Chapter Two - Petalburg Madness

Mais um belo dia começava em Petalburg. O menino se levantava empolgado para continuar sua aventura, então tratou logo de tomar uma ducha, e já adiantou o seu almoço. Ideo foi até seu quarto, onde havia deixado sua mochila, colocou a mochila nas costas e pegou o Quilava no colo, saindo correndo enquanto se despedia de sua mãe.

O dia estava belo, o sol brilhava de forma que seus raios aqueciam levemente a pele do garoto que acabava de sair de sua casa. O céu estava quase limpo, com apenas algumas nuvens indicando que o inverno já estava próximo do fim. Um bando de Taillow passava voando, e o garoto olhava com entusiasmo. Ele estava ansiando por capturar algum pokémon diferente por ali, mas não era apenas esse seu objetivo, ele precisava conseguir mais algumas coisas, como itens e principalmente dinheiro.

Deixando as vistas um pouco de lado, Ideo começou a andar pela cidade. Ele precisava encontrar pelo menos um pokémon novo para poder usar em sua primeira batalha de ginásio. Como pretendia desafiar o ginásio de Rustboro, Golden e Surskit seriam bastante úteis, mas ele precisaria escolher bem o terceiro pokémon para fechar a equipe. Depois de andar um pouco pela rua, ele deveria decidir pra onde seguiria, para oeste, onde havia a baia com vários pokémons aquáticos, ou o norte, onde estava a entrada para Petalburg Woods, onde ele poderia encontrar algum pokémon de grama.

Depois de pensar um pouco em suas opções, o jovem Ideo decidiu procurar pokémons pelas ruas da cidade. E assim seguiu andando enquanto pensava onde os pokémons se esconderiam por ali. Pensando um pouco melhor, não era tão difícil imaginar onde eles poderiam estar, já que em uma cidade mediana como Petalburg, pokémons selvagens poderiam estar em qualquer lugar. O jovem treinador olhava para todos os lados analisando, haviam muitas lixeiras pela rua, uns becos mais estreitos que dividiam algumas casas, também haviam bueiros por todos os lados, além de uma grande variedade de árvores pelas calçadas. Ele tinha apenas que começar a procurar por esses lugares, ou até mesmo observar os telhados das casa ou outros lugares, já que os pokémons poderiam usar locais mais ousados para se movimentar por ali.

Parando debaixo de uma árvore, Ideo decidiu perguntar a seu companheiro, se ele fazia alguma ideia de onde poderiam encontrar algum pokémon pela cidade. Quilava olhou para seu treinador e tentou pensar, mas como ele havia sido criado no laboratório desde que nasceu, ele não fazia a mínima ideia de onde os pokémons selvagens se escondiam. Ideio colocou ele no chão e esperou que ele o levasse para algum lugar. O pokémon via a expectativa de seu treinador e decidia tentar da maneira que podia. Ele se levantou apenas nas pernas traseiras, e começou a farejar em todas as direções, e depois de alguns poucos minutos, ele pareceu encontrar alguma coisa. Chamou a atenção de Ideo e começou a se mover correndo em direção a uma rua a esquerda de onde estavam.

Ideo segurou bem sua mochila e seguiu Quilava correndo, os dois prestavam bastante atenção enquanto corriam, para que não acontecesse nenhum acidente. Não demorou muito para que chegassem no local que o pokémon havia farejado, mas para a decepção dos dois, não se tratava de um pokémon selvagem, mas sim de uma criança brincando com um pokémon no jardim de uma casa. Era um pokémon rosado com detalhes azuis em seu corpo, e dois lacinhos vermelhos prendendo suas orelhas. Assim que Ideo e Quilava se aproximaram do local, o pokémon da criança começou a encara-los de maneira ofensiva.

O jovem olhava desanimado para o pokémon e a criança, e então pedia para que Quilava procurasse de novo. Depois de farejar um pouco mais, Quilava dessa vez tentava encontrar um pokémon que não estivesse com cheiro de humanos junto com ele. E então novamente ele saiu correndo, e virando uma rua à frente.

Não demoraram muito, e Quilava parava na frente de uma outra casa e começava a encarar o telhado dela. Mas não era como a anterior, essa era mais simples e um pouco velha. Será que Quilava havia farejado outro pokémon que já tinha um parceiro? Ainda não dava pra saber. Mas o inicial continuava olhando atentamente o telhado da casa. O que o jovem faria?

Depois de perceber que o que Quilava havia farejado estava no telhado da casa, Ideo decidiu que seria melhor esperar um pouco para ver se o pokémon se revelava. Não era muito educado sair entrando na casa dos outros para poder procurar um pokémon, e muito menos atacar a casa para fazer o pokémon aparecer, essas duas ideias nem entraram em cogitação, mas também nenhuma outra vinha. Ele olhava para seu inicial, com cara de expectativa, enquanto esperava que o pequenino tivesse alguma ideia.

Quilava ainda era muito novo, e também não conhecia muito sobre o mundo que ele estava agora. Ele pensava com todo afinco, para poder ajudar seu treinador. Foi aí que teve uma ideia. Não era educado um ser humano entrar na casa dos outros assim, mas um pokémon, era outra história. Ele então observou a pequena casa, havia um muro baixo em volta, que se aproximava bastante do lado da casa, onde havia uma pequena área coberta com um telhado mais baixo. Então sem muita cerimonia, ele correu com toda sua velocidade e deu um salto para cima do murinho, e em seguida correu até o lado da casa e saltou novamente, dessa vez caindo em cima do telhado da área, e assim teve um acesso mais fácil ao telhado da casa.

Quando chegou lá em cima, ele se virou e encarou Ideo com orgulho, e esperava não levar uma bronca por isso. Mas agora que já estava lá em cima, não havia muita coisa que o treinador pudesse fazer, além de esperar ele tirar o pokémon selvagem dali. Quilava então voltou a seu objetivo, e se virando rapidamente, ele sumiu no telhado da casa... Ele estava demorando bastante, já que era só pra chamar a atenção do outro pokémon. E isso era bem estranho. O que Ideo faria diante disso?