#OO1 — Welcome to Petalburg!

Em meio a um cálido início de tarde recheada por brisas frescas, uma jovem treinadora de pele alva acompanhada de um canídeo alaranjado se postavam diante de uma das mais intimidadoras construções da pequena cidade de Petalburg, porém, não se mostrava intimidadora por sua aparência em si, tampouco pelo local o qual se encontrava, mas sim pelo desafio que aguardava alguns dos bravos treinadores em seu interior, a batalha pela insígnia do equilíbrio. Aquele era o ginásio que atualmente Norman defendia.

Olhando-se ao redor da dupla, via-se a comum rotina daquela cidade, comumente as pessoas passavam por ali em frente, algumas com brilho nos olhos a admirar aquele local, em direção aos seus afazeres diários, seja trabalho, escola para os pequenos, assim como treinadores que passeavam por ali em companhia de seus parceiros, provavelmente em busca de treino ou em direção a Petalburg Woods.

Calmamente, então, a porta do estabelecimento se abriu, deixando que passasse por ela um jovem esguio de cabelos negros e curtos, na forma de mínimos cachos que lhe conferiam um penteado desarrumado. Sua pela se mostrava morena, enquanto suas vestes não passavam de uma camisa social de manga longa azul-marinho, uma calça preta e um tênis amarronzado de cadarços brancos.

Assim que saiu se postou de frente para o estabelecimento enquanto encarava Yoko fixamente através de seus olhos castanhos, como se esperasse que ela dissesse algo. Suspirou, deixou que seus ombros cedessem e então se dirigiu a ela.

- Ei, veio desafiar o ginásio? – Indagou. - Ou está perdida ou algo do tipo?

Diante da pergunta do jovem, de maneira sincera a garota lhe revelava que ainda estava iniciando sua jornada e, portanto, não tinha força o suficiente para enfrentar um desafio daquelas. Sendo assim, o moreno apenas sorrira um tanto envergonhado.

- Entendo. – Começou. – Bom, mas quando se sentir preparada, só vir. O ginásio sempre está de portas abertas a novos desafiantes.

Ditas tais palavras, o jovem se aproximara um pouco mais da dupla, abaixando-se a frente do pequeno Pokémon e fazendo a menção de acariciá-lo, porém, antes tratara de pedir permissão a Yoko.

- Posso? – Indagou antes de dar continuidade. – É difícil ver um desses por aqui... É realmente uma novata, certo? Sabe, estou na hora do almoço, mas se quiser posso te dar algumas dicas.

Tendo a permissão que queria, o jovem passou afagar o pequeno canino alaranjado, não tardando assim em receber algumas lambidas em sua mão. Assim, o jovem sorriu e logo tornou a conversar com a garota.

- Tem um bom Pokémon com você. – Elogiou. – Mas então quer mesmo receber algumas dicas? Posso te ajudar um pouco nesse início de jornada, mas teríamos que ir para outro lugar, já que aqui só atrapalharíamos o pessoal. Talvez pudéssemos ir ao Centro Pokémon ou procurar por algum selvagem... – Então, parou por alguns segundos antes de dar continuidade. – A propósito, me chamo Yato, Yato Yagami.

A jovem aceitaria tal proposta?

Diante a concordância da jovem com a proposta não havia muito mais o que se discutir, sendo assim, o moreno tratou de respondê-la rapidamente enquanto ainda afagava pequeno Growlithe.

- Obrigado. – Respondeu um tanto sem graça. Logo, então, deu continuidade. – Sim, sim. Vamos procurar por alguns então. E é quase certeza que poderemos encontrar tranquilamente alguns em um parque perto daqui.

Ditas tais palavras, o Yagami se ergueu, tratando de rapidamente sacudir suas vestes para espantar poeira antes de chamar Yoko para acompanha-lo. Porém, antes que saíssem dali, puderam ver uma pequena andorinha cortar os céus de maneira calma. Suas cores se mostravam compostas por azul-marinho na maior parte de suas costas e cabeça e vermelho em sua face e busto, além do branco que tomava conta de sua barriga. Já em seu bico algo brilhava em tons avermelhados, emitindo certa luz na forma de um pequenino azulejo. Logo a ave tratou de pousar em uma árvore ao lado do ginásio, postando-se ali para averiguar um ninho.

Mesmo assim, Yato continuou sua caminhada, levando a jovem através das ruas movimentadas por questão do horário em que se encontravam. No caminho, às vezes, era possível se observar pequenas criaturas a se deslocar nos arredores, alguns semelhantes a roedores, outros a aves, e alguns um tanto estranhos a esferas alvirrubras, ímãs ou poças de lama.

Então com certa rapidez, ao cruzar uma esquina, se deparavam com uma pequena praça circular, a qual se mostrava pouco movimentada naquele momento. Tal local era adornando por uma calçada de pedras brancas onde se encontravam alguns bancos e postes ao longo de sua disposição, já seu centro se encontrava preenchido por vegetação gramínea e pequenos arbustos, não deixando de se destacar algumas poucas árvores de copas baixas e recheada de folhas, mostrando-se pomposas.

Estranhamente, sobre um dos bancos um pequeno roedor se encontrava a farejá-lo. Sua cor em maior parte era de um fraco amarelo, enquanto suas bochechas, orelhas, membros e cauda carregavam a forte cor rubra. Outro detalhe a ressaltar de sua aparência era a presença de um “+” em suas bochechas, símbolo que também dava forma a ponta de sua cauda.

- Parece que tivemos um pouco de sorte... – Começou o moreno, indagando ao final. – Quer tentar alguma aproximação sozinha primeiro?

Diante da pergunta da garota, por alguns instantes, Yato ficou pensativo, aparentemente tentando formular palavras para algo que no seu dia-a-dia, ao menos sua expressão denotava, parecia ser natural para ele. Então, após respirar fundo enquanto podiam observar o pequeno roedor agora começar a se coçar, começou a falar.

- Tente se aproximar com calma. Digo, devagar e de forma relaxada, do contrário pode acabar assustando-o. – Começou calmamente. – Ao menos aqui na cidade é mais fácil, já que eles estão acostumados com o movimento constante. Mas mesmo assim é bom ter precaução. – Parou então por alguns instantes e então finalizou. – Bom, seja amigável.

Naquele momento, ao menos ao que se dava a entender, o jovem achava não ter conseguido passar muito bem o que se deveria fazer, algo que se denotava por sua face confusa. Já Yoko, como reagiria e o que faria?