#001 - NOVOS CAMINHOS
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#001 - NOVOS CAMINHOS
001 - NOVOS CAMINHOS Silently, one by one, in the infinite meadows of heaven, Blossomed the lovely stars, the forget-me-nots of the angels. |
Sieg piscou uma, duas vezes.
O sol forte lhe banhava o corpo mirrado, abraçando e envolvendo a pele alva como uma coberta feita de doces sonhos. Era um dia bonito e, em sua opinião, perfeito para se tirar uma longa soneca encostado contra o tronco de sua árvore favorita, um pouco afastada de casa. Poucas nuvens rondavam o céu, assumindo uma miríade sem fim de formas e de tamanhos variados, cada uma contando sua própria estória como enormes constelações feitas de algodão doce, branco e macio. De rabo de olho, jurou ter visto uma que muito se assemelhava a um enorme dragão, com a bocarra aberta e as asas esticadas, pronto para alçar voo pelos céus. Ou talvez fosse apenas a sua imaginação fértil, temperada pelas histórias dos mil e um livros que lhe faziam companhia todos os dias.
Talvez, talvez. Quem sabe?
Ele sorriu um sorriso de garoto, de criança. Seus lábios rosados se esticaram e os olhos cor-de-âmbar brilharam. Era um bom dia, contemplou, as mãozinhas pequenas e calejadas de tanto cuidar das plantas no jardim se mexendo em harmonia com seus pensamentos. Estava terminando de plantar algumas flores novas que sua mãe havia comprado no dia anterior, passando-as dos vasinhos para os canteiros bem adubados e finamente cuidados. Iria sair em viagem ainda naquele dia, então queria que tudo estivesse perfeito — uma pequena surpresa para sua mãe, pode-se dizer. Amava-a demais e não tinha palavras para agradecê-la por todos os anos de sua vida gastos lhe criando, mesmo sem a ajuda de um pai há muito ausente.
— Está feito — sussurrou, satisfeito consigo mesmo, quando terminou o trabalho duro, porém recompensador. O sol já havia sido encoberto por uma enorme nuvem, desta vez vagamente parecida com uma tartaruga, dando-lhe um descanso de seus raios de luz intensos.
— Você vai se atrasar, Sieg. O professor é um homem muito ocupado, não seria bom deixa-lo esperando por muito tempo — da porta, sorrindo ao ver o filho atarefado com o jardim da casa, Sarah disse. E aos seus pés, latindo com a animação jovial que só a infância poderia proporcionar, um filhotinho de Vulpix se agitava, balançando as pequenas caudas ao ver o garoto ajoelhado no gramado.
Era o mascote da família, muito amado por ambos e um dos pokémons mais doces e amáveis que Sieg já tivera o prazer de conhecer.
— Eu sei, mamãe. Só estava dando os retoques finais no jardim antes de ir embora. Você vai tomar conta dele e do Bryn pra mim, não vai? — o menino de cabelo azulado riu, acariciando a cabeça da pequena Vulpix com um carinho visível em seus olhos. Ele deixou que a raposa lhe lambesse os dedos, erguendo-se logo em seguida para dar um abraço apertado e carinhoso na mãe. — Eu agradeço por você ter me deixado ir, mãe. Eu estarei de volta antes que a senhora perceba.
— Não tenha pressa, meu amor. Você ainda tem muitas aventuras para viver, assim como sua mãe fez quando tinha a sua idade — com um beijo delicado no topo da cabeça de Sieg, ela o entregou uma mochila com alguns pertences úteis para a viagem, fazendo um gesto de “chispa” com as mãos. — Agora vá, antes que eu mude de ideia, sim? Se divirta e não volte pra casa cedo demais. Sua mãe sabe se cuidar.
— Sim, senhora — havia um sorriso doce nos lábios do garoto, tão brilhante que nem mesmo o mais cintilante dos raios de sol poderia obscurece-lo.
O laboratório do professor era convenientemente próximo de sua casa. Apenas algumas ruas de distância, na verdade. Como Littleroot se tratava de uma pequena cidadezinha, não era de se estranhar que Sieg conhecesse grande parte da cidade, já tendo passado perto do laboratório por inúmeras vezes, inclusive, enquanto procurava um lugar de descanso novo para ler seus livros. Falando neles, havia deixado a grande maioria para trás — o peso extra só seria um empecilho. Apenas um ou dois, aqueles que ainda não tinha lido e que poderiam ser interessantes é que estavam guardados dentro da mochila. Não sabia se teria tempo para descansar e ler, mas esperava que sim.
Embora um novo mundo de aventuras o esperasse, seu objetivo nunca fora se tornar o maior dos mestres Pokémon, ou mesmo um treinador com parceiros poderosos e imbatíveis. Tudo o que queria era descobrir lugares e coisas novas, pokémons novos. E, principalmente, estreitar seus laços de amizade com os monstrinhos.
