[RPG OFF] Contos de uma treinadora...

Com tudo combinado e respondendo com um aceno de cabeça para o comentário da enfermeira Joy, logo decidi sair também do centro pokemon, para tentar comprar uns dois ou três antidotes, antes de voltar para também me arrumar para ir nesse café. Também iria aproveitar esse momento para ver um pouco da cidade, mas só o caminho até a loja e depois de volta para o centro pokemon, já que eu não queria correr o risco de me distrair e acabar perdendo o horário.

Assim que voltasse eu iria direto para o quarto, para tentar me arrumar direito, já que aquele café era popular entre os treinadores, não iria querer aparecer lá bagunçada ou vestida de qualquer jeito.

A menina deixava o Pokémon Center com uma mini agenda em sua cabeça. Aquele fim de tarde já deixava a cidade mais calma. Não era uma grande cidade, mas tinha a fama, pelo o que a menina ouvia nas ruas, de trazer muitos historiadores e pesquisadores da pré-história, em especial para o museu da cidade. Sophia seguia para o Pokémart, não muito longe do Pokémon Center.

O mercado azulado tinha algumas pessoas comprando comida, roupas e até barracas. Ali tinha vários produtos de suma importância tanto para um cidadão de Pewter, como para qualquer treinador. Mas o que Sophia percebia era que os produtos para treinadores eram bem caros. Enquanto uma barra de chocolate custava 5$, o seu visado antidote custava 200$, mesmo preço de uma Pokébola. As coisas estavam bem caras para treinadores e até agora Sophia entendia que para ela a única forma de ganhar dinheiro era vencendo batalhas de Gym, algum evento ou trabalhando (caso achasse um emprego).

Diferente das outras vezes que andei pelas ruas de Pewter, já que agora não estava correndo para salvar ninguém, consegui perceber que aquela cidade era bem mais calma do que tinha imaginado. Me lembrava um pouco Viridian, mas quando passei lá pensei que a calmaria era só por conta que o ginásio da cidade estava fechado, o que me deixava um pouco temerosa que aquele ginásio também não estaria funcionando.

Olhando em volta conseguia ver os prédios cinzentos, que davam o apelido daquela cidade, então não foi difícil ver o mercado, que parecia um ponto azul em meio a toda aquela cidade. O mercado tinha várias coisas interessantes para oferecer, mas não fiquei procurando muito, já que fui direto para a área de medicamentos para pokemon. Nesse momento recebi um balde de água fria ao ver os preços, o que me fez suspirar e ter que me contentar em pegar só um antidote antes de ir para um dos caixas pagar.

Após perceber que os preços dos itens estavam altos, a menina logo pegava apenas um antidote e pagava no caixa, deixando o local. Sophia tinha agora apenas 50$ para poder viver a sua jornada e esperar que algum dia tivesse dias melhores. A treinadora percorria mais uma vez a cidade cinzenta de volta ao Pokémon Center, onde subiu direto para seu quarto, tomou um banho e já se arrumava para descer. Sophia era prática, não demorou muito.

Quando desceu, ainda teve que esperar por 30min o menino treinador de insetos, que parecia uma lady para se arrumar e no fim não tinha nada de especial. Eles caminharam pela já noite Pewter City e com isso a menina viu que a cidade era bem tranquila, uma cidade pequena e com povo bem hospitaleiro. Logo, na esquina da rua avistavam o Café Cabana, como estava escrito em cima. Tinha uma música ambiente agradável e certamente estava cheio. Na verdade, parecer ser o único ponto da cidade após o Gym e o Museu, então não esperavam menos.

Ao entrar, era um ambiente bem agradável, acabamento interno de madeira rústica. Duas garçonetes desfilavam em patins pelo ambiente servindo bebidas, entre cafés e até alguns alcoólicos. Uma das garçonetes tinha o cabeço verde comprido e muito parecida com a de cabelos azuis. Quando eles escolheram a mesa, perceberam que do lado do Café Cabana tinha um extenso retrovisor de vidro que separava o café de um campo de batalha e lá, uma terceira garçonete batalhava com seus cabelos ruivos e usando um Pansear, um Pokémon não típico de Kanto e ela estava ganhando do Pinsir do treinador-cliente...

- Boa noite, bem-vindo ao café Cabana... Já querem fazer o pedido? – dizia a garçonete de cabelos verdes que entregavam o cardápio. Eram cafés, leites, cappuccinos, de gelados a quentes, pãozinhos de queijo, croassing, sanduíches, tinha de tudo. Mas o melhor era: Vença uma batalha e coma uma refeição de graça!

Ainda sentindo a carteira bem mais leve depois de ver todos os preços e de ter comprado o Antidote, acabei passando boa parte do tempo em que fiquei esperando By, pensando quanto tempo mais eu treinaria antes de tentar a sorte desafiando o ginásio de Pewter. Antes que eu pudesse pensar mais sobre isso, By finalmente ficou pronto e nós saímos do centro pokemon, fazendo uma caminhada curta até chegar num dos pontos mais movimentados da cidade, o Café Cabana.

