Pokémon Mythology RPG 13
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Capítulo 3 - Inócuo [Tielo]

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Capítulo 3 - Inócuo [Tielo] - Página 3 Empty Re: Capítulo 3 - Inócuo [Tielo]

Mensagem por Victoria Seg Jun 05 2017, 20:35





Odale Town

As crianças chegaram aos montes, primeiro uma turma, depois outra e, por fim, a terceira e a quarta vieram juntas. Ao fim da última fila vinha Amanda, fechando os portões da sala e anunciando o início do evento. Tielo começava a falar, anunciava um bom dia animado e, ao fim dele, as crianças responderam em coro, parecia algo que estavam acostumadas já, o que tornara a resposta bastante bonita e esforçada. Tielo reparava que Amanda se aproximava da turma mais velha, já as outras funcionárias procuravam ficar próximas da turma que respectivamente eram responsáveis.

A partir disso a apresentação começou; fora procurando por um apoio de Amanda que o artista reparava na carinha de cada um ali. Havia todos os tipos de crianças dentro daquelas cinquenta carinhas, lá Tielo se deparou com novos visuais, novas cores, novos rostos, novas dificuldades; um deficiente físico justificava a presença das rampas e a inexistência de escadas. Dois portadores de síndrome de down sentavam juntos e sorriam animados, adoravam este momento da semana. Uma criança de aparelho auditivo, quase sem nenhuma porcentagem de audição, sentava ao meio da galera, mas sentia-se bastante deslocada. Olhava em volta; imitava os outros para não ser diferente demais nem se destacar, mas não nem um pouco desta programação. Algumas professoras e auxiliares tentavam animá-la e entretê-la, mas não podiam dar cem porcento de sua atenção para uma só criança, com outras cinquenta para cuidar.

A primeira música foi introduzida e as crianças levaram seu tempo para levantar, quem podia, claro! Seguiram os passos do artista e fizeram o que podiam. Na hora do estátua alguns tombavam para o lado, outros brincavam com o amigo, mudavam de posição, burlavam a regra, mas nenhum causava um problema relevante; apenas brincavam, reinventavam e se divertiam. O cadeirante, mesmo que sem ter muito como brincar, observava os outros amigos e ria; Amanda aprovava o que acontecia e, pela maioria das crianças, Tielo podia continuar naquela brincadeira por mais um bom tempo.

OFF: Ta certinhooo, mandou bem Smile



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Mensagem por Tielo Ter Jun 06 2017, 11:38






Oldale Town - Capítulo 3



Sentiu-se culpado pelas crianças que não conseguiam aproveitar da mesma forma a diversão. Um cadeirante, um deficiente auditivo, e dois com síndrome de down. Talvez fosse momento de reparar o erro consigo mesmo e com as crianças, apesar de nenhuma delas se sentir prejudicada definitivamente.

Tielo brincou mais um pouco com a mesma música e por horas brincava com as crianças, fazendo-as rir, no momento em que tinham que manter seu corpo parado.

— Ih! Eu to vendo alguém aqui trapacear! Hahaha. - Disse olhando para uma das crianças que mudava para uma posição confortável para manter o corpo parado.

Tentava rir junto com as crianças, horas fazia caretas, horas fazia voz engraçada. Sempre tocando seu instrumento. Até o momento da música acabar. O jovem olha novamente para Amanda para certificar-se de estar tudo certo.

— Certo pessoinhas. Para a próxima atração, eu preciso de voluntários, quem? Quem? Quem? Levante a mão quem! - Viu se as crianças levantariam ou não a mão, mas mesmo assim apontaria para alguma, se ela aceitasse, ajudaria a subir até o palco, caso não, escolheria outra. - Tudo bem, temos uma voluntária. Só que eu preciso de mais! Que tal você? - Apontou pro cadeirante. Saiu da delimitação do palco e caminhou até ele. Parecia ser alegre pelo modo que brincava. Ajudaria com a cadeira de roda da forma que fosse para levá-lo ao palco.