— Bom dia, Professor. Eu sinto muito se deixei o senhor esperando, mas estou aqui para obter meu parceiro. Estou atrasado? — O menino perguntou, tão logo chegou próximo do laboratório. O professor responsável estava saindo do edifício momentos antes de Sieg se aproximar, uma bolsa de couro marrom pendurada sobre a cintura.
Birch, como sabia ser o nome do homem, lhe abriu um sorriso assim que o avistou. Conhecia-o de passagem e as vezes trocava uma ou duas palavras com ele, enquanto caminhava pela cidade.
— Sieg, não é? Não, não está atrasado, meu garoto. Na verdade, chegou bem na hora. Eu já ia sair para dar uma volta pelos arredores da cidade e provavelmente demoraria algumas horas para retornar, então é oportuno que tenhamos nos encontrado agora, hum?
Ainda sorrindo, o professor ajeitou a bolsa que carregava, abrindo-a e mostrando seu conteúdo para o garoto. Dentro, três pokébolas avermelhadas, o modelo padrão, brilhavam sob o sol. — Nessas três pokébolas estão os iniciais que você pode vir a escolher. Da esquerda para a direita eles são: Torchic, Treecko e Mudkip.
Sieg conhecia um pouco sobre os três iniciais de Hoenn, dados pelo professor para os aspirantes a treinador, mas não muito. Sabia de seus tipos iniciais e como se pareciam e, enquanto caminhava até o laboratório, havia pensado seriamente em qual dos três escolheria.
— Eu escolho o Torchic, professor — disse, encarando a pokébola mais à esquerda com um olhar expectante. Dentro dela, estava o seu novo parceiro.
— O Torchic, hein? Ele é um bom Pokémon, garoto e espero que vocês possam formar uma boa dupla, juntos — disse Birch, pegando a pokébola e a entregando para Sieg. Junto dela, deu-lhe uma pokedex e alguns itens úteis, mas comuns, que todos os treinadores iniciantes costumavam receber no início de suas jornadas. — Espero que essa pokedex esteja cheia, na próxima vez que você voltar pra casa. — Ele brincou. Em seguida, se despediu e saiu em direção às bordas da cidade.
Sieg olhou fixamente para pokébola reluzente em suas mãos, ansioso. Não sabia o que esperar do futuro, mas não tinha dúvidas que de sua jornada só havia acabado de começar.
O sol forte lhe banhava o corpo mirrado, abraçando e envolvendo a pele alva como uma coberta feita de doces sonhos. Era um dia bonito e, em sua opinião, perfeito para se tirar uma longa soneca encostado contra o tronco de sua árvore favorita, um pouco afastada de casa. Poucas nuvens rondavam o céu, assumindo uma miríade sem fim de formas e de tamanhos variados, cada uma contando sua própria estória como enormes constelações feitas de algodão doce, branco e macio. De rabo de olho, jurou ter visto uma que muito se assemelhava a um enorme dragão, com a bocarra aberta e as asas esticadas, pronto para alçar voo pelos céus. Ou talvez fosse apenas a sua imaginação fértil, temperada pelas histórias dos mil e um livros que lhe faziam companhia todos os dias.
Talvez, talvez. Quem sabe?
Ele sorriu um sorriso de garoto, de criança. Seus lábios rosados se esticaram e os olhos cor-de-âmbar brilharam. Era um bom dia, contemplou, as mãozinhas pequenas e calejadas de tanto cuidar das plantas no jardim se mexendo em harmonia com seus pensamentos. Estava terminando de plantar algumas flores novas que sua mãe havia comprado no dia anterior, passando-as dos vasinhos para os canteiros bem adubados e finamente cuidados. Iria sair em viagem ainda naquele dia, então queria que tudo estivesse perfeito — uma pequena surpresa para sua mãe, pode-se dizer. Amava-a demais e não tinha palavras para agradecê-la por todos os anos de sua vida gastos lhe criando, mesmo sem a ajuda de um pai há muito ausente.
— Está feito — sussurrou, satisfeito consigo mesmo, quando terminou o trabalho duro, porém recompensador. O sol já havia sido encoberto por uma enorme nuvem, desta vez vagamente parecida com uma tartaruga, dando-lhe um descanso de seus raios de luz intensos.
— Você vai se atrasar, Sieg. O professor é um homem muito ocupado, não seria bom deixa-lo esperando por muito tempo — da porta, sorrindo ao ver o filho atarefado com o jardim da casa, Sarah disse. E aos seus pés, latindo com a animação jovial que só a infância poderia proporcionar, um filhotinho de Vulpix se agitava, balançando as pequenas caudas ao ver o garoto ajoelhado no gramado.
Era o mascote da família, muito amado por ambos e um dos pokémons mais doces e amáveis que Sieg já tivera o prazer de conhecer.
