XVIII - Arestas

Aro Chris, serei o seu narrador nessa rota, espero que se divirta. Percebi que você falou do treinamento do Earthquake, o Swinub já havia praticado ele em alguma rota? Se sim, favor colocar em Off junto da pagina, para que eu possa dar uma lida para continuar a partir de onde ele terminou
~Fazendo as alterações, pode levar um tempo até eu terminar

Após sair de um evento desgastante como o Battle Pike, Chris resolvia optar por um treino para se preparar para uma competição promovida pela sociedade em que fazia parte. Entretanto, alguns ajustes eram necessários para que seu treinamento pudesse correr bem e isso envolvia fazer alterações em sua equipe. Além disso, o garoto planejava chocar dois parceiros nesse processo.

Quando terminou de fazer as alterações, procurou algum lugar para começar a primeira etapa do seu treino. Graças a uma dica vinda da Enfermeira Joy, Chris foi encaminhado à arena do Centro Pokémon, onde poucos treinadores buscavam o mesmo que o mocinho.

O primeira a receber ordens foi Flu, seu Swinub, que deveria dominar um movimento terrestre de grande magnitude. Entretanto, o porquinho parecia perdido em relação ao que fazer, seu tamanho ainda era minúsculo para provocar um tremor forte como o Earthquake. O treinador precisaria ser mais paciente com a sua situação, visto que mesmo após algumas tentativas por parte de Flu, nada havia acontecido. Talvez fosse nervosismo?

Por outro lado, Volcano jazia paciente e controlado ao lado de seu treinador, esperando alguma coisa acontecer para iniciar o seu treinamento... Seria uma boa ideia as suas ações dependerem do porquinho para acontecer? O que Chris faria para contornar essa situação?

No problem, demore o tempo que precisar. Entendido então...

O porquinho começou a se acalmar com a explicação de Chris, ouvindo a sua explicação e tentando assimilar o que lhe fora dito com muito esforço em suas ações. O Swinub resolveu tentar um experimento, cheirando o solo e se concentrando nos movimentos sentidos através dele. Entretanto, mesmo sentido os passos e as vibrações dos diversos seres vivos que por ali passavam, não conseguia invocar nada parecido com um tremor e não havia qualquer indícios de qualquer movimentação proveniente da terra. Earthquake era um movimento complicado de ser aprendido e de grande magnitude para Flu executar sem ter passado por muitas tentativas.

Com a mudança de estratégia vinda por parte do seu treinador, o Charizard parecia mais confiante com a sua atuação naquele treino. Primeiro, Volcano abriu suas asas recém adquiridas e tentou alçar voo. Entretanto, pela mudança em seu corpo ser recente, o dragão havia demorado muito mais para executar o movimento do que o esperado.

O cronômetro já marcava 2:35 minutos quando a criatura alada conseguia executar um voo, ainda instável. O Charizard também não conseguia ir muito longe, apenas alguns poucos metros acima do solo, uma distância razoável até, mas nada excepcional e facilmente superado por outras aves. Para descer, o inicial de Chris também mostrava dificuldades, afinal aquele era o seu primeiro voo e tudo era novidade. Quando Volcano finalmente tocou o solo, o cronômetro exibia 9:54 minutos. O treinador estava diante de um verdadeiro desafio em dominar duas técnicas poderosas, uma sendo bruta e outra que demandava agilidade e delicadeza.

O Swinub novamente parava o que estava fazendo para ouvir os conselhos do seu treinador. Com uma expressão ligeiramente mais confiante, o porquinho volta para a posição de onde estava e leva o seu corpo para mais perto do chão, ficando quase deitado por cima dele. A cena era bastante fofa até, mas poderia significar um mal entendimento por parte de Flu com a parte de se tornar “um” com a terra.

