"A cidade de raízes pequenas."
Era o entardecer de um dia de inverno, Azuli atravessou na maior velocidade que o transporte rodoviário podia uma boa parte do continente de Hoenn para conquistar o seu primeiro pokémon: um jovem Charmander Macho e agora estava mais do que preparada para conhecer o continente de verdade e não por trás de uma janelinha de ônibus e o primeiro passo para a Rota 101 a menina preferiu não arriscar, afinal, estava escurecendo e o frio apertando de tal maneira que Azuli providenciou em vestir-se com um casaco mais grosso e um cachecol.
Roupas de Inverno :
Com o corpo mais aquecido por mais duas camadas de tecido, Azuli esfregou a sua mão e soltou aquela "fumaça" típica dos climas gelados e sorria, o clima era bem diferente do "quase sempre tropical ensolarado" da Ilha Shamouti e isso a empolgava, quem sabe pudesse ver neve pela primeira vez... Percebendo que estava parada muito tempo em um só local e o frio apertando pela falta da movimentação do corpo, Azuli colocou de volta a mochila que estava apoiada em seus pés nas costas e começou a caminhar sem muitos rumos pela cidade, olhava ao redor reparando na arquitetura das casas do local, o asfalto da rua, andou até chegar na marquise de uma loja fechada e ali libertou o seu pokémon inicial da Pokéball.
Charmander :
A esfera ao abrir-se liberava um brilho branco com algumas fagulha chamas que davam a forma de um lagarto de olhos azuis, a barriga amarelada e o corpo até a cauda laranja com uma chama que tremeluzia em conjunto da respiração tranquila do pequeno, quando este teve contato com a sua treinadora, não hesitou em "falar": - Char... mander ? O lagarto pronunciava em forma de pergunta e Azuli, sem entender nada do que ele falou, abaixou-se mais ou menos na altura dele, um hábito do qual fazia com os seus primos menores em Shamouti e falou: - Oi! Tudo bom? E ela deu uma pequena pausa esperando uma "resposta", mas ela sabia que era algo retórico e apenas continuou: - Meu nome é Azuli e sou a sua treinadora, tudo bem? O lagarto voltava a pronunciar o seu próprio nome e Azuli sorria, seja lá o que ele respondera, pelo menos o pokémon estava atendendo aos seus comandos, o que era principal para uma futura batalha. Falando em batalhas, no momento em que pensava nelas, veio as falas do Birch sobre o uso da Pokédex para conhecer as informações dos pokémon e a menina aprontou de pegar o aparelho e totalmente sem jeito de como usar aquela "budega", apontou o scanner para o mesmo e começou a cutucar cada um dos botões até achar um que mostrava as características daquele ser e os golpes aprendidos: Scrath e Growl. - Arranhões e rosnados, será que vai demorar muito para conseguir usar fogo? Ela falava olhando para a pokédex e depois fitava o pokémon e depois focava o fogo na cauda: Seria possível usar aquela cauda para golpear com chamas? A imagem veio a mente de Azuli e era riu, por fim ela voltava ao lagarto e falava: - Bom, agora que sei tudo de você, acho prudente te dar um nome, afinal, as coisas mais importante para nós tem um nome... E a menina parou um momento para pensar e ao vir o nome na mente, ela sorriu e voltou a dar a atenção para o pokémon: - Charmander, a partir de hoje terá o nome de Ignis! E o pokémon respondia em sua própria língua. Ao terminar aquela interação inicial com o pokémon, olhou para o céu para ter uma noção do horário e ao ver que ainda estava claro, voltou a olhar para o Charmander. - Ignis, vamos ver se encontramos alguma coisa para nos testar, venha volte agora. E a menina apontou a pokébola e recolheu aquele pokémon e depois de guardá-lo preso a um cinto por baixo do casaco, voltou a andar pela cidade a procura de um outro treinador iniciante, ou quem sabe um pokémon selvagem, embora ela soubesse que era meio impróprio de se encontrá-los e um local urbano.