Conhecendo Mountrock city

Com a vontade de acabar logo com aquela batalha, Charmeleon logo correu por entre as colunas do salão, aproveitando assim para desviar de um possível Hypnosis. Spiritomb não conseguia acompanhar o movimento do lagarto, então ficou apenas parado observando, até que foi atingido por uma forte coluna de chamas que aparecia do nada em suas costas. Em seguida o fantasma contra atacou com o mesmo movimento que havia usado anteriormente, já que esse não tinha chance de errar.

Aproveitando a oportunidade de estar próximo de Charmeleon, Spiritomb lançou sua sombra na direção dele (Shadow Sneak), acertando outro golpe que praticamente não tinha como errar. Mas Charmeleon ainda resistia e lançava outra rajada de chamas contra o fantasma, e dessa vez ele se desfazia ficando apenas a pedra em seu lugar. Sophia finalmente havia vencido, mas Charmeleon ainda sofria com a maldição.

Valter e Selene se aproximaram dela correndo, logo depois que perceberam que o Spiritomb não podia mais lutar. E para sorte de todos, o outro fantasma e o escavador ainda não haviam retornado. Agora eles deveriam decidir se seguiriam em direção ao homem desaparecido, ou voltariam para a saída.

Depois de finalmente conseguir derrotar o Spiritomb, Sophia rapidamente curou seu pokémon com um Potion, e logo em seguida o retornou para a pokébola, para poder cortar o efeito da maldição. Assim que a pokébola de Phiro se fechou, uma massa de energia negra se dissipou no ar, encerrando assim a maldição de Spiritomb. Logo depois disso, Sophia libertou novamente o Charmeleon, para que ele os ajudasse a iluminar o caminho.

Agora só precisavam encontrar o outro Spiritomb, e resgatar o escavador. Mas para fazer isso com segurança, Sophia resolveu tentar capturar o Spiritomb derrotado para que ele não se recuperasse e virasse um estorvo novamente. Mas quando a jovem pegou a pokébola e mirou na pedra de habitação do fantasma, uma coisa estranha havia acontecido. A pedra havia começado a se desfazer, como se o Spiritomb tivesse desaparecido dela.

- Quando você derrotou ele, ele deve ter perdido sua sede de vingança. E assim ele se foi... Muito interessante. – Dizia Valter se abaixando perto da pedra, e coletando uma amostra em um saquinho plástico. Era obvio que ele não estava ali apenas para ajudar Sophia, ele estava bastante curioso para ver o que acontecia ali dentro.

Agora Sophia, Valter e os pokémons seguiam pelo salão. Phiro ia na frente seguido pelo casal, e por último ia Selene cuidando da retaguarda. Os quatro andavam devagar por entre as colunas, olhando atentamente para tentar encontrar algum vestígio de onde eles tinham ido. Depois de seguir reto até o fundo do salão, eles acabaram encontrando uma escada de pedra. Essa escada levava até uma elevação no chão que parecia uma espécie de palco, e no alto, havia uma grande mesa de pedra com a tampa levantada.

- Eles estão ali! – Disse o pesquisador eufórico. - Nós tentamos abrir isso por meses. Não acredito que eles fizeram isso em apensa alguns minutos. – Ele correu na direção do monumento e parou do outro lado dele, com uma cara de espanto.

Sophia e os pokémons logo foram atrás do homem, para ver o que ele havia visto ali. Quando chegaram, puderam ver que além da tampa levantada, um dos lados que apoiavam a tampa havia se aberto, revelando uma nova passagem para o subterrâneo das ruínas.

- Eles encontraram a tumba do antigo rei! Todos os tesouros e relíquias que estávamos procurando devem estar aí. – O homem parecia bastante empolgado. E ele perecia bastante ansioso para descer ali, mas ao mesmo tempo morria de medo de ser atacado de novo. O que Sophia faria a partir dali? Apesar da prioridade ser encontrar o escavador e poder salva-lo das mãos do Spiritomb, Valter estava bastante interessado em encontrar um tesouro antigo que poderia, ou não, estar enterrado lá embaixo.

Vendo a preocupação de Sophia com o que poderiam encontrar lá embaixo, além do Spiritomb é claro, Valter começou a falar.

- Dizem as lendas da cidade, que um antigo e poderoso rei, que viveu nessa cidade a dois mil anos atrás, está enterrado no fundo dessas ruinas. Quando ele morreu, todos os seus tesouros foram enterrados com ele, e a entrada de sua tumba foi lacrada de forma mágica para que ninguém a encontrasse. Dizem também, que apenas quem estava presente no momento em que a tumba foi fechada, poderia encontra-la e abri-la. Isso explica o motivo de nunca termos conseguido encontra-la, mas mesmo assim é muito estranho o nosso escavador ter feito tudo isso. Peraí... Ele deve estar possuído por um fantasma de alguém que viveu na época, e presenciou todo o acontecimento. – O homem deu um sorriso por causa do pensamento que veio em sua mente, ele poderia conversar com o espirito de alguém que viveu ali a milhares de anos atrás. Era o dia mais feliz da vida do pesquisador. - Ele disse alguma coisa enquanto vocês estavam juntos? Talvez isso possa nos dar uma ideia do que poderemos encontrar lá. Vamos!