Para ele seria um desafio enorme incluir de forma nivelada todas as crianças na brincadeira. Não queria fazer algo em que elas só sentassem e ouvissem. Gostaria da participação de todos. Incluir na sua arte, seja como espectador ou um auxiliar. Sendo assim, vez como podia, uma criança de cada vez seria inclusa em suas brincadeiras, de maneira adaptada a ela. Isso ajudaria não só a criança a se sentir acolhida, como ensinaria aos demais que também poderiam brincar com elas, e se adaptar a elas.

— Ótimo, vou fazer um pequeno truque de mágica que eu aprendi com um Mr. Mime em uma viagem que eu fiz. - Tielo pegou um buquê de flores falsas e entregou para a criança deficiente. E passou as instruções de maneira que o público todo pudesse ouvir. - Segure firme, e não cuidado pra não deixar elas tristes, se não elas desmaiam. - Dito isso, Tielo virou-se, puxando uma pequena linha de nylon fazendo com que as flores ficassem com aspecto de desmaiado. Provocando risos das crianças. Nesse momento o jovem olha pra platéia e pergunta. - O que foi? Por que tão rindo? - As crianças apontam para o menino com a flor caída na mão, e quando o jovem mágico vira-se pra olhar a flor, ele solta um pouco da linha, fazendo com que a flor fique ereta de novo. - Ué? Não vejo nada além de uma criança com flores na mão. - Ele vira-se de novo puxando a linha e fazendo a flor cair. - Vocês tão vendo algo de novo? - Vira-se fazendo o truque diversas vezes. - Ok, melhor deixar essa flor doida pra lá.

Dirigiu-se a outra menina no palco

— Tenho aqui na minha mão uma moeda. - E fez o velho truque da moeda aparecer e sumir várias vezes na mão, e reaparecer na orelha da criança, ou colocar ela no bolso da mesma sem ninguém perceber. - Aaaah, então tava com você a moeda! - Disse no final da brincadeira onde a menina encontraria a moeda em seu bolso. Nunca acharia ela. Ok pode ficar com você.

Olhando para Amanda novamente em busca de alguma aprovação.

— Certo. Estão gostando? Querem mais?


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Mensagem por Victoria Qua Jun 07 2017, 22:15





Odale Town

Tielo começou a se preocupar com a diferença; não de modo negativo, mas um incomodo bom, daquele que faz com que o mundo se movimente. Tal incomodo gerou ideias novas, estas começavam a delinear o que parecia ser um programa de inclusão. Amanda sorriu com a iniciativa e apontou com o polegar positivo para o rapaz, indicando que continuasse assim. Chamou ao palco o deficiente e, junto dele, vinha uma menina que fora por vontade própria ali em cima. Muitas queriam! Sorte dela ter sido escolhida a dedo por Tielo.

Falas iam e vinham e a tal flor foi posta no colo do rapaz; ao virar do artista, estas se murchavam, e o garoto então se preocupava, comovia-se e se sentia culpado, até Tielo virar; demorou reparar que aquilo se tratava de um truque, e quando deu por si, tocou nas pétalas e repararam a artificial texturas que tinham. Vendo que nada era mais que uma brincadeira, entrou no clima e gargalhou; não tanto quanto os outros coleguinhas, mas gargalhou. Em contra partida, a menina chamada ao palco pareceu não entender muito bem o intuito de desaparecer com uma moeda; era dinheiro! Dinheiro se usa para comprar doces, não? Então, ao final do truque, como quem não estava interessado na mágica final, perguntou com olhar inocente;
- Posso ficar com esse dinheiro pra comprar bala na cantina, tio??? - Indagou, esperançosa.

