Oldale Town!

O homem então abriu um sorriso e respondeu Yui como quem estava bastante feliz em dizer aquilo:
- É véspera de natal! Com certeza são doações de brinquedos - Informou - Adoro trabalhar em véspera de natal e sempre me esforço muito porque sei que muitas das minhas entregas são presentes e doações. É minha data favorita porque o espírito natalino enche as pessoas de empatia! A caixa não é muito grande, mas deve ta cheia de doações pequenas e brinquedos simples - Informou.

Dito isso, o homem deixou claro que, por mais que não soubesse do que se tratava, era importante entregá-la; e estas encomendas eram sempre as mais difíceis de achar o receptor! Quase sempre elas vêm com endereço errado ou incompleto, o que tornava a vida do pobre homem bem mais difícil, porém pensar que seu trabalho era de suma importância para a felicidade daquelas poucas crianças era, indubitavelmente, o que lhe dava mais força para continuar. Sendo assim, abriu um segundo sorriso e disse a moça outra afirmação com igual entonação:
- Esta é minha última entrega, depois disso, devo passar um tempo na creche brincando com as crianças. Aquilo faz bem pra alma!

Ao fundo, já era possível ver a pequena escolinha verde; já não estava tão longe assim, a pouco chegariam, e o caminhar de baixo do sol quente compensaria, ao menos para o tal Marcos. Apertou o passo e tentou adiantar-se, queria ter o maior tempo possível com as crianças.

Recebeu o elogio com um sorriso de orelha a orelha. Não há nada mais gratificante, para um simples homem, que ouvir de uma bela moça que era um bom homem! Sendo assim, reduziu a velocidade do passo e se acalmou. Já sabia que, independente do resultado de suas ações, alguém saberia que ele ao menos tentou, e muito! Corcundou as costas, botou nas costas a caixa de encomendas, e alongou as mãos que, até agora, estavam carregando muito peso sem descanso. Parou por alguns segundo, concentrando-se nesta tarefa e logo depois se pôs a andar. Ele e Yui logo mais chegaram na tal crechê.

Barulho de criança era inconfundível. Passos pesados no chão de cimento, risadas altas e até forçadas as vezes. Tom de voz mais elevado que o normal, euforia e conversas paralelas contantes. Tudo tão alto que se ouvia da porta! O homem então subiu um degrau e apertou a campainha. Logo mais uma moça bela, na casa dos trinta, recebeu a dupla com um sorriso delicado e um vestido que batia no joelho, bastante solto e fresco. Sem muitas voltas, Marcos olhou a bela mulher e lhe disse:
- Entrega de natal para as crianças! - Disse o homem, erguendo a caixa grande a frente e dando para o que parecia ser a professora.

OFF: Desculpa a demoraa, fim de ano são muitas festas ):

A dupla então aceitava o convite da moça e entrava no estabelecimento mofado; de fato as paredes e os chãos daquele local não recebiam um tratamento a tempos, mas ainda assim, a instituição se mantinham limpas, com cheiro de produto de limpeza hipo-alérgico; ao que parecia, as moças que trabalhavam ali, davam duro para manter o ambiente agradável, mesmo que as condições não ajudassem.
A moça então guiou os dois até o refeitório sem se apresentar e, quando reparou a gafe, se desculpou imensamente e lhes dirigiu a palavra de forma adocicada:
- Perdão, esqueci de me apresentar - Informou - Sou Margaret, as crianças me chamas só de Má! Vou leva-los para conhecer as outras professoras.

Caminharam pelo estreito corredor, passando pelas salas de aula vazias e, enfim, chegando ao refeitório, onde tinham seis adultos, todos professores; alguns professores e coordenadores, outros professores e auxiliadores, outros ainda professores de classe e de educação física; mas todos responsáveis por ao menos uma classe. Todos sentados, conversando, e comendo a gororoba que a cozinheira preparara com muito amor, carinho e sal. Não estava ruim, apenas salgado, e era isso que comentavam; o quão salgado ficou o arroz e o ovo. O feijão até ficou apetitoso, mas parece que a tal Dona Julia errara de novo na quantidade do sal. Interrompendo essa conversa pouco agradável do grupo, Margaret então apresentou aos meninos o corpo docente, apontando para cada um.
A primeira, na cabeceira, menos animada, era Ana; também coordenadora. O segundo, ao lado, único homem do grupo, era William; a terceira, mais magrinha, era Manuela; a quarta, mais novinha de todas, era Jenifer; a Quinta e a Sexta eram irmãs, quase que gêmeas, se não diferissem alguns anos de idade; estas eram Melissa e Nathália. Todos ali tinham apelidos mais curtos, dados pelas crianças, menos Ana, que já tinha o nome simples demais.

OFF: Ta tudo bem ♥ Só voltei de viagem a pouco mesmo.

Ao ouvir o poema Ana abriu um sorriso frouxo, porém sincero; ficara abismada com o fato de Yui ter percebido logo de cara sua falta de animo, sendo assim, abriu o jogo, não adiantaria muito não ser sincera:
- Estou com a cabeça em outro lugar, moça - informou - Minha mãe ta passando mal, mas não tem ninguém pra cuidar das crianças da minha turma, então não posso estar com ela.
A moça nem precisava terminar para então Marcos responder:
- A gente cuida delas! Vai lá ver sua mãe - Disse o homem, tomando um compromisso por Yui - Ah é, meu nome é Marcos, sou o carteiro que veio entregar o pacote - Explicou

Com compromisso oferecido, Ana abriu um sorriso de orelha a orelha e, com todo o fôlego que não demonstrara agora, lhes disse:
- Vocês podem fazer isso por mim?? - Indagou - Eu ficaria muito agradecida!