"The snow glows white..."

Caminhou e caminhou sem muitos rumos era interessante, Azuli pode perceber o quanto Littleroot era diminuta, mas fazer sempre a mesma coisa a deixava com um certo tédio... Era somente ruas, asfalto, entradas para florestas, algumas casas e lojas fechadas ou que não despertavam o interesse comercial da garota. Ela estava atrás de pessoas, de pokémon... De qualquer coisa, mas nada chamava a atenção da jovem menina de madeixas morenas. Já estava cogitando em desistir, ir para o Centro Pokémon e passar a sua estadia lá para só assim partir em direção para um desafio maior na Rota 101, contudo ao passar por um bocado de lojas que ainda estavam abertas um dos responsáveis por um daqueles estabelecimentos comentou algo que chamou bastante a atenção da jovem: "O que é aquilo no céu?" A imaginação da menina foi a mil, seria um pássaro? seria um avião? seria o Ty voando com a roupa do Superman?
Independentemente do que poderia ser, a esperança da menina se acendeu e ela olhou para o céu enquanto perguntava aos comerciantes sobre algumas instruções: - Opa, desculpe me meter na conversa que não fui chamada, mas não deixei de escutá-los comentar de que há pokémon voadores por aqui. Podem me indicar a direção deles? E assim Azuli tirava os olhos do alto e fitava os comerciantes, para voltar a falar: - Será útil para todos, como treinadora estou super afim de capturá-los e vocês de que eles sumam... E os olhos da menina brilhavam, esperando que eles a ajudassem. Mediante a resposta das pessoas ali presente ou se aquilo no céu fosse algum pokémon ou algo tão interessante quanto, ela iria partir na direção em que sua atenção fosse chamada.

Não demorou muito até que Azuli conseguiu chegar ao objetivo e lá estava todo o problema: Havia um pequeno pássaro debilitado com uma pequena bolsa, o mesmo mal conseguia se por em pé, e no momento em que a viu, lembrou-se novamente dos conselhos de seu avô e da Pokédex que recebeu de presente do Professor Birch. Prontamente, pegou com a outra mão, já que a sua esquerda estava ocupada com a pokébola de Ignis e apontou o Scanner para o pássaro a sua frente e em pouco tempo aquele aparelho dava as informações necessárias sobre tal espécie. Enquanto estava ocupada com a pokédex, os sons de outros seres de mesma espécie avançaram contra o pequenino e sem dó alguma, os monstrinhos começaram a bicá-los. Azuli se irritava, aquilo a fazia lembrar-se de casa, de seus colegas de Shamouti em que realizavam grupos sociais e desprezavam todo mundo que tentasse chegar perto deles, como um bando de metidos a besta. A menina nativa do Arquipélago Laranja não iria deixar aquele pequenino impune, ela tinha que agir e fazer algo. Ao primeiro impulso, veio a vontade de libertar Ignis, mas este ainda não conhecia nenhum golpe realmente ameaçador... Porém, ela podia improvisar, guardou a PokéDex, procurou por alguma pedra por ali por perto, mas caso não achasse, usaria um bocado de terra para lançar na direção daqueles pássaros e tentando manter a mais forte pose de durona, ela gritava com aquele bando de pokémon metidos a besta: - Escutem aqui, acho bom vocês deixarem este Taillow em paz, não quero ser obrigada a utilizar meu poderoso pokémon para acabar com todos vocês! E ela gritava para chamar a atenção dos monstrinhos, com a mão que estava a pokébola de Ignis, apertaria o botão central para fazê-la crescer e dar mais veracidade as ameaças e assim esperava espantá-los.

O pokémon caído era um Taillow segundo informado pela Pokédex. Na tentativa de amedrontar outros Tailows que atacavam o ferido, Azuli tentou intimidá-los com sua pokébola, eles pararam e olharam para ela, mas a ideia não deu certo, pois voltaram a bicá-lo. A novata não conseguiu fazer com que a briga parasse, pelo menos de início, alguns pararam de atacar o pobre pokémon caído e se viraram olhando fixamente para Azuli, já dava para notar o que estava para acontecer, voaram em direção à garota e começaram a atacá-la também.

Ela estava sem outra solução a não ser se proteger, mas novamente não teve tempo para uma reação, na verdade ela nem precisou, algo que parecia se um raio acertou o chão na lateral de onde o grupo de pássaros atacavam a andorinha caída espantando as que maltratavam ave e garota. Azuli olhou para os lados, mas não encontrou nada, apenas casas, pelo menos agora estaria livre para talvez levar aquele Taillow para receber tratamento.