Entre Batalhas

Era bom saber que não era só eu que estava exausta com tantos eventos, porém isso me fizera achar estranho não ter encontrado Blake antes, já que, todos os eventos que estive, ele também estivera. Lancei ao ar três pokebolas, uma do Blue Baltoy, mostrando ao menino o que consegui no Holi Park, já que ele dissera não ter ido, as outras duas eram de Teddiursa e Snorunt, estas eram apenas para treinar. Sim, eu me rendi a tentação e iria começar um treino novo.
A prosa ao que parece havia chegado ao fim, tanto Blake quanto Nicholas, estavam voltando a focar no treino, além de dar atenção ao tal treinador novo. Em algum momento, o mais alto até saíra de cena para ir ao Centro pokemon. Já era o segundo nascimento que presenciava, e era tido como normal pelos treinadores; finalmente entendi, tudo ali passaria bem rápido. Era um dia de sequentes acontecimentos inesperados. Porque não aproveitar a velocidade do tempo com um treino? Pois bem, assim farei:
- Baltoy, você treinara em par com Snorunt, enquanto Teddiursa fará par com Elekid - Informei, posicionando os quatro monstrinhos a frente, porém afastado do treino dos "mais velhos" - Ok, Elekid treinará ataque, golpeando Teddiursa, que treinará Defesa, bloqueando e reduzindo os danos. Não exagerem! Enquanto isso Snorunt treinará seus ataques especiais, tentando maximizar o dano de seus sopros gelados; começando por uma meditação. Isso vale para Baltoy, que exercitará sua defesa especial, reduzindo os efeitos que Snorunt causaria, também começando com uma meditação.

Assim sendo, Teddiursa e Elekid se posicionaram um de frente para o outro, fazendo exatamente o que pedi, paralelo a Baltoy e Snorunt, que ficavam lado a lado. Tomei cuidado para não deixar o mais forte atacando o mais fraco, isso poderia causar machucados ou exageros de força; abusar da desvantagem não me parecia muito sadio, além de não adiantar em nada para o treino dos maiores; não há dificuldade alguma no ato de bater em recém-nascidos.

O tom vibrante de azul que pigmentava a carcaça do pokemon de rocha me dava lembranças horríveis; Holi Park não havia sido um bom evento para mim, porém Baltoy não tinha nada haver com isso. Esporadicamente me perdia em pensamentos encarando o pokemon, mas logo voltava a órbita e reparava no entorno. Oh! Acho melhor dar mais atenção ao que está ocorrendo aqui; de todos o acontecimentos, consigo prestar atenção em um total de zero ocorridos, viajando constantemente na morte da bezerra.

OFF: VAMO TREINAR STATS ENTÃO NÉ, JÁ Q A LUTA DO MAHIRO E DA AME N ACABA

Esporadicamente me metia no treino dos pequenos e esperava fielmente que aquilo desce certo. Tanto de longe quanto de perto Elekid e Snorunt não perdiam a fofura, pareciam chegar ao ápice que qualquer bebê conseguiria. Engoli a seco e coloquei-me ao meio de Baltoy e Snorunt mais uma vez, desta vez quebrando o ritmo da meditação e pedindo para que se atacassem; o ar frio da pokemon daria danos efetivos no pokemon azul, porém, caso este usasse seu Cosmic Power para se fortalecer, sofreria pouco mais que um incomodo. Assim funcionaria o treino especial! Snorunt praticaria seus golpes congelados enquanto Baltoy tentaria aumentar sua resistência a esses golpes!

Não durara muito minha atenção ao treino, logo algo daquela conversa paralela me chamara atenção; era Blake, que bradava algo sobre aliança. De início não achei que fosse comigo, porém ouvindo descontraidamente, reparei que aquele era um convite aos três. Ele está falando sério? Ouvi falar estas guildas a pouco nos jornais, estão ficando comum, mas nunca me vi em nenhuma delas; o que faria com Vicent? Bem, este nem mais está comigo, não é? Porque me preocupar com um irmão ausente. De todo o modo, muitas perguntas vieram em minha cabeça, mas apenas uma tomava destaque, e fora justamente esta que externei:
- Porque não? - Indaguei, não mostrando desdém, mas sim abertura - Me conte mais sobre esse grupo - Pedi.

Talvez com simples explicações eu saberia melhor no que estava me metendo. O que deveria fazer? Há algum malefício? Ritual de iniciação? Vou ganhar um anel maneiro? Quantas pessoas há neste tal Circulo? Todos os membros são homens esquisitos? Bem, eram realmente muitas perguntas, porém não as faria tudo de vez, talvez nem mesmo hoje. Por hora, me contentaria com um resumo básico sobre a Guilda e sobre o que deveríamos fazer.

Arregalei os olhos ao ouvir sobre a morte do líder. Morte? Blake está falando sério? No fim, ele nem explicara que diabos de missões são essas e muito menos como o tal frentista morreu. Acidentes acontecem? Sim, mas não me parece ser o caso. Cruzei os braços meio desesperançosa; sabia que esta não era uma boa ideia. Como pacifista que sou, raramente me meteria neste tipo de encrenca, ainda mais se a finalidade for nebulosa. Eu queria, e precisava, saber onde estava enfiando os pés; porém ajudar uns aos outros soava como músicas aos meus ouvidos. No fim, me sentia dividida, este era mesmo um grupo egoísta que visava lucro próprio ou uma união onde os membros cresciam juntos e se ajudavam? De qualquer forma, não saberia se não perguntasse:
- Você disse que o cara morreu? Como? E que missões são essas? - Indaguei. Blake me parecia um rapaz de boa índole, porém sua história me assustava o suficiente para por em dúvida tal imagem.