Era um lugar bem legal e movimentado, com duas funcionários de patins conseguindo atender todos, o que me deixava ainda mais impressionada com o lugar. Não demorou muito para conseguirmos um lugar para sentar, mas antes mesmo de abrir o menu, fiquei olhando para um campo de batalha que existia dentro do lugar, onde uma batalha estava acontecendo entre um garoto e o que parecia ser outra atendente do café. Não conseguindo deixar de assistir o fim da batalha, então abri o cardápio e fiquei lendo, desviando o olhar de tempos em tempos de volta para a batalha.

- Aqui é bem legal mesmo. - Comentei com By, evitando um pouco olhar os preços dos pratos, principalmente depois que eu vi a parte que as batalhas eram para tentar ganhar uma refeição de graça. Com isso em mente e ainda olhando para a batalha, quase não vi uma das garçonetes chegar na nossa mesa.

- Boa noite. Eu queria saber sobre essa parte de quem vencer uma batalha da direito a uma refeição grátis, como funciona? - Perguntei, agora deixando de vez a batalha de lado para olhar para a garçonete, curiosa para saber que tipo de batalha seria e se tinha alguma regra especial.

O ambiente agradável, com música baixinha, com uma batalha do lado, parecia reunir tudo que jovens treinadores queriam: comida, batalhas e café! Sophia se sentava na mesa, já olhando o prato principal. A sua atenção era dividida entre o menu em sua mão e a batalha do lado. Pinsir saia correndo com suas presas contra o Pansear, que desviava com facilidade. O Pokémon virava com um golpe certeiro de corte no Pokémon macaco que caia longe. Pinsir, que estava queimado e bem arranhado, ganhava confiança, mas o Pokémon fire ficava vermelho, como se uma energia de fogo, misturado com raiva, explodisse dentro de si.

- Ah, é o seguinte: batalhas simples, as vezes em dupla, às vezes em trio, sem itens, sem trocas. Como tá movimentado, só podemos aceitar no máximo duplas, porque senão os clientes ficam sem atendimentos. – comentava rindo.

Ao passo que ela falava, Sophia observava o Pansear abrir as suas chamas em um jato vermelho de chamas até o corpo de Pinsir, que não resistia aquele ataque e caia no chão.

- Se vencer, terá o nosso Special Cappuccino, com 2 Croissant e uma Torta Surpresa da Noite. Caso perca, só poderá desafiar no próximo dia, mas sem nenhuma outra penalidade. As pessoas aqui adoram as batalhas.

Com a batalha seguindo e logo terminando com a derrota do pokemon inseto, a garçonete explicou como funcionavam as batalhas ali e o que o vencedor recebia no fim. Era realmente muito interessante, ainda mais depois de ver os pratos que ela mencionou no cardápio, me dando fome só de ler a descrição de cada um deles.

- Parece legal. Eu vou querer tentar! By, vamos tentar em dupla? - Perguntei, não conseguindo deixar de esconder a animação. Uma batalha ali poderia ser divertido e também um bom jeito de ver se precisaríamos treinar muito mais ou se já valia a pena tentar arriscar desafiar o ginásio de Pewter.

A opção de batalha deixava não só Sophia animada, como a garçonete. Ao ver a outra de cabelos avermelhados deixar o campo com o treinador derrotada, esta, de cabelos verdes, chamava a outra mais avoada de cabelos azuis para a batalha. Aquilo foi quase que automático: com os patins, ambas lançavam os blocos de notas de pedidos de suas respectivas mesas para a treinadora-garçonete de vermelho e assim conduzia By e Sophia para o campo de batalha. By nem teve tempo de falar muita coisa, parecia que tinha sido jogado nessa história sem escolher muito.
- Vocês sabem, né? O melhor não é vencer ou perder, mas competir. – a menina de cabelos verdes parecia ansiosa com tudo aquilo e para ela a batalha era o ápice da noite. A menina de cabelos azuis era mais calma e menos animada, mas demonstrava, do seu jeito, vontade de entrar no campo. Logo, com todos posicionados, parecia que a batalha iria começar.

- Ah, uma batalha... Estou animada em poder usar meu novo Pokémon, o que você acha, Margaret?

- Vocês duas vençam rápido, porque a casa tá cheia.