Depois de terminar de falar, Valter passou na frente de Sophia, e começou a descer a escada bem devagar. O homem olhou para a jovem e fez um sinal para ela ir também. Sophia não teve nem tempo de descobrir mais sobre o que poderia ter lá no fundo, mas como não teve muita escolha, apenas seguiu o homem. Os degraus eram pequenos, e desciam e círculo, por esse motivo não dava para saber se estavam chegando no fundo. Como o túnel nunca havia sido descoberto antes, não havia iluminação ali, e por isso a única fonte de luz, era a cauda de Phiro. Depois de algumas voltas, Valter parou com os olhos arregalados. Nos degraus mais baixos à sua frente, havia uma claridade. Era uma luz dourada que parecia estar iluminando o local de destino, mas como poderia haver luz lá embaixo depois de todo esse tempo? Eles precisariam chegar lá para entender o que havia no final da escada.

- Não tenho muita certeza de que eles tenham acendido alguma tocha por aqui. Esse tom de luz é diferente, uma tocha não iluminaria tanto assim... – Dizia o homem enquanto franzia a testa. Mas como ele nunca descobriria ficando parado ali, ele voltou a descer a escada até chegar na beirada da saída, onde ele parou novamente e deu uma olhadinha enquanto continuava escondido. - Você não vai acreditar no que tem aqui... Venha rápido!

Sophia não teve escolha a não ser descer até onde Valter estava e fazer o mesmo que ele tinha feito. Chegando na beirada da entrada da sala desconhecida, ela saiu apenas com um pedaço da cabeça a ponto de conseguir ver o que havia ali. A Ranger nunca havia visto tanto ouro em um só lugar. Era uma sala redonda, mas não muito grande, onde no meio havia um sarcófago antigo preso em uma espécie de barreira luminescente, e em todo o redor da sala haviam pilhas e pilhas de ouro e pedras preciosas. Toda a iluminação dali, vinha da barreira que estava em volta do sarcófago, e ela se refletia nos objetos de ouro e dava um efeito de luz dourada. O escavador estava sentado em uma pilha de ouro, mas estava sem a máscara e assustado, observando o Spiritomb que batia na barreira em volta do sarcófago tentando abri-la. A máscara que antes estava no homem, agora estava jogada no chão perto de onde Sophia e Valter observavam o que acontecia.

Agora ela poderia entender o motivo da demora, já que o Spiritomb parecia estar ali a um bom tempo tentando passar pela barreira que parecia um Protect super resistente e continuo. Será que Sophia aproveitaria a distração do fantasma, para poder ataca-lo? Isso poderia lhe dar uma boa vantagem.

Aproveitando da distração do Spiritomb, Sophia mandou Selene começar o ataque. A pequena Cubone lançou o seu osso com uma precisão incrível, acertando o Spiritomb e o fazendo parar de acertar o escudo do sarcófago. O fantasma se virou para encarar seu agressor, e nesse momento o osso bumerangue estava voltando, e novamente o acertou sem ele ver, dessa vez causando um dano crítico. Spiritomb ficava furioso por ter sido pego duas vezes com o mesmo ataque, mas sua defesa ainda era bastante alta e ele resistia bem ao ataque. Fazendo sua sombra esticar até Cubone, Spiritomb a surpreendeu com seu Shadow Sneak, acertando um ataque pelas suas costas. Selene era durona, e não demorou para partir correndo para cima do oponente, assim que se aproximou o suficiente, ela jogou o seu osso contra ele, mas dessa vez com mais força que antes. O osso acertou o meio da cara do fantasma e causou outro dano crítico, fazendo-o recuar.

Enquanto o Spiritomb se concentrava na batalha, Valter e Sophia se preparavam para resgatar o escavador e a máscara. Valter chamava baixinho o nome do escavador, para lhe chamar a atenção, e quando ele olhava para Valter, Valter fazia sinal para ele ir até onde eles estavam. Enquanto isso, Sophia se esgueirava até a máscara, e a pegava. No momento que ela a pegou, uma forte vontade de coloca-la a possuiu. Sophia olhou fixamente para a máscara, mas ela ainda tinha auto controle o suficiente para decidir se colocaria a máscara ou não.

Robert, o escavador, agora já estava junto da dupla e dos pokémons. Ele olhava para a máscara nas mãos de Sophia e se encolhia murmurando alguma coisa. Vendo a reação do homem, Valter fica bastante interessado na máscara. Mas o que Sophia faria, ela colocaria a máscara, ou a entregaria para o pesquisador que a observava com bastante interesse?