as pessoas, a imaginar por seus atos, suas posturas, quem realmente eram, mas não gostara agora que era ele o alvo daqueles olhares. A passos ligeiramente apressados avançou até a direção do homem que lhe ajudara, deduzindo que, se aqueles outros homens avançassem como animais até si, o homem deveria de alguma forma lhe ajudar.
- Me... Me desculpe... - Emitiu o rapaz, sua voz ainda fraca, enquanto sua face permanecia baixa, como manifestação de sua vergonha. - Não estou acostumado a lugares assim... Mas... Gostaria de agradecer. - Sua face se levantava por um momento para fitar o homem, seus olhos negros a buscar lembrar-se de algum traço do homem que pudesse lhe trazer a memória alguma pessoa, algum familiar, afinal, já que ele não quisera falar quem era, não iria Lysander voltar a tocar o assunto, mas ainda poderia tentar deduzir quem ele seria. - Gostaria de agradecer por nos ajudar. - Sua voz ligeiramente mais forte, mas ainda parecia um tanto perdido, mas sentia que tinha de ser sincero com o homem, afinal, após ajudar-lhe ele merecia isto, mesmo que sua verdade não fosse algo tão positivo. - Sabe, não são muitos os que estariam dispostos a ajudar, não naquela situação... E um morador de rua... Nunca pensei que seria um morador de rua a me ajudar. - Sua face, mais uma vez se abaixava, a fitar agora seus pés, desistindo de tentar lembrar quem um dia o homem fora. - Desculpe-me se lhe julgo por... Você sabe. Sei que é horrível ser julgado. Sou mesmo uma pessoa horrível... Você nos ajudou, sem sequer pensar. Algo que eu sinceramente precisei de muito tempo para fazer... Acho que isso faz de mim um tanto hipócrita e arrogante. - Ao final daquelas palavras, sua voz parecia frágil, como se dependessem de certa força para que saíssem de sua boca. Sua face então mais uma vez se levantara, e ao mudar a posição de seus braços, liberou. - Enfim, mudando de assunto... Por que nos ajudou?
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