O campo estava montado. De um lado, Margareth, a de cabelos verdes, apresentava Maggy, sua irmã de cabelos azuis e lá fora, atendendo os clientes, Mary, de cabelos vermelhos. Como a proposta era uma batalha rápida, as irmãs, como elas assim se apresentavam, sendo trigêmeas, lançavam suas esferas para o alto. Um flash se abria liberando um macaquinho verde, que caia no chão sorrindo muito, enquanto do lado dele abria-se um Squirtle, bem menor do que Sophia lembrava de como eles eram, mas igualmente preparado para a batalha.

off: se não for a hora de dar os comandos, é só ignorar essa parte \o

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- Certo, certo..., mas nós vamos ganhar! - Respondi animada, já puxando By para irmos logo até o campo de batalha. A garçonete que estava nos atendendo ficou tão animada quanto eu para batalhar, enquanto a outra já parecia ver essa parte do trabalho mais como uma obrigação do que uma diversão, mas ainda assim também ia para a batalha. A treinadora do Pansear ficava sozinha para cuidar dos clientes e já falava para acabarem logo com a batalha pra não sobrar todo o trabalho para ela.

Quando chegamos no campo de batalha ele parecia ser bem simples, nada que eu não tinha visto pelo vidro, então o que chamou nossa atenção foram os pokemon que ela usaram, que eu logo tratei de usar a pokedex para ter mais informações (mesmo já conhecendo um pouco o Squirtle, que tinha sido uma das opções oferecidas como inicial em Pallet.)

Pokedex escreveu:

Squirtle


Pokémon Mini Tartaruga
Water

Quando nasce, seu casco é mole, mas logo endurece. Cutucando com o dedo fará os pedaços de seu casco saltar. Ele entra dentro do casco quando se sente ameaçado.



Pansage


Pokémon Macaco de Grama
Grass

Ele mora nas profundezas da floresta. As folhas de sua cabeça são conhecidas por aliviar o stress. É procurado por cozinheiros.

- Vamos lá, Pidgey é com você! - Falei, já lançando a pokeball do meu pokemon. - Pidgey vamos com cuidado, comece com Double Team, se misture entre as cópias e assim que tiver uma chance use Gust no Pansage. - Ordenei, ansiosa para ver como seria aquela batalha e que pokemon By usaria para nos ajudar a ganhar a refeição de graça.

Off: Fique a vontade o/

O campo padrão da liga Pokémon era palco de mais uma das atividades que Sophia adorava fazer: batalhas! A menina estava diante de dois Pokémons, um bastante singular para o trecho Kanto-Johto e outro mais comum, porem que carregava a sua particularidade e raridade. Squirtle parecia bem animado para a batalha, embora seu tamanho fosse de uma bebê squirtle, igualmente Pansage tinha esta animação, mas era claro que o Pokémon Grass era bem mais maduro. No alto, o teto era fechado, com algumas vigas de metal que se estendia cruzando parte do teto para poder sustentar aquela estrutura.

A menina cuidava para invocar Pidgey para a batalha, enquanto do seu lado Kakuna surgia, um guerreiro que Sophia já conhecia, mas que mantinha o desconforto de By, que se julgar ser o rei dos insetos, mas que até então apenas revelou Kakuka como membro de sua equipe.

- Ah, sinto o doce aroma que uma batalha pode causar: Você sente o mesmo, Pansage? – Margareth, de cabelos verdes, começava a se deliciar com seu aroma fictício e Pansage acompanhava, respirando bem fundo e em seguida mudando o olhar para de um símio bem astuto. – Vamos para o alto, Pansage, use suas vinhas como transporte e em seguida, use as vigas como seu habitat natural e acabe com Bullet Seed.
- Squirtle, vamos com o básico: use Tackle.

A batalha estava montada. Enquanto Pidgey se dividia em várias cópias entre si, Pansage usava suas vinhas verdes para se pendurar no ato das vigas de metal próximas ao teto e se puxava. Manter a batalha no nível aéreo não era difícil para o alado de Sophia e suas hordas de clones que se misturavam em campo e logo todas subiam. Squirtle, o inimigo que estava preso no chão, logo tomava impulso e disparava contra ele. Não precisava de ordem para que Kakuka usasse Harden e prevenisse danos maiores, enquanto o Tackle da tartaruga não o fazia mexer no lugar.

- Kakuka, rebata com

O Pokémon casulo mexia-se de alguma forma e conseguia se impulsionar contra o Pokémon a sua frente com um esguicho de seda que envolvia o corpo do Pokémon water. Aos poucos Squirtle se via melado e grudento, o que atrapalharia sua movimentação. Então isso, no céu, Pidgeys voavam enquanto tentavam seguir o macaco de grama, que parecia usar as vigas de metal como seu habitat natural. Assim, ele conseguia se desviar facilmente da presença de quase todos os Pidgeys. Como estava difícil focar, a ave decidia usar Gust assim mesmo entre as vigas, que acabou atingindo parcialmente o macaco, que não teve grandes danos. A reviravolta foi o uso de várias sementes verdes que saiam em uma velocidade absurda, atingindo alguns clones e no fim o original, que se via ferido, pouca coisa, e com isso os clones sumiam.

- Essa batalha promete! – comentava Margareth – Pidgey é ótimo, mas não pense que serei boazinha: Pansage, Rock Tomb e em seguida use Fury Swipes.
- Squirtle, já que sua movimentação está perigosa, use Water Gun e em seguida tente se livrar dessa teia.