Claro que todas as professoras riram da pergunta, mas não moveram um dedo para tirar Tielo desta situação constrangedora; contrário a isso, apenas mantiveram-se a postas no mesmo lugar vendo como o menino se sairia daquela cena sem fazer com que Micaela (o nome da garota ousada) terminasse em prantos ou mimada.



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Mensagem por Tielo Qui Jun 08 2017, 20:15






Oldale Town - Capítulo 3



— Hãn... - O trovador olhou para Amanda, e certamente viu que as professoras se divertiam as suas custas. Mas não de uma maneira ruim, era cômico. Desafio aceito. - Bom, essa moeda não é de verdade. Ela é falsa. Não vale nada... Mas! Posso te dar isso... - Pegou uma pena de seu chapéu, que haviam muitas e entregou à garota. - É um amuleto da sorte. Sempre que eu fiquei triste ou com medo, eu segurei ele bem forte e as coisas ruins acabaram bem rápido, porque ele dá muita coragem pra quem usa. E eu não sou de mentir. - Colocou uma palma da mão no coração e a outra palma aberta levantada. Esperaria com isso dar à volta na situação. Talvez ainda assim a menina não se desse por satisfeita, mas, sorriu, e entregou mesmo assim a moeda que não valia nada para ela, junto com a pena.

Depois deste momento, Tielo ajudou tanto o cadeirante quanto a menina a saírem do palco e retomarem seu lugar. Retomou seu lugar novamente, com seu instrumento de cordas. Vestiu uma touca em formato de Feebas, sentou-se num banquinho alto, e pediu a atenção de todos.

— Ei criançada. Vamos fazer algo diferente agora. Vou contar uma história, com uma canção. Então, tentem prestar atenção.

Começou a dedilhar de maneira calma, fazendo uma poesia e ao mesmo tempo uma canção.

Era uma vez, um peixe muito pequeno...
Que nadava nas águas de um rio sereno...
Peixinho Feebas era seu nome...
Tímido, quieto, medroso e sempre com fome...
Não tinha amigos, e era sempre maltratado.
— Vejam, é o peixe abobado!
O pequeno Feebas nunca fez mal a ninguém!
Mas as Goldeens lhe tratavam com desdem!
Muito triste, o peixinho fugiu!
Entrou dentro do mar, e nele sumiu!
Só que nele, encontrou um grande peixão!
Sharpedo era o nome do tubarão!
— Hum, peixinho para o jantar? Essa refeição eu vou aceitar!
O Feebas tentou correr.
Mas quando virou, de novo deu pra se surpreender.
Outro peixão, um enorme tubarão!
— Ei, o que está fazendo? Peixes são amigos, e não refeição!
Um tubarão espantou o outro, e protegeu o pequeno Feebas!
— Calma amiguinho, eu vou te proteger, minha refeição, você não vai ser!
— Obrigado seu tubarão, mas por favor me ajude! Não esperava encontrar alguém com essa atitude!
— Claro amiguinho, mas o que acontece? Olhando pra você assim, isso não me diverte!
— Eu sou pequeno, feio e fraco. Na minha cidade todos me acham um fiasco...
— Oras mas que grande bobagem! Olho pra você e vejo um peixe cheio de coragem!
O peixinho ficou tão feliz, que brilhava em uma intensidade sem fim.
Mas esperava esse brilho não era em vão!
O pequeno Feebas estava em uma evolução!
— Olha como estou grande e bonito! Agora terei muitos amigos!
— Amigos você sempre vai ter, mesmo que for diferente, você tem que proteger!
Mas o Sharpedo malvado não se deu por vencido.
— Aquele outro tubarão não me deixou a comida! Os amigos daquele peixe então serão 'à servida'.
O pequeno Feebas que agora era um grande Milotic, ouviu o desespero de seus amigos.
— Oh não! O Sharpeedo mal está indo lá!
— Rápido, nos temos que ajudar.
Chegando no local, os Goldeen tremiam de medo.
A coragem do Milotic agora não era segredo.
Rapidamente espantou o tubarão.
E todos os peixes lhe deram a gratidão.
Mas logo o Sharpeedo bom apareceu.
E os peixes lago estremeceram.
— Calma, esse aqui é meu novo amigo!
Os Goldeens ficaram muito feliz por terem sido salvo.
E perguntaram para o novo herói:
— Nós te maltratamos muito, porque volto por nós?
— Porque eu aprendi, que nunca devemos criticar alguém pela aparência. Ser amigo e proteger os outros, é o que me deu essa magnificência!