— Eu sei, mamãe. Só estava dando os retoques finais no jardim antes de ir embora. Você vai tomar conta dele e do Bryn pra mim, não vai? — o menino de cabelo azulado riu, acariciando a cabeça da pequena Vulpix com um carinho visível em seus olhos. Ele deixou que a raposa lhe lambesse os dedos, erguendo-se logo em seguida para dar um abraço apertado e carinhoso na mãe. — Eu agradeço por você ter me deixado ir, mãe. Eu estarei de volta antes que a senhora perceba.
— Não tenha pressa, meu amor. Você ainda tem muitas aventuras para viver, assim como sua mãe fez quando tinha a sua idade — com um beijo delicado no topo da cabeça de Sieg, ela o entregou uma mochila com alguns pertences úteis para a viagem, fazendo um gesto de “chispa” com as mãos. — Agora vá, antes que eu mude de ideia, sim? Se divirta e não volte pra casa cedo demais. Sua mãe sabe se cuidar.
— Sim, senhora — havia um sorriso doce nos lábios do garoto, tão brilhante que nem mesmo o mais cintilante dos raios de sol poderia obscurece-lo.
O laboratório do professor era convenientemente próximo de sua casa. Apenas algumas ruas de distância, na verdade. Como Littleroot se tratava de uma pequena cidadezinha, não era de se estranhar que Sieg conhecesse grande parte da cidade, já tendo passado perto do laboratório por inúmeras vezes, inclusive, enquanto procurava um lugar de descanso novo para ler seus livros. Falando neles, havia deixado a grande maioria para trás — o peso extra só seria um empecilho. Apenas um ou dois, aqueles que ainda não tinha lido e que poderiam ser interessantes é que estavam guardados dentro da mochila. Não sabia se teria tempo para descansar e ler, mas esperava que sim.
Embora um novo mundo de aventuras o esperasse, seu objetivo nunca fora se tornar o maior dos mestres Pokémon, ou mesmo um treinador com parceiros poderosos e imbatíveis. Tudo o que queria era descobrir lugares e coisas novas, pokémons novos. E, principalmente, estreitar seus laços de amizade com os monstrinhos.
— Bom dia, Professor. Eu sinto muito se deixei o senhor esperando, mas estou aqui para obter meu parceiro. Estou atrasado? — O menino perguntou, tão logo chegou próximo do laboratório. O professor responsável estava saindo do edifício momentos antes de Sieg se aproximar, uma bolsa de couro marrom pendurada sobre a cintura.
Birch, como sabia ser o nome do homem, lhe abriu um sorriso assim que o avistou. Conhecia-o de passagem e as vezes trocava uma ou duas palavras com ele, enquanto caminhava pela cidade.
— Sieg, não é? Não, não está atrasado, meu garoto. Na verdade, chegou bem na hora. Eu já ia sair para dar uma volta pelos arredores da cidade e provavelmente demoraria algumas horas para retornar, então é oportuno que tenhamos nos encontrado agora, hum?
Ainda sorrindo, o professor ajeitou a bolsa que carregava, abrindo-a e mostrando seu conteúdo para o garoto. Dentro, três pokébolas avermelhadas, o modelo padrão, brilhavam sob o sol. — Nessas três pokébolas estão os iniciais que você pode vir a escolher. Da esquerda para a direita eles são: Torchic, Treecko e Mudkip.
Sieg conhecia um pouco sobre os três iniciais de Hoenn, dados pelo professor para os aspirantes a treinador, mas não muito. Sabia de seus tipos iniciais e como se pareciam e, enquanto caminhava até o laboratório, havia pensado seriamente em qual dos três escolheria.
— Eu escolho o Torchic, professor — disse, encarando a pokébola mais à esquerda com um olhar expectante. Dentro dela, estava o seu novo parceiro.
— O Torchic, hein? Ele é um bom Pokémon, garoto e espero que vocês possam formar uma boa dupla, juntos — disse Birch, pegando a pokébola e a entregando para Sieg. Junto dela, deu-lhe uma pokedex e alguns itens úteis, mas comuns, que todos os treinadores iniciantes costumavam receber no início de suas jornadas. — Espero que essa pokedex esteja cheia, na próxima vez que você voltar pra casa. — Ele brincou. Em seguida, se despediu e saiu em direção às bordas da cidade.
Sieg olhou fixamente para pokébola reluzente em suas mãos, ansioso. Não sabia o que esperar do futuro, mas não tinha dúvidas que de sua jornada só havia acabado de começar.
Erebus- Treinador
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Re: #001 - NOVOS CAMINHOS
Perfil atualizado e inicial entregue.
Fique a vontade para postar sua rota em Littleroot ou proximidades. Boa jornada!
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Artie- Especialista Water I
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