Um Caminho e Uma Única Passagem

Gwen aceitou de bom grado as frutas que os pequenos Wurmples levaram para ela, e assim as guardou na mochila. Depois disso, ela resolveu andar um pouco e conhecer o lugar, já que era um lugar bastante curioso. Com sua caderneta ainda em mãos, ela tentava desenhar o que via, mas nunca esquecia de ver se seu pokémons estavam bem.

Ela começou a andar indo pela esquerda, e como o local era circular e pequeno, não demorou muito para que ela tivesse dado uma volta completa. Não tinha nada de mais ali, a única coisa que se percebia, era que a copa das árvores era muito densa, e não seria fácil um pokémon grande passar por ali, muito menos um humano. A única entrada era a passagem com cipós, mas se não fosse o faro de Meowth, talvez Gwen não a tinha encontrado. Vendo esses detalhes, dava pra percber que esse lugar não era feito apenas para descanso, mas sim para proteção. Mas proteção contra o que? Talvez fosse melhor não saber.

Anteriormente, a garota estava procurando um local para poder treinar um pouco, e depois que terminou de dar a volta, pelo que viu talvez ali fosse um bom lugar. Apesar de ser pequeno, não haviam muito moradores ali, e o local por onde ela passou a esquerda, praticamente ficava vazio. Takvez se ela perguntasse, ela poderia conseguir permissão para usar o lugar com seus pokémons.

Assim que resolveu pedir permissão para que pudesse treinar os seus pokémons naquele local, Gwen se lembrou que seu Ponyta poderia queimar todo o lugar se fosse praticar seu novo ataque ali. Então acabou decidindo fazer uma mudança de planos. E assim se aproximou de seus pokémons que ainda brincavam com os selvagens e se despediu dos pokémons tão hospitaleiros que viviam ali. Depois de retornar Oddish e Meowth para suas pokébolas, ela se dirigiu à saída e atravessou os cipós.

Não tinha ficado muito tempo lá dentro, mas foi o suficiente para o clima esfriar um pouco. Assim que ela e Agnes saíram, elas até estranharam a mudança de temperatura, já que como as árvores fechavam o local completamente, o interior acabava ficando bem aquecido. Agora que estava do lado de fora, Gwen não sabia muito bem para que lado seguir, visto que apenas tinha seguido sua pokémon até ali. E para não ficar perdida, ela resolveu soltar de novo Meowth e pedir que ela subisse em uma das árvores para poder encontrar uma clareira.

Assim que Meowth saiu da esfera, ela logo subiu em uma das árvores, subindo tão alto que quase não era vista lá debaixo. Passou-se alguns segundo, e Meowth voltou para um chão em um salto imprudente, dando um susto em Roselia. A felina ria, enquanto tentava acalmar a rósea. Gwen se distraia com os acontecimentos, e acabava quase não percebendo dois grandes vultos passando por elas, mas o som dos cipós sendo arrancados logo lhe chamou a atenção. Alguma coisa havia entrado no esconderijo dos insetos, e logo em seguida foi possível ouvir os gritos daqueles pequenos e bondosos pokémons selvagens.

Meowth e Agnes olharam assustadas para Gwen, como se esperassem uma resposta do que fazer.

Gwen, Meowth e Agnes, não pensaram duas vezes, as três voltaram correndo para ver o que estava acontecendo. As duas pokémons entraram na frente para garantir a segurança de sua treinadora, que vinha logo atrás gritando para que deixassem os pokémons em paz. A PokéDex na mão da garota analisava os novos pokémons que se encontravam ali e dizia em uma voz robótica: "Swellow: Este Pokémon mergulha em um ângulo íngreme logo que vê sua presa. A presa infeliz é apertada pelos pés de Swellow, impedindo a fuga."



Dois grandes pássaros haviam invadido o esconderijo dos pokémons insetos. Uma das aves estava de pé bem em cima das árvores do centro, comendo o interior de uma das pupas que antes estava presa em um dos grandes troncos, e a outra ave atacava os pequenos Wurmples que tentavam se esconder em buracos no troncos. As grandes garras dos Swellows atacavam os pequenos insetos sem piedade. Os oddishs que antes dançavam ali, agora estavam enterrados no solo macio, tentando se proteger, e o Beautifly e o Dustox estavam caídos e feridos, pois foram atacados primeiro.