Após parar te cantar, o jovem olhou para a reação da plateia, de Amanda e das professoras. Queria cantar e contar uma história, mas não sabia como, então improvisou nesse modelo. Isso era a paixão de Tielo, mostrar a lição que é aprendida em uma história. E acreditou que essa moral era uma boa: Não julgue pelas aparências.

À narradora: Se estiver chato, longo ou monótono, por favor avise.

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Mensagem por Victoria Sáb Jun 10 2017, 18:17





Odale Town

Deu a tal moeda para a menina, que ficara feliz por ganhar um presente, mas triste por perder o direito de compra; não teria sua bala. Saiu do palco com um mix de emoção, um pouco desapontada e esperançosa, mas bastante curiosa para ver o que aconteceria quando fizesse o pedido que tanto queria a moeda mágica.
Caminharam até seus lugares e, logo que sentaram, Tielo voltou ao palco e começou outra atração; agora contara uma história em rimas, bastante melódica e encorpada. Tinha em seu conteúdo uma mensagem bastante inclusiva, e tentava passar isso as crianças. Talvez montara a história tocado pela diversidade local, e conseguira muito bem afetar todas as crianças ali; mesmo que houvesse palavras que nenhuma conhecia, como "magnificência", isto abrira uma deixa para Amanda intervir, como estava acostumada a fazer:

- Antes de começar algo novo, porque não conversamos sobre esta história???? - Disse a coordenadora, subindo ao palco - Alguma criança se oferece para vir aqui contar o que entendeu? - Perguntou mais uma vez.
Dito isso, diversas crianças levantaram a mão, incluindo a garota que acabara de subir ao palco e ganhar a moeda. A menina com audição comprometida também levantara, de resto, eram rostos desconhecidos por Tielo até então; apenas pequenos dentro da normalidade. Para o azar do artista, Amanda deixou para o garoto a missão de escolher o voluntário para a brincadeira, além de também ter jogado para ele a responsabilidade de inventar as perguntas.

A intenção da coordenadora era fazer uma espécie de quiz ou jogo, para no fim dar um ou outro doce para a criança que acertasse e/ou se empenhasse na brincadeira. Claro que a deixa para Tielo significava o deixar livre para modificar tal ideia da forma como quisesse.

OFF: Nossa, nãaaao, to achando super legal! Já tentei fazer plots parecidos que ficou extremamente clichê, e não seu caso, está extremamente criativo e imprevisível, to adorando!!
OFF²: Inclusive me desculpe pela demora, to tendo o mês inteiro lotado de provinhas.



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Mensagem por Tielo Seg Jun 12 2017, 18:59






Oldale Town - Capítulo 3



O jovem ficou um pouco surpreso com a interrupção de Amanda, ao mesmo tempo feliz e aliviado. Hora de descansar um segundo! Olhou-a por uns segundos adentrando o palco, seus movimentos eram meigos, ao mesmo passo que firme. Parecia que tudo que fazia era ensaiado. Esse era um lado de Amanda ao qual Tielo não conhecia, provavelmente agia assim quando estava em ambiente profissional. O trovador tentara adivinhar a personalidade da garota neste momento, interiormente: Doce, porém dura. Assim como doce de rapadura. Ela devia gostar muito do que fazia, ser bondosa com as crianças, ao mesmo tempo que disciplinada.

