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Sckar, parabéns pelo seu post introdutório. Demorou para sair mas valeu a pena, ficou muito bom! ^^
Acho que o roteiro ficou muito legal e vai dar para fazer algo bem legal! Espero que o improviso que eu trouxe pro Blake e pros pokémons dele deem um clima divertido para a peça. Acredito eu que um alívio cômico sempre é bem-vindo. Espero que não se importem com a narração que eu fiz da reação do público, mas achei que foi essencial para o roleplay.
Assim que recebemos o roteiro, eu achei a ideia muito bem feita. O roteiro tinha diversas brechas para improvisação, algo que eu não sabia se eu seria tão bom em fazer, mas talvez a prática pudesse me ajudar. Porém, logo que fomos encaminhados para colocar o figurino, a maquiagem e derivados, a ficha começou a bater. Fiquei um pouco nervoso. Ainda mais ao olhar meu figurino: fiquei com parte do meu peitoral de fora, além de uma âncora no pescoço.
- Eu estou ridículo! - Desabafei em voz baixa, mas a maquiadora ouviu e pareceu um pouco magoada comigo. Simplesmente corei e pedi desculpas.
Logo me reencontrei com Tyrant e o figurino dele estava muito melhor que o meu. Felizmente ele seria meu elenco de apoio, então talvez fosse uma boa ideia eu dar um pouco de destaque para ele durante a peça. Ele parecia animado com a peça e estava um pouco nervoso. Eu me sentia de forma parecida: frio de barriga acompanhado de uma tremedeira.
- Eu acho que a peça vai ser um sucesso! O roteiro é ótimo! Sei que teremos momentos de destaque, mas eu sinceramente preferia ficar como elenco de apoio a maior parte da peça. - Percebi que parecia desmerecer nossos papéis por um instante, mas logo disfarcei. Desculpa, estou um nervoso e falando coisas sem sentido. Deve ser insegurança de iniciante.
Logo soltei meus pokémons aquáticos de suas pokébolas e peguei o pequeno Chinchou em meu colo, enquanto Yuffie e Blastoise me acompanhavam ao meu lado. No backstage Slugma permanecia fora de sua pokébola cuidando bem dos meus ovos de pokémon, que provavelmente chocariam em breve.
Na coxia pudemos assistir a introdução da peça. Os atores que faziam os warlords de nossos reinos eram ótimos profissionais e cativaram o público com maestria. O ator que atuava como Motochika inclusive chegou a recitar uma bela canção que Blake não conseguiu definir se havia sido improvisada ou não de tão bem executada que foi a atuação.
Finalmente havia chegado a deixa de Tyrant e Blake. O jovem que atuava como habitante do reino fantasma foi o primeiro a entrar e logo apresentou-se. A atuação dele foi ótima, criando inclusive um nome medieval para si. McBride não havia pensado nisso! Precisaria criar um nome para si! Assim que o Ranger terminou sua apresentação, havia chegado a hora da entrada do criador.
O treinador entrou correndo, um pouco apressado, dando a entender que havia chegado com urgência devido ao chamado de seu Warlord. O que Blake não contava era que Blastoise iria segui-lo em sua entrada. Quando o treinador parou e se curvou diante de seu Warlord de forma brusca, o Blastoise não conseguiu frear seu passo e esbarrou em seu treinador jogando-o longe junto de seu Chinchou.
O público provavelmente não percebeu que aquele tombo havia sido um acidente, pois vários caíram na gargalhada. Constrangido, Blake simplesmente retornou para sua posição e começou a falar com Motochika.
- P-p-peço p-perdão p-pela de-demora se-senhor Motochika! Vim o mais rápido que pude! - Disse Blake, ficando mais nervoso ainda ao perceber que estava gaguejando. - E-e-eu so-sou... erm...
No momento de dizer um nome para seu personagem, Blake teve um grande branco. Os três pokémons do treinador já estavam em pânico após o tombo do treinador, então ficaram mais assustados ainda. Numa tentativa desesperada de ajudá-lo, Chinchou então usou um golpe elétrico contra o próprio dono. Mais uma vez, o público não sabia que aquilo era um acidente e simplesmente ria. Blake então acabou percebendo que acabou se tornando um personagem cômico. Já que era para passar vergonha, começou a falar besteiras sem pensar e torceu para que convencesse o público.
- Me chamo Akio, o filho do outono! Nascido, criado e treinado no belíssimo reino de Fontaine, sempre fiél ao senhor Motochika. Fico de coração partido ao saber o que aconteceu com a belíssima Akira. - Ao dizer a palavra belíssima, McBride usou certa malícia em sua voz. Logo tentou se corrigir para os dois Warlords, tentando trazer um clima cômico em sua fala. - Peço desculpas se soei ofensivo, Motochika. Até porque a senhorita Akira é de fato uma belíssima jovem, mas não se compara com a senhora Nohime! O reino Spectra é abençoado! - Akio então beijou a mão da Warlord do reino fantasma.- Sinto que deveria visitar seu reino um dia. Provavelmente encontrarei uma bela esposa por lá.
O jovem logo percebeu que havia se entregado demais ao seu personagem. Nem sabia mais como o público estava reagindo as suas falas. De qualquer forma, havia traçado o perfil de seu personagem: não só era um ser atrapalhado como também era levemente safado. Decidiu então encerrar sua fala e deixar a peça prosseguir.
- Peço desculpas, acredito que falei demais. Será uma honra seguir suas ordens, senhor Motochika, seja lá quais elas forem.