[Battle Factory] Quarta Fase: Luta K4

Entre dúvidas e pensamentos, mantinha-me fausto e de cabeça erguida. Após uma longínqua e extenuante sequência de combates no evento, a minha cabeça havia-se perdido num turbilhão de estratégias e reflexões. Minha próxima oponente, agora estendida à minha frente, aparentava ser apenas uma treinadora amadora que havia vencido suas batalhas por pura sorte vista sua aparência delicada e seu histórico no Battle Factory, que era resumido em vitórias por W.O. Porém, julgar pelas aparências era um feito há muito discutido tanto em obras literárias como nos meios sociais, e uma coisa era certa: o triunfo nunca vinha para aqueles que o faziam.

-Olá, que tenhamos uma boa batalha mesmo! – desejei, com a impressão sutil de que minha inimiga naquele confronto não passava de uma criancinha ingênua.

A criatura por ela apresentada era uma enorme gambá de coloração violácea cuja grande e densa cauda usava as próprias costas do corpo como repouso, dando a aparência de um topete que esbanja estilo. Era Skuntank, um dos meus principais focos de estudo para aquela fase do evento. Possuía o tipo e os golpes venenosos dos quais eu tanto temia enfrentar usando Florges, que por sua vez não teria uma aparição tão cedo já que logo o primeiro combatente de Winnie já garantia incríveis ameaças a ela. Do meu lado estava Infernape, o primata incendiário e veloz que havia sido desonrado e humilhado pelos truques de um Zoroark na batalha anterior. Com ele, buscaria a redenção. Sem muito mais o que analisar, logo lancei meus comandos:

-Infernape, atinja Skuntank com um duplo Earthquake!

Infernape golpeou o solo e, como se exclamasse suas ordens, a terra parecia se moldar a seu favor, se destruindo em enormes fissuras que devastaram o campo de batalha múltiplas vezes ao passo em que feriam gravemente Skuntank, que em resposta lançou o primata flamejante em um sono profundo do qual não escaparia tão cedo. Alvo de então um ataque rápido envolto em venenos e toxinas, Infernape nada mais fazia se não cochilar em meio ao combate contra sua vontade. O pobre coitado parecia sofrer como se fosse marionete de sua oponente. Para livra-lo dos fios tênues do titeriteiro, entretanto, precisava incentivar o seu despertar.

-Infernape, acorde! Não se deixe ser usado pela Skuntank e acorde de uma vez! – urrei, buscando alterar seu destino. -Use então Nasty Plot para se aperfeiçoar para a próxima criatura que Winnie for liberar e finalize sua inimiga atual com Earthquake! – previa a queda natural de Skuntank e não erroneamente, vistas todas as desvantagens apresentadas a esta. Esperava que o próximo turno decidisse a batalha por inteiro, seja em minha vitória ou até mesmo em derrota, que parecia ser um evento longe da realidade dadas as circunstâncias as quais nos encontrávamos.

Em um intenso desfecho, o campo foi envolvido pela flama de um incrível poder interior que havia logo sido desperto das profundezas da essência de Skuntank, que como último recurso escolhera o suicídio, mas arrastando Infernape consigo. Sem muito mais o que fazer, lancei Forretress em campo, que logo foi apresentado ao seu oponente: um amedrontador Tentacruel. Só não foi mais amedrontador porque a treinadora inimiga cometeu um engano.

-Bom... Aproveite a chance e acerte ele com dois Gyro Balls.