Rapidamente voltou ao mundo real com a deixa que ela havia lhe dado. Seu cérebro processou neste momento todas as últimas frases de Amanda em um segundo, e dando a oportunidade do garoto reagir como se nada houvesse acontecido.

— Que tal aquela pequenina ali? - Apontou para a criança com o aparelho auditivo. Tielo era um jovem que não apontada o dedo para ninguém, nem como referencia, sempre ao indicar algo, ele esticava a palma da mão aberta em direção ao que se referia. Mas aprendeu que para Amanda aquele era o melhor jeito de compreender o que se queria mostrar, então, fez sem o menor dos problemas. - Posso escolher mais? Vem você e você! - Apontou para uma das crianças com pele mais escura e o cabelo um pouco bagunçado, e uma outra criança com a pele bem branca, e os olhos bastante puxadinho, porém a estatura parecia ser menor que as demais.

Saiu do palco para ajudar todos a virem consigo. Uma vez todos no palco, Tielo encaminhou-se ao lado deles e questionou:

— Eu quero saber a mesma opinião dos três pra cada pergunta: Qual foi a parte da história que vocês mais gostaram? - Esperaria todos responder para continuar. - O que vocês aprenderam na história, que não podemos fazer com ninguém? - Novamente uma pausa para as respostas e retornou á ultima pergunta. - E o que acontece quando temos coragem para defender nossos amigos?

Tielo estava se esforçando muito para falar uma linguagem que as crianças entendessem. Apesar de ter pensado nisso enquanto narrava a história, falhou algumas vezes em palavras difíceis. Porém estava fazendo de bom coração, e não tinha nenhum conhecimento pedagogo. Mas a experiencia era para a vida inteira.

À narradora: Que bom. Acho bom fugir um pouco do monótono também, por isso criei uma espécie de trovador e bufão. Quanto a demora, desculpe a minha também, também estou em semana de provas e esse final de semana estive sem computador...

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Mensagem por Victoria Sex Jun 16 2017, 17:26





Odale Town

Amanda então afirmou com a cabeça o pedido de Tielo, permitindo que ele chamasse mais crianças; após o convite, todas subiram ao palco, umas mais animadas que outras, enquanto Amanda descia deste e ia até a cantina, providenciar o brinde das crianças. Agora com as três no palco, o rapaz fez uma pergunta onde a menina de aparelho auditivo e a criança negra responderam quase juntas; a primeira menos animada que a segunda:
- A evolução!! - Afirmaram; e fazia sentido, todos adoram evoluções de pokemons, mesmo que nenhum deles ali tenham visto uma ao vivo, apenas em televisão.

O garoto imigrante, um pouco mais devagar, juntou folego e disse ao trovador:
- Gostei quando o Sharpedo bom aparece - Explicou - Mas a evolução também é legal - Finalizou.
Fora ai que Tielo fez sua segunda pergunta, já planejando a terceira, porém não conseguiu nem sequer ouvir a resposta das três crianças; fora só a menina responder e ele já teria que intervir de imediato:
- Ser legais e ajudar os amigos - Respondeu; aparentemente a menina havia entendido a pergunta completamente ao contrária. Comera o 'não' e completou por si mesma a falta de sentido.
Claro que ao fim da fala dela, todos começaram a rir; menos os dois garotos do palco, estes ficaram meio perplexos e sem saber o que responder. A menina então deixou escapar uma ou duas lágrimas do rosto e, após isso, não conseguiu mais se segurar, e entrou em prantos; um choro grosso, forte e acompanhado de vários gritos. Oh deus, o que foi acontecer ali? Amanda ouvia o barulho um pouco desesperada, e corria em direção ao palco, para ajudar Tielo, mas não sabia se chegaria a tempo de algo pior acontecer.




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Mensagem por Tielo Dom Jun 18 2017, 16:39






Oldale Town - Capítulo 3



As respostas de suas questões começavam a aparecer, e Tielo fazia questão de comentar cada uma junto com as crianças.

