Ficha - Nathan White

Medindo um metro e oitenta e possuindo corpo pouco atlético. Cabelos de coloração castanha escura que decai ao longo de sua pele levemente bronzeada, lábios pequenos com uma tonalidade natural de vermelho e olhos pequenos com uma belíssima íris cor-de-mel. Um grande marco em seu rosto é uma pequena cicatriz que percorre por cima de sua sobrancelha esquerda e o grande número de sardas nas maçãs do rosto.

Costuma utilizar roupas leves e de tonalidades mais escuras, geralmente utilizando uma blusa preta — que ironicamente é sua cor favorita — acompanhada de uma jaqueta e shorts jeans. Em seu pescoço está um pequeno cordão de prata sem pingente algum. Além disso, utiliza um óculos com uma estampa preta e branco graças aos seus problemas oculares. Está sempre andando com uma mochila de ombro feita de couro sintético, aonde guarda sempre as coisas que vá necessitar em sua jornada, um caderno para que possa desenhar e uma peça extra de roupas.

Se fossem procurar palavras que definissem bem Nathan White, talvez quieto e introvertido fossem as que mais lhe definissem. Essas características nem sempre fizeram parte do jovem, que durante toda a sua infância era um garoto normal e alegre. Evita sempre comunicar-se com pessoas, sempre muito evasivo e sempre buscando fugir de situações nas quais ele não é capaz de lidar. Entretanto, o jovem tem um grande senso de independência, acreditando que não precisa de ninguém para viver sua nova vida.

Com a liberdade bem em sua frente, Nathan está experimentando novas experiências, adorando contemplar as belíssimas paisagens e admirar a imensidão do mundo, levando brilho nos seus olhos para todo novo local que vai. O seu passatempo favorito é desenhar, aonde usa o seu pequeno caderno que carrega consigo para todos os lados para se expressar. Prefere desenhar a paisagem que o cerca, apesar de tudo não tem medo de variar para pequenos rabiscos ou tentativas de desenhar rostos.

Não compreende e muito menos ver glamour em batalhas, possuindo quase que total interesse em ginásios ou contests. Com isso, Nathan apenas busca encontrar uma parte de si no mundo, encontrar o seu verdadeiro propósito.

A exatamente um século atrás, a união de dois jovens ricos e apaixonados geraria uma descendência de ouro. O casamento arranjado entre os dois filhos mais prodígios da família Whittlen e Tellas gerou a grande união familiar "White". Desde jovens, os futuros descendentes desta união sempre foram ensinados a amarem os Pokémon para que pudessem trabalhar lado a lado. Desde os primórdios, a família sempre foi enraizada em tradições e dogmas, tendo a sua própria maneira de criar seus descendentes. Graças a sua autossuficiência, apenas os mais rebeldes buscavam sair do conforto familiar para sair em busca de uma jornada.

A cada geração que se passava, a família escolhia outro representante para que pudesse governar a sua linhagem de ouro. Os filhos de cada linhagem recebiam os melhores tratamentos, geralmente sendo educados pelos melhores professores. Aos dezessete anos, os jovens de cada linhagem passavam por uma série de provas e desafios para decidir qual seria o melhor prodígio entre todos para que pudesse tornar-se o próximo chefe da família. Nathan White — filho único de uma das linhagens da enorme família White — desde pequeno, considerava toda aquela doutrinação um verdadeiro fiasco e infelizmente estava fadado à este destino que não era seu.

Em sua infância, sempre arranjava um jeito de fugir das suas obrigações, assistindo sempre suas aulas pela metade e sempre enchendo seus professores com desculpas para que o mesmo pudesse escapar para o mais longe que conseguisse. O seu lugar preferido para suas escapadas era o jardim, local onde podia conversar e brincar horas a fio com os Pokémon que viviam naquele local, aprendendo a amar os Pokémon daquele tipo. Mesmo sendo jovem, sabia que não poderia correr de seu destino que em algum momento ele viria para si.

As pressões que seus pais colocavam em si na sua adolescência acarretaram uma grande marca em sua personalidade, ao quinze anos, os seus pais isolaram-no totalmente do resto da família, sendo obrigado a passar dias e noites trancado em seu quarto estudando. A única companhia que sempre teve foi um pequeno Cottonee de seus pais, na qual estava ali apenas para vigiar o garoto caso o mesmo fugisse. As longas horas presos a livros transformou-o em uma pessoa introvertida e antissocial. Aos poucos, o garoto tornou-se uma pessoa totalmente fechada e inalcançável: uma porta fechada na qual ninguém era capaz de abrir. Neste tempo, ele até mesmo pensou em tirar sua própria vida, pois estava abominava totalmente a ideia de que alguém estava decidindo o que ele deveria ser. Em uma noite, ele fugiu: correu como nunca pôde e apenas pensava em libertar-se daquele fardo.  

Com apenas uma mochila cheia de peças de roupas, Nathan embarcou no primeiro barco que viu no porto da cidade mais próxima. Pensou em voltar várias vezes, mas sabia que nunca encontraria sua paz interior naquele lugar. Para os White, Nathan havia sido deserdado, considerado um verdadeiro covarde, mas Nathan não estava nem aí. Ele sabia que ele era um verdadeiro covarde. Abordo de um navio que partia direto para a cidade de Slateport, Nathan estava em busca do seu verdadeiro eu, estava em uma jornada de autoconhecimento.