O que Gwen faria diante de tal cena? Já que em poucos segundos os invasores já haviam causado tanto estrago.

Gwen ficava furiosa com a cena que via. Ela gritava com os Swellows, mas era em vão, já que nenhum dos dois lhe dava atenção. A ave que atacava os Wurples tinha uma grande cicatriz no olho direito e era mais agressivo, esse era o macho, e a outra era um pouco mais delicada, indicando que era uma fêmea. A garota percebia que não adiantava de nada tentar dialogar, e assim gritava suas ordens.

Meowth era a primeira a atacar, visto que as aves não haviam se movido, e seguia em direção ao macho que estava mais próximo. Meowth acertava uma investida surpresa contra a ave, que na hora parava de atacar os pequenos insetos e se afastava da árvore. Em seguida Agnes invoca uma grande quantidade de folhas e ataca o mesmo oponente que Meowth, causando um dano crítico. A fêmea vê o que estava acontecendo, e foca sua energia, se preparando para atacar. O primeiro turno então terminava com Gwen em vantagem, mas os Swellows pareciam ser bem fortes, e seria difícil manter a batalha assim.

Agora que Gwen não podia mais contar com o elemento surpresa, os selvagens começaram atacando. A fêmea mirava seu ataque em Agnes, lançando uma poderosa lamina de ar com um forte movimento de suas asas, mas antes que o ataque alcançasse seu alvo, Meowth o interceptou, recebendo assim todo o dano que por sorte não foi crítico. A felina foi arremessada longe por causa da força do impacto, e acabou não tendo como desviar do próximo ataque. O macho veio em um rasante, com uma grossa camada de energia ao redor de seu corpo, e acertou Meowth com seu ataque, que causou danos em ambos, mas deixando Meowth fora de combate. Agnes materializou uma grande esfera de energia natural, e a lançou contra o Swellow que acabava de atacar sua companheira, e assim o deixava em um estado bem ruim.

O sacrifício de Meowth havia garantido uma boa vantagem para Agnes, mas ela sozinha não seria capaz de derrotar os dois oponentes.

Os ataques dos Swellows eram muito fortes, e além disso, eles eram muito rápidos. Gwen se sentia um pouco culpada por usar Meowth como escudo para Agnes, mas Meowth não parecia ter se incomodado muito com isso, agora ela poderia descansar. A garota retornou a felina, e em seguida lançou Thor, uma excelente escolha para aqueles oponentes.

A batalha então tomava um outro rumo, a Swellow que ainda estava bem dava um alto grunhido, que faz os dois pokémons de Gwen ficarem menos cautelosos, diminuindo assim os seus ataques. O outro Swellow partiu na direção de Thor para um ataque rápido, acertando o golpe em cheio, mas devido ao contato, acabou ficando com o corpo coberto por pequenas descargas elétricas. Thor aproveitou a proximidade, e com um grande sorriso sarcástico no rosto, ele focalizou uma grande quantidade de energia elétrica em seu punho e acertou um forte golpe no Swellow, que na mesma hora voou e acertou uma árvore caindo desmaiado. Agnes era a última a atacar, mas estava com os olhos brilhando de fúria para se vingar, materializou uma grande esfera de energia e a disparou contra a Swellow que ainda estava de pé, causando um bom dano nela.

Agora a batalha estava a favor da equipe de Gwen. A Swellow se movia em grande velocidade e criava vários clones, aumentando assim sua evasão. Thor e Agnes preparavam seus ataques, e partiam para cima da oponente. Primeiro Thor acertava seu poderoso soco elétrico, causando um dano extremo na Swellow original e a deixando paralisada, e em seguida uma chuva de folhas perseguidoras acertava ela, mas mesmo assim ela ainda sobrevivia.

A batalha estava praticamente vencida.