Para a sorte de Chris, não era por isso que o terrestre estava tentando fazer. Flu conseguia ouvir melhor as vibrações daquele jeito, e o calor proveniente do solo o confortava, restaurando seus ânimos para continuar o treino. O porquinho logo conseguia se conectar com sua parte Ground e olhava para o seu treinador, esperando novas instruções.

O garoto havia percebido a dificuldade do seu parceiro para alçar voo, então precisou dividir o seu treino por partes. A paciência de Chris agradou Volcano, que havia identificado a alternativa como a melhor maneira de progredir.

Com menos dificuldade, o Charizard batia suas asas e alçava voo. A tarefa mais difícil ali presente seria como estabilizar o seu voo, para depois otimiza-lo. Volcano estava aos poucos dominando o seu próprio corpo, mas bastava algumas rajadas fortes de vento para desestabiliza-lo. O dragão estava se esforçando para continuar voando e até conseguia superar o tempo mantido no alto. Um pouco mais de tempo seria necessário para o dracônico pegar o jeito.

Com uma parte do aprendizado dominada por Flu, Chris precisava orienta-lo em como fazer o chão tremer. O Swinub estava motivado, o tempo que passou próximo ao calor do solo foi o suficiente para deixa-lo à vontade com o aprendizado da técnica. Entretanto, o porquinho ainda não tinha ideia por onde começar, o que rendeu um tempo de reflexão por parte do Pokémon.

Quando finalmente o filhote de mamute conseguiu pensar em alguma coisa, resolveu tentar executar o movimento. Primeiro, ele deitou por cima da terra novamente para ouvir as vibrações e em seguida pisou com sua patinha minúscula, totalmente coberta pelos seus pelos, no chão. A ideia era boa, porém não havia provocado tremor algum. Entretanto, se Chris observasse com atenção, veria que um pouco da terra onde Flu havia pisado se deslocou.

Enquanto isso, Volcano continuava praticando e se confortando com os seus voos. Com manobras mais precisas em movimento e com uma resistência melhor no ar, o Charizard finalmente conseguia dominar suas asas de uma forma básica. Ainda não seria capaz de fazer coisas incríveis, mas já conseguia voar igual os demais Pokémon de sua espécie.

O dragão conseguia ir cada vez mais alto, mas havia um limite para ele, assim como para outros Charizards. Caso o dracônico fosse além do que suportava, teria dificuldades para treinar, uma vez que o ar rarefeito dificultava o aparecimento de suas chamas.

Chris logo observou que o deslocamento de terra era o início do aprendizado do Earthquake, portanto incentivou o seu porquinho à persistir com o treino e o passou mais algumas instruções de como poderia executar o golpe Ground Type. Flu encarava o seu treinador com certa curiosidade à respeito de como um salto poderia funcionar, mas resolveu tentar.

Primeiro o Swinub tomou distância de onde estava praticando e concentrou o máximo de força que conseguia acumular em suas patinhas curtas. Em seguida, Flu correu em direção à onde havia deslocado a pequena quantidade de terra, com sua velocidade limitada. Finalmente ele saltou, alcançando poucos centímetros de distância com o chão, e usou a força do impacto para ajuda-lo na execução de uma tentativa. Como resultado, obtivera uma vibração pequena, semelhante à de um objeto pesado caindo, isso já animava o pequeno, mas era necessário um pouco mais de suas capacidades físicas para se aproximar do Earthquake.

Volcano por sua vez, esperava os comandos de Chris para continuar com o seu treino de velocidade. Com as instruções que seu treinador lhe passou, o dracônico alçava voo até o limite estabelecido pela sua espécie, uma vez que em determinado ponto, suas chamas seriam impedidas de se formar. Em seguida, o Charizard voltava em um mergulho, com a velocidade média dos voadores, com certeza não era nenhuma Unfezant da vida, mas era o possível para Volcano. Antes de tocar o solo, o dracônico freava e fazia uma aterrissagem segura. O cronômetro do garoto marcava 8:30 minutos, considerando a altura atingida pelo Charizard, já era um avanço em suas técnicas de decolagem.