— A evolução é mesmo demais não é? O Pokémon começa a brilhar e ganha uma forma diferente. Muito legal mesmo! - Comentou junto com as duas crianças, enquanto a terceira preferiu algo diferente. - O Sharpedo bom foi também bastante legal, por que na hora que ele aparece, a gente pensa que é o fim do pobre Feebas. E de repente, ele ajuda! Eu quando ouvi essa história gostei bastante dessa parte por que nem eu esperava. - Sorriu por fim.

A resposta para a segunda pergunta o surpreendeu. A criança havia entendido errado, ou apressou-se demais à responder e equivocou-se. Isso provocou diversas reações, risadas, piadas e afins. Crianças podiam ser bem maldosas quando quisessem. Claro que a maldade não era intencional, mais sem querer, afinal, são crianças. A criança deixou escapar uma lágrima, duas, três. Tielo olhou em volta, procurando algo pra evitar, porém o berreiro veio em instantes. Esse era o momento perfeito para usar suas personalidade a seu favor. Conhecido por ser bastante calmo, e aparentar ser bastante indiferente, sabia como conter emoções. Foi em direção à criança, abaixou-se para manter contato visual, o que era difícil pois o trovador era realmente bem alto.

— ... - Colocou uma de suas mãos sobre a cabeça da criança e nada disse. Deixou ela expressar o que sentia na hora, e aos poucos fez uma caricia em seu cabelo até acalmá-la. - Ei...? Está tudo bem... - Tielo sorriu para ela, e talvez isso não funcionasse caso as crianças continuassem à algazarra. - Ei! Criançada! - Pegou seu instrumento e dedilhou um pouco chamando atenção até todos se acalmarem. - A gente não pode zoar o pequeno Feebas por que ele errou... - Sentou-se na ponta do palco com a criança em seu colo, e colocou o chapéu de Feebas em sua cabeça. - Vou contar pra vocês o que acontecia quando eu era criança. Hum... - Pensou olhando para os lados, tinha um grande quadro branco, e uma canetinha e um apagador. - Espere aqui! - Colocou a criança sentada na ponta do palco, e ajudou o mesmo com as outras duas. Todas as três sentada na ponta do palco. Tielo pegou o quadro branco, a caneta preta e o apagador e desceu do palco. Sua altura ajudava a ficar na altura das crianças sentadas ali. - Vou precisar da ajuda dos três agora. - Colocou o quadro entre a criança com o aparelho auditivo e a negra. - Vocês seguram isso pra mim aqui. - Foi até a menor sentada ao lado da negra e deu lhe o apagador. - Segura isso pra mim, não deixe cair! - Foi até o quadro, e começou a ilustrar o que contava. - Eu nasci, a bastante tempo atrás, e eu era uma criança bem pobre. Eu fazia brinquedos pra mim feitos de grama seca. - Prosseguiu desenhando como era o seu vilarejo. - Nós morávamos em carroça, e viajávamos pelo mundo. Plantávamos o que nós iriamos comer. - Desenhou tudo, mostrou, pediu o apagador à criança, tirando os desenhos do quadro, e logo após devolveu. - Eu era diferente de todas as crianças. Uma vez fui brincar com um grupo de crianças, e todas elas falaram mal da minha roupa, que era bastante suja e rasgada, do meu cabelo, que é dessa cor estranha. - Disse desenhando e levantando o chapéu para mostrar. - E eu não sabia falar as palavras direito, 'se é que ''ocês'' me entendem'. - Disse com um sotaque caipira. - Eu ficava chateado com isso. Quando eu falava errado, todos riam de mim e eu ficava muito chateado, ia pra dentro da minha barraca e chorava. Mas um dia meu avô me ensinou uma coisa muito legal. Quando ele falou algo errado, e todos riram, ele riu junto. Eu não entendia o por que, mas ele falou que era engraçado quando a gente errava, por que fazia todo mundo rir, e a gente podia rir também. E ele gostava do jeito que ele era, e do jeito que ele falava. E se a gente gostasse do jeito que a gente era, todo mundo gostaria também! - Desenhou o seu avô, à sua própria maneira. Um senhor com uma grande barba, e um chapéu parecido com o seu. - Então, eu aos poucos aprendi que sempre esteve tudo bem! Está tudo bem ser diferente. Está tudo bem ser quem somos. A gente só precisa gostar de quem somos. - Isso o fez refletir como as atitudes do passados mudavam quem somos no futuro. O interessante era aprender se podíamos aprender com tudo o que vivemos ou sofrer com isso. Antes, roupas rasgadas, sujas de terra, feitas de Juta, e hoje, tecidos grandes, coloridos e abundantes, feito a própria mão por si próprio. Antes, sotaque caipira e vocabulário desajeitado, hoje, um vocalista, poeta e compositor que sabe como manusear as palavras. Isso não era realmente uma evolução, não havia nada ruim em ser um caipira em que plantava o que comia, mas, nunca deixou de ser o que queria ser, e seguir os sonhos.

Tielo não sabia se isso funcionaria, mas realmente esperaria que as crianças entendesse. Foi só neste momento que percebeu que Amanda o observava, com um misto de ansiedade e preocupação.

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Mensagem por Victoria Qui Jun 22 2017, 22:53





Odale Town

Ao meio do choro a menina retirou o aparelho auditivo do ouvido e decidiu ficar completamente surda por um momento; assim não ouviria a gritaria nem as zuações da plateia. Deu certo para ela! Inclusive, normalmente da. Nada melhor que surtar em paz, sem se incomodar com o em torno, e a mão de Tielo em sua testa em sinal de afago também a ajudara, logo a crise cessou e apenas uma ou duas lágrimas caíram; esperou o trovador chamar atenção de todos e só então colocou o aparelho de volta.
Ao retornar a tecnologia ao ouvida, a menina permitiu que Tielo falasse, ainda choramingando e sem esboçar animação alguma; enfim, não esboçara nada parecido desde o início do evento, não seria agora que pretendia. O menino então contou uma história comovente, que serviu para a maioria deles ali, mas não para esta garota. Ela até ficara um pouco mais empolgada, porém não achava muito coerente aplicar tais fatos em sua própria vida, até porque, o que tem de legal em ser uma menina surda?? Ela não encontrava nada de positivo, como poderia gostar?! Bem, o conflito interno em sua vida era desde o nascimento, e isto não se resolveria no palco. Esperou o menino terminar a dinâmica e, quando permitisse, sairia do palco com um sorriso falso e tentaria voltar a ser invisível; não queria participar mais, estava só a espera do tempo de ir embora.

Amanda paralelo a isso, que outrora corria para socorrer o trovador, acabou por desistir no meio do caminho, vendo que ele já havia resolvido a situação, ao invés disso, voltou, pegou as balas e ficou ao pé do palco, esperando para dar os doces aos participantes. Os três, sem exceção de nenhum, mesmo que a dinâmica não tivesse ocorrido como imaginavam.
Tendo a ideia de Amanda dado a mais errada até então, a moça deu a deixa para que o rapaz continuasse no sei ritmo e na sua criação.




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Mensagem por Tielo Dom Jun 25 2017, 14:46






Oldale Town - Capítulo 3



Tielo via a pequena garotinha sair do palco, meio decepcionado. Sabia que aquele sorriso era falso. Porém não sabia o que fazer, não sabia o que ela pensava, e não sabia como concertar, não era um pedagogo. Talvez até o final do espetáculo tivesse alguma ideia do que fazer, talvez não. Ainda assim estaria um alerta para os educadores, se eles não houvessem percebido um fundo de amargura na criança, Tielo diria.

Agora era hora de ele improvisar algum outro show. Algo que despertasse algum interesse nas crianças. Nada melhor que um show de marionetes! Já havia cantado uma música interativa, uma show de Spoken Word, ou recitação, contou uma história basicamente ilustrada.

— Certo. Agora vamos fazer um show de marionetes! - Realmente empolgado. Deu a volta, pegou aqueles palcos pequenos para teatro de marionetes ou fantoches, onde poderia também esconder-se atrás. Tielo viu que havia vários tipos de Pokémons feito de marionete, e improvisou alguns outros com bonecos e nylon.

— Olá crianças! Meu nome é Sasha! E hoje vou contar uma história pra vocês! - Disse com uma voz afinada, controlando uma marionete de Sylveon. - Era uma vez em um bosque encantado... - A partir daqui o Sylveon saiu de cena, ainda que continuasse falando, seria apenas um narrador. - Em um bosque bem distante, um reino era governado por seu rei e rainha, o Grande Empoleon e a rainha Prinplup. - Pegou os dois bonecos e os colocaram sentado no centro do pequeno teatro. - Ambos os tiveram uma pequena filha, a princesa Piplup. Ela era bastante especial, por que ela não conseguia ouvir direito. Depois de um bom tempo, o rei Empoleon estava bastante velho, e bastante doente. Não podia mais governar, a rainha Prinplup passava a maior parte do tempo cuidando do rei, sobrando pra princesa Piplup governar o reino.

— E agora!? Como posso governar? Eu nem escuto direito. Como vou defender o reino?

— Princesa! - Apareceu um grande Trevenant que assustou bastante a princesa. Porém ele já era conhecido. Era o Pokémon mais velho de todos do reino, e por isso era mais sábio de todos. - Este artefato, quando você equipar, irá ouvir tudo perfeitamente! - Disse com a voz meio sombria.

— Ótimo, agora posso ouvir a todos completamente bem e defender o reino!

— Depois de um tempo, algo muito grave aconteceu, o reino foi invadido, pelo reino inimigo dos Meowth. Todos os Pokémons ajudaram a defender a terra, porém a princesa ficou com o embate mais difícil, o Meowth chefe!

— Agora que estamos eu e você. Vou te derrotar e ficar com o reino.

— No meio da luta, a princesa perdeu seu artefato que lhe fazia ouvir, ficando totalmente surda.

— Para acabar com você, vou te por para dormir, com o meu Sing.

— Porém a princesa Piplup não podia ouvir a canção de Meowth, e não entendeu o que acontecia, apenas chutou ele dali com todo mundo bem rápido!

— Princesa, você o derrotou!

— É o que?

— Você o derrotou. - Disse devolvendo o artefato.

— Sim mas, eu preciso tanto disso... Gostaria de não depender.

— Oras princesa, não vê nem uma vantagem em ser quem você é?

— Bom, eu vejo Tv até tarde por que eu vejo sem volume então meus pais nunca descobrem. Também posso dormir bem calma mesmo quando o reino está em festa e isso é demais. Também não escuto gente falando coisas que não tenho interesse ou quando meu pai vai me dar quela bronca chata, eu simplesmente finjo que escuto. E também, não durmo durante um Sing.

— E isso não é demais? Eu estou tão velho, e quando o reino está em festa, aquele barulho não me deixa dormir. E se eu fosse ver Tv até tarde, todos os Pokémons acordariam e torceriam a cara para mim... Agora, você tem o poder de desligar-se do mundo quando quiser.

— E assim a princesa aprendeu, que o super poder todos nós temos. E ela soube que isso era só um detalhe, ela era bonita, inteligente e super amável. E governou o reino muito bem e foi feliz pra sempre!

Tielo achou a história meio sem sal e sem açúcar. Mas necessária, bastava apenas ver a reação dos demais.